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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

AGÊNCIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SENAI DE SANTO ÂNGELO

Assistente
Administrativo
Empresas

INSTRUTORA: NEIVA GRACIELI SCWANTES RODRIGUES

SANTO ÂNGELO (RS), JULHO DE 2014.


Missão: “Promover a Educação Profissional e Tecnológica, a inovação e a transferência de Tecnologias Industriais,
contribuindo para elevar a competitividade da Industria Brasileira.”
Rua dos Imigrantes, 470 – CEP 98801-280 - Fone/Fax: (55) 3312-6622 - senaisantoangelo@senairs.org.br

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SUMÁRIO
EMPRESAS
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS................................................................................................................. 4
1.1 O QUE É EMPRESA?............................................................................................. 4
1.2 HISTÓRIA DA EMPRESA EM SEIS FASES..................................................................5
2. ELEMENTOS OU RECURSOS DE UMA EMPRESA.....................................................................................6
2.1 PESSOA FÍSICA.................................................................................................... 6
2.2 PESSOA JURÍDICA................................................................................................ 6
3. CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS............................................................................................................ 6
3.1 PELO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS.........................................................................6
3.2 PELO SETOR ECONÔMICO.....................................................................................7
3.3 PELO FIM.............................................................................................................7
3.4 PELA LEGISLAÇÃO................................................................................................7
3.5 ABERTURA, REGISTRO E LEGALIZAÇÃO DE SOCIEDADE LIMITADA......12
3.6 PELA QUALIFICAÇÃO...........................................................................................14
3.7 PELO TAMANHO E TIPOS DE EMPRESA.................................................................14
4. REGISTRO........................................................................................................................................... 15
4.1 CNAE............................................................................................................... 15
5. O NEGÓCIO DA EMPRESA.................................................................................................................... 19
6. A MISSÃO DA EMPRESA...................................................................................................................... 19
6.1 EXEMPLOS DE MISSÃO........................................................................................19
7. A VISÃO DA EMPRESA......................................................................................................................... 20
7.1 EXEMPLOS DE VISÃO..........................................................................................20
8. PRINCÍPIOS E VALORES....................................................................................................................... 20
8.1 EXEMPLOS DE VALORES..................................................................................... 20
9. CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO............................................................................................................. 21
9.1 NÍVEIS DA ORGANIZAÇÃO....................................................................................22
9.2 OS PARCEIROS DA ORGANIZAÇÃO:......................................................................22
9.3 CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO:...................................23
9.4 O AMBIENTE DA ORGANIZAÇÃO............................................................................24
9.5 O PROCESSO ADMINISTRATIVO NAS ORGANIZAÇÕES.............................................24
10. VISÃO SISTÊMICA DA ORGANIZAÇÃO.................................................................................................. 27
11. MODELOS ORGANIZACIONAIS............................................................................................................. 31
11.1 ÁREAS E SETORES FUNCIONAIS........................................................................31
11.2 HIERARQUIA.....................................................................................................33
12. RAZÃO SOCIAL.................................................................................................................................... 39
13. NOME FANTASIA................................................................................................................................ 39
14. MARCAS............................................................................................................................................. 39
15. LOGO OU LOGOMARCA...................................................................................................................... 41
15.1 LOGOTIPIA....................................................................................................... 41
2
15.2 UM LOGO PRECISA SER BONITO?......................................................................41
15.3 QUAL O OBJETIVO DE UM LOGO?.......................................................................42
15.4 SLOGAN...........................................................................................................42
16. LEGALIZAÇÃO DA EMPRESA................................................................................................................ 43
16.1 RECEITA FEDERAL............................................................................................43
16.2 INSCRIÇÃO ESTADUAL...................................................................................... 44
16.3 INSCRIÇÃO MUNICIPAL......................................................................................44
17. CONTRATO SOCIAL............................................................................................................................. 44
18. FLUXOGRAMA.................................................................................................................................... 45
18.1 O QUE REPRESENTAM AS FORMAS DO FLUXOGRAMA.........................47
19. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE SOCIEDADES.......................................................................51
19.1 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO (ARTS.1.039 A 1.044)..................................51
19.2 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES (ARTS. 1.045 A 1.051).............................51
19.3 SOCIEDADE LIMITADA (ARTS. 1.052 A 1.087)....................................................52
19.4 SOCIEDADE ANÔNIMA (ARTS. 1.088 E 1.089)....................................................52
19.5 SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES (ARTS. 1.090 A 1.092)........................52
20. RESPONSABILIDADE SOCIAL................................................................................................................ 53
21. TEORIA DO 5W 2H:............................................................................................................................. 54
22. QUALIDADE TOTAL............................................................................................................................. 55
23. "5 SENSOS"......................................................................................................................................... 56
23.1 SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO..................................................................57
23.2 SEITON - SENSO DE ORDENAÇÃO............................................................57
23.3 SEISO - SENSO DE LIMPEZA......................................................................58
23.4 SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE..................................................................58
23.5 SHITSUKE - SENSO DE AUTODISCIPLINA.................................................59
24. CRONOGRAMA................................................................................................................................... 61
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................................. 66

3
EMPRESAS
Proporcionar aos interessados uma visão multifuncional que a área
administrativa admite.
De uma forma objetiva neste tópico de Empresas que contempla desde o
conceito de empresa, à sua missão, visão, valores, razão social, nome fantasia, a
responsabilidade social e o meio ambiente, hoje de suma importância para a
conscientização do empresário.

