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→O Brasil vem se destacando mundialmente como um

importante produtor e consumidor de frutas,


especialmente as tropicais e subtropicais. Muitas
frutíferas são nativas do Brasil e grande parte ainda é
pouco conhecida e estudada.
→São bastante recentes os interesses de exploração e
principalmente de exportação da graviola. Entretanto, a
crescente demanda e o interesse pela polpa de tal fruta,
tanto por parte do consumidor como da indústria de sucos,
já incluíram-na entre as frutas tropicais brasileiras de
excelente valor comercial.
→ Annona squamosa L: pinha, ata, fruta-do-conde,
fruta-da-condessa, anon, anona, blanca, sugar
apple, attier

→ Annona muricata L: graviola, jaca de pobre,


anona, catoche, guanábana, soursop, anone

→ Annona cherimola Mill: cherimoia, chirimoya,


cherimolier

→ A. cherimola x A. Squamosa: atemoia

→ Annona reticulata L: condessa, anon, custard


apple, cachimantier
→ Fitoterapia (combate o câncer)

→ Produtores: SP, BA, PA, MG, Nordeste

→ Produtividade de 2 a 20 ton/ha/ano

→ Frutos variando de 200 g a 13 kg

→ Pragas: broca do tronco

→ Necessidade de rebaixamento de copa,


polinização, irrigação e etc
→ Solo
Física mais importante que o aspecto químico
Não desenvolve bem em solos argilosos – Podridão das
raízes

→ Vento
Vento frio →queda de botões florais, escurecimento da
superfície dos frutos
→A gravioleira prefere os solos com boa drenagem,
profundos, com pH entre 6,0 e 6,5 e férteis naturalmente
ou corrigidos.
→Quanto ao clima, a gravioleira não tolera geadas e
vegeta muito bem em altitudes de até 1200 metros.
→Temperaturas inferiores a 12ºC provocam abortamento
de flores e quedas de frutinhos. Por ser uma “novidade”,
ainda não há dados sobre a existência de grandes plantios
comerciais de gravioleiras no sul de Minas Gerais.
→No Brasil, são conhecidas as cultivares nordestinas, Fao
(mexicana), Lisa, Morada e Blanca (cultivares
colombianas e venezuelanas).
→Dentre essas, as cultivares Morada e Lisa foram as
melhores quanto à produtividade e resistência a pragas e
doenças.
→A gravioleira pode ser propagada por sementes (pé
franco) e enxertia.
→Na maioria das regiões produtoras, é propagada
usualmente através da via sexual, isto é, por sementes.
Entretanto, essa metodologia pode originar plantas
diferentes da planta-mãe, às vezes de baixa
produtividade.
→Assim, a fim de ter uniformidade entre as plantas do
pomar, muitos produtores têm utilizado a enxertia.
→Substrato composto de terra fértil e esterco de curral
curtido em proporção de 3 partes de terra para 1 de
esterco de curral.
→A cada 1.000 litros dessa mistura, deve-se adicionar de 3
a 5 kg de superfosfato simples e 1 kg de cloreto de
potássio.
→Para produzir mudas enxertadas, utiliza-se a própria
gravioleira como porta-enxerto ou cavalo, seguindo-se os
mesmos passos descritos para a formação de mudas por
sementes.
→O tipo de enxertia mais utilizado é a garfagem.

→O melhor pegamento é obtido quando se utiliza porta-


enxertos ou cavalos com diâmetro de cerca de 1,5 a 2 cm
na região da enxertia.
→As mudas enxertadas devem ser mantidas no viveiro por
um período de 20 meses após a semeadura do porta-
enxerto.
→O produtor deve retirar garfos de plantas matrizes
produtivas, cujos frutos tenham as características da
variedade.
→Tais garfos devem medir aproximadamente 15 cm de
comprimento.
→Os processos de enxertia tipo garfagem mais utilizados
são o de fenda cheia e à inglesa simples.
→A enxertia é feita com um corte em bisel a cerca de 25
cm do colo do porta-enxerto e outro corte bisel no enxerto.
Unem-se as duas partes com uma fita plástica
transparente, sendo esta retirada após o pegamento da
enxertia (45 a 60 dias após a realização do processo).
Garfagem fenda cheia
→Rollinia emarginata (araticum da folha miúda)
→A. reticulata: condessa

→Outros araticuns

Rollinia emarginata Annona reticulata


 Annona glabra L. – araticum do brejo tem sido recomendado como excelente
espécie para ser usada como porta-exerto, uma vez que apresenta
características genéticas do tipo anão. Além disso, quando usada como porta-
enxerto, o araticum do brejo mostrou-se não apenas totalmente adaptado a
solos encharcados mas também apresentou boa compatibilidade com a
graviola
→Correção e preparo do solo – O preparo do solo é
similar ao de qualquer outra frutífera, observando-se os
aspectos de conservação do solo (plantio em nível e
terraço).
→ Espaçamento – Os espaçamentos para cultivo da
gravioleira variam de região para região; os mais usuais
são: 7 x 4m; 7 x 5m; 7 x 6m; 7 x 7m; 8 x 5m; 8 x 6m. Os
pomares mais tecnificados têm adotado o espaçamento 7 x
4m.
→Cultivos intercalares - Considerando-se amplo
distanciamento entre as plantas e fileiras da gravioleira, e
visando reduzir os custos de implantação e formação da
cultura, pode-se adotar cultivos intercalares de ciclo
médio para curto como: mamoeiro, abacaxizeiro, entre
outros. O tempo de duração desse consórcio dependerá do
espaçamento adotado.
→Coveamento – Em plantios não irrigados, as covas
deverão ter dimensões de 60 x 60 x 60 cm.
→Adubação nas covas
- 20 l de esterco curtido
- 1,5 kg de Fosfato de Rocha (4% solúvel) ou 400 g Termofosfato
Yoorin (18% P2O5 e 7% Mg)
– 200 g de calcário
– 50 g de sulfato de potássio
– 20 g de micronutrientes (fritas BR 12)
Todos devem ser bem misturados e colocados nas covas,
preferencialmente 2 meses antes do plantio. Em geral,
invertem-se as camadas do solo da superfície e do fundo da
cova; usa-se metade do calcário dolomítico com esterco curtido
na parte inferior, e a outra metade com adubo mineral, na
porção superior da cova.
→Plantio - Deve ser feito no inicio das chuvas se o
sistema não for irrigado. Sob irrigação, o melhor período
para o plantio é de agosto a outubro, para a Região
Sudeste. Por ocasião do plantio, as mudas deverão
apresentar pelo menos 40 cm em altura e bom estado
fitossanitário.
→Controle de plantas invasoras

→Podas (formação, limpeza ou manutenção e produção)

→Polinização manual

→Controle da pragas e doenças


→Podas - Quando as mudas atingirem mais de 60 cm em
altura, elas devem ter seu broto terminal cortado. Após o corte
do broto terminal, o produtor deve deixar 3 a 4 brotos laterais
mais vigorosos nos últimos 20 cm da haste principal,
responsáveis pela poda de formação da copa.
- Poda de limpeza - consiste em retirar todos os ramos secos
e indesejáveis, anualmente, no período pouco antes das chuvas.
A poda de raleio consiste em abrir a copa para permitir a
entrada de luz em seu interior. Isso é necessário porque, para
florescer, os ramos internos da copa precisam receber a luz
solar, pois de contrário as plantas ficam muito vigorosas e não
frutificam. Esse tipo de poda é feito pela eliminação de alguns
galhos centrais e, se necessário, de alguns galhos laterais.
Pincelar com pasta bordalesa todos os locais podados.
→ Controle de plantas daninhas – Em plantas ainda
pequenas, o controle das plantas daninhas deve ser feito
coroando-se as mudas com enxadas ou utilizando- se
herbicidas com o uso do protetor de derivas, como o
"chapéu-de-napoleão" ou bacia de plástico.
Nas entrelinhas, recomenda-se o uso de herbicidas.
Quando se fizer uso desses, o produtor deve tomar
cuidado para não atingir as folhas. Alem desta
alternativa o produtor poderá realizar a limpeza na
entre linha com roçadeiras.
→ Polinização – A polinização manual da gravioleira é
uma condição indispensável para aumento da
produtividade e da qualidade do fruto. Por meio de
pesquisas realizadas, constataram-se acréscimos
superiores a 60% no índice de pegamento de frutos em
plantas polinizadas artificialmente.
→ Polinização – Para realização da polinização artificial
(manual com pincel), segue-se o seguinte método: deve-
se coletar botões florais no estádio feminino ao final das
tardes, deixando-os em local arejado até o dia seguinte
pela manhã, quando a parte masculina já estará se
abrindo e liberando os grãos de pólen, que poderão ser
transferidos (polinização). A polinização manual deve
ser feita com auxílio de um pincel. Cada flor poderá
render pólen para polinizar 5 a 6 outras flores. O
período de melhor resultado da polinização é das 6 às 10
horas da manhã, as flores estiverem semi-abertas.
→ Os frutos devem ser colhidos quando começarem a
amolecer a ponta ou ápice. Na prática, o produtor pode
identificar o ponto de colheita antes do amolecimento do
fruto, quando a coloração da casca passar de verde-
escura para verde mais clara, e as espículas (um tipo de
"espinho" grosso sobre a casca) se quebrarem
facilmente. Quando o produtor perceber que o fruto está
quase amadurecendo, ele deve ensacá-lo para evitar que
o mesmo se desprenda do ramo, amasse ou suje em
contato com o solo.
→ Sacolinhas de supermercado ou sacos para embalar
repolho, batata ou maracujá podem ser usados.
→ Quando atingir o ponto ideal de amadurecimento, os frutos
devem ser colhidos manualmente e colocados em caixas ou
bandejas de paredes lisas.
→ Ainda não existem critérios definidos, uma vez que o fruto é,
na maioria das vezes, comercializado na forma de polpa
congelada, sucos e sorvetes.
→ Para conservar por mais tempo, os frutos devem ser
mantidos sob temperaturas de 5 a 12,5ºC, nas quais podem
ser conservados por 7 dias. No entanto, para conservá-lo por
até 2 anos, recomenda-se, após seu amadurecimento, lavar,
retirar sua casca, eliminar as partes escuras provocadas pelo
ataque de fungos ou pragas e colocá-lo, com as sementes, em
sacos de plástico apropriados. Após lacrar os sacos, colocá-los
em freezer ou câmaras de congelamento.
→ Broca-do-tronco e dos ramos - geralmente é detectada
pela presença de excrementos, pela exsudação
pegajosa escura, no tronco e ramos, e pela presença
de serragem nas galerias abertas pela larva. Recomenda-se,
também, efetuar a poda e a queima dos ramos atacados.
→ Broca-do-fruto - ataca os botões florais e os frutos em
qualquer estágio de desenvolvimento. O controle pode ser
feito pelo ensacamento dos frutos sadios, quando atingirem
de 3 - 5cm de comprimento; pelo enterrio dos frutos atacados
→ Broca-da-semente - geralmente é reconhecida porque os
frutos atacados apresentam um grande número de furos. O
controle é feito pelo ensacamento dos frutos sadios, pelo
enterrio dos frutos atacados.
→Cochonilhas (várias)
Controle: óleo mineral

→ Ácaros
Controle: Calda sulfocálcica

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