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Universidade de Vila Velha

Graduação em Medicina Veterinária


Técnica Cirúrgica Veterinária

Introdução ao estudo
da cirurgia veterinária
PROFESSOR RODRIGO VIANA SEPÚLVEDA

2016.1
Conteúdo
Conceitos;

Divisão;

Nomenclatura;

Centro cirúrgico;

Equipe cirúrgica;

Instrumental cirúrgico.
Conceitos
Cirurgia Operação

Derivada de termo Derivada de termo


grego em latim

Kheirurgia Operatio-onis

Trabalho realizado
Significa trabalho
com as mão
Conceitos
Cirurgia Operação

Qual é a
diferença?

São todos os procedimentos que É o ato manual praticado com


envolvem a terapêutica de uma auxílio de instrumentos. É o ato
determinada afecção cirúrgico propriamente dito.
Conceitos
Cirurgia:
◦ Ciência médica que abrange diversas áreas do conhecimento médico;

◦ Compõe-se de procedimentos invasivos executados conforme uma técnica;

◦ A cirurgia pode ser:


◦ Um método terapêutico  objetiva tratar afecções ou lesões ou
deformidades internas e externas com a finalidade de preservação da vida e
da saúde.

◦ Um método diagnóstico  objetiva a elucidação diagnóstica (impossível de


ser alcançada sem o procedimento cirúrgico).
Conceitos
Operação ou técnica cirúrgica ou técnica operatória:
◦ São procedimentos manuais e instrumentais;

◦ Tecidos vivos são excisados e reconstituídos em um plano pré-determinado;

◦ Possui fins diagnósticos, terapêuticos, estéticos ou experimentais;

◦ É um trabalho manual e intelectual constantemente repetido.


Conceitos
Operação ou técnica cirúrgica ou técnica operatória:
◦ É um trabalho manual e intelectual constantemente repetido:

◦ Necessidade de sistematização e automatização do conjunto de manobras


manuais ou instrumentais;

◦ Objetivo de ser obter o efeito da maneira mais segura e eficiente possível.


Conceitos
Ato operatório:
◦ É o conjunto de manobras, tarefas, e recursos realizados durante a operação.
Requer:

◦ Adestramento  técnica e destreza (obtidas pelas prática constante).

◦ Estratégia  envolve o pré, trans e pós-operatório.


Divisão
Quanto a especialidade:

◦ Cirurgia geral  o CBCAV considera como cirurgia geral: as correções de


hérnias e os procedimentos realizados nos tratos genitourinário e
gastrointestinal.

◦ Cirurgia especial  o CBCAV considera como cirurgia especial aquelas que


envolvem especialidades bem definidas como: cirurgia ortopédica, cirurgia
neurológica, cirurgia oncológica, cirurgia cardiovascular, dentro outras.
Divisão
Quanto a época:
◦ Eletiva  embora seja indicada a cirurgia, ela não precisa ser realizada nas
próximas horas ou dias. Exemplo: correções de hérnias não estranguladas.

◦ Urgência  realizada nas próximas horas ou dias após a indicação cirúrgica. A


operação é realizada assim que o paciente se encontre em condições clínicas
de ser operado. Exemplo: tratamento cirúrgico para piometra.

◦ Emergência  a operação é realizada assim que se determina a indicação


cirúrgica. Exemplo: tratamento de ruptura de grandes vasos ou hemorragias
internas graves.
Divisão
Quanto ao porte:
◦ Pequeno  ato operatório mais simples, geralmente referente a procedimento
na superfície corpórea ou em pequena profundidade, de curta duração. Pode ser
realizada em regime ambulatorial. Exemplo: drenagem de otohematoma.

◦ Médio  demanda tempo maior para sua realização, uma ou duas horas.
Realizados de preferência no bloco cirúrgico. Exemplo: biópsias renais, ósseas,
algumas punções.