As empresas fazem parte da vida das pessoas, assim como a família e a


escola. Na idade adulta, se torna a instituição social mais presente na vida de muitas
pessoas. Em média, cada trabalhador passa 8 horas por dia em uma empresa até
se aposentar. As empresas possuem uma função importante na sociedade porque
geram empregos e estimulam a economia por meio de bens e serviços.
Sua origem é tão antiga quanto à origem da civilização humana e, ao longo
dos anos, vem sofrendo mudanças e adaptações em sua estrutura.
Iremos aprofundar o estudo das empresas para que possamos compreender
o seu funcionamento básico. Os capítulos que seguem visam justamente abordar
temas necessários para compreendermos os aspectos que estão por trás de uma
empresa.

1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1.1 O QUE É EMPRESA?

É uma organização econômica em que são reunidos e combinados


fatores de produção, desenvolvendo uma determinada atividade com objetivo de
lucro.
Segundo o dicionário Aurélio, empresa é uma Unidade econômica de
produção de origem privada, pública ou de economia mista. As definições para
empresa variam de autor ou área, não havendo um consenso unificado sobre o que
é uma empresa. Embora haja divergências na definição de empresa, todos a
reconhecem na prática.

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1.2 HISTÓRIA DA EMPRESA EM SEIS FASES

As empresas passaram por mudanças ao longo dos tempos, sendo o seu maior
desenvolvimento tendo ocorrido a partir da revolução industrial. Podemos dividir a
história da empresa em 6 (seis) fases:

Fase artesanal: É a primeira fase das empresas e que se originou com o início da
civilização e foi até 1780. Nessa fase a produção e o trabalho eram realizados por
artesões, agricultores e pecuaristas. As mercadorias eram trocadas umas pelas
outras (escambo).

Fase da industrialização: A partir de 1780 até 1860 ocorreu a primeira revolução


industrial que proporcionou enorme mudança na estrutura das empresas. A
industrialização trouxe a utilização de máquinas e fontes de energia que até então
eram essencialmente oriundas do trabalho de homens e de animais. É nessa época
que o uso do carvão como fonte de energia permitiu o surgimento da máquina a
vapor que impulsionou o modo de produzir e permitiu um forte desenvolvimento nos
países. O dinheiro como forma de pagamento já estava se consolidando no
comércio.

Fase do desenvolvimento industrial: Entre 1860 a 1914 ocorreram a segunda e


terceira revolução industrial. A indústria substitui o ferro pelo aço e o vapor pela
eletricidade e petróleo. As máquinas passam a utilizar motor de explosão e motor
elétrico. As empresas passam a obter benefícios com o desenvolvimento dos
transportes, eletricidade e das comunicações, proporcionando maior intercâmbio
comercial e desenvolvimento acelerado da economia.

Fase do gigantismo industrial: Ocorreu no período de 1914 a 1945, entre as duas


grandes guerras mundiais. Muitas empresas passam a servir a guerra. Os navios,
automóveis, aviões são disseminados e aprimorados. As redes ferroviárias e as
autoestradas são ampliadas. O televisor surge nessa época também.

Fase moderna: Entre 1945 (pós-guerra) até 1980 com o desenvolvimento científico
e tecnológico surgem novos materiais como o plástico, fibras sintéticas e
componentes eletrônicos que possibilitam a sofisticação e a qualidade de vida das
pessoas. As empresas se modernizam e passam a utilizar a publicidade para elevar
o consumo. A competição aumenta e a ciência passa a ser patrocinada por algumas
empresas.

Fase pós-moderna ou da incerteza: A partir de 1980 as empresas se deparam


com um ambiente externo dinâmico e turbulento. A globalização e a tecnologia
impuseram um forte nível de concorrência entre as empresas e a inovação passa a
ser o grande diferencial competitivo.

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2. ELEMENTOS OU RECURSOS DE UMA EMPRESA
Para que uma empresa consiga atingir seu objetivo, é necessária a união de
quatro elementos ou recursos, a saber:
1. Humanos: são os funcionários organizados em uma hierarquia. É o
elemento mais importante para que a empresa alcance seus objetivos.
2. Materiais: são as máquinas que se destinam a produzir bens e serviços.
3. Técnicos: são as habilidades para desenvolver o objeto social da empresa,
ou seja, saber lidar com o que se propõe a fazer.
4. Financeiros: é de fundamental importância, é o capital empregado na
produção dos bens, na atividade comercial e/ou serviços.

2.1 PESSOA FÍSICA

É o indivíduo ou pessoa natural dotada de vontade própria e capaz de


direitos e obrigações.

