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A R L S “Colunas de Piratininga nº
3780”
Federada ao Grande Oriente do Brasil
Jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil São Paulo

REAA

COMPENDIO DE CARGO
MESTRE HOSPITALEIRO

Constituição do Grande Oriente do Brasil


Regulamento Geral da Federação
Estatuto A⸫R⸫L⸫S⸫ Colunas de Piratininga
Regimento Interno da A⸫R⸫L⸫S⸫ Colunas de
Piratininga

ROBSON MENDES FRANCIONI


CIM 321234

CM
23/11/2021 da EV
Pense em seus muitos anos de procrastinação; como os deuses
repetidamente concederam a você mais períodos de graça, dos
quais você não aproveitou. Agora é hora de perceber a natureza do
universo a que você pertence, e desse Poder de controle de quem
você é descendente; e para entender que seu tempo tem um limite
definido para isso. Use-o, então, para avançar sua iluminação; ou
ele irá embora e nunca mais estará em seu poder novamente.

Marco Aurélio

COMPENDIO DE CARGO DE MESTRE HOSPITALEIRO

A idéia aqui não discorrer sobre a mística do giro, o símbolo do


cargo, ou até mesmo seu real significado ou histórico. A intenção como o
título mesmo diz é dar uma breve introdução sobre o cargo,
responsabilidade e afins, e anexar a legislação específica do cargo, com
direito e deveres de todos sobre este.

1. Conceitos:
O Hospitaleiro é o elemento da Loja que tem o ofício, a
tarefa, de detectar as situações de necessidade e de prover ao alívio dessas
situações, quer agindo pessoalmente, quer convocando o auxílio de outros
maçons ou, mesmo, de toda a Loja, se a situação se impuser, solicitando a
ajuda das demais Lojas e dos respectivos membros.
Note-se que a palavra utilizada é "coordenar", não "efetuar"
ou "realizar". O Hospitaleiro não é o Oficial que faz as ações de
solidariedade, desobrigando os demais elementos da Loja dessas ações. O
Hospitaleiro é aquele elemento a quem é cometida a função de organizar,
dirigir, tornar eficientes, úteis, os esforços de TODOS em prol daquele que
necessita.
Um dos Princípios da Maçonaria, uma das essências é a de
Fraternidade, que implica o cultivo e a prática de uma profunda e sentida
solidariedade entre os seus membros, assim o ato de coordenar não implica
em proibição de também fazê-lo, assim também implica em visitas, uma
palavra de conforto, conselho ou incentivo para iluminar quem parece no
escuro, restabelecendo a confiança no inseguro.
Daí assegurado o igual cuidado com as viúvas e filhos
menores dos irmãos que partiram ao oriente eterno, pois chegado a sua
vez, deixará uma rede solidária a seu favor e aos seus, porque a
solidariedade não se extingue com a vida.
O ofício de Hospitaleiro, vão muito para além do auxílio
material. Muitas vezes, o mais importante auxílio que é prestado não
implica a necessidade de recorrer ao metal, que só é vil se não o soubermos
nobilitar pelo seu adequado e útil uso.

2. CONSTITUIÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL

Título I
Da Maçonaria E Seus Princípios
Capítulo I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA MAÇONARIA
E DOS POSTULADOS UNIVERSAIS DA INSTITUIÇÃO

Art. 1º - A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática,


filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista, cujos fins supremos
são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Parágrafo único. Além de buscar atingir esses fins, a Maçonaria:

I - proclama a prevalência do espírito sobre a matéria;


II - pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da
humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da
prática desinteressada da beneficência e da investigação
constante da verdade;
III - proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a
tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que
sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um;
VII - sustenta que os Maçons têm os seguintes deveres essenciais:
amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à lei;
VIII- determina que os Maçons estendam e liberalizem os laços
fraternais que os unem a todos os homens esparsos pela superfície
da terra;
XII - condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias,
enaltecendo, porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o
valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à
Humanidade;

Capítulo IV
DOS DEVERES DA LOJA
Art. 24º - São deveres da Loja:
IV - prestar assistência material e moral aos membros de seu
Quadro, bem como aos dependentes de membros falecidos que
pertenciam ao seu Quadro, de acordo com a possibilidade da Loja
e as necessidades do assistido;

Capítulo II
DOS DEVERES DOS MAÇONS
Art. 29º - São deveres dos Maçons:
V - reconhecer como irmão todo Maçom e prestar-lhe a proteção e ajuda
de que carecer, principalmente contra as injustiças de que for alvo;
VIII- haver-se sempre com probidade, praticando o bem, a tolerância e
a solidariedade humana;