◦ Grande  ato com duração de várias horas ou duração indeterminada. Realizada


obrigatoriamente no bloco cirúrgico. Exemplo: alguns procedimentos abdominais
ou torácicos.
Divisão
Quanto ao potencial de contaminação:
◦ Limpa;

◦ Potencialmente contaminada ou limpa contaminada; Definidas pela


portaria nº 2.616 de
◦ Contaminada; 12 de maio de 1998
da ANVISA
◦ Infectada.
Nomenclatura
Órgão, tecidos, procedimentos e instrumentais recebem nomes:
◦ Basicamente pode classificar/formar termos médicos através:
◦ Sufixação;

◦ Epônimos;

◦ Sinônimos;

◦ Termos híbridos.
Nomenclatura
Sufixação:
◦ É o processo pelo qual a uma palavra se agregam outras, através da
justaposição de certos elementos que lhe alteram o sentido, mas sempre se
referindo a significação da palavra primitiva:
Procedimento cirúrgico Sufixo Palavra primitiva Termo composto Significado
Incisão Tomia Tórax (toraco) Toracotomia Abertura do tórax
Sutura Rafia Pele (derme) Dermorrafia Sutura de pele
Extirpação Ectomia Rim (nefro) Nefrectomia Extirpação do rim
Procedimento cirúrgico Sufixo Palavra primitiva Termo composto Significado
Incisão Tomia Tórax (toraco) Toracotomia Abertura do tórax
Sutura Rafia Pele (derme) Dermorrafia Sutura da pele
Extirpação Ectomia Rim (nefro) Nefrectomia Extirpação do rim
Punção Centese Pericárdio Pericardiocentese Punção do pericárdio
Fistulação entre dois Anastomose Intestino (enterro) Enteroanastomose Comunicação entre porções do intestino
órgãos
Reconstrução Plastia Córnea (cerato) Ceratoplastia Reconstrução da córnea

Fixação Pexia Estômago (gastro) Gastropexia Fixação do estômago


Imobilização/fusão Dese Articulação (artro) Artrodese Imobilização de uma articulação

Dissolução Lise Pleura Pleurolise Eliminação de aderência na pleura

Fistulação com a pele Ostomia Cólon (colo) Colonostomia Comunicação de uma porção do cólon com a pele

Detenção Stasia Sangue (hemo) Hemostasia Detenção do sangue (sangramento)

Desenhar ou obter Grafia Vaso sanguíneo Angiografia Contrastar os vasos sanguíneos


(angio)
Procedimento cirúrgico Sufixo Palavra primitiva Termo composto Significado
Esmagamento Tripsia Intestino (entero) Enterotripsia Esmagamento do intestino
Composição Síntese Osso (osteo) Osteossíntese Reunião de dois ossos
Fratura Clase Osso (osteo) Osteoclase Fratura de um osso
Visualização Scopia Bronquio (bronco) Broncoscopia Visualização do bronquio
Nomenclatura
Sufixação em instrumentos:
◦ É o processo pelo qual a uma palavra se agregam outras, através da
justaposição de certos elementos que lhe alteram o sentido, mas sempre se
referindo a significação da palavra primitiva:

Ato Sufixo Palavra primitiva Termo composto Significado


Cortar Tomo Pele (dermo) Dermátomo Instrumento para o
corte da pele
Medir Metro Útero (histero) Histerometro Instrumento usado
para medir o útero
Nomenclatura
Epônimos:
◦ É o termo utilizado para a identificação e denominação de procedimentos ou
instrumentos cirúrgicos, utilizando-se o nome próprio do idealizador da
técnica ou do instrumental:
Epônimo Significado
Operação de Billroth I Anastomose do estômago com o duodeno
Operação de Billroth II Anastomose do estômago com o jejuno
Técnica de Patsama Técnica intra-articular para reconstrução do ligamento
cruzado cranial através da confecção de túneis ósseos
Técnica de Flo Técnica extra-articular para reconstrução do ligamento
cruzado cranial através do uso de fios e ancoragem a
fabela e crista da tíbia
Nomenclatura
Sinônimos:
◦ São termos médicos diferentes na grafia, mas que possuem o mesmo sentido
e significado. Em geral, os sinônimos surgem devido ao desenvolvimento
técnico, o conhecimento de novos fatos e a inovação do termo seria uma
tentativa de melhor caracterizar uma denominação, tornando-a mais precisa e
adequada ao objeto:
• Enxerto autólogo = autoenxerto = transplante autoplástico

• Enxerto homólogo = aloenxerto = transplante alogênico

• Enxerto heterólogo = xenoenxerto = transplante heteroplástico


Nomenclatura
Termos genéricos:
◦ Denominações práticas que apresentam conotação especifica no jargão
cirúrgico:
• Desbridamento  limpeza mecânica (remoção de bridas). Exemplo: desbridamento de um ferida, desbridamento de
aderências abdominais.