2.2 PESSOA JURÍDICA

Há duas formas de entender a pessoa jurídica, a saber:


Empresário: um novo tipo de opção àquelas pessoas que pretendem se
inscrever como pessoa jurídica, independente de ser comerciante ou prestador de
serviços, em que o titular responde ilimitadamente por todos os atos praticados pela
empresa.
Sociedade: a união de dois ou mais sócios que têm responsabilidade
sólida e limitada perante os compromissos assumidos.

No Brasil existem aproximadamente 6,5 milhões de empresas formais,


das quais 99% são consideradas microempresas e pequenas empresas. As
empresas podem ser classificadas de diversas formas:

3. CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS


Esta classificação obedece a vários critérios, tais como ramo de atividade, número
de empregados, faturamento, capital etc. O critério mais utilizado é classificar as
empresas de acordo com o número de funcionários, como vemos:

3.1 PELO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

- Microempresa: de 0 a 9 empregados;
- Pequena: de 10 a 99 empregados;
- Média: de 100 a 500 empregados;
- Grande: acima de 500 empregado.

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3.2 PELO SETOR ECONÔMICO

Quando a empresa é classificada pelo seu objetivo, passa a receber a


denominação:
- Setor primário: correspondente às empresas ligadas ao setor de agropecuária;
- Setor secundário: correspondente às empresas ligadas ao setor industrial;
- Setor terciário: correspondente às empresas do setor de serviços.

3.3 PELO FIM

Classificação que leva em consideração a destinação do lucro da empresa.


- Fim lucrativo: São empresas que exploram uma atividade com objetivo de lucro;
- Fim não lucrativo: São empresas cujo objetivo é social. Os lucros são revertidos
para os custos da atividade. Como exemplo tem-se as ONG´s.

3.4 PELA LEGISLAÇÃO

A legislação brasileira classifica as empresas da seguinte forma:

DEFINIÇÃO DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI

Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e


que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor
individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter
participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um
empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que


o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado.

Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido
de empréstimos e a emissão de notas fiscais.

Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos
tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas
o valor fixo mensal de R$ 37,20 (comércio ou indústria), R$ 41,20 (prestação de
serviços) ou R$ 42,20 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência
Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de
acordo com o salário mínimo.

Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a


benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.

ATENÇÃO!

O Microempreendedor Individual - MEI tem como despesas legalmente


estabelecidas, APENAS, o pagamento mensal de R$ 36,20 (INSS), acrescido de R$
5,00 (Prestadores de Serviço) ou R$ 1,00 (Comércio e Indústria) por meio de carnê

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emitido através do Portal do Empreendedor, além de taxas estaduais/municipais que
devem ser pagas dependendo do estado/município e da atividade exercida.

O pagamento de BOLETO não relacionado com as despesas mencionadas


acima, é de livre e espontânea vontade do Microempreendedor Individual - MEI.

Consulte o Manual do Manual do Processo Eletrônico de Inscrição do MEI (em


www.portaldoempreendedor.com.br).

DEFINIÇÃO DO QUE CARACTERIZA O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL

O empresário individual (anteriormente chamado de firma individual) é aquele


que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural)
titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são
os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas.
Importante salientar que o empresário individual pode obter diversos benefícios
ao se registrar como Microempreendedor Individual (MEI).

DEFINIÇÃO DE EIRELI

A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é aquela constituída


por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente
integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo
vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da
empresa.

A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada


somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.

Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou


a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.

A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra


modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que
motivaram tal concentração.

A Empresa individual de responsabilidade limitada será regulada, no que couber,


pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas.

DEFINIÇÃO DE SOCIEDADE LIMITADA

Sociedade limitada é aquela que realiza atividade empresarial, formada por dois
ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para
formação do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do
capital social, porém respondem solidariamente pela integralização da totalidade do
capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua parte no capital social, no
entanto poderá ser chamado a integralizar as quotas dos sócios que deixaram de
integralizá-las.

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OUTRAS NATUREZAS JURÍDICAS
SOCIEDADE ANÔNIMA

A sociedade anônima, também chamada de companhia, é pessoa jurídica de


direito privado composta por dois ou mais acionistas, de natureza eminentemente
empresarial, independentemente da atividade econômica desenvolvida por ela (art.
13 da Lei n. 6.404/76), em que o capital social é dividido em ações de igual valor
nominal, que são de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade do
acionista ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

A companhia poderá ser classificada em aberta ou fechada. O art. 4º da Lei das


Sociedades Anônimas as distingue: “Para os efeitos desta lei, a companhia é aberta
ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários”. A aberta é aquela em
que os valores mobiliários (ações, debêntures, partes beneficiárias etc.) são
admitidos à negociação nas bolsas de valores ou mercado de balcão, devendo,
portanto, ser registrada e ter seus valores mobiliários registrados perante a CVM
(Comissão de Valores Mobiliários), enquanto que a fechada não emite valores
mobiliários negociáveis nesses mercados.

