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É uma retribuição por seu tempo em responder nosso questionário


para o Estudo ILUMEO – Mídia.

Caso ainda não tenha participado, poderia responder a pesquisa?


Isto nos ajudaria muito!

É rápido - cerca de 10 minutos - e são perguntas de múltipla escolha.


É só clicar ou copiar em seu browser o link que está no e-mail.

CONTAMOS COM VOCÊ!


DELFOS

VACINAS
AVALIAÇÃO DE IMAGEM DAS MARCAS realizador: parceiro:
DE VACINAS CONTRA A COVID-19
ESTAMOS DESDE MARÇO 160.000.000 25.000.000

DE 2020 EM CASA DEVIDO À 140.000.000

PANDEMIA DO COVID-19. 120.000.000


20.000.000

100.000.000
O que mais se esperava, desde o início, era o 15.000.000
desenvolvimento de vacinas que permitissem às pessoas
saírem de casa novamente. 80.000.000

Com os esforços de pesquisadores ao redor do mundo, as 10.000.000


vacinas contra covid-19 foram produzidas em tempo 60.000.000

recorde.
40.000.000
A vacinação no Brasil começou no dia 17/01/2021 e desde
então o número de doses aplicadas vem crescendo. 5.000.000

20.000.000
Até a finalização desde projeto, pelo menos 50% da
população brasileira havia recebido a primeira dose da
vacina. 0 0
1/17/2021 2/17/2021 3/17/2021 4/17/2021 5/17/2021 6/17/2021 7/17/2021

Fontes dos gráficos: https://covid.saude.gov.br/ |


https://qsprod.saude.gov.br/extensions/DEMAS_C19Vacina/DEMAS_C19Vacina.html ● Doses de vacinas aplicadas ● Casos de covid-19 acumulados
O QUE NÃO SE ESPERAVA:
O FENÔMENO DE PESSOAS
ESCOLHENDO QUAL MARCA
DE VACINA PREFEREM
TOMAR!
Os chamados sommeliers de vacina têm preferência por
uma ou outra marca.

A escolha por marca tem sido observada recentemente,


apenas para as vacinas contra covid-19, tendo em vista
que fabricantes nunca tinham sido pauta de discussão
em campanhas anteriores no Brasil.

Esse novo fenômeno foi o que motivou a presente


pesquisa.
OBJETIVO
Entender se realmente existe uma preferência maior a
uma vacina contra a covid-19 em detrimento a outra.
A referência principal às vacinas atualmente sendo
aplicadas no Brasil são suas marcas.

O presente estudo aplicou o Delfos, uma metodologia


de gestão de marcas proprietária da Ilumeo para
identificar conhecimento sobre as vacinas, quais as
preferências e atributos de marca que mais impactam
numa possível escolha.

O estudo é realizado em parceria com a Sociedade


Brasileira de Virologia, que contribuiu com análises
técnicas pontuadas ao longo de todo o relatório, a fim
de esclarecer as potenciais percepções equivocadas
do público, de um ponto de vista científico.
ILUMEO E DELFOS
A Ilumeo é uma consultoria de Data Science que utiliza métodos
científicos para transformar dados em inteligência.

O Delfos é uma metodologia desenvolvida pela Ilumeo para


mensurar a saúde e a força das marcas, a partir de uma série de
teorias amplamente reconhecidas e validadas na comunidade
científica internacional. O principal diferencial do Delfos é ir além
de apenas dimensionar a percepção das pessoas sobre
diferentes atributos da marca. Para além disso, a metodologia nos
permite entender quais são as principais variáveis [atributos] que
impactam na força de uma marca. E, também, que papel que a
marca cumpre em determinados segmentos para movimentar
questões de negócio como satisfação, recomendação e
lealdade.

Fazemos isso por meio da construção de um modelo de equações


estruturais, um conjunto de diversos algoritmos de computador,
métodos estatísticos e modelos matemáticos que trabalham juntos
para que se possa compreender a estrutura de inter-relações
entre diferentes construtos [fatores inobserváveis ou latentes
representados por múltiplas variáveis].
FICHA TÉCNICA
MÉTODO:
Quantitativo, pesquisa realizada via questionário online.

RESPONDENTES:
3059

DATA DA COLETA:
21 a 30/07/2021

PÚBLICO:
Geral, proporcional ao PNAD em nível de estado e
Critério Brasil
AGENDA
Organizamos os aprendizados nos seguintes capítulos:

#1 PERFIL DA AMOSTRA

#2 FUNIS DE MARCA

#3 INTERAÇÃO ENTRE CONSERVADORISMO E NEGACIONISMO

#4 BUSCA POR INFORMAÇÕES

#5 DUELOS

#6 MODELO DE EQUAÇÕES ESTRUTURAIS

#7 APRENDIZADOS
PERFIL DA
AMOSTRA
Quem ouvimos?

#1
PERFIL
SOCIODEMOGRÁFICO
REGIÃO
Total de entrevistas: 3059

GÊNERO
9%
Norte
CLASSE 3%
29%
52%
SOCIAL
Nordeste

29% 21% FEMININO


● Classe A
● Classe B
8%
Centro-
● Classe C
48% ● Classe D/E Oeste
40%
Sudeste

14%
Sul
47% MASCULINO

A coleta foi realizada considerando a PNAD para distribuição de


praças e ponderada pelas classes sociais segundo o Critério Brasil Outros: 1%
ESTADO CIVIL ESCOLARIDADE

3% 4% 1%
36%

40% ● Casado(a) 26%


● Solteiro(a)
● Outro
● Divorciado(a)
20%
52%
● Viúvo(a)

7%
4%
2%
FAIXA ETÁRIA 1% 2% 0% 1% 0% 1%
2%
Ensino Ensino Ensino Pós Mestrado Doutorado
7% Fundamental Médio Superior Graduação

23%
● Incompleto ● Completo
24% ● 18-24 anos
● 25-34 anos
● 35-44 anos
● 45-54 anos
● 55+ N: 3059
44%
SITUAÇÃO FRENTE À
COVID-19
18%

TOMOU VACINA?

● Não
● Sim
51% 49%
VOCÊ JÁ TEVE COVID-19?
56%
26%
● Não
● Sim
● Não sei

9%
QUAL VACINA CONTRA COVID-19 VOCÊ TOMOU?
3%
49%

20%

8%
22%
VOCÊ TEVE SINTOMAS?
33%
55%
1% ● Não ● Moderados
● Leves ● Graves
AstraZeneca CoronaVac Janssen Pfizer Outra
N: 3059
FUNIS DE MARCA
Como cada marca de vacina se
desenvolve desde conhecimento até
preferência ou rejeição?

#2
COMO FUNCIONA O
FUNIL DE MARCAS? TOP OF MIND – XX%
Referência na categoria, primeira marca lembrada.

AWARENESS ESPONTÂNEO – XX%


Presença consistente no cotidiano

As duas primeiras métricas do funil são


espontâneas. Não apresentamos nenhum AWARENESS ESTIMULADO
xx%
estímulo além das perguntas, respondidas em Já ouvi falar
campo aberto:
KNOWLEDGE
• Top of Mind: “Qual a primeira marca de xx% xx%
vacina contra covid-19 que vem à sua Conheço bem
cabeça?”
LIKING
• Awareness Espontâneo: “Quais são todas xx% xx%
Gosto, tenho simpatia
as marcas de vacina contra covid-19 que
você conhece? “. Nesta, o respondente
escreve quantas marcas conseguir lembrar. CONSIDERATION
xx% xx%
Considero tomar a vacina desta marca

PREFERENCE
xx% xx%
Apenas uma marca pode ser preferida ou o respondente poderia
selecionar “não prefiro nenhuma vacina, tomaria qualquer uma”.

REJEIÇÃO xx% xx%


Caso o respondente não selecione alguma marca em “gosto”,
perguntamos se rejeitaria alguma vacina, com a opção “não rejeito
nenhuma”.
COMO FUNCIONA O
FUNIL DE MARCAS? TOP OF MIND – XX%
Referência na categoria, primeira marca lembrada.

AWARENESS ESPONTÂNEO – XX%


Presença consistente no cotidiano

Nas etapas estimuladas do funil mostramos as principais


marcas de vacina e os respondentes devem escolher as AWARENESS ESTIMULADO
xx%
que permanecem em cada etapa. Dessa forma, Já ouvi falar
desenvolve-se uma jornada desde o conhecimento
superficial até o desenvolvimento de preferência.
KNOWLEDGE
xx% xx%
De awareness até consideração uma ou mais marcas Conheço bem
podem ser escolhidas. A opção “nenhuma das marcas”
também era apresentada em todas as etapas e, caso LIKING
fosse escolhida, o respondente era direcionado para xx% xx%
Gosto, tenho simpatia
uma pergunta a respeito da sua intenção de se vacinar.

A preferência é a única etapa na qual apenas uma CONSIDERATION


xx% xx%
marca pode ser escolhida, incluindo a ausência de Considero tomar a vacina desta marca
preferência pois o respondente tomaria qualquer
vacina. PREFERENCE
xx% xx%
Apenas uma marca pode ser preferida ou o respondente poderia
selecionar “não prefiro nenhuma vacina, tomaria qualquer uma”.

REJEIÇÃO xx% xx%


Caso o respondente não selecione alguma marca em “gosto”,
perguntamos se rejeitaria alguma vacina, com a opção “não rejeito
nenhuma”.
COMO FUNCIONA O
FUNIL DE MARCAS? TOP OF MIND – XX%
Referência na categoria, primeira marca lembrada.

AWARENESS ESPONTÂNEO – XX%


Presença consistente no cotidiano

Caso o respondente não selecione alguma


marca em “gosto”, perguntamos se rejeitaria AWARENESS ESTIMULADO
xx%
alguma vacina, com a opção “não rejeito Já ouvi falar
nenhuma”.
KNOWLEDGE
xx% xx%
Conheço bem

LIKING
xx% xx%
Gosto, tenho simpatia

CONSIDERATION
xx% xx%
Considero tomar a vacina desta marca

PREFERENCE
xx% xx%
Apenas uma marca pode ser preferida ou o respondente poderia
selecionar “não prefiro nenhuma vacina, tomaria qualquer uma”.