• Fulguração  destruição de tecidos por faíscas elétrica controláveis. Exemplo: fulguração de vasos sanguíneos.

• Ligadura  ato de ligar um vaso sanguíneo com um fio. Exemplo: ligadura da veia hipogástrica.

• Ressecção  excisão parcial de um órgão ou estrutura. Exemplo: ressecção gástrica parcial.

• Reparo  manter segura um ou duas extremidades de um fio.

• Apresentar  expor adequadamente os tecidos.


Centro cirúrgico
Conceito:
◦ É o espaço físico hospitalar, adequadamente equipado, onde se realizam as
intervenções cirúrgicas;

◦ É organizado de forma tal a eliminar ou diminuir ao máximo possível a


contaminação da ferida cirúrgica;

◦ Deve ser equipado e preparado para atender integralmente todas as


necessidades e eventualidades do ato operatório.
Centro cirúrgico
Requisitos básicos:
◦ Localização:
◦ Afastado dos locais de maior movimentação de pessoas;

◦ Adequadamente conectado às áreas que recebem paciente potencialmente


cirúrgicos;

◦ O ideal é que fique em locais mais elevados, ao abrigo da poluição sonora e


aérea e protegido da insolação direta.
Centro cirúrgico
Requisitos básicos:
◦ Planta física:
◦ Deve ser desenvolvida no conceito de máximo aproveitamento funcional;

◦ Inclui três zonas distintas:


◦ Zona de proteção

◦ Zona limpa

◦ Zona estéril
Centro cirúrgico
Requisitos básicos:
◦ Zona de proteção:
◦ Entrada e saída de pessoal;

◦ Recebe o material cirúrgico esterilizado;

◦ Tem como objetivo proteger o ambiente cirúrgico contra a entrada de


objetos e materiais contaminados e evitar a disseminação de micro-
organismos.
Centro cirúrgico
Requisitos básicos:
◦ Zona de proteção:
◦ Vestiário  destinado ao pessoal, onde colocam o uniforme cirúrgico
(pijama cirúrgico, gorro, máscara e propé);

◦ Área de transferência  é o local para entrada e saída do paciente;

◦ Expurgo  é o setor de recebimento dos materiais e objetos usados nas


cirurgias.
Centro cirúrgico
Requisitos básicos:
◦ Zona limpa:
◦ Composta por vários setores de serviços auxiliares para a realização dos atos
cirúrgicos:
◦ Conforto médico;

◦ Sala de recuperação anestésica;

◦ Sala de acondicionamento de material;

◦ Sala de equipamentos.
Centro cirúrgico
Requisitos básicos:
◦ Zona estéril:
◦ É a região com menor grau de contaminação:
◦ Salas de operação (operation room – OR)  são salas destinadas às
intervenções cirúrgicas.

◦ Sala de paramentação (scrub room)  fica próximo à sala de operação.


Zona de proteção  permitido
transitar sem gorro, máscara e
própre, mas não sem o pijama
cirúrgico.

Zona limpa  transitar


obrigatoriamente de pijama
cirúrgico e gorro.

Zona estéril  apenas as pessoas


necessárias para o procedimento
cirúrgico, obrigatório o uso de
gorro, máscara e propé.
Paciente antes da cirurgia

Equipe cirúrgica

Paciente após a cirurgia


Centro cirúrgico
Equipamentos da sala de operações:
◦ Mesa  para o paciente, para o material cirúrgico e para o anestesista;

◦ Calhas  manter o paciente na posição desejada (diversos tamanhos);

◦ Escada com degraus ou bancos com ajuste regulável  diferença de altura entre
cirurgiões;

◦ Equipamentos anestésicos e emergencias  aparelho de anestesia, desfibrilador,


monitor multiparamétrico;

◦ Iluminação  focos luminosos de parede/teto ou de cabeça.