COOPERATIVAS

A cooperativa é sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica própria e,


independentemente de seu objeto, a Lei (parágrafo único, art. 982, CC/ 2002) a
classifica como sociedade simples, não sujeita à falência. É constituída para prestar
serviços em proveito dos associados (art. 4º da Lei 5764/76), sem finalidade
lucrativa.

Exige-se, para constituição de uma cooperativa singular, o concurso de


associados, pessoas físicas, em número mínimo necessário para compor a
administração da sociedade, órgão de administração e conselho fiscal (inciso II, art.
1094, CC 2002), levando em conta a necessidade de renovação desses órgãos.

Apesar de ser classificada como sociedade simples, o arquivamento dos seus


atos devem ser realizados na Junta Comercial, conforme dispõe a alínea "a", do
inciso II, do art. 32 da Lei 8.934/94.

CONSÓRCIO

Consórcio é a reunião de companhias e quaisquer outras sociedades, sob o


mesmo controle ou não, com a finalidade de constituir um consórcio para execução
de um empreendimento específico. As companhias ou sociedades que o integram
são denominadas de consorciadas.
O consórcio, constituído para executar determinado empreendimento, não
adquire personalidade jurídica com o arquivamento do contrato de constituição na
Junta Comercial de sua sede, o qual deve ser aprovado pelo órgão da sociedade
competente para autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, e a certidão
do arquivamento do contrato deve ser publicada.

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A falência de uma consorciada não se estende às demais, subsistindo o
consórcio com as outras contratantes; os créditos que porventura tiver a falida serão
apurados e pagos na forma prevista no contrato de consórcio.

NACIONALIZAÇÃO OU ABERTURA DE FILIAIS DE SOCIEDADES


ESTRANGEIRAS

A sociedade empresária será considerada estrangeira quando,


cumulativamente, não tiver sede no Brasil nem for organizada em conformidade com
a legislação brasileira, de acordo com os artigos 1.126 e 1.134 do Código Civil. A
sociedade estrangeira, bem como suas filiais, agências ou sucursais, somente
poderá explorar a atividade empresarial no País se for regularmente autorizada pelo
Poder Executivo Federal.
A sociedade estrangeira pode atuar no Brasil transferindo sua sede, mediante
processo de nacionalização, conforme art. 1.141 do CC, ou instalando filial, sucursal
ou agência, desde que devidamente autorizada pelo governo brasileiro, conforme
dispõe o artigo 1.134 do Código Civil, e também como sócia ou acionista de
sociedade brasileira, independentemente da referida autorização.
GRUPO DE SOCIEDADES

Grupo de Sociedade é aquele constituído formalmente por convenção aprovada


pelas sociedades que o compõem, com controle titularizado por uma sociedade
brasileira, as quais formalizam uma relação interempresarial por meio de convenção
expressa, combinando esforços na participação em atividades ou empreendimentos
de interesse das sociedades integrantes.
Apesar de o grupo não adquirir personalidade jurídica própria, a convenção de
constituição do grupo deve ser devidamente registrada na Junta Comercial, bem
como as atas das assembleias gerais, ou instrumentos de alteração contratual, de
todas as sociedades que tiverem aprovado a constituição do grupo, além da
declaração autenticada do número das ações ou quotas de que a sociedade de
comando e as demais sociedades integrantes do grupo são titulares em cada
sociedade filiada, ou exemplar de acordo de acionistas que assegura o controle de
sociedade filiada.
O grupo de sociedade deve possuir designação própria, da qual deverá constar
o termo grupo ou grupo de sociedade, o qual só poderá ser utilizado nesse tipo
societário, estando proibidos os demais tipos societários de utilizá-lo na composição
do nome empresarial, de acordo com vedação expressa na lei das sociedades
anônimas.
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO

Sociedade em nome coletivo é aquela em que todos os sócios devem ser,


necessariamente, pessoas físicas e respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, entretanto, poderão estipular limites de responsabilidade pelas
obrigações sociais entre si, mas que não terão quaisquer eficácia perante credores.
A administração da sociedade cabe exclusivamente aos sócios, sendo vedada a
nomeação de terceiros para tal função.

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A sociedade em nome coletivo deve adotar firma social, não sendo permitido o
uso de denominação social.
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Sociedade em comandita simples é aquela constituída por sócios que possuem


responsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais e sócios que
respondem apenas pela integralização de suas respectivas cotas, sendo estes
denominados de comanditários e aqueles de comanditados.
A sociedade deve ser administrada por sócio comanditado. Na ausência de
sócio que detenha a qualidade de comanditado, os sócios comanditários deverão
nomear um administrador provisório, que não assumirá a condição de sócio, para
realizar os atos de administração, durante o prazo de cento e oitenta dias. O sócio
comanditário que praticar atos de gestão e fizer uso da firma social estará sujeito às
responsabilidades de sócio comanditário, ou seja, solidária e ilimitadamente.
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES

Sociedade em comandita por ações é aquela em que o capital social é dividido


em ações, sendo que os acionistas respondem apenas pelo valor delas subscritas
ou adquiridas, mas tendo os administradores (diretores) responsabilidade
subsidiária, ilimitada e solidária, em razão das obrigações sociais.
A representação da sociedade se dá pelos diretores, que deverão ser
necessariamente acionistas. O diretor é nomeado por tempo indeterminado no ato
constitutivo e a sua responsabilidade é subsidiária e ilimitada frente às obrigações
da sociedade.
O regime jurídico da sociedade em comandita por ações está disciplinado nos
artigos 280 a 284 da Lei 6.404/76 e 1.090 a 1.092 do Código Civil de 2002.

