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DUE 1º Frequencia
DUE 1º Frequencia
Desenvolva:
frequên
1. O valor do DUE no direito interno face à CRP
2. As fontes do DUE
cia
são modos de formação e de revelação de norma jurídicas, que se dividem em
fontes mediatas e imediatas. Os princípios gerais de dto, são instrumentos do T.J
para definir as lacunas de dto. Art.5º e 19º, nº1 TUE. Podem ter um sentido
restrito, é o dto originário e derivado e em sentido amplo, que são regras
aplicáveis à ordem jurídica europeia.
As fontes de direito originário estão na origem da UE, designadamente os
tratados e onde está previsto, designadamente, o art. 2 do Tue
Os tratados europeus são uma fonte primária de direito europeu, são C.I de tipo
clássico, produto exclusivo da vontade soberana dos Estados contraentes,
enquanto fonte primária, os tratados europeus são constituídos pelos tratados
institutivos, primeiro das comunidades europeias e depois da UE. Este direito
integra ainda os tratados de adesão de novos estados-membros. Fazem
igualmente parte do direito originário os Protocolos e anexos constantes dos
tratados (art. 51 TUE). Por fim, a CDFUE também integra o direito originário e, é
uma das mais importantes fontes de DUE, tendo em conta que, tem o mesmo
valor jurídico que um tratado (art. 6, n1 tue)
Por fim, o dto derivado, são as fontes que derivam das fontes originárias, ou seja,
são aquelas fontes que são criadas por força do previsto nas fontes originarias.
O Direito derivado é constituído pelos atos unilaterais dos órgãos da UE, adotados
de acordo com as regras dos Tratados, é um dto produzido de forma autónoma, ou
seja, pode criar regras jurídicas com base nas comunidades. Na CECA estão
previstos: decisões, pareceres e recomendações, nos atos do Tratado de Roma:
regulamentos, diretivas, decisões, recomendações e pareceres. Art.288º TFUE
Nos Regulamentos europeus os tratados têm 3 elementos: obrigatoriedade,
aplicabilidade direta e generalidade. A obrigatoriedade permite à autoridade
europeia competente impor por si só a observância de todas as disposições deste
ato legislativo aos EM, aos seus órgãos e autoridades e todos os particulares
sujeitos à jurisdição da união. Relativamente à aplicabilidade direta, aplica-se
diretamente dos EM sem a necessidade de qualquer ato interno posterior dos EM,
ou seja, uma vez o regulamento aprovado e publicado no jornal oficial das
comunidades entra em vigor para todos. Por fim, a generalidade impõe deveres,
cria direitos para todos os estados, pessoas etc que em abstrato se enquadrem ma
o.j. Portanto, o regulamento tem uma natureza e uma estrutura de lei
Diretivas europeias- é um instrumento de harmonização legislativa, obriga à
transposição para o ordenamento jurídico por parte dos EM, o objetivo é alcançar
uma compatibilidade entre os ordenamentos. O órgão competente é o conselho. É
um método de legislação por etapas e vincula de acordo com os resultados. Não
possui caracter geral e tem generalidade indireta, aplica-se a um nº indeterminado
de pessoas com aplicabilidade imediata.
Decisões europeias- é obrigatória para todos os destinatários, tem como objetivo
a promoção da aplicação pratica das regras dos tratados, destaca-se a limitação
dos destinatários, individualiza-os, a obrigatoriedade é crucial em todos os seus
elementos e as decisões são dirigidas aos particulares, originando dtos e
obrigações. A decisão não vai alterar a Ordem Jurídica interna, mas resulta da
aplicação pelos EM destinatários da decisão. Art.291º, nº1 TFUE.
Recomendações e pareceres- Art.288º TFUE; os pareceres não são vinculativos, a
sua natureza não é obrigatória, tem um papel importante e decisivo na
interpretação dos atos adotados. Art.296º TFUE. Pareceres- em sentido amplo
engloba as modalidades de atos que têm em comum com a ausência da força
vinculativa, os tratados consagram instâncias de consultas e emissão para
assegurar aos órgãos da UE. Art.300 TFUE. Recomendações- são os atos do
Conselho dirigidos aos EM, ou da comissão deste. Foram concebidos como um
instrumento de ação indireta de autoridade europeia, aproxima as legislações
nacionais ou a regulamentação interna ao regime jurídico da UE.