Centro cirúrgico
Equipamentos da sala de operações:

Mesa para Foco luminoso Foco luminoso


instrumental de cabeça de teto
cirúrgico
Equipe cirúrgica
Composta pelos elementos que, durante uma intervenção cirúrgica, são
essenciais para o bom andamento da operação:
◦ Cirurgião;

◦ Cirurgião auxiliar;

◦ Instrumentador;

◦ Anestesista;

◦ Circulante.
Equipe cirúrgica
Cirurgião:
◦ É o responsável pela intervenção cirúrgica;

◦ Coordena o trabalho de toda a equipe;

◦ Responsável por tudo dentro da sala de operações;

◦ Deve ter pleno conhecimento da anatomia da região que irá abordar, da


afecção que está tratando e da técnica operatória pertinente.
Equipe cirúrgica
Cirurgião:
◦ Deve ater-se à técnica habitual quando realiza operações rotineiras como o
fim de não alterar o ritmo, ao qual a equipe está ajustada. Quando por algum
motivo há necessidade de mudar a técnica habitual, deve instruir os demais
membros da equipe;

◦ Nunca deve iniciar a operação antes de certificar-se que o instrumental


necessário esteja a sua disposição;

◦ Deve exigir as melhores condições possíveis para realizar a operação: boa


iluminação e bom instrumental. Deve estar comodamente situado em relação
à região abordada.
Equipe cirúrgica
Cirurgião:
◦ Deve dirigir a seus auxiliares com voz clara e ordens precisas;

◦ Deve exigir ordem e silêncio durante a operação. Deve tratar seus auxiliares
com respeito;

◦ Deve operar com ordem, estar atento às minúcias e dar aos tempos
operatórios uma sequência lógica. Desta forma evitará a perda de tempo por
falta de método.
Equipe cirúrgica
Cirurgião:
◦ Deve evitar os movimentos inúteis e atentar para que cada um dos
componentes faça o mesmo;

◦ Deve evitar que instrumentos se acumulem no campo operatório, fazendo


com que sejam devolvidos sempre ao instrumentador;

◦ Não deve desperdiçar materiais cirúrgicos tais com gaze, compressas, fios.
Equipe cirúrgica
Cirurgião:
◦ Deve manter o campo operatório o mais limpo possível não permitindo o
acúmulo de gazes ou compressas usadas;

◦ Não deve tentar diminuir o tempo cirúrgico às custas da imperfeita técnica


operatória. Técnica deficiente acarreta a maior parte das complicações
operatórias;

◦ Deve criar um campo operatório suficiente para abordar com segurança as


estruturas. Incisões demasiadamente pequenas podem ser perigosas por não
permitirem acesso fácil.
Equipe cirúrgica
Cirurgião:
◦ Deve prosseguir numa dissecção ou numa determinada fase da operação, até
que ela esteja totalmente completada, evitando manobras incompletas, a não
ser que dificuldades imprevistas o obriguem a alteração da tática planejada;

◦ Deve saber reconhecer os deslizes cometidos durante a intervenção,


utilizando a autocrítica para melhorar a qualidade operatória e prevenir novos
erros;

◦ Deve tentar facilitar o trabalho dos auxiliares, como, por exemplo, preferir
afastadores mantidos pelo assistente, a fim de lhes dar maior atividade
durante a operação.
Equipe cirúrgica
Cirurgião auxiliar:
◦ Deve conhecer perfeitamente a operação que vai ser realizada;

◦ Responsável pelo pré-operatório;

◦ Responsável por colocar o paciente na posição adequada,

◦ Responsável por preparar o campo cirúrgico;

◦ Responsável pelo pós-operatório imediato.


Equipe cirúrgica
Anestesista:
◦ Responsável pela escolha do protocolo anestésico a ser utilizado;

◦ É quem autoriza o início da cirurgia e solicita sua suspensão em caso de risco


de morte ao paciente;

◦ Deve estar em vigilância constante do paciente;

◦ Orienta e fiscaliza a recuperação anestésica, ao término do procedimento, até


que o paciente esteja estável e acordado.
Equipe cirúrgica
Instrumentador:
◦ Responsável pela entrega e recebimento dos instrumentos utilizados durante
a operação;

◦ Mantém a ordem do instrumental.


Equipe cirúrgica
Circulante:
◦ Junto com o anestesista, é o membro não paramentado da equipe cirúrgica;

◦ Responsável por atender as solicitações do cirurgião durante o trans-operatório,


provendo o material necessário;

◦ Deve abrir, de forma asséptica, a caixa de material cirúrgico, os pacotes de fio,


compressa, gaze e qualquer instrumento especial solicitado pelo cirurgião;

◦ Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica.