3. REGULAMENTO GERAL DA FEDERAÇÃO

CAPÍTULO II
DOS DEVERES E DOS DIREITOS INDIVIDUAIS

Art. 41º - Os Maçons, de acordo com o grau que possuam, têm direito de
tomar parte nas deliberações das sessões extraordinárias, se
tiverem, no mínimo, cinquenta por cento de frequência nas reuniões
ordinárias da Loja nos últimos doze meses, excetuando-se os dispensados,
e que até o mês anterior estejam quites com suas obrigações pecuniárias.

CAPÍTULO XII
DA ADMINISTRAÇÃO
Seção VIII
Das Comissões
Art. 128º - As Lojas terão, obrigatoriamente, as Comissões de:
I - Finanças;
II - Admissão e Graus;
III -Beneficência.
Art. 129º - O Venerável Mestre poderá nomear Comissões temporárias
atribuindo-lhes competências específicas.

4. ESTATUTO A⸫R⸫L⸫S⸫ COLUNAS DE PIRATININGA


(de 13/OUT/14)

CAPÍTULO III
Dos Aspectos Financeiros

Art. 7º - Constituem rendas da Loja as taxas e contribuições mensais


pagas pelos associados; as doações e outros recursos privados ou públicos
decorrentes de avenças legalmente ajustadas, rendas patrimoniais, rendas
de campanhas e promoções, além de outras rendas eventuais, auferidas
com finalidades específicas, sem em acordo com os objetivos da Loja.

§ 2º - O óbolo obtido nas sessões da Loja, para fins de beneficência,


destina-se exclusivamente a finalidades assistenciais.

Art. 13º - Nos termos do Código Civil Brasileiro, obrigam a Loja os atos da
sua Administração, exercidos nos limites de seus poderes e no que
concernente, conforme as atribuições definidas neste estatuto.

§1º - São Atribuições do Venerável, como primeira Dignidade da Loja:

VI – autorizar despesas de caráter urgentes não consignadas no


orçamento do exercício, “ad referendum” da Loja e até o limite que
lhe tenha sido previamente estabelecido;

Art. 15º - A Assembleia Geral Deliberativa é o órgão máximo e


soberano da Loja, será constituída pelos seus associados em pleno gozo de
seus direitos. Instalar-se-á em 1ª convocação com a maioria absoluta dos
associados e, em 2ª convocação meia hora após a 1ª, com qualquer
número, deliberando pela maioria simples dos votos dos presentes, sendo
as decisões tomadas por voto aberto, nominal ou simbólico, ou ainda por
aclamação, salvo nos casos previstos neste estatuto social. Compete
privativamente à Assembleia Geral, entre outros aspectos definidos na
legislação do GOB:
§2º as assembleias gerais poderão ser Ordinárias ou Extraordinárias, e
serão convocadas pelo Venerável Mestre, seu substituto legal ou ainda
por 1/5 dos associados, mediante edital fixado na sede da loja, ou por e-
mail, por correio, ou ainda por notificação individual, com antecedência
mínima de 30 dias de sua realização, onde constará: local, dia, mês,
ano, hora da 1ª chamada e 2ª chamada, ordem do dia e o nome de quem a
convocou.

Art. 16º - Todas as decisões que não exigirem quórum especial serão
tomadas pela maioria de votos dos presentes nas sessões ou assembleias
em que houver assunto a se deliberar.

5. REGIMENTO INTERNO DA
A⸫R⸫L⸫S⸫ COLUNAS DE PIRATININGA
(de 12/SET/19)

CAPÍTULO I
Da Denominação, Duração, Sede e Afins

Art. 5º - A LOJA terá por finalidade:


a) Propagar os postulados da Maçonaria Universal, a promover mercê da
indagação da verdade, do estudo, da moral e da prática da
solidariedade social, o progresso e aperfeiçoamento moral,
intelectual e social da humanidade em geral.
b) Praticar, estudar e estimular os princípios da Liberdade, da Igualdade e
da Fraternidade, sem distinção de raça, cor ou religião.
c) Dentro de suas possibilidades financeiras poderá fundar, montar e
ou auxiliar hospitais, casas de saúde, abrigos, asilos, creches, escolas,
institutos de educação, de ensino e jornais.
e) Articular e se possível influir politicamente junto aos Governos e
seus órgãos, em qualquer instância dentro dos princípios e
objetivos listados acima.

a)1 A LOJA procurará proporcionar aos seus membros e famílias, em


caráter prioritário, assistência moral, financeira, intelectual e social,

1
Deve ser parágrafo único ou outro artigo, mas está assim disposto logo após a alínea “e” do art. 5º
emprestando-lhe todo apoio, amparo e ajuda, dentro de suas
possibilidades. Em especial a Cunhada Viúva e seus filhos.