9. Primado da UE
Segundo o princípio do primado, o direito europeu tem um valor superior ao dos
direitos nacionais dos Estados-Membros. O princípio do primado aplica-se a
todos os atos europeus com força vinculativa. Assim, os Estados-Membros não
podem aplicar uma regra nacional contrária ao direito europeu.
O princípio do primado garante a superioridade do direito europeu sobre os
direitos nacionais. É um princípio fundamental do direito europeu. Tal como o
princípio do efeito direto, não está consignado nos Tratados, tendo sim sido
consagrado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE). o Tribunal declara
que o direito proveniente das instituições europeias se integra nos sistemas
jurídicos dos Estados-Membros, sendo estes obrigados a respeitá-lo. O direito
europeu tem assim o primado sobre os direitos nacionais. Deste modo, se uma
regra nacional for contrária a uma disposição europeia, as autoridades dos
Estados-Membros devem aplicar a disposição europeia. O direito nacional não é
nem anulado nem alterado, mas a sua força vinculativa é suspensa. O primado do
direito europeu sobre os direitos nacionais é absoluto. Assim, todos os atos
europeus com força vinculativa beneficiam deste primado, quer sejam
provenientes do direito primário ou do direito derivado. De igual modo, todos os
atos nacionais estão sujeitos a este princípio, seja qual for a sua natureza: lei,
regulamento, portaria, despacho, circular, etc., independentemente de se tratar
de diplomas emitidos pelo poder executivo ou legislativo dos Estados-Membros.
O poder judicial está igualmente sujeito ao princípio do primado. Na verdade, o
direito que produz, a jurisprudência, deve respeitar o da União. O Tribunal de
Justiça considerou que as constituições nacionais estão também sujeitas ao
princípio do primado. Compete assim ao juiz nacional não aplicar as disposições
de uma constituição contrária ao direito europeu. A Constituição da República
Portuguesa prevê que o direito da União Europeia é aplicável em Portugal nos
termos definidos pelo próprio direito da União Europeia (artigo 8.º, n.º 4), o que
inclui o primado, nos termos declarados pelo Tribunal de Justiça da União
Europeia.
14. Objetivos da UE
Os objetivos principais dos fundadores era atingir a paz, mas não uma paz
transitória e sim uma paz duradoura. Schumann considerava que este objetivo
apenas seria possível de ser atingido com a abolição da oposição secular entre
frança e Alemanha e com a criação de uma solidariedade de facto entre os estados
europeus. No entanto, os objetivos principais e a longo prazo foram
expressamente assinalados pelo Tratado de Maastricht avançando assim para a
criação da UE. A partir deste tratado, para alem dos objetivos económicos, o
tratado estabelece ainda objetivos de natureza social, cultural e política da união.
O TUE consistiu, portanto, numa nova etapa na integração europeia dado ter
permitido o lançamento da integração politica, portanto, este tratado criou a UE
assente em 3 pilares, as comunidades europeias, a PESC e o JAI.
Com este tratado passou, portanto, passou a ser uma importância criar um espaço
de liberdade, segurança e de justiça, salvaguardar os direitos fundamentais dos
cidadãos dos estados membros e a cidadania europeia. Passou então a ser um
objetivo politico a adoção de uma PESC e a ambição de prosseguir uma politica de
defesa comum.
Com o tratado de lisboa, os objetivos políticos, sociais e culturais da UE ficaram
afirmados no art. 3 do TUE como sendo essencialmente 3, a paz, os valores
universais do artigo 2 e o bem-estar dos seus povos. Portanto, com o Tratado de
lisboa podem resumir-se a 5 os principais objetivos da UE, a promoção da paz, dos
valores da união e do bem estar dos seus povos (art. 3, n 1 TUE), proporcionar aos
seus cidadãos um espaço de liberdade, segurança e justiça (art. 3, n2 TUE),
estabelecer o mercado interno (art. 3º, n3, paragrafo 1 TUE), estabelecer uma
união económica e monetária cuja moeda é o euro (art.3, n4 TUE) e afirmação da
UE no plano internacional (art.3, n 5 TUE).
Apenas tem capacidade jurídica o ente que goza de personalidade jurídica, ou seja,
a suscetibilidade de ser titular de direitos e obrigações é o pressuposto da
capacidade jurídica. A capacidade jurídica das pessoas coletivas é uma capacidade
limitada e demarcada em razão do princípio da especialidade. Art. 47 TUE.