Instrumental cirúrgico
Conceito:
◦ É todo conjunto de objetos, instrumentos e equipamentos que entram em
contato direto ou indireto com a região operatória, utilizados para a execução
de determinado procedimento cirúrgico;

◦ A classificação mais comumente usada é: diérese, preensão, hemostasia,


exposição, especial e síntese.
Instrumental cirúrgico
Tipo Função Exemplo
Diérese Corte e divulsão Bisturi e tesouras (Metzenbaum
ou Mayo)
Preensão Apanhar estruturas Pinças de dissecção (ou
anatômica) e dente de rato
Hemostasia Pinçamento de vasos Pinças hemostáticas (Crile, Kelly)
Exposição Afastamento de tecidos Afastadores dinâmicos ou auto-
estáticos
Especial Própria Osteótomo, martelo, pinças
intestinais
Síntese União de tecidos Porta agulha, agulha
Instrumental cirúrgico
Organização do material na mesa:
◦ Existem inúmeras forma de organização;

◦ A mais comum é a organização de acordo com o uso.


Instrumental cirúrgico
Disposição do material na mesa de acordo com o uso:

Síntese Especial Exposição

Diérese Preensão Hemostasia

Esquerda do Direita do
cirurgião Cirurgião cirurgião
Síntese Especial Exposição

Instrumental cirúrgico
Disposição do material na mesa de acordo com o uso:

Diérese Hemostasia
Preensão
Instrumental cirúrgico
Acondicionamento:
◦ Os instrumentais de uso rotineiro ficam acondicionados em caixa metálica;

◦ A parte externa da caixa não é estéril, portanto, é aberta pelo circulante da


sala;

◦ A face interna contém o pacote com os instrumentais esterilizado e, portanto,


só podem ser manuseadas pelos membros estéreis da equipe;

◦ Instrumentais especiais são embalados em pacotes separados.


Instrumental cirúrgico
Manuseio correto dos instrumentais:
◦ Cada instrumental tem a maneira correta de empunhadura e uso a fim de
promover segurança, firmeza e destreza;

◦ Instrumentais principais são manuseados pela mão dominante do cirurgião;

◦ Instrumentais auxiliares são manuseados pela mão não-dominante do


cirurgião;

◦ Instrumentais de argola são manuseados com o dedão e o dedo anular.


Instrumental cirúrgico
Diérese:
◦ Bisturi
◦ Um cabo reto com encaixe em um das extremidades para um lâmina
descartável;

◦ Bisturi de cabo nº 3  lâminas pequenas  nº 9 a 17;

◦ Bisturi de cabo nº 4  lâminas grandes  nº 18 a 50


Cabos nº 3 Cabos nº 4
Instrumental cirúrgico
Lâminas e cabos de bisturi:
Instrumental cirúrgico
Diérese:
◦ Manuseio correto do bisturi
Instrumental cirúrgico
Diérese:
◦ Tesouras
◦ Utilizadas para cortar tecidos orgânicos e material como fio, gaze, sondas,
dentre outros;

◦ Comprimento é variável em função da profundidade e campo de ação;

◦ Podem ser classificadas quanto a curvatura: retas e curvas;

◦ Podem ser classificadas quanto a ponta: fina-fina, romba-romba e romba-


fina.
Instrumental cirúrgico
Classificação das tesouras quanto a curvatura:

Tesoura reta Tesoura curva


Instrumental cirúrgico
Classificação das tesouras quanto a ponta:

Fina-fina Romba-romba Romba-fina


Instrumental cirúrgico
Classificação das tesouras quanto ao comprimento:

Ponta
Ponta e cabo de
tamanhos Tesoura de Mayo
semelhantes
Cabo
Tesoura de Mayo
reta
Tesoura de Mayo
curva
Instrumental cirúrgico
Classificação das tesouras quanto ao comprimento:

Ponta
Ponta e cabo de
tamanhos Tesoura de Metzenbaum
diferente
Cabo
Tesoura de Metzenbaum
reta
Tesoura de Metzenbaum
curva
Instrumental cirúrgico
Diérese:
◦ Manuseio correto das tesouras

Todo instrumento de argola Maior firmeza,


deve ser manuseado com destreza e
dedo anular e o dedão segurança
Instrumental cirúrgico
Diérese:
◦ Manuseio correto das tesouras
Instrumental cirúrgico
Preensão:
◦ Pinças de dissecção (ou anatômica) e dente de rato
◦ Utilizadas para apreensão e manipulação dos tecidos;

◦ Instrumental auxiliar;

◦ Deve ser empunhada como um lápis.