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3.5 ABERTURA, REGISTRO E LEGALIZAÇÃO DE SOCIEDADE LIMITADA

Para abertura, registro e legalização da sociedade empresária limitada, é


necessário registro na Junta Comercial e, em função da natureza das atividades
constantes do objeto social, inscrições em outros órgãos, como Receita Federal
(CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição estadual - ICMS), e Prefeitura
Municipal (concessão do alvará de funcionamento – conforme a atividade pode
requerer autorizações de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio
ambiente e outros).

Passo a passo:
1-Junta Comercial
Faça o registro de sociedade limitada e o seu enquadramento como
Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). Ocasião em que se deve
apresentar para arquivamento (registro) o Requerimento de Empresário e o
enquadramento como ME ou EPP na Junta Comercial, desde que atenda ao
disposto na Lei Complementar 123/2006. Recomenda-se a realização de pesquisa
prévia de nome empresarial e consulta prévia de endereço para evitar colidência de
nome empresarial e pendências junto à Prefeitura Municipal e aos demais órgãos
envolvidos.
A pesquisa do nome empresarial deve ser a primeira providência a ser
tomada antes do registro (Requerimento de Empresário) da empresa. Essa medida
é para certificar-se que não existe outra empresa já registrada com nome igual ou
semelhante ao que você escolheu. Isso evita que o processo de registro tenha que
mudar de nome, após iniciado.

Alertas importantes
• Não copie nomes ou marcas já existentes e não confunda nome empresarial
com nome fantasia. O nome empresarial, que constará no Contrato Social, deverá
observar as regras de formação próprias de cada tipo jurídico - consulte a Instrução
Normativa DNRC nº 116, de 22 de novembro de 2011. Já o nome fantasia (nome
comercial ou de fachada) é aquele pelo qual a empresa se torna conhecida do
público.
• É necessário solicitar “Consulta Prévia” à Prefeitura Municipal para saber
se é possível exercer as atividades desejadas no local em que se pretende implantar
a empresa (conformidade com o Código de Posturas Municipais), bem como para
obter a descrição oficial do endereço pretendido para a empresa.
Nesse momento, é importante, também, informar-se na Prefeitura sobre quais
as licenças que deverão ser obtidas para a concessão do Alvará de
Funcionamento referente às atividades que serão desenvolvidas. Em seguida
deve-se procurar cada órgão responsável pelo licenciamento (Vigilância Sanitária,
Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros, etc.) e obter informações sobre quais são as
exigências de cada um deles para a concessão da licença que for necessária para
as atividades, além da documentação que é exigida.
Se alguma atividade da empresa for considerada de alto risco, serão
efetuadas exigências específicas para cada caso e vistorias prévias ao início de
funcionamento da empresa. Nesse caso, o Alvará de Funcionamento somente será
concedido se as exigências forem atendidas.

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Para as empresas que não tenham atividades consideradas de alto risco,
algumas Prefeituras concedem o Alvará de Funcionamento Provisório com a
realização e a aprovação da “Consulta Prévia”. É exigida a assinatura dos
responsáveis pela empresa do Termo de Ciência e de Responsabilidade, por meio
do qual o empresário se compromete a cumprir as exigências para a emissão do
Alvará de Funcionamento.
• Não alugue ou adquira um imóvel antes de verificar a viabilidade do
funcionamento.

2 - Aprovação prévia de órgãos e entidades governamentais, quando for


o caso.
Os atos empresariais sujeitos à aprovação prévia dos órgãos e entidades
governamentais, para registro nas Juntas Comerciais, encontram-se enumerados
no Anexo da Instrução Normativa DNRC n° 114, de 30 de setembro de 2011.
 
3 - Secretaria da Receita Federal do Brasil
Faça a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Em quase
todas as Juntas Comerciais essa inscrição pode ser feita juntamente com o
arquivamento do Requerimento de Empresário. Caso o sistema da sua cidade ou
estado não esteja integrado, essa inscrição deve ser efetuada após o registro na
Junta Comercial.

4 - Secretaria de Fazenda do Estado


Se a empresa exercer atividade industrial ou comercial, faça a inscrição na
Secretaria Estadual da Fazenda como contribuinte do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias (ICMS). Essa inscrição deve ser feita após o arquivamento do
Requerimento de Empresário na Junta Comercial e da inscrição na Receita Federal
do Brasil.

5 - Prefeitura Municipal
Se a empresa exercer atividade de serviços, providencie a inscrição na
Secretaria de Finanças ou de Fazenda da Prefeitura. Em vários municípios essa
solicitação se dá simultaneamente com a solicitação do Alvará de Funcionamento.
Depois de efetuar o registro e as inscrições fiscais da empresa, assim como
as exigências para emissão do Alvará, solicite à Prefeitura Municipal a emissão do
Alvará de Funcionamento.
 
Alerta importante: o Alvará de Funcionamento é o documento hábil para que
os estabelecimentos possam funcionar, respeitadas ainda as normas relativas a
horário de funcionamento, zoneamento, edificação, higiene sanitária, segurança
pública e segurança e higiene do trabalho e meio ambiente. A expedição do alvará é
de competência da Prefeitura Municipal ou da Administração Regional (no caso do
Distrito Federal) da circunscrição onde se localiza a empresa.
Uma vez obtido o Alvará de Funcionamento Provisório ou o Alvará de
Funcionamento, conforme o caso, a empresa poderá iniciar as suas atividades.
6 - Inscrição no FGTS (Caixa Econômica Federal).

7 - Inscrição nos conselhos de classe, quando for o caso (CREA, CRM,


CRC etc.)

13
3.6 PELA QUALIFICAÇÃO

Tipos de empresa Atividade característica Campo operacional


Agrícola Exploração da terra Lavoura
Pecuária Criação de gado Empresas pastoris
Exploração de minas e
Mineração Minas
depuração de metais
Transformação da matéria-prima Construção civil, indústria
Industrial
em produto elaborado metal-mecânica, eletrônica.
Frotas de táxis, empresas
Transportadora Remoção de pessoas e bens.
de ônibus, trem de carga.
Bancos, financiadoras,
Financeira Coordenação de recursos
corretoras.
Prestadora de Atendimento a necessidades Consultoria, acessória
serviços variadas contábil, escolas.
Aproximação do produtor ao
Supermercados, lojas,
Comercial consumidor, por meio de compra
revendas de veículos.
e venda

3.7 PELO TAMANHO E TIPOS DE EMPRESA

Resume os tipos de empresa existentes no Brasil.

O quadro abaixo resume as características essenciais dos tipos de empresas


mais comuns no Brasil.

Legenda:
ME: Microempresa
EPP: Empresa de Pequeno Porte
MEI: Microempreendedor Individual
EIRELI: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

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4. REGISTRO
As empresas no Brasil precisam ser registradas legalmente para exercer
qualquer atividade empresarial. Quando uma empresa não é registrada, passa a
atuar informalmente e em desacordo com as leis vigentes, o que acarreta em uma
série de infrações legais. Todos perdem com a informalidade: o país deixa de
arrecadar impostos, os funcionários não possuem amparo e a empresa a qualquer
momento pode ser autuada pelo órgão público competente.
As empresas registradas possuem o direito de explorar seu negócio e
contribuem para o desenvolvimento do país com a geração de empregos e
pagamento de tributos. Toda empresa registrada é cadastradas pelo governo e
recebe um número: O CNPJ, também chamado em outra época de CGC.
O CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica das empresas equivale ao
CPF – Cadastro de Pessoa Física das pessoas.
Importante ressaltar que as empresas nascem a partir da necessidade ou
desejo do homem em empreender seu sonho em algo concreto para gerar bens ou
serviços à sociedade. A história tem inúmeros casos de empreendedores de
sucesso que tornaram seus sonhos em realidade empresarial. Vejamos a história de
dois empreendedores que criaram grandes empresas:

Além dos documentos normais para abrir uma empresa, que são registros
Federal-Cadastro Nacional Pessoa Jurídica (Receita Federal do Brasil), Estadual-
Inscrição Estadual (Junta Comercial do Estado e Secretaria da Fazenda Estadual) e
Municipal - Inscrição Municipal (Prefeitura) são necessários:
*Alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária;
*Responsável Técnico habilitado;
*Registro no Ministério da Saúde;
*Registro do Conselho Regional da Farmácia

4.1 CNAE

A CNAE – classificação nacional de atividade econômica é uma classificação


usada com o objetivo de padronizar os códigos de identificação das unidades
produtivas do país nos cadastros e registros da administração pública nas três
esferas de governo, em especial na área tributária, contribuindo para a melhoria da
qualidade dos sistemas de informação que dão suporte às decisões e ações do
Estado, possibilitando, ainda, a maior articulação inter sistemas.

15
Henry Ford (1863-1947) Estados Unidos

Nascido e criado em uma fazenda, passou sua


infância desmontando coisas, especialmente relógios.
Começou sua carreira como mecânico e mesmo sem
uma faculdade, tornou-se dono de um império com
indústrias, siderúrgicas, usinas, ferrovias, minas de
carvão... Gostava de fábricas e não do escritório, suas
competências eram essencialmente técnicas e não
gerenciais, as quais delegava a outros profissionais.
Para produzir veículos baratos, inventou a linha de
montagem. Com isso conseguiu padronizar e reduzir a
perda de tempo na fabricação, reduzindo os custos dos
seus modelos. Foi um dos homens mais ricos em sua
época. Morreu aos 83 anos de hemorragia cerebral.

William Henry Gates (1955) Estados Unidos

Mais conhecido como Bill Gates, fundou a


Microsoft em parceria com o sócio Paul Allen. A maior
empresa de software do mundo. Enquanto fazia sua
faculdade em Havard, desenvolveu juntamente com Paul
Allen o interpretador de linguagem Basic para
computador pessoal. Desde o início Bill Gates acreditava
que o software se tornaria tão ou mais importante que
hardware. Abandonou seus estudos para se dedicar a
sua empresa de software. Desde 1995, Bill Gates passou
a fazer parte do ranking dos mais ricos do mundo,
segundo a revista Forbes. Atualmente Bill Gates e sua
esposa dedicam grande parte do tempo a projetos
filantrópicos.
O surgimento das empresas depende dos empreendedores, sem o qual as
empresas não se materializariam. Três habilidades são fundamentais e necessárias
para um empreendedor: Habilidades técnicas, gerenciais e pessoais. O sucesso dos
negócios, segundo pesquisadores, está fortemente relacionado ao comportamento,
características e atitudes do empreendedor.
Uma das principais razões para o fechamento ou falência das empresas é a
falta de planejamento. O plano de negócio é um documento que auxilia o
empreendedor na estruturação do seu empreendimento, permitindo analisar sua
viabilidade econômica e técnica antes mesmo de iniciar sua atividade. Quando
usado de forma correta, o plano de negócio pode proporcionar uma maior segurança
ao empreendedor antes de arriscar o seu investimento. Obtenha mais informações a
respeito do assunto visitando a página eletrônica na internet do SEBRAE. Lá você
irá encontrar informações detalhadas de como elaborar um plano de negócio para
uma empresa.

RESUMO:

Em síntese, poderíamos dizer que as empresas se modificaram ao longo da


história, de artesanais passaram para a informatização. O número de empresas

16
também aumentou e a facilidade com que elas têm acesso aos transportes e a
tecnologia elevou a competitividade nos negócios.
A forma de classificar uma empresa pode ser feita de diversas formas: Pelo
setor econômico, pela legislação, pela qualificação, pelo tamanho ou ainda pela
destinação do lucro. Independentemente da classificação de uma empresa, todas
precisam estar registradas legalmente. Cada vez mais as empresas são decisivas
para a prosperidade de um país pela geração de empregos e arrecadação de
impostos. Quando uma empresa atua clandestinamente, todos acabam perdendo
com a informalidade e o maior custo disso é o social.
O empreendedorismo é o passo inicial para criação das empresas. Toda
empresa é concebida por um empreendimento e idealizada por um empreendedor
que depositou todos os seus esforços para a realização do seu sonho. O plano de
negócio é uma importante ferramenta de planejamento e análise para novos
empreendimentos.
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.
(Peter Drucker)

EXERCÍCIOS:

1. Defina o que é empresa?

2. Como eram as empresas no início da civilização humana?

3. Classifique as empresas apresentadas abaixo segundo o seu setor


econômico:

a) Setor primário ( ) Empresa fabricante de automóveis


b) Setor secundário ( ) Empresa de plantio e colheita de milho
c) Setor terciário ( ) Empresa de venda de autopeças

4. Qual a classificação por tamanho dada a uma empresa cujo número de


funcionários é de 50 pessoas e com faturamento mensal de R$ 240 mil?

5. O que é CNPJ? Quem tem direito?

6. Qual a diferença entre empresa formal e empresa informal?

7. Qual o objetivo de uma empresa?

8. Quais são os quatro elementos necessários para que uma empresa atinja
seu objetivo?

17
9. Defina pessoa física e jurídica?

10. O que todo empreendedor, ao formalizar seu negócio, tem que indicar?

11. As empresas passaram por mudanças ao longo dos tempos, sendo o seu
maior desenvolvimento tendo ocorrido a partir da revolução industrial.
Podemos dividir a história da empresa em
( ) 3 três fases ( ) 4 quatro fases ( ) 5 cinco fases ( ) 6 seis fases

12. As empresas podem ser classificadas de diversas formas, quais são elas?

13. Comente a importância das empresas para a sociedade.

14. Pessoa física é o _____________________ ou pessoa natural dotada de


vontade própria e capaz de _________________e ______________________.

15. Leia o estudo de caso apresentado abaixo e respondas as questões.

Luciana sempre gostou de costurar, quando tinha sete anos acompanhava sua mãe
costureira no trabalho e observava como era o trabalho de confecção na fábrica. Aos
15 anos fez um curso no SENAI e aprimorou as técnicas de corte e costura
industrial. No bairro onde morava, recebia muitas encomendas de confecção de
roupas. Sua capacidade inventiva associada às técnicas indústrias que possuía lhe
dava muito prestígio. Como sempre esteve muito próxima de máquinas nunca
gostou muito de estudar na escola e também não gostava de cobrar as pessoas
quando não recebia o pagamento dos clientes pelo serviço prestado. Aos 20 anos,
Luciana decide abrir uma empresa formal para atender a demanda do bairro. Sem
saber muito, como é ter uma empresa, segue o seu instinto e a vontade de vencer
por conta própria.

Responda com base no estudo de caso:

a) Luciana é uma empreendedora?

b) Qual a principal habilidade de Luciana?

c) Vamos supor que Luciana passe por dificuldades em seu negócio. Quais
seriam as principais hipóteses para que isso aconteça?

18
5. O NEGÓCIO DA EMPRESA
• Abordagem do ponto de vista do cliente, não do produto.
• Pergunta: qual é o maior benefício que seu cliente procura ao se dirigir à sua
empresa?

– A Identidade da empresa
• Conjunto de atributos que a torna especial
– Atributos essenciais
– Atributos acidentais
• Identidade é o que a empresa é, não o que ela gostaria de ser

6. A MISSÃO DA EMPRESA
A partir do conceito de negócio formulado e definida a forma jurídica, deve-se
desenvolver a declaração de missão da empresa em termos das metas que
deverão ser atingidas, relacionadas à: natureza e qualidade dos produtos e/ou
serviços oferecidos, preços, relacionamento com os clientes, com os funcionários
e com outras empresas do setor, características do ambiente de trabalho e estilo
de administração, incorporação de novas técnicas e tecnologias, perspectivas de
crescimento e lucros, relacionamento com a comunidade e com o meio ambiente.

• Deve traduzir uma necessidade permanente


• É a razão de ser da empresa
• Perguntas:
– O que a empresa faz?
– Por que ela faz?
– Para quem ela faz?
– Como ela faz?

Resumo
Missão é a razão de ser da empresa

Cuidado!

• Evite frases muito longas com palavras difíceis

• Economize gerúndios (Ex: fazendo, disponibilizando, etc)

• Seja simples e conciso

• Exemplo: a missão da Disney é “alegrar as pessoas”

6.1 EXEMPLOS DE MISSÃO

FIAT “Produzir automóveis que as pessoas desejam comprar e tenham orgulho


de possuir.”
3 M “Solucionar problemas não solucionados de maneira inovadora”

19
NATURA “Nossa razão de ser é criar e comercializar produtos e serviços que
promovam o Bem-Estar/Estar Bem.”

7. A VISÃO DA EMPRESA
• Projeção de oportunidades futuras
• Pergunta: aonde a empresa quer chegar?
• Exemplo Disney: “criar um mundo onde todos possam ser crianças”

Mais sobre a Visão


• É também o objetivo principal
• Deve delimitar um prazo para o objetivo ser atingido
• Deve ser revista periodicamente

Visão
“Não existe vento favorável para quem não sabe aonde chegar”. Sêneca

7.1 EXEMPLOS DE VISÃO

AVON “Ser a empresa que melhor entende e satisfaz globalmente as


necessidades de
produto, serviço e auto-realização da mulher”
CRHODIA “Criar uma empresa líder onde as pessoas tenham orgulho e prazer
de trabalhar”
SONY “Experimentar o prazer de avançar e aplicar tecnologia para o benefício
das pessoas”

8. PRINCÍPIOS E VALORES
• Posturas e atitudes das pessoas (linhas de conduta)

• No máximo cinco

• Devem resistir ao tempo

• Devem ser independentes do ramo de atividade

• Devem ser coerentes com a identidade

8.1 EXEMPLOS DE VALORES

ABN “Integridade, respeito, trabalho em equipe e profissionalismo.”

3M “Inovação, integridade absoluta, respeito à iniciativa individual e ao


crescimento pessoal, tolerância, qualidade e confiabilidade, solucionar
problemas.”

ALCOA “Integridade, segurança e saúde, qualidade e excelência, pessoas,


responsabilidade.”

20
9. CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
Organização é uma entidade social composta de pessoas e de recursos,
deliberadamente estruturada e orientada para alcançar um objetivo em comum.
Toda empresa é uma organização. Porém existem outras formas de
organização na sociedade, como exemplo: as igrejas e as forças armadas.
Toda organização lucrativa é um sistema que transforma recursos em
produtos e serviços. Observemos:

Toda organização é influenciada por variáveis. As cinco variáveis básicas da


organização são: As tarefas, as pessoas, a tecnologia, o ambiente e a estrutura.

Tarefas

Estrutura Pessoas

ORGANIZAÇÃO

Ambiente Tecnologia

O comportamento dessas variáveis é complexo: cada qual influencia e é


influenciável pelos outros componentes. A adequação entre essas cinco variáveis
constitui o principal desafio da moderna administração das organizações.

21
9.1 NÍVEIS DA ORGANIZAÇÃO

Toda organização apresenta três níveis: Estratégico, tático e operacional. A


missão e a visão de uma organização são formuladas pelo nível estratégico de uma
empresa. É o nível mais elevado da organização, representado pela presidência e
diretores. No nível tático estão as gerências cuja função é criar planos a partir da
missão e visão estabelecidos pelos diretