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Origem do Estado: Contrato Social

– John Locke defende que a origem do Estado nã o é natural,


antes resulta de um contrato social;
– O contrato social ou acordo de vontades é a resposta à s
desigualdades e conflitos surgidos no estado natureza,
que ameaçavam os direitos naturais dos indivíduos, a vida, a
liberdade e a propriedade;
– O ser humano concede ao Estado a sua liberdade natural para
em troca adquirir uma liberdade civil fundada na lei;
– A legitimidade do Estado é definida a partir deste contrato e
todos os interessados se submetem a autoridade do Estado,
porque todos a consentiram.

Em primeiro lugar, e de acordo com a sua avaliação da teoria utilitarista, esta


falha por não concordar com os nossos juízos ponderados sobre o facto de os
direitos individuais não deverem estar sujeitos ao cálculo dos interesses
sociais. A proposição central do utilitarismo, pelo menos na sua forma
clássica, é o princípio da maior felicidade. De acordo com este princípio, o
melhor resultado é aquele que maximiza a felicidade agregada dos membros
de uma sociedade tomada como um todo. Todavia, em algumas circunstâncias
plausíveis, pode acontecer que a maneira de maximizar a felicidade agregada
signifique impor um sofrimento considerável a um ou a alguns membros de
uma sociedade. Suponhamos que eu e tu pertencemos a uma sociedade de cem
pessoas. Suponhamos que noventa e cinco de nós podem ficar mais felizes
escravizando os restantes cinco, forçando-os a realizar tarefas que a nossa
sociedade considera desagradáveis e aviltantes, mas que nos libertam para
realizar tarefas mais agradáveis e recompensadoras. Pode acontecer que este
curso de acção venha a produzir mais felicidade agregada do que a alternativa
de não escravizar ninguém, mesmo considerando a miséria dos infelizes
escravizados. De acordo com o utilitarismo clássico, o melhor resultado é
aquele que maximiza a felicidade agregada. Se o máximo de felicidade
agregada pode ser alcançado através do curso de acção que implica a
escravização de alguns para produzir a maior felicidade para a maioria, então
o utilitarismo clássico defenderá que esse curso de acção é o melhor. Rawls
defende que resultados deste tipo colidem com os nossos juízos ponderados
sobre os direitos que os indivíduos possuem e que não devem ser sacrificados
no cálculo dos interesses sociais.

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