Instrumental cirúrgico
Preensão:

Pinça de dissecção com Pinça de dissecção sem dente


dente de rato de rato
Instrumental cirúrgico
Preensão:
◦ Manuseio correto das pinças
Instrumental cirúrgico
Hemostasia:
◦ Pinças hemostáticas
◦ É o material utilizado para interromper o sangramento;

◦ As pinças apreendem o vaso que sangra, antes de ligá-lo com fio;

◦ Possuem argolas e cremalheiras para manter as pontas fechadas em vários


graus de pressão;

◦ Tem pontas retas ou curvas, com estrias internas nas pontas que podem ser
em toda extensão ou não.
Instrumental cirúrgico
Hemostasia:
◦ Pinças hemostáticas
Estrias ou
ranhuras
interna
Cremalheira

Confere maior
Confere segurança na
diferentes apreensão das
graus de estruturas
pressão
Instrumental cirúrgico
Hemostasia:
◦ Pinças hemostáticas
Estrias ou ranhuras
apenas em metade da
ponta

Pinça hemostática de
Kelly
Instrumental cirúrgico
Hemostasia:
◦ Pinças hemostáticas
Estrias ou ranhuras
apenas em toda a
ponta

Pinça hemostática de
Crile
Instrumental cirúrgico
Hemostasia:
◦ Manuseio correto das pinças hemostáticas
Instrumental cirúrgico
Exposição:
◦ Afastadores
◦ São utilizados para afastar os tecidos secionados ou separados, expondo os
planos anatômicos ou órgãos subjacentes;

◦ O afastamento bem realizado facilita muito o ato operatório;

◦ A seleção do tamanho e forma do afastador dependerá da profundidade e


da espessura das estruturas a serem separadas e também da consistência e
da resistência oferecida pelos tecidos;

◦ Existem dois tipos principais: dinâmicos e auto-estáticos.


Instrumental cirúrgico
Exposição:
◦ Afastadores dinâmicos:
◦ Exigem tração manual contínua;
◦ Devem ser empunhados de acordo com o tipo de cabo ou apoio e de
maneira mais cômoda possível e de tal modo que não atrapalhe as ações do
cirurgião.

◦ Afastadores auto-estáticos:
◦ Possuem mecanismos que os mantem na posição, dispensando o auxílio
manual para afastamento das estruturas.
Instrumental cirúrgico
Exposição:
◦ Afastadores dinâmicos:

Afastador de Farabeuf Afastador de Denver


Instrumental cirúrgico
Exposição:
◦ Afastadores auto-estáticos:

Afastador de Afastador de Gosset


Volkmann
Instrumental cirúrgico
Especiais:
◦ São instrumentos variados selecionados de acordo com a cirurgia;

◦ No instrumental de rotina são usados:


◦ Pinça de Allis: pinça de preensão traumática que tem maior poder de
preensão por denteamento fino nas superfícies de contato;

◦ Pinça de Foerster: utilizada para fazer a antissepsia do campo operatório;

◦ Pinças de Backhaus: pinça de campo que serve para fixar os panos de campo
sobre o paciente (campo operatório), por possuir pontas agudas.
Instrumental cirúrgico
Especiais:

Pinça de Allis Pinça de Pinça de


Backhaus Foerster
Instrumental cirúrgico
Síntese:
◦ Material usado para realizar as manobras necessárias para a reconstituição
dos tecidos incisados. É constituído por:
◦ Porta-agulhas;

◦ Agulhas;

◦ Fios.
Instrumental cirúrgico
Síntese:
◦ Porta-agulhas:
◦ Possui pontas para preensão da agulha e o cabo possui cremalheira para se
graduar a pressão de fechamento;

◦ Existe em vários comprimentos e com hastes delgadas ou robustas;

◦ As hastes do cabo podem ter duas argolas ou não para apoio da mão.
Instrumental cirúrgico
Síntese:
◦ Porta-agulhas:

Porta-agulha
de Mayo Porta-agulha
Hegar de Mathieu

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