REJEIÇÃO xx% xx%


Caso o respondente não selecione alguma marca em “gosto”,
perguntamos se rejeitaria alguma vacina, com a opção “não rejeito
nenhuma”.
10+ TOP OF MIND:
As vacinas aplicadas no Brasil
são as mais lembradas pelo
público.

CoronaVac é mais lembrada no top of mind, demonstrando que é a


principal referência em vacinas contra covid-19 no Brasil. Além da
colaboração do Butantã, uma instituição brasileira, em sua produção,
a vacina aparece constantemente na mídia, o que influencia a
lembrança.

QUAL É A PRIMEIRA MARCA DE VACINA CONTRA A COVID-19 QUE VEM À SUA CABEÇA?

36%

30%

23%

7%

1% 1% 2%
0,1% 0,1% 0,1% 0,1%
CORONAVAC ASTRAZENECA PFIZER JANSSEN COVAXIN NÃO SEI/NÃO SPUTINIK V SUS VACINA MODERNA BUTANVAC OUTRAS
LEMBRO
N: 3059
Podemos usar os dados do Google Trends para entender um pouco melhor a
10+ TOP OF MIND: liderança da Coronavac no Top of Mind de vacinas contra a covid-19.

As vacinas aplicadas no Brasil Juntamente com a AstraZeneca, a Coronavac tem um alto índice de buscas e,
são as mais lembradas pelo embora, na média, as pesquisas pelo termo da vacina do laboratório de Oxford
seja maior, a vacina da Sinovac é mais constante.
público.

120

100

80

60

40

20

0
8/2/2020 9/2/2020 10/2/2020 11/2/2020 12/2/2020 1/2/2021 2/2/2021 3/2/2021 4/2/2021 5/2/2021 6/2/2021 7/2/2021

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Pfizer ● Janssen

Fonte: https://trends.google.com.br/trends/explore?date=2020-07-31%202021-07-31&geo=BR&q=coronavac,astrazeneca,janssen,pfizer ,
Pesquisa pelos termos “Coronavac”, “AstraZeneca”, “Janssen” e “Pfizer” no período de 02/08/2020 à 31/07/2021
10+ AWARENESS
ESPONTÂNEO:
As vacinas mais aplicadas são
as mais lembradas pelo público.

Quando falamos de todas as vacinas que o respondente pode conhecer,


AstraZeneca e Coronavac empatam tecnicamente no primeiro lugar. Um
resultado esperado já que as duas vacinas são as mais aplicadas no Brasil
até a data de fechamento deste relatório. VACINAS APLICADAS
3%
NA POPULAÇÃO
BRASILEIRA
QUAIS SÃO TODAS AS OUTRAS MARCAS DE VACINAS CONTRA 12%
A COVID-19 QUE VOCÊ CONHECE? 48% ● CoronaVac
● AstraZeneca
● Janssen
Cite quantas você conseguir lembrar, inclusive a marca que citou na pergunta anterior. ● Pfizer
37%
Fonte:
https://qsprod.saude.gov.br/extensi
93% 91% ons/DEMAS_C19Vacina/DEMAS_C1
9Vacina.html

68%
53%

10% 9%
3% 2% 0,4% 2,0% 3%
AstraZeneca CoronaVac Pfizer Janssen Sputinik V Covaxin Moderna Butanvac Covax Outras Não Sei/Não N: 3059
Lembro
10+ TOP OF MIND: CoronaVac e AstraZeneca são vacinas mais conhecidas: a lembrança das marcas passa
As vacinas aplicadas no Brasil do nível superficial de pelo menos ouvir falar para um nível mais profundo de
conhecimento em 2 a cada 3 respondentes. Pfizer e Janssen apresentam bons níveis de
são as mais lembradas pelo conhecimento, mas não tão consolidado. Covaxin e Sputnik V não estão sendo aplicadas
no Brasil, o que reflete um funil incipiente.
público.

CORONAVAC ASTRAZENECA PFIZER JANSSEN COVAXIN SPUTNIK V

Awareness 98% 95% 83% 82% 51% 52%

Knowledge 64% 66% 64% 68% 47% 57% 38% 47% 6% 12% 7% 13%

Liking 34% 53% 41% 63% 36% 77% 31% 80% 2% 32%
2% 34%

Consideration 28% 84% 35% 85% 30% 84% 26% 84% 67% 79%
1% 2%

Preference 15% 52% 19% 54% 17% 56% 17% 65% 0% 17% 0% 21%

Percebemos que as marcas tem comportamento parecidos entre pares. Coronavac e Astrazeneca possuem
uma performance parecida entre elas; Pfizer e Janssen são próximas entre si; e Covaxin e Sputnik V possuem
comportamento semelhante. Como Covaxin e Sputnik V não são vacinas ainda aplicadas no Brasil até o
fechamento deste relatório, as análises a partir daqui serão focadas nos 4 imunizantes principais.
N: 3059
A CoronaVac ser a vacina mais lembrada pode estar relacionado
à constante veiculação da marca na mídia de diversas maneiras.”
Adicionalmente, no entanto, lembramos que foi a primeira vacina a
ser utilizada no Brasil, sendo aplicada em grupos populacionais que
incluíram idosos e pessoas com comorbidades. O fato de ter sido a
primeira vacina efetivamente usada, e nos primeiros meses da
campanha de vacinação brasileira ter sido a única, podem ter
contribuído para o resultado aferido e representado pela frase
citada acima.
CORONAVAC E ASTRAZENECA:
ALTO CONHECIMENTO,
PENALIZAÇÃO EM ETAPAS ANÁLISE DAS TAXAS DE
CONVERSÃO
AFETIVAS
AstraZeneca e CoronaVac se desenvolvem melhor
que Janssen e Pfizer ao passar de conhecimento 90% 85%
superficial para o mais profundo. 80%
80%
68% 77%
No entanto, Janssen e Pfizer trazem um maior 70% 84%
contingente daqueles que conhecem bem para a 66% 65%
60% 63%
etapa de gostar. Embora de gosto para 57% 56%
consideração as vacinas sejam equivalentes, a maior 50% 53% 54%
47% 52%
afetividade por Janssen e Pfizer se reflete em
40%
maiores conversões a preferência.
30%
20%
10%
0%
Awareness-Knowledge Knowledge-Liking Liking-Consideration Consideration-Preference

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Janssen ● Pfizer N: 3059


OITO EM CADA DEZ
RESPONDENTES NÃO REJEITARIA
NENHUMA VACINA, APESAR DE
POSSIVELMENTE PREFERIREM
UMA OU OUTRA Superior ao percentual de preferência de
qualquer marca, 21% da amostra afirmou
que não possuem preferencia por marca de
vacina. Também se destaca que a maior
parte da amostra não rejeita nenhuma
PREFERÊNCIA: Entre as marcas que você disse considerar, qual vacina.
delas você PREFERE?

REJEIÇÃO: Pensando nas marcas que você não marcou em


GOSTAR, quais delas você rejeita e não tomaria de maneira alguma.
81%

17% 17% 19% 21%


11% 15%
4% 7%
1% 1%
Redirecionados Pfizer Janssen AstraZeneca CoronaVac Não tenho preferência/Não
rejeito

CoronaVac é a vacina
mais rejeitada e menos
preferida.
● Rejeição ● Preferência N: 3059
Na passagem “AstraZeneca e CoronaVac se desenvolvem melhor que Janssen e Pfizer ao passar de
conhecimento superficial para o mais profundo. No entanto, Janssen e Pfizer trazem um maior contingente
daqueles que conhecem bem para a etapa de gostar. Embora de gosto para consideração as vacinas
sejam equivalentes, a maior afetividade por Janssen e Pfizer se reflete em maiores conversões a
preferência”, salientamos que três aspectos técnicos podem ter feito o público manifestar-se
positivamente em relação às vacinas Jansen e Pfizer:

A vacina Jansen é dada em apenas uma dose, portanto, a sensação de segurança em razão da
completude do regime vacinal ocorre de maneira mais rápida do que no caso de vacinas que exigem
duas doses para obtenção da proteção total prometida em bula.

A eficácia global de 95%, mesmo considerando-se as ressalvas feitas anteriormente em relação aos
dados de eficácia publicizados, podem ter influenciado a preferência pública pela vacina da Pfizer.

Os dados do estudo mostram que, à época, a vacina AstraZeneca era a mais utilizada na população
brasileira. A vacina apresenta, principalmente em sua primeira dose, efeitos adversos que, mesmo estando
dentro do tolerado e aceito por órgãos regulatórios, estão entre os mais desconfortáveis para o paciente
em comparação às outras vacinas. Essa percepção se acentua quando comparado à vacina
CoronaVac, cujos efeitos adversos são relativamente mais brandos. Ainda que efeitos adversos da Pfizer
sejam mais semelhantes aos efeitos observados para AstraZeneca do que para a CoronaVac, o impacto
do conhecimento e ocorrência destes efeitos pode ter influenciado o resultado.
Caso o respondente selecionasse que não conhece
profundamente, gosta ou considera tomar nenhuma das vacinas
apresentadas, ele era redirecionado a uma pergunta sobre a
sua intenção de se vacinar. 11% da amostra saiu em alguma
etapa do funil.

VOCÊ PRETENDE SE VACINAR CONTRA COVID-19?

● Sim, mas tenho outra vacina em mente que não foi apresentada.
● Não me vacinarei contra COVID-19 e não tenho o hábito de me vacinar
● Não me vacinarei contra a COVID-19, mas tenho o hábito de tomar outras vacinas

81%

3%
1% 21%
17% 17% 19% 15%
11% 7%
1% 1% 4%
7%
Redirecionados Pfizer Janssen AstraZeneca CoronaVac Não tenho preferência/Não
rejeito
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO:
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS
DE QUEM NÃO PRETENDE SE
VACINAR?
CLASSE SOCIAL FAIXA ETÁRIA
Comparado à amostra geral, vemos mais pessoas 48%
que não pretendem se vacinar entre homens, com 44%
40% 44%
menores rendas e menos escolarizados. Também
28% 42%
há mais pessoas na faixa etária dos 18 aos 24 anos. 34%
21% 24%
15% 23%
16%
REGIÃO 7% 7%
3% 1% 2% 1%
A B C D/E 18-24 25-34 35-44 45-54 55+
Nordeste
Norte:
:
14% / 9%
24% /
29%
ESCOLARIDADE GÊNERO

42%
36%
Centro-Oeste: Sudeste:
53% 52%
26% 47% 46%
12% / 7% 39% / 41%
20% 21%
16%
12%
9% 6%
Sul: 4%
11% / 14% 1%3% 1%3% 1% 1%
Fundamental Fundamental Médio Médio Superior Superior Pós Masculino Feminino Outro
incompleto completo incompleto completo incompleto completo graduação
ou +

● Geral ● Não se vacinarão N: 141


DESCONFIANÇA E MEDO SÃO POR QUE VOCÊ NÃO PRETENDE SE
VACINAR CONTRA COVID-19
OS PRINCIPAIS ARGUMENTOS
DE QUEM NÃO PRETENDE SE
VACINAR

Para entender os principais argumentos utilizados


por quem não pretende se vacinar foi feita uma
análise de similitude. Essa técnica constrói uma
árvore semântica a partir das relações observadas
entre os argumentos das justificativas. São mostradas
as palavras mais utilizadas, agrupadas e conectadas
de acordo com sua frequência de aparição conjunta
nos textos.

Os motivos que causam preocupação são


relacionados a desconfiança e medo da vacina e
seus efeitos colaterais. Existe uma percepção de que
foram produzidas muito rápido, estão sendo testadas
direto na população e não atingiram níveis de
eficácia considerados suficientes pelos
respondentes

N: 141
QUAIS OS ARGUMENTOS “Porque estas vacinas só foram aprovadas em uso
emergencial, sendo ainda observados os efeitos e
UTILIZADOS POR QUEM reações. Trabalhei até o momento sem vacina e preciso de
NEGA A VACINA? mais segurança para injetar algo no meu corpo.”

Percebe-se que nos motivos para a não vacinação


há elementos de notícias falsas e desconhecimento
básico sobre o funcionamento das vacinas. Essa “Por causa dos riscos dos efeitos colaterais a curto e a
longo prazo e por ser um teste de vacinação global.”
mistura pode levar ao medo e a repulsa pelos
imunizantes.

Entretanto é importante ressaltar que a parcela que


não pretende se vacinar é baixa se comparada
“Pois eu acho que uma vacina demora para ser
àquela que não declarou que não pretende se
estudada, acho que estarei sendo cobaia. Tenho medo
vacinar. Além disso, temos um percentual alto de
de efeitos colaterais a longo prazo.”
pessoas que não rejeitam as vacinas aliado a um
maior número de pessoas que não preferem uma
vacina em detrimento de outra.
Essa é uma constatação importante a ser feita, pois a
população, no geral, quer sim se vacinar. Mas existe “Não acredito na eficácia da mesma. Pois muitas
o fenômeno da preferência. pessoas já morreram após tomar, contraíram a doença
novamente e não resistiram.”

“Não acho viável uma vacina que não protege,


apenas previne de sintomas fortes.”
N: 141
“Não pretendo me vacinar pois não confio nessas
QUAIS OS ARGUMENTOS vacinas. Existem doenças que já existem há muitos anos e
UTILIZADOS POR QUEM até hoje não foi descoberta nenhuma vacina. Aí em
quatro, seis meses já fizeram uma vacina contra um vírus
NEGA A VACINA? mortal. E a taxa de mortalidade aumentou após as
vacinas. Pessoas sadias que tomaram a vacina
começaram a ter problemas de saúde ou pior, vieram a
óbito.”
Percebe-se que nos motivos para a não vacinação
há elementos de notícias falsas e desconhecimento
básico sobre o funcionamento das vacinas. Essa
mistura pode levar ao medo e a repulsa pelos “Cuido muito bem da minha saúde e realizo todos os
imunizantes. protocolos necessários pra evitar o contágio. Não vejo
necessidade de me vacinar levando em consideração a
Entretanto é importante ressaltar que a parcela que baixa eficiência da vacina. Quando desenvolverem
não pretende se vacinar é baixa se comparada uma vacina que seja segura e eficiente talvez eu tome.”
àquela que não declarou que não pretende se
vacinar. Além disso, temos um percentual alto de
pessoas que não rejeitam as vacinas aliado a um
maior número de pessoas que não preferem uma
vacina em detrimento de outra. “Por conta dos efeitos colaterais, ter afetado minha
Essa é uma constatação importante a ser feita, pois a família, exemplo: minha mãe não tem mais a mesma
população, no geral, quer sim se vacinar. Mas existe força de antes no braço em que foi aplicada a vacina.”
o fenômeno da preferência.

“Quem mata são os ‘intubadores’, eles são o que mais


estão matando, e talvez por não andar em qualquer lugar.”

N: 141
No quesito “Quais os argumentos utilizados por quem nega a vacina?”, ressaltamos novamente os pontos técnicos
abordados anteriormente: não há motivação técnica que subsidie a recusa em relação às vacinas, de uma forma geral, ou
a preferência por uma ou outra marca, especificamente. Os dados clínicos dos estudos, publicizados para todas as
vacinas em uso, incluindo-se avaliação por pares e análise de órgãosreguladores, não deixam dúvidas sobre a lisura dos
processos de licenciamento, sobre a segurança das vacinas, e sobre sua eficácia. Estes dados técnicos se contrapõem
aos sentimentos de “desconfiança” e “medo da vacina e seus efeitos colaterais”. Adiciona-se, ainda, que os efeitos
adversos verificados para as vacinas em uso não se diferenciam, em termos de intensidade ou frequência, dos efeitos
adversos conhecidos para a grande parte das vacinas que são ofertadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI)
brasileiro. Embora não seja objeto deste estudo, as taxas de recusa ou temor em relação às outras vacinas do PNI são
insignificantes. Este aspecto sugere que a recusa ou temor em relação às vacinas para COVID19 tem raízes não-
técnicas.

Em relação à impressão popular de que as vacinas foram desenvolvidas muito rapidamente, consideramos que esta seja
uma “meia verdade”. De fato, o licenciamento das vacinas aconteceu com uma rapidez nunca vista anteriormente, mas o
seu desenvolvimento não tem a mesma conotação. Depois do surgimento, nas décadas de 1950 a 1980, das vacinas mais
emblemáticas e conhecidas mundialmente, muitas outras vacinas de uso humano local foram desenvolvidas e licenciadas.
A mais recente delas foi uma vacina para Ebola, desenvolvida e licenciada em quatro anos. A janela de desenvolvimento e
licenciamento deste exemplo de vacina já não difere tanto do tempo de desenvolvimento e licenciamento das vacinas
para COVID19, principalmente quando se considera que a vacina para Ebola foi desenvolvida e testada em animais num
período menor que uma ano, muito similar às vacinas em tela. O problema é que o público tem seu referencial focado em
vacinas clássicas desenvolvidas há mais de 40 anos, cujos tempos de desenvolvimento se traduz em décadas. Para o
observador atento, o desenvolvimento científico e tecnológico é perfeitamente compatível com a aceleração da
pesquisa vacinal, principalmente diante de uma grande crise sanitária que culmina com influxo de recursos financeiros e
mão de obra qualificada trabalhando para um mesmo fim.
INTERAÇÃO ENTRE
CONSERVADORISMO
E NEGACIONISMO
Como o posicionamento político e crenças
acerca da vacinação influenciam desde o
conhecimento até a preferência por
vacinas contra COVID-19?

#3
A POLARIZAÇÃO DE UMA QUESTÃO DE SAÚDE
PÚBLICA: NEGACIONISMO E VISÃO POLÍTICA

A manifestação da interação negacionismo/visão política


no Brasil deu-se desde o início da pandemia no país:
atraso na aquisição das vacinas e transformação em
disputa eleitoral, ênfase a “tratamentos”
comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 e
descrédito em pesquisadores.

O Brasil tornou-se foco dos cientistas e da mídia


internacional pela má gestão da pandemia.

Um estudo publicado na Nature em 2021 demonstrou que,


ao prever o número de mortes por COVID-19 que
poderiam ocorrer no futuro, respondentes da pesquisa
não se ancoravam na concordância com medidas
preventivas, um reflexo da gravidade que atribuem à
pandemia. Em geral, um maior ou menor otimismo era
observado dependendo do partidarismo político do
indivíduo (1).

Referência: Freira, L., Sartorio, M., Boruchowicz, C., Lopez Boo, F., & Navajas, J.
(2021). The interplay between partisanship, forecasted COVID-19 deaths, and
support for preventive policies. Humanities And Social Sciences
Communications, 8(1).
AVALIAÇÃO DE TRAÇOS DO
RESPONDENTE E PERCEPÇÕES
SOBRE AS VACINAS:
UTILIZAÇÃO DE ESCALAS
PARA DESCREVER A PERFORMANCE DE CADA VACINA NOS
CONSTRUTOS AVALIADOS UTILIZAREMOS TOP-4-BOX
A avaliação de traços do respondente, atributos de
marca, força de marca e variáveis de resultado foi feita
a partir de escalas validadas extraídas de artigos
Analisamos o construto a partir das porcentagens de respondentes
científicos e adaptadas para o contexto da presente que selecionaram as opções mais extremas e positivas.
pesquisa.

AS ESCALAS MEDEM CONSTRUTOS A 1. 10.


PARTIR DE MÉTRICAS. Discordo Concordo
totalmente 2 3 4 5 6 7 8 9 totalmente

CONSTRUTO
As escalas são compostas por métricas, frases que Métrica 1 O O O O O O O O O O
representam comportamentos observáveis, nas quais
os respondentes escolhem um ponto em uma escala, Métrica 2 O O O O O O O O O O
que varia entre 10 opções, e melhor traduz sua opinião
em relação àquela frase. Quando analisadas juntas, Métrica 3 O O O O O O O O O O
as métricas dão origem a um construto.
Métrica 4 O O O O O O O O O O
Nossas variáveis de interesse não são diretamente
mensuráveis (por exemplo, conservadorismo,
confiança nas vacinas) e a utilização de TOP-4-BOX = % de respostas 7, 8, 9 e 10
comportamentos diretamente observáveis (métricas) é
uma aproximação da medida real (característica
latente/interna - construto).
CONSERVADORISMO E DESCONFIANÇA POR PAUTAS
LUCRO (2) PROGRESSISTAS (1)
NEGACIONISMO:
MENSURAÇÃO • Vacinas geram muito lucro para • O Estado deve ser laico (sem
indústrias farmacêuticas, mas nenhuma influência de qualquer
A escala de conservadorismo foi dividida em duas não contribuem muito com as religião)
dimensões: pautas progressistas e pautas pessoas • Sou favorável ao casamento entre
• As autoridades promovem pessoas do mesmo sexo
conservadoras. Para avaliar o negacionismo, também
vacinação para ganho próprio • Sou favorável à
avaliamos duas vertentes: a desconfiança em planos
e não pela saúde da população descriminalização do consumo e
de vacinação por lucro da indústria • Programas de vacinação são venda da maconha
farmacêutica/governo ou desconfiança em vacinas grandes golpes • Sou a favor da descriminalização
por acreditar na aquisição de imunização natural. do aborto

PAUTAS IMUNIZAÇÃO NATURAL


CONSERVADORAS (1) (2)

• Patriotismo é um valor importante • A imunização natural, pela


para mim exposição aos vírus e germes, traz
• O estado deve garantir o direito à efeitos mais duradouros do que
propriedade e à livre as vacinas
concorrência, deixando que o • A exposição natural a vírus e
mercado se regule germes promove uma proteção
• Sou favorável às privatizações dos mais segura
órgãos públicos • Ser exposto naturalmente às
REFERÊNCIAS • Sou favorável à liberação do porte doenças é mais seguro para o
de armas sistema imunológico do que ser
1. Everett JAC (2013) The 12 Item Social and Economic Conservatism
• Acredito na meritocracia, pois exposto por meio das vacinas
Scale (SECS). PLOS ONE 8(12): e82131
2. Martin, L. R., & Petrie, K. J. (2017). Understanding the Dimensions of Anti- privilegia o esforço do cidadão
Vaccination Attitudes: the Vaccination Attitudes Examination (VAX) • Sou a favor da redução da
Scale. Annals of behavioral medicine : a publication of the Society of maioridade penal no Brasil
Behavioral Medicine, 51(5), 652–660.
SEGMENTAÇÃO DA AMOSTRA A PARTIR DOS NÍVEIS
DE CONSERVADORISMO E NEGACIONISMO

As escalas de pautas progressistas e desconfiança das


vacinas por lucro geraram quatro grupos distintos,
utilizando uma análise de cluster.

Conservadorismo
Conservadora Conservadora
Não negacionista Negacionista
N = 882 N = 554

Negacionismo

Progressista Progressista
Não negacionista Negacionista
N = 931 N = 692

N: 3059
Conservador Conservador Progressista Progressista
PERFIS MAIS PROGRESSISTAS E Negacionista Não negacionista Negacionista Não negacionista
NÃO NEGACIONISTAS 96% 98% 98% 99%

CoronaVac
CONHECEM MAIS E PREFEREM 61% 63% 64% 65% 60% 62% 69% 70%

MENOS 29% 48% 32% 51% 31% 51% 40% 58%

25% 86% 27% 82% 25% 82% 34% 86%

19% 75% 14% 53% 16% 64% 12% 35%


A dinâmica observada nos funis, para além de
diferentes preferências entre as marcas, é a diferença
em conhecimento das vacinas, seja superficial ou 90% 97% 91% 99%
profundo.

AstraZeneca
60% 66% 65% 67% 61% 67% 70% 70%

36% 60% 41% 63% 37% 61% 46% 66%


Os perfis mais progressistas e não negacionistas
29% 82% 34% 84% 31% 84% 40% 87%
tendem a apresentar um maior conhecimento de
todas as marcas. Mesmo assim, apresentam 20% 69% 20% 58% 20% 65% 16% 39%
conversões menores para preferência.
70% 84% 81% 93%
35% 50% 45% 54% 45% 55% 59% 63%

34% 33% 74% 47% 81%

Pfizer
26% 73% 75%

21% 82% 27%


27% 81% 27% 83% 41% 87%

15% 72% 17% 61% 17% 62% 19% 46%

76% 84% 78% 88%


38% 50% 36% 43% 37% 42% 47%
47%

Janssen
28% 72% 30% 82% 30% 81%
35% 83%

22% 81% 25% 84% 24% 82% 30% 87%

19% 86% 17% 67% 17% 69% 15% 51%


PARA ALÉM DO POSICIONAMENTO
A maior
POLÍTICO, É ENTRE OS
NEGACIONISTAS QUE ENTRE AS MARCAS QUE VOCÊ DISSE CONSIDERAR,
OBSERVAMOS MAIS PREFERÊNCIA QUAL DELAS VOCÊ PREFERE?

31%
Independente do espectro político, a maior
tendência em escolher uma vacina será dos
negacionistas. A não preferência por uma vacina
será maior para os não negacionistas.
21%
Isso é uma evidência da relação entre credibilidade 20% 20% 20%
da vacina e percepção de qualidade da mesma. 19% 19% 19%
17%17% 17%17%
16% 16%
15% 15%
15%
14%
12%
10%

Conservador Conservador Progressista Progressista Favorável


Negacionista Favorável Negacionista

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Janssen ● Pfizer


● Sem preferência, tomaria qualquer vacina N: 3059
NEGACIONISTAS SÃO OS QUE
MAIS REJEITAM VACINAS,
PRINCIPALMENTE A CORONAVAC

REJEIÇÃO: PENSANDO NAS MARCAS QUE VOCÊ NÃO MARCOU EM


A rejeição segue a tendência da preferência: GOSTAR, QUAIS DELAS VOCÊ REJEITA E NÃO TOMARIA DE
independente do espectro político, são os MANEIRA ALGUMA.
negacionistas que rejeitam determinadas vacinas e
nesse público se encontram os sommeliers. A
CoronaVac é a vacina mais penalizada em rejeição. 100%
90% 88%
81%
80% 78%
74%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
11%
10% 8% 8%
5% 4% 5% 4% 3%
1% 2% 1% 2% 2% 1% 0% 0%
0%
Conservador Conservador Progressista Progressista
Negacionista Favorável Negacionista Favorável

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Janssen ● Pfizer ● Sem rejeição N: 3059


NEGACIONISMO: O NÃO-
HÁBITO DE TOMAR VACINA É DE QUAIS DAS VACINAS ABAIXO VOCÊ JÁ TOMOU, MESMO
AGORA? QUE TENHA SIDO QUANDO VOCÊ ERA CRIANÇA?

Tríplice viral 75%


Uma forma de mensurar o histórico de vacinação dos
respondentes é através do número de vacinas que já Febre Amarela 74%
foram tomadas.
Hepatites A ou B 72%
Em média, os respondentes já tomaram 5 das 11
vacinas apresentadas. Influenza (gripe – vacina anual) 71%

Tríplice bacteriana ou dupla adulto 65%

Varicela 52%

Meningocócicas B/ACWY 40%

Dengue 32%

HPV 28%

Pneumocócica 28%

Herpes Zóster 8%

Nenhuma das anteriores 3%

Não tenho o hábito de me vacinar 2%


QUEM NÃO TEM O HÁBITO DE
SE VACINAR CONHECE MENOS
E PREFERE MAIS

CoronaVac AstraZeneca Pfizer Janssen

Acima da média
99% 99% 89% 86%
Respondentes que têm uma quantidade abaixo da 69% 70% 65% 66% 55% 62% 43% 49%
média de vacinas na carteirinha apresentam um
39% 56% 40% 61% 44% 79% 35% 83%
menor conhecimento e uma maior tendência a ter
32% 81% 32% 80% 36% 81% 30% 86%
preferência por uma marca ou outra.
14% 44% 14% 43% 19% 54% 18% 58%
Quem possui o hábito de se vacinar tende a não
preferir uma marca e está mais informado.

95% 85% 64% 67%

Abaixo da média
59% 62% 53% 61% 30% 47% 30% 44%

35% 59% 35% 68% 23% 75% 24% 80%

30% 85% 32% 89% 20% 88% 20% 85%

21% 70% 20% 62% 13% 64% 15% 77%

N acima: 415, N abaixo: 443


BUSCA POR
INFORMAÇÕES
Como a credibilidade de fontes de
informação influencia desde o
conhecimento até a preferência por
vacinas contra COVID-19?

#4
GRUPOS DE WHATSAPP
SÃO O PRINCIPAL MEIO DE COM QUE FREQUÊNCIA VOCÊ COSTUMA UTILIZAR OS
MEIOS ABAIXO PARA SE ATUALIZAR?
ATUALIZAÇÃO
WhatsApp 6% 8% 86%

Esse meio é conhecido pela facilidade de difusão de Youtube 4% 12% 83%


informações falsas, inclusive sobre as vacinas, o que
Instagram 11% 13% 76%
pode desencorajar as pessoas de tomarem suas
doses quando chegar o momento. Sites de notícias 12% 19% 69%
Facebook 21% 18% 61%
TV aberta 24% 22% 54%
TV paga 29% 18% 53%
Tiktok 36% 19% 45%
Telegram 42% 21% 37%
Podcasts 41% 25% 34%
Rádio 47% 26% 27%
Twitter 62% 16% 22%
Jornais e revistas 59% 22% 19%

● Frequência baixa de uso para atualização (<=3)


● Frequência moderada de uso para atualização
● Frequência alta de uso para atualização (>=7)
N: 3059
ALTO USO DO WHATSAPP:
NECESSÁRIA UMA FONTE
CREDÍVEL DE INFORMAÇÃO
ASSOCIADA
CoronaVac AstraZeneca Pfizer Janssen

A maior parte da amostra (86%) dos respondentes 98% 96% 84% 85%
reporta utilizar o WhatsApp em alta frequência para 65% 66% 67% 70% 49% 58% 40% 47%

Frequência de atualização via site de


atualização.

Alto

notícias (fonte com credibilidade)


34% 53% 44% 65% 38% 77% 32% 80%

28% 81% 37% 84% 31% 83% 27% 84%


O aplicativo é uma forma passiva de receber
informações e, quando seu uso não é acompanhado 14% 51% 20% 55% 18% 57% 18% 66%

pela verificação dos fatos em uma fonte com


credibilidade, facilita a difusão de notícias falsas e
incompletas.

Essa dinâmica pode ser observada na substancial 96% 89% 77% 70%
perda de respondentes ao longo do funil. À medida 53% 55% 57% 64% 35% 46% 24% 34%

Baixo
em que a utilização conjunta de WhatsApp e sites de 27% 51% 38% 67% 26% 74% 17% 70%
notícia (uma fonte credível) diminui, o conhecimento 90% 32% 84% 23% 88% 15% 88%
24%
profundo acerca das vacinas. diminui também. 14%
14% 58% 18% 56% 61% 10% 65%

As segmentações ao lado consideraram apenas os


respondentes que tem alto uso de WhatsApp, com
associações a diferentes níveis de atualização via
sites de notícias.

N: Alto Uso de WhatsApp + diferentes níveis de atualização via sites de notícias Alto: 1864 | Baixo: 292
ATUALIZAÇÃO POR WHATSAPP
SEM UMA FONTE COM
CREDIBILIDADE EM CONJUNTO
AUMENTA A REJEIÇÃO

Corroborando com nossos achados, um estudo 89%


publicado em março de 2021 na Nature demonstrou

Porcentagem de respondentes que não


que o compartilhamento de notícias falsas pelo
WhatsApp pode ser combatido com a exposição à
informação correta associada a uma fonte de
credibilidade (1).

rejeitam vacinas
Ao lado representamos um modelo de regressão, no
qual o uso de WhatsApp interage com o uso de sites de 82%
notícias para prever a porcentagem de respondentes
em cada nível que não rejeitam vacinas. É interessante 82%
notar o distanciamento das curvas: o percentual de
respondentes que se atualiza por sites de notícias e
não rejeita vacinas é sempre maior nos diferentes 80%
níveis de uso de WhatsApp.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Referência: Vijaykumar, S., Jin, Y., Rogerson, D., Lu, X., Sharma, S., &
Frequência de uso de WhatsApp para atualização
Maughan, A. et al. (2021). How shades of truth and age affect responses to
COVID-19 (Mis)information: randomized survey experiment among
WhatsApp users in UK and Brazil. Humanities And Social Sciences
Communications, 8(1). doi: 10.1057/s41599-021-00752-7
● Uso alto de sites de notícias ● Uso baixo
OPINIÕES DAS AUTORIDADES
SÃO RELEVANTES, MAS POR O QUANTO VOCÊ CONSIDERA RELEVANTES AS OPINIÕES
ONDE CHEGAM? DAS SEGUINTES FONTES DE INFORMAÇÃO NA SUA
DECISÃO DE TOMAR VACINAS?

Profissionais de saúde 3% 11% 87%


Contrasta-se a informação de que consideramos
relevantes a opinião de especialistas com as fontes de
Pesquisadores e cientistas 4% 11% 84%
informação mais utilizadas.
Agências regulatórias 5% 13% 82%

Comunicações de empresas farmacêuticas 11% 22% 67%

Comunicações do governo 21% 25% 54%

Amigos e familiares 19% 29% 52%

Mídia 21% 27% 52%

Figuras religiosas 42% 27% 31%

Profissionais de práticas alternativas 47% 25% 28%

Figuras políticas 47% 26% 27%

Influenciadores e celebridades 49% 26% 25%

● Opinião pouco importante


● Opinião moderadamente importante
N: 3059
● Opinião muito importante
BAIXA IMPORTÂNCIA
ATRIBUÍDA À OPINIÃO DE
ESPECIALISTAS: MENOS
CONHECIMENTO, MAIS
PREFERÊNCIA
CoronaVac AstraZeneca Pfizer Janssen
Respondentes que atribuem uma alta importância às
opiniões de especialistas, como pesquisadores e

Alta importância
98% 96% 86% 84%
cientistas, tendem a preferir menos as vacinas e ter um

atribuída à opinião pesquisadores


65% 66% 66% 68% 50% 58% 39% 47%
maior conhecimento.
34% 53% 42% 64% 39% 77% 32% 81%

Quando atribui-se uma importância alta a fontes que 29% 84% 35% 84% 32% 83% 27% 84%
não são especialistas, como amigos e família, observa- 14% 48% 18% 52% 18% 56% 17% 63%
se a dinâmica contrária: embora o conhecimento seja
semelhante, vemos maiores conversões a preferência.

Baixa importância
91% 88% 55% 67%
56% 61% 51% 58% 25% 46% 32% 47%
33% 59% 30% 59% 17% 66% 23% 73%
30% 92% 30% 97% 14% 86% 17% 73%

24% 81% 22% 74% 09%65% 13% 77%

N: Pesquisadores: baixa importância (130); alta importância (2583)


ALTA IMPORTÂNCIA A
OPINIÕES QUE NÃO SÃO DE
ESPECIALISTAS AUMENTAM A
PREFERÊNCIA

CoronaVac AstraZeneca Pfizer Janssen


Respondentes que atribuem uma alta importância às
opiniões de especialistas, como pesquisadores e

Alta importância

atribuída à opinião de amigos e família


98% 95% 81% 81%
cientistas, tendem a preferir menos as vacinas e ter um
64% 65% 64% 68% 45% 56% 39% 48%
maior conhecimento.
33% 53% 41% 63% 35% 76% 31% 80%
Quando atribui-se uma importância alta a fontes que 28% 84% 33% 82% 28% 82% 26% 84%
não são especialistas, como amigos e família, observa- 16% 58% 20% 60% 17% 61% 18% 68%
se a dinâmica contrária: embora o conhecimento seja
semelhante, vemos maiores conversões a preferência.

Baixa importância
97% 95% 88% 86%
65% 67% 65% 68% 51% 58% 38% 44%

34% 53% 43% 65% 38% 76% 30% 80%

29% 85% 36% 84% 33% 86% 26% 86%

12% 40% 16% 45% 16% 47% 15% 58%

N: Amigos: baixa importância (572); alta importância (1597)


DUELOS
Por que uma vacina é preferida
ou rejeitada frente a outra?

#5
RESUMOS DOS Nos duelos, apresentamos duas marcas que o respondente afirmou conhecer bem.
Pedimos para que escolha uma delas e justifique em campo aberto o motivo da
DUELOS DE MARCAS preferência. Janssen é a preferida, vencendo de todas as marcas com as quais duelou.
CoronaVac perde de todas as vacinas que atualmente estão sendo aplicadas no Brasil.

CoronaVac AstraZeneca Pfizer Janssen Covaxin Sputnik V

Versus AstraZeneca Versus CoronaVac Versus AstraZeneca Versus AstraZeneca Versus AstraZeneca Versus AstraZeneca

40% 60% 60% 40% 70% 30% 74% 26% 18% 82% 23% 77%

Versus Pfizer Versus Pfizer Versus CoronaVac Versus CoronaVac Versus Pfizer Versus Pfizer

23% 77% 30% 70% 77% 23% 79% 21% 11% 89% 10% 90%

Versus Janssen Versus Janssen Versus Janssen Versus Pfizer Versus Janssen Versus Janssen

21% 79% 26% 74% 35% 65% 65% 35% 21% 79% 15% 85%

Versus Covaxin Versus Covaxin Versus Covaxin Versus Covaxin Versus CoronaVac Versus Covaxin

80% 20% 82% 18% 89% 11% 79% 21% 20% 80% 54% 46%

Versus Sputnik V Versus Sputnik V Versus Sputnik V Versus Sputnik V Versus Sputnik V Versus CoronaVac

77% 23% 77% 23% 90% 10% 85% 15% 46% 54% 23% 77%
A CoronaVac ter um intervalo menor entre uma dose e outra é um fator que estimula
preferência, bem como a associação com o Brasil e Instituto Butantã ou o fato de já
terem tomado uma dose. Há destaque para menores efeitos colaterais. As outras
MOTIVOS DE ESCOLHA vacinas são vistas como mais eficazes e a possibilidade de uma única dose é positiva.
Há menções à associação com a China como argumento desfavorável. Existe a não
DA CORONAVAC preferência e argumentos de eficácia e confiança são fornecidos em ambos os lados.

34% 66%
N: 3059
MOTIVOS DE ESCOLHA
DA CORONAVAC
“Fiz minhas duas doses da CoronaVac, e mesmo
convivendo com uma pessoa que contraiu o vírus,
A CoronaVac ter um intervalo menor entre nunca tive nenhum problema.” – versus AstraZeneca
uma dose e outra é um fator que estimula
preferência, bem como a associação com o
Brasil e Instituto Butantã ou o fato de já terem
tomado uma dose. Há destaque para
menores efeitos colaterais.
“Por ser mais conhecida e possuir mais
informações e ter parceria com o instituto
Butantã.” – versus AstraZeneca

“É uma vacina também mais disponível nos postos


de vacinação, com relatos de menos reações
adversas. Além de ser mais rápida a imunização.”
– versus Pfizer

N: 3059
AstraZeneca, quando preferida, é “apesar dos efeitos colaterais”. É uma vacina
comprovadamente eficaz, inclusive com menções à variante delta, que muitas pessoas
já tomaram e tem referências de conhecidos e familiares, sendo acessível. O intervalo
MOTIVOS DE ESCOLHA entre doses é longo, o que favorece a preferência por dose única. Assim como para a
CoronaVac, há argumentos de não preferência, bem como eficácia e segurança em
DA ASTRAZENECA ambos os lados.

45% 55%
N: 3717
MOTIVOS DE ESCOLHA
DA ASTRAZENECA
Tomaria a AstraZeneca, tem uma eficácia de setenta e oito
por cento comparada aos cinquenta por cento da
AstraZeneca, quando preferida, é CoronaVac! Que por sua vez tem mostrado eficácia
“apesar dos efeitos colaterais”. É uma contra as variantes mais transmissíveis!” – versus
vacina comprovadamente eficaz, CoronaVac
inclusive com menções à variante
delta, que muitas pessoas já tomaram
e tem referências de conhecidos e
familiares, sendo acessível. O intervalo “Não tenho preferência, vacina boa é vacina
entre doses é longo, o que favorece a aplicada no braço. Acredito que ambas são
preferência por dose única. Assim boas.” – versus CoronaVac
como para a CoronaVac, há
argumentos de não preferência, bem
como eficácia e segurança em ambos
os lados.
“Apesar das reações acontecerem com frequência,
devido algumas informações sobre "perigos a
saúde", acredito que nesse momento ela seja
preferível em relação a da Janssen.” – versus
Janssen

N: 3717
Pfizer ganha a maioria dos duelos que participa e é percebida como eficaz, com menos
efeitos colaterais e segura, com menções à possibilidade de ser aplicada em gestantes.
Ser uma vacina de RNA mensageiro é visto como moderno e um argumento de
MOTIVOS DE preferência. A preferência por dose única aparece contra a Pfizer, bem como
percepções de maior disponibilidade, confiança e eficácia de outras vacinas.
ESCOLHA DA PFIZER

66% 34%
N: 3223
MOTIVOS DE
ESCOLHA DA PFIZER
"A Pfizer tem mais eficácia do que a AstraZeneca,
embora ambas sejam boas e estudos tem mostrado
suas eficácias contras as variantes, (sic) a Pfizer da
Pfizer ganha a maioria dos duelos que maior segurança na ação contra o vírus." - versus
participa e é percebida como eficaz, com AstraZeneca
menos efeitos colaterais e segura, com
menções à possibilidade de ser aplicada em
gestantes. Ser uma vacina de RNA
mensageiro é visto como moderno e um
argumento de preferência. "Menos efeitos colaterais, é feita a partir de RNA
e por um laboratório mais conhecido." – versus
AstraZeneca

"Porque é também um produto comprovadamente


eficaz e já tomei dela, sei dos seus possíveis efeitos e
acredito que qualquer vacina comprovada será de
extrema importância" – versus AstraZeneca

N: 3223
A preferência pela vacina da Janssen é muito clara: o fato de ser dose única é
extremamente atrativo. Argumentos de eficácia, segurança confiança, ausência de
efeitos colaterais são pontos favoráveis às outras vacinas.
MOTIVOS DE ESCOLHA
DA JANSSEN

74% 26%
N: 2825
MOTIVOS DE ESCOLHA
DA JANSSEN
"Dose única. Além disse a AstraZeneca apresentou
muitas reações adversas na população brasileira." –
A preferência pela vacina da Janssen é muito versus AstraZeneca
clara: o fato de ser dose única é
extremamente atrativo.

"Estão aparecendo matérias dizendo que a


vacina Janssen causa efeitos colaterais que eu
não gostaria de sofrer. Já a CoronaVac não
conheço nada a respeito de causar efeitos
colaterais." – versus CoronaVac

"Tem muito mais eficácia já comprovada. Uma


única dose é preciso" – Versus CoronaVac

N: 2825
Cabe ressaltar que a associação positiva entre a CoronaVac e o instituto Butantã, no entanto, pode
ser fruto de desinformação, já que o referido Instituto recebe o IFA pronto da Sinovac, empresa
chinesa, e apenas forma e embala o produto no Brasil, não sendo, portanto, uma vacina
genuinamente brasileira. Em relação à AstraZeneca, a menção à variante Delta é curiosa, mas
ressaltase que estudos recentes indicam perda relativa de eficácia global da vacina em relação a
esta variante. Em relação à Pfizer, o quesito “maior eficácia” sempre permeia a escolha popular. No
entanto, como abordado anteriormente, essa percepção comparativa pode ser enganosa. De
maneira interessante, a disponibilidade é mencionada de maneira negativa na avaliação popular.
Essa realidade pode ter mudado atualmente em vista do aumento de oferta da vacina no Brasil no
período pós-pesquisa, no entanto, salientamos a dificuldade de distribuição da vacina Pfizer fora de
centros grandes e médios em razão das dificuldades inerentes à cadeia de transporte ultra-frio –
uma necessidade dessa vacina. Por fim, em relação à vacina da Jansen, é compreensível o efeito
positivo que a dose única pode exercer. Isso pode ser entendido como alívio pela completude
rápida do regime vacinal, e também pelo medo de indisponibilidade de segunda dose para os
pacientes que tomam as outras vacinas, já que a falta da segunda dose correlata afligiu milhões de
brasileiros nestes últimos meses.
MODELO DE
EQUAÇÕES
ESTRUTURAIS
Quais atributos de marca pesam mais?

#5
DESCOBRINDO OS PONTOS- As caixas representam Cada relação
construtos. apresenta um
CHAVE: MODELO DE EQUAÇÕES coeficiente, que
As flechas indicam relações
ESTRUTURAIS causais e apontam a direção.
representa quanto
impacto a variável
Neste caso, vemos o efeito de específica tem no total
Brand Equity na satisfação de explicação (R²).

Para entender quais atributos pesam mais para a


construção de marca das vacinas, foi construído um Atributo A
modelo de equações estruturais. Essa análise estatística
identifica as relações de causa e efeito entre atributos de Identificação
marca e caminhos de construção de Brand Equity. Este, R² = xx%
Atributo B Satisfação
por sua vez, atua como mediador, carregando os efeitos R²=x%
da construção de marca nas variáveis de resultado. XX%

Atributo C XX%

Brand Equity
São dois os caminhos de construção de Brand Equity: XX% Recomendação
R²=x%
R²=x%
Atributo D XX%
• Identificação é o grau de relacionamento entre
consumidor e marca e a crença sobre o quanto essa XX%
Tomar outras
marca se encaixa com a imagem que tem de si mesmo.¹
Atributo E vacinas
R²=x%
• Qualidade mede a crença de uma pessoa a respeito Qualidade
do grau de precisão e confiabilidade em determinada R² = xx%
Atributo F
atividade.²

¹ AAKER, Jennifer; FOURNIER, Susan; BRASEL, S. Adam. When Good Brands Do Bad. JCR, v. 31, n.1,
2004. p.p. 1-16. ² PRATIBHA, Dabholkar. Incorporating Choice into an Attitudinal Framework: O R² varia de 0 a 100% e demonstra o quanto da variação
Analyzing Models of Mental Comparison Processes. JCR, v.21, N.1, 1994. p.p. 100-118. em uma variável eu consigo explicar pelas variáveis que a
antecedem. Neste exemplo, o valor do R² indicaria quanto eu
conseguiria explicar a intenção de recomendar uma vacina
baseada na força da marca da mesma.
ESCALAS UTILIZADAS PARA
CREDIBILIDADE (1) DIVERSÃO (1)
AVALIAR ATRIBUTOS DE
MARCA • Segura • Extrovertida
• Confiável • Divertida
Os atributos avaliados derivaram de escalas de • Respeitável • Alegre
personalidade e tipologia de marca. Também foi
avaliado o efeito país de origem de cada vacina. De
artigos publicados na área da saúde foram extraídos o
AUDÁCIA (1) SOFISTICAÇÃO (1)
Índice de Confiança em Vacinas e uma escala de
preocupação com efeitos adversos.
• Ousada • Elegante
• Moderna • Sofisticada
• Criativa • Glamorosa

EFEITOS ADVERSOS (3) PAÍS DE ORIGEM (5)

• Apesar da vacina [marca • Referência em vacinas


avaliada] parecer segura, podem • Alto padrão de qualidade e
acontecer problemas que ainda controle na produção de vacinas
não foram descobertos • Utiliza métodos seguros de
REFERÊNCIAS
• A vacina [marca avaliada] pode produção de vacinas
1. Aaker, J. L. (1997). Dimensions of Brand Personality. Journal of Marketing Research, 34(3),
347–356.
causar problemas inesperados • Possui competência no
2. Blankson, C., & Kalafatis, S. (2001). The Development of a Consumer/Customer-Derived • Me preocupo com efeitos desenvolvimento de vacinas
Generic Typology of Positioning Strategies. Journal of Marketing Theory and Practice, 9(2), 35-
53. adversos da vacina [marca • Possui credibilidade no
3. Martin, L. R., & Petrie, K. J. (2017). Understanding the Dimensions of Anti-Vaccination avaliada] no futuro desenvolvimento de vacinas
Attitudes: the Vaccination Attitudes Examination (VAX) Scale. Annals of behavioral medicine :
a publication of the Society of Behavioral Medicine, 51(5), 652–660. • *ancorada no país de origem da
4. de Figueiredo, A., Simas, C., Karafillakis, E., Paterson, P., & Larson, H. J. (2020). Mapping
global trends in vaccine confidence and investigating barriers to vaccine uptake: a large-scale
vacina avaliada
retrospective temporal modelling study. Lancet (London, England), 396(10255), 898–908
5. Häubl, G. (1996). A cross-national investigation of the effects of country of origin and brand
name on the evaluation of a new car“. International Marketing Review, 13(5), 76-97.
ESCALAS UTILIZADAS PARA
ACESSIBILIDADE (2) HUMANIZAÇÃO (2)
AVALIAR ATRIBUTOS DE
MARCA • Acessível • Digna
• Fácil de encontrar • Próxima
Os atributos avaliados derivaram de escalas de • Disponível • Tem consideração pelas pessoas
personalidade e tipologia de marca. Também foi
avaliado o efeito país de origem de cada vacina. De
artigos publicados na área da saúde foram extraídos o
VCI - VACCINE
Índice de Confiança em Vacinas e uma escala de
LIDERANÇA (2) CONFIDENCE INDEX (4)
preocupação com efeitos adversos.

• A principal • Referência em vacinas


• Vem de um laboratório antigo e • Alto padrão de qualidade e
estável controle na produção de vacinas
• É de um laboratório líder de • Utiliza métodos seguros de
mercado produção de vacinas
• Possui competência no
desenvolvimento de vacinas
• Possui credibilidade no
desenvolvimento de vacinas
• *ancorada no país de origem da
vacina avaliada
REFERÊNCIAS

1. Aaker, J. L. (1997). Dimensions of Brand Personality. Journal of Marketing Research, 34(3),


347–356.
2. Blankson, C., & Kalafatis, S. (2001). The Development of a Consumer/Customer-Derived
Generic Typology of Positioning Strategies. Journal of Marketing Theory and Practice, 9(2), 35-
53.
3. Martin, L. R., & Petrie, K. J. (2017). Understanding the Dimensions of Anti-Vaccination
Attitudes: the Vaccination Attitudes Examination (VAX) Scale. Annals of behavioral medicine :
a publication of the Society of Behavioral Medicine, 51(5), 652–660.
4. de Figueiredo, A., Simas, C., Karafillakis, E., Paterson, P., & Larson, H. J. (2020). Mapping
global trends in vaccine confidence and investigating barriers to vaccine uptake: a large-scale
retrospective temporal modelling study. Lancet (London, England), 396(10255), 898–908
5. Häubl, G. (1996). A cross-national investigation of the effects of country of origin and brand
name on the evaluation of a new car“. International Marketing Review, 13(5), 76-97.
ESCALAS UTILIZADAS PARA
QUALIDADE (1) IDENTIFICAÇÃO
AVALIAR IDENTIFICAÇÃO,
QUALIDADE, BRAND EQUITY • Boa qualidade • A [marca avaliada] representa
• Diferenciada
E RESULTADOS • Durabilidade
muito o tipo de pessoa que eu sou
• Em vários aspectos a imagem da
• Melhor do que os concorrentes [marca avaliada] é semelhante à
• Superior minha imagem
• A [marca avaliada] tem um papel
importante na minha vida

BRAND EQUITY (2) SATISFAÇÃO

• Se outra vacina não é diferente da • Eu realmente estou gostando


[marca avaliada] de nenhuma desta vacina
maneira, parece mais inteligente me • Eu estou satisfeito com esta
vacinar com a [marca avaliada] vacina
• Vale a pena me vacinar com a [marca • Ser vacinado com a [marca
avaliada] em vez de outra vacina, até avaliada] tem sido uma
mesmo quando elas são iguais experiência agradável
• Mesmo que haja outra vacina tão boa • Ter me vacinado com a [marca
quanto a [marca avaliada], eu prefiro avaliada] foi um acerto
me vacinar com a [marca avaliada]
• Mesmo que outra vacina tenha as
mesmas características da [marca
REFERÊNCIAS
avaliada] eu prefiro me vacinar com a
1. Blankson, C., & Kalafatis, S. (2001). The Development of a Consumer/Customer-Derived [marca avaliada]
Generic Typology of Positioning Strategies. Journal of Marketing Theory and Practice, 9(2), 35-
53. • A [marca avaliada] é uma marca forte
2. Yoo, B., Donthu, N., & Lee, S. (2000). An examination of selected marketing mix elements and
brand equity. Journal of the Academy of Marketing Science, 28(2), 195–211.
ESCALAS UTILIZADAS PARA INTENÇÃO DE INTENÇÃO DE TOMAR OUTRAS
AVALIAR IDENTIFICAÇÃO, RECOMENDAR (2) VACINAS DO MESMO
LABORATÓRIO
QUALIDADE, BRAND EQUITY
E RESULTADOS • Se alguém pedir meu conselho, • Eu pretendo me vacinar para
eu pretendo recomendar a outras doenças com vacinas do
[marca avaliada] mesmo laboratório da [marca
• Eu pretendo recomendar a avaliada] no futuro
[marca avaliada] para os meus • Eu pretendo me vacinar para
amigos e parentes outras doenças com vacinas do
• Eu diria coisas positivas sobre a mesmo laboratório da [marca
[marca avaliada] para outras avaliada] com mais frequência
pessoas • Quando vou me vacinar eu
procuro por vacinas do mesmo
laboratório da [marca avaliada]

REFERÊNCIAS

1. Blankson, C., & Kalafatis, S. (2001). The Development of a Consumer/Customer-Derived


Generic Typology of Positioning Strategies. Journal of Marketing Theory and Practice, 9(2), 35-
53.
2. Yoo, B., Donthu, N., & Lee, S. (2000). An examination of selected marketing mix elements and
brand equity. Journal of the Academy of Marketing Science, 28(2), 195–211.
Audácia se refere à marca ser vista como moderna e criativa. Em itálico: comentários de respondentes em
Referências à tecnologia empregada no processo de campo aberto, justificativas à preferência de
pesquisa/fabricação podem estar motivando a relação deste uma vacina em detrimento de outra.
construto com a identificação:

“Por utilizarem a técnica moderna de fabricação de vacina”


“Eficiência maior que a CoronaVac, e tecnologia mais moderna e
inteligente”

Audácia
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI

N: 2910
Em itálico: comentários de respondentes em
campo aberto, justificativas à preferência de
uma vacina em detrimento de outra.

Audácia
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI

As vacinas surgiram como esperança em meio à imprevisibilidade do


término da pandemia. Nesse sentido, desenvolver as vacinas foi visto como
cuidado e consideração com as pessoas. Enxergar essa dignidade no
tratamento da população com o desenvolvimento das vacinas torna-se o
atributo que mais pesa na construção de identificação com as marcas.
N: 2910
O senso de humor pode fazer com que uma situação séria como a Em itálico: comentários de respondentes em
pandemia e a expectativa pelas vacinas se torne mais leve. campo aberto, justificativas à preferência de
Perceber as vacinas como divertidas, através de memes na uma vacina em detrimento de outra.
internet, também contribui para um maior grau de identificação
com as mesmas.

“Por causa do meme”

Audácia
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI

O país de origem das vacinas é um argumento comumente utilizado para dizer se elas são boas ou ruins. As métricas desse construto
fazem referência a competência dos países em programas de vacinação e produção de vacinas. Como vemos esse construto ligado à
identificação, percebe-se que o julgamento não passa necessariamente por avaliar a performance em si, mas uma avaliação subjetiva
do país.

“Porque produtos alemães, assim como os americanos, possuem uma margem maior de confiabilidade do que os produtos de origem chinesa.” N: 2910
“Porque confio mais em um laboratório chinês.”
PERFORMANCES NAS
MÉTRICAS DE RESULTADO
75%75%
POR MARCA 70%
65%
A performance da Janssen e da Pfizer são parecidas,
enquanto que AstraZeneca e Coronavac andam 55%
mais próximas entre si. 53%
50%
46%45% 46%
A pior avaliada é a Coronavac.

A métrica de País de Origem puxa a avaliação de 34%32% 32% 32%


Pfizer e Janssen. 26% 26% 27%
24%
20%
18%

Audácia* Humanização* País de Origem* Diversão* Identificação*

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Janssen ● Pfizer

*diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) considerando ANOVA.


N Geral: 890 (AstraZeneca), 961 (CoronaVac), 451 (Janssen), 601 (Pfizer)
Em itálico: comentários de respondentes em
campo aberto, justificativas à preferência de
uma vacina em detrimento de outra.

Audácia
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI

A vacina, quando associada a um nome de liderança e sofisticação. é associada a uma maior qualidade. Para além da associação a um laboratório renomado,
confiar na eficácia das vacinas, na segurança, acreditar na importância da vacinação enquanto compromisso de saúde pública é um argumento de peso em
qualidade:
“Ouvir falar muito no laboratório e outras vacinas produzidas por ele” “Por ser do laboratório do Brasil bem conceituado.”
“Eu Confio No Sus e no meu País Brasil.” “Não tenho preferência por laboratório. O importante é a população estar vacinada.”
N: 2910
Em itálico: comentários de respondentes em
É interessante notar que acessibilidade não é
campo aberto, justificativas à preferência de
uma dimensão que contribui para
uma vacina em detrimento de outra.
identificação nem qualidade.

Acessibilidade

Audácia
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI

A vacina, quando associada a um nome de liderança e sofisticação. é associada a uma maior qualidade. Para além da associação a um laboratório renomado,
confiar na eficácia das vacinas, na segurança, acreditar na importância da vacinação enquanto compromisso de saúde pública é um argumento de peso em
qualidade:
“Ouvir falar muito no laboratório e outras vacinas produzidas por ele”
“Por ser do laboratório do Brasil bem conceituado.”
N: 2910
“Eu Confio No Sus e no meu País Brasil.” “Não tenho preferência por laboratório. O importante é a população estar vacinada.”
PERFORMANCES NAS
MÉTRICAS DE RESULTADO 83%
79%
POR MARCA 75%

Janssen é percebida como a menos acessível, já 66%


64%
AstraZeneca e Coronavac estão mais disponíveis. 59%
57%
Apesar da maior disponibilidade dessas vacinas, a 54% 54%
53%
acessibilidade não faz diferença para a construção 48%
de força de marca. 46%
44%
41%
38%
34%
33%
29%
24%
22%

Liderança* Sofisticação* VCI* Acessível* Qualidade*

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Janssen ● Pfizer

*diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) considerando ANOVA.


N Geral: 890 (AstraZeneca), 961 (CoronaVac), 451 (Janssen), 601 (Pfizer)
N Geral: 890 (AstraZeneca), 961 (CoronaVac), 451 (Janssen), 601 (Pfizer)
A força da marca recebe mais
influência da qualidade do
que da identificação: são os
aspectos mais tangíveis que
estão motivando a avaliação
Audácia das vacinas.
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI
A marca por si só contribui para a explicação de mais de
35% das intenções de recomendar a vacina e futuramente
tomar outras vacinas do mesmo laboratório. Ainda que
existam outros fatores que contribuem com mais da metade
da explicação desses resultados, é um valor significativo,
tendo em vista que marca de vacina é um assunto que
começou a ser discutido recentemente.
N: 2910
A satisfação com a vacina recebida é pouco
explicada pela marca e também pela
preocupação com efeitos adversos.
A recomendação de uma vacina para outras
pessoas tem pouca influência dos efeitos
adversos, mas a satisfação é mais penalizada.

Audácia
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI

N: 2910
PERFORMANCES NAS
MÉTRICAS DE RESULTADO 96%
92%
POR MARCA
Novamente, Coronavac e AstraZeneca são avaliadas 77%
73%
similarmente, enquanto Janssen e Pfizer tem maiores
notas. 63%
60%
55%
Vale ressaltar que a única equivalência encontrada 50%
entre todas as marcas é na variável de intenção de 45%
tomar outras vacinas produzidas pelo mesmo 40% 38%36%
37%
laboratório avaliado no futuro. 33% 34%34%
30%30% 30%30%

BrandEquity* Tomar vacina Recomendação* Satisfação* Efeitos adversos*

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Janssen ● Pfizer

*diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) considerando ANOVA.


N Geral: 890 (AstraZeneca), 961 (CoronaVac), 451 (Janssen), 601 (Pfizer)
N Satisfação: 384 (AstraZeneca), 187 (CoronaVac), 65 (Janssen), 152 (Pfizer)
Modelo completo

Audácia
16%

Identificação
Humanização 35% R² = 40% Satisfação
R²=15% Preocupação
22%
30% com efeitos
Diversão 78% adversos
34%
5%
19% Brand Equity Recomendação
95%
País de origem R²=42% R²=36%

100%
66%
Liderança
48% Tomar outras
vacinas
R²=37%
Sofisticação 14% Qualidade
R² = 70%
38%
VCI

N: 2910
MODELO
Não negacionistas vs
Negacionistas

#6
Os negacionistas levam em consideração a marca mais do que os não negacionistas, o
MODELO NÃO NEGACIONISTA/NEGACIONISTA que pode ser evidenciado por uma maior explicação (R²) em todas as variáveis. Por
não confiar em vacinas no geral, eles se apoiam na marca para fazer uma escolha,
enquanto os não negacionistas apenas tomam a vacina que tiver. Outro destaque
observado é que os negacionistas atribuem um maior peso aos efeitos adversos na
satisfação do que os não negacionistas.

Audácia
17%
16%
34%
Humanização Identificação
38%
R² = 38% / 44% Satisfação Preocupação
29% -10%
27% R²= 12% / 26% com efeitos
Diversão 90% -22%
32% adversos
21% 77%
19% 34% -4%
-3%
País de origem Brand Equity 96% Recomendação
R²= 38% / 49% 97% R²= 31% / 47%

Liderança 68% 100%


48% 100% Tomar outras
45%
66% vacinas
R²= 31% / 45%
Sofisticação 13%
15%
Qualidade
38% R² = 67% / 76%
VCI 40%
● Não negacionista ● Negacionista

N: 2910
Aqui o interessante é que para os não negacionistas, o BrandEquity é menor.
A hipótese é de que pra quem confia nas eficácias das vacinas, a marca não importa muito.
Já quem não confia, tende a ter a marca como um norte. Vale ressaltar que não
negacionistas entendem que todas as vacinas (para covid-19 ou outras doenças) podem
causar efeitos adversos e a avaliação das vacinas nessa métrica não difere entre marcas,
PERFORMANCES NAS enquanto negacionistas avaliam CoronaVac e AstraZeneca como causadoras de mais
MÉTRICAS DE RESULTADO efeitos adversos. Além disso, é notável como a satisfação dos não negacionistas é
visivelmente superior. Provavelmente, para eles tende a importar menos qual vacina eles
POR MARCA tomam, então se mostram de maneira geral mais satisfeitos com qualquer uma delas.

NEGACIONISTA NÃO NEGACIONISTA

100%
96%
91%
87%
83%
79%

65% 63%
62% 63%
59% 61%
58%
52%
49%51% 50% 49%
47% 47%
41% 41% 38% 42%
28%
37%
32% 34% 34% 34% 34% 33% 34% 28% 32%
31% 27%
28% 29% 27%

BrandEquity* Tomar vacina Recomendação* Satisfação* Efeitos adversos* BrandEquity* Tomar vacina Recomendação* Satisfação* Efeitos adversos*

● CoronaVac ● AstraZeneca ● Janssen ● Pfizer

N Geral: 334 (AstraZeneca), 401 (CoronaVac), 197 (Janssen), 228 (Pfizer) N Geral: 557 (AstraZeneca), 559 (CoronaVac), 254 (Janssen), 373 (Pfizer)
APRENDIZADOS
O que podemos concluir do estudo?

#7
#1 Reconhecimento não
significa preferência
A dinâmica entre volume de doses aplicadas na
população e preferência é invertida: CoronaVac e
AstraZeneca são as vacinas mais aplicadas na
população brasileira, consequentemente, as mais
lembradas e conhecidas. No entanto, esse
conhecimento não é o suficiente para que angariem
preferência e boas avaliações em atributos e resultados.
As duas marcas menos aplicadas e menos acessíveis na
percepção dos respondentes, Pfizer e Janssen, são as
preferidas do público.
#2 A maioria das pessoas
não escolhe vacina
Apesar de existir uma preferência por determinadas
marcas, a maioria dos entrevistados não está
escolhendo vacinas e também não rejeitam as marcas
disponíveis. Entre os que escolhem, Coronavac é a que
sofre maiores variações: é a menos preferida e mais
rejeitada.
#3 São vários os fatores
que afetam a preferência
As principais diferenças que encontramos na
performance das diferentes vacinas deste o
conhecimento até a preferência ou rejeição vão muito
além da marca. Elas têm antecedentes em
desinformação, negacionismo, receber informações
passivamente via fontes ou meios sem credibilidade e
baixa importância atribuída à vacinação enquanto
compromisso de saúde pública, fatores que vão muito
além de uma discussão ideológica.
#4 Pouquíssimas pessoas
não querem se vacinar
Uma parcela bem pequena da amostra não pretende se
vacinar contra covid-19. As principais motivações contra
a vacinação provém de crenças infundadas em efeitos
colaterais, medo e desconfiança no processo de
produção das vacinas. Novamente vemos o
negacionismo/desinformação agindo.
#5 Os negacionistas das
vacinas estão ancorados nas
marcas
Como a marca é percebida pela população tem uma
contribuição significativa nos resultados que a vacina
atinge. O grupo de negacionistas das vacinas leva mais em
consideração a marca do que o grupo dos não
negacionistas. Isso ocorre porque os negacionistas, ao não
acreditarem nas vacinas, tendem a ter a marca como um
norte, enquanto que os não negacionistas estão mais
preocupados em simplesmente receber a vacina.
#6 A percepção de
qualidade da vacina
importa
Os principais motivos apresentados para favorecer uma
vacina em detrimento a outra, tanto em respostas
abertas como nas avaliações das marcas, são
relacionados à qualidade: fala-se de eficácia,
segurança, confiabilidade do laboratório. No entanto,
encontrar facilmente a vacina no posto de saúde não
faz diferença: a acessibilidade não contribui para a
construção de qualidade e as vacinas mais acessíveis
são sempre pior avaliadas.
#7 Reações adversas
preocupam mais os
negacionistas das vacinas
A ocorrência de reações adversas causa mais
preocupação entre os negacionistas, diminuindo a
satisfação com já ter tomado uma dose de vacina.
Inclusive para a CoronaVac, uma vacina segura e com
baixa possibilidade de reações adversas, a
preocupação é maior do que Pfizer e Janssen. Isso
demonstra que a preocupação não é baseada em fatos,
mas sim de um pré-julgamento sobre as marcas/vacinas
O inesperado fenômeno jocosamente denominado de “sommeliers de vacinas”
surgiu, no Brasil como uma manifestação de cunho exclusivamente social e
político. Essa é uma conclusão baseada no fato de que não há razão técnica
disponível que dê suporte à escolha consciente por uma das vacinas para
COVID19, dentre as disponíveis no Brasil, em detrimento de outra. Uma possível
base aparentemente técnica para o surgimento deste fenômeno é a
divulgação dos testes de eficácia de cada vacina, os quais indicam ao leigo
diferentes níveis de proteção e eficácia aferidos. Os dados globais de eficácia
da Vacina CoronaVac (Sinovac/Butantã), por exemplo, indicam percentuais
de aproximadamente 60% de proteção. Já as vacinas vetoriais da
Astrazeneca e da Jansen, indicam potenciais de proteção que variam de 65 a
80%. Por fim, a eficácia divulgada da vacina genética (mRNA) da Pfizer é de
aproximadamente 90%. Mas exatamente o que estes dados representam e
porque não podem ser avaliados de forma meramente aritmética?
Em primeiro lugar, os dados globais de eficácia indicam, a grosso modo, o
percentual aproximado de pessoas que não adquiriram a infecção no grupo
vacinado em comparação com pessoas do grupo placebo, aferidos nos testes
clínicos em seres humanos. Assim, à primeira vista, apenas 60% das pessoas
que tomaram a CoronaVac estaria imune à infecção, enquanto 90% dos que
tomaram a vacina da Pfizer estaria protegido. No entanto, os principais
indicativos clínicos dos estudos de eficácia incluem não apenas proteção
contra infecção, mas também proteção contra COVID19 grave e óbito. Neste
aspecto, todas as vacinas emergencialmente licenciadas no Brasil apresentam
percentuais semelhantes, variando de 85 a 100% de proteção.
Em segundo lugar, os testes clínicos de eficácia de cada vacina foram feitos de
acordo com protocolos próprios e relativamente diferentes entre si. O teste de
eficácia da CoronaVac, por exemplo, teve como população alvo profissionais
da área médica e da linha de frente de atendimento ao público. No ano de
2020, quando estes testes foram feitos, esta era uma população extremamente
exposta ao SARS-CoV2. Já os estudos da Pfizer e da Astrazeneca, por
exemplo, foram conduzidos em uma população mais geral e ampla, fora de
grupos profissionais ou sociais específicos. Este aspecto, por si só, altera a
exposição de cada população-alvo dos testes de eficácia ao vírus causador
da COVID19. Portanto, não é possível a comparação direta entre os
percentuais aferidos, considerando que era de se esperar que uma população
mais exposta apresentasse um número maior de casos de COVID19 nos
grupos, inclusive dentre os vacinados, o que impacta diretamente os
percentuais de eficácia.
Por fim, os testes clínicos também tiveram diferentes critérios de busca e
identificação de infecção nas populações-alvo do estudo. Por exemplo, o
estudo da vacina CoronaVac previa a testagem por meio de qPCR para
COVID19 de qualquer indivíduo participante do estudo que apresentasse
apenas UM ou mais sintomas indicativos de possível infecção (sintomas tais
como febre, OU coriza, OU mialgia, e etc). Já o estudo da vacina Astrazeneca
previa a testagem dos indivíduos que apresentassem DOIS ou mais sintomas.
Assim, o desenho experimental do teste clínico da CoronaVac pode ter sido
capaz de detectar infecções que teriam passado despercebidas no estudo
da vacina da Astrazeneca.
Salienta-se aqui que a SBV não sugere que uma ou outra vacina seja melhor,
ou que o desenho dostestes clínicos de uma ou outra vacina tenham sido
melhores ou piores que os outros. A SBV sugere, apenas, que os estudos
realizados apresentam diferenças fundamentais importantes, e que a
comparação simplista dos dados aferidos não pode ser usada como
referencial de similaridade e não-inferioridade entre as diferentes vacinas
disponíveis. De fato, a Organização Mundial da Saúde já manifestou
preocupação com a variabilidade de desenhos e critérios em cada estudo, e
vem trabalhando em prol da elaboração de guias homogeneizados para a
elaboração e execução de testes clínicos em todo o mundo.
DELFOS

VACINAS
AVALIAÇÃO DE IMAGEM DAS MARCAS realizador: parceiro:
DE VACINAS CONTRA A COVID-19
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