CAPITULO II
DAS SESSÕES DA LOJA
Art. 10º - São Ordinárias as sessões:
a) Comuns;
b) Instrução;
c) Finanças ou Administrativas;
d) Eleições;
Art. 16º - As Sessões Ordinárias obedecem segundo o Ritual à seguinte
ordem:
h) Bolsa de Beneficência.

Art. 20º - todo assunto discutido durante a Ordem do Dia, sujeito à


deliberação da LOJA, após a conclusão do Orador, será imediatamente
submetido à votação.

§ 1º - Em casos excepcionais, o assunto discutido, a critério do Venerável


Mestre, poderá ficar sob malhete por um prazo máximo de 30 dias
corridos, ouvido no que lhe competir, o Orador.

Art. 26º - não será permitido o ingresso no templo de irmãos


retardatários, após a circulação da Bolsa de Beneficência para o Tronco
de Solidariedade.

Art. 33º - A Bolsa de beneficência circulara ritualisticamente e seu conteúdo


entregue ao irmão tesoureiro, que deve apurar e anunciar o arrecadado na
mesma sessão, ficando seu destino depois de contabilizado, direcionado a
benemerência segundo a decisão da LOJA.

CAPITULO III
DA ADMISSÃO DA LOJA E DE SUAS ATRIBUIÇÕES

Art. 48º - Qualquer assunto colocado em LOJA, e que for de


competência de alguma comissão, terá a sua discussão suspensa, até
o parecer da referida Comissão, ou a informação pela Comissão, de sua
solução.
Parágrafo Único – A comissão terá o prazo máximo de 14 dias, para
apresentar seu parecer.

Art. 51º - todos os valores arrecadados pela LOJA a qualquer título


deverão ser depositado em conta corrente exclusivamente aberta para
este fim. As contribuições ou arrecadações de Beneficências poderão ser
direcionadas a entidade determinada, preferencialmente através de
deposito na conta da entidade servindo como recibo o comprovante de
deposito que deverá ser anexado aos documentos do balanço com as
devida contabilização.

CAPITULO IV
DOS MAÇONS
ADMISSÃO, DEMISSÃO, IRREGULARIDADE E DEVERES

Art. 57º - O Irmão do Quadro se tornará irregular se:


§6º - A LOJA poderá conceder ao Irmão que a solicitar, LICENÇA ESPECIAL
(tanto para presença como também para a mensalidade da LOJA), por
prazo de 6 meses podendo ser estendido por mais 6meses, pelos motivos a
saber:
a) Por necessidade temporária e comprovada de sua atividade
profissional;
b) Por doença do irmão ou de algum membro da família;
c) Por motivo relevante assim considerado pela LOJA.

Art. 61º - São Deveres do irmãos:


b) não recusar trabalho que lhe foi confiado, seja ele qual for, e não se
furtar ao desempenho de suas funções em comissões ou grupos, quando
regularmente convocado;
c) não recusar cargo em substituição de algum irmão ausente, quando
assim solicitado pelo Venerável Mestre;

CAPITULO V
DAS ELEIÇÕES

art. 62º - São eletivos os seguintes cargos:


§2º - Os demais cargos (M.Hosp.) da administração e a das comissões
maçônicas são de livre nomeação e exoneração do Venerável Mestre.
§2º2 - Os adjuntos devem ser escolhidos pelos titulares e seus nomes
submetidos à aprovação e nomeação do Venerável Mestre.

CAPITULO VII
DA BENEFICÊNCIA

Art. 64º - A LOJA praticará beneficência e a solidariedade de forma


constante e na medida de suas possibilidades financeiras, para a
comunidade carente de modo geral

Art. 65º - O destino dos valores do Fundo de Beneficência será decidido


pelo LOJA, e poderá ser destinado a entidades beneficente
previamente registradas; ou para realização de algum evento
Beneficentes pela LOJA; ou mesmo para ajudar algum Irmão que
passem por dificuldades extremas.

Por fim, após a loja aberta, nenhum irmão pode se retirar do


templo, sem autorização do VM e sem deixar o seu óbolo no tronco,
caso não tenha feito ainda.

6. SOBRE O GIRO DO MESTRE HOSPITALEIRO

Como dito inicialmente a ideia era fazer um manual do


cargo, com a legislação especifica do tema e da destinação dos recursos,
mas situações do meu dia-a-dia, me fizeram escrever sobre a parte
espiritual.

Não posso deixar de mencionar que foi o 1º cargo que exerci


na ausência do titular, imagina o susto deste pobre observador que vivia
sentado em seu canto quando o Ir. Glauco, exercendo o cargo de mestre de
Cerimônias (ele era o Mestre Hospitaleiro e também estava substituindo o
cargo Cerimonias) falando: “Hoje você é o Hospitaleiro, você pode fazer
este cargo?” – agradeci a oportunidade, feliz da vida, com a joia no
pescoço, ansiedade pura no aguardo da minha vez. A certeza que tudo
daria certo só solidificou com as palavras do então Venerável Sandro de
2
Deve ser §3º ou outro artigo, mas está assim disposto.
Morais – fiz corretamente o giro ritualístico, feliz da vida, feito criança com
doce, me senti abençoado, foi gratificante.

O GIRO RITUALISTICO

Previamente imagino que tenha em mente os cargos e os


locais onde se instalam, partindo após ficar entre colunas, o Hospitaleiro
segue na Seguinte ordem:

1) 1º Venerável Mestre (Sabedoria, Sol), caminha até o 1º Vigilante


(Força-Lua), e depois ao 2º Vigilante (Beleza – Zênite). Completando o
1º triangulo, que representa a parte espiritualidade; Na sequência:
2) Orador (Arturus, 4ª luz), Secretário (Spica), e Cobridor Interno
(Antares). Completando o segundo triangulo, que representa o
Materialismo, formando assim os 2 triângulos, a estrela de 6 pontas.
3) 1º Diácono, Mestres e autoridades acomodadas no Oriente, começando
pelo Norte do Oriente ao Sul do Oriente;
4) Descendo do Oriente passa por todos os Mestres na Coluna do Sul e
depois na do Norte;
5) Na sequência por todos os Companheiros da Coluna do Sul e se houver
algum no Norte se faz também;
6) Segue em direção aos aprendizes, sempre girando em sentido horário e
respeitando o Painel do grau e o Yod no Trono de Salomão.
7) Retorna ao Cobridor Interno, entrega a bolsa para deixar o seu óbolo, e
se direciona entre colunas. Terminando o oficio, após ficar entre
colunas, dirige-se ao tesoureiro.

SIGNIFICADO ESOTERICO DO GIRO

Esta forma entrelaçada de dois Triângulos Equiláteros,


representando uma Estrela de Seis Pontas, com seus vértices voltado para
cima, e o outro para baixo, sendo a mesma conhecida por Estrela de Davi
no Judaísmo, ou Estrela Flamejante, e se conecta com Abobada do Templo;
e, como tudo na maçonaria o conjunto de símbolos e ensinamentos ocultos
se faz presente neste giro.
O início giro, partindo do VM, representado pelo Sol,
significando que a Luz da Sabedoria Caminha para o Oriente, o segundo
ponto, o 1º Vigilante, representado pela Lua, que ao emanar o seu brilho,
representa o espelho da sabedoria emanada pelo Oriente, proporcionando-
lhe força infinda, como a que a própria Lua tem para mover Oceanos, ou os
movimentos de contração da gestante para a chegada de uma nova vida ao
nosso mundo. O encontro destes dois pontos forma uma reta (numerologia
do 2), que pode simbolizar a dualidade, o Divino e o Material, o Dia e a
Noite, demonstrando que o homem, originariamente tem o seu mundo
representado de forma binária, cabendo o seu progresso, na busca da
evolução da compreensão do mundo divino com a sua aplicabilidade ao
mundo material, em outras palavras, viver o mundo material com a
consciência do mundo espiritual.

O trajeto percorrido do 1º Vigilante, representado pela Lua,


ao 2º Vigilante, representado pelo Zênite, forma uma reta a qual
compreende o tempo de trabalho do maçom, do meio-dia em ponto (Zênite)
à meia-noite.

Este 1º Triângulo Equilátero, determinam um espaço com


características esotéricas, com três retas iguais, três ângulos iguais,
mostrando que devemos ser iguais por dentro e por fora, e, seguindo os
conceitos matemáticos que a soma dos ângulos internos de um triângulo
deve ter 180º, cada vértice tem 60º, com esta forma equilátera é
considerado como um símbolo da Perfeição, Harmonia e Sabedoria.

O segundo Triângulo, representa o retorno do Ocidente ao


Oriente, uma das viagens simbólicas de nossa iniciação, tendo o vértice
inicial no Orador, que representa a união do Mundo Espiritual ao Mundo
Material, na abobada celeste representado na estrela Arcturus, que significa
o Guardião do Oriente.

A jornada do Orador ao Secretário, constitui a primeira reta,


que é à base do novo Triângulo a ser formado. Esta reta pode representar o
registro das Leis para a sua aplicabilidade no mundo material. Guardado
pela Constelação de Spica, o signo regente de quem busca a perfeição,
ligado à terra, daí a materialidade deste 2º triangulo, ele prioriza a
capacidade mental de deixar tudo em ordem e correto.

O trajeto percorrido do Secretário ao Cobridor Interno,


forma uma reta onde fica caracterizado que as Leis ditadas pelo Guardião
do Oriente (Orador), deve ser praticadas pelo Guardião do Ocidente
(Cobridor Interno). O Cobridor Interno tem como estrela regente a Estrela
Antares, pelo fato do mesmo ser o responsável por garantir a fronteira
entre o mundo Iniciático do Profano, concluído assim o segundo Triângulo
Equilátero. Segundo a literatura, criado por Gaia para matar Órion
(representa os Aprendizes), e tendo como regente o “planeta” Plutão (Deus
Romano pelo mundo dos mortos) é associado a morte e ao renascimento,
usa sua intuição para guardar o templo.

O Primeiro Triangulo representa ainda o trajeto percorrido


pelo Sol desde o seu Nascimento no Oriente. E o início da construção do 2º
Triângulo se dá na saída do Ocidente ao Oriente, coincidente com a Primeira
Viagem da Iniciação do Neófito. Podemos dizer ainda que o primeiro
Triângulo representa Salomão, pela sabedoria implícita no seu cerne, e o
Segundo representa Moises por tratar das Leis do nosso mundo. A estrela
formada tem um vértice voltado para cima (Salomão), e o outro voltado
para baixo (Moisés), deixando subentendido o legado de Hermes Trimegisto
na fabulosa obra Tábua de Esmeralda: “O que está embaixo é como o que
está no alto e o que está no alto é como o que está embaixo, para produzir
os milagres de uma coisa só”.

O restante da circunvolução por ser realizada em ordem


hierárquica nos transmite o ensinamento que devemos respeitar as Leis
aplicadas pelo Universo ao nosso mundo, e ter a humildade de reconhecer
que tudo tem a sua sequência e hora para se concretizar. Buscando
alimentar a chama da vontade de aprender e ampliar nossos
conhecimentos, para que possamos evoluir, e estas condições caracterizam
a importância do aprendizado, deixando claro que mesmo com o aumento
salarial, devemos ter a consciência de aprender constantemente, pois o fato
de aprender é inerente ao grau ocupado pelo Maçom, o qual apenas serve
para discernir uma hierarquia material.

Oriente de São Paulo, 25 de novembro de 2021 da EV

ARLS COLUNAS DE PIRATININGA N.º3780.


REAA

ROBSON FRANCIONI
CIM 231234 – CM

7. BIBLIOGRAFIA

1) Constituição do Grande Oriente do Brasil, registrado 08/06/2007, 2013;


2) Regulamento Geral da Federação, registrado 06/12/2008,2013;
3) Estatuto A⸫R⸫L⸫S⸫ Colunas de Piratininga, 13/10/2014, 2019;
4) Regimento Interno da A⸫R⸫L⸫S⸫ Colunas de Piratininga, 12/09/2019;
5) Ritual de Aprendiz Maçom Rito Escocês Antigo e Aceito, 2009;
6) Consultório Maçônico V. José Castellani. Ed. Maçônica “A Trolha” – 1997;
7) Cadernos de Pesquisa Nº 16. A Maçonaria e as Religiões: Reflexões
necessárias para os Maçons Conscientes. Fadel David Antonio Filho.
Editora Maçônica “A Trolha” – 1997;
8) A Circulação do Hospitaleiro. Ronald José Pereira dos Santos. Trabalho
apresentado em Tempo de Estudo da ARLS Segredo Eterno
(ronaldjps@terra.com.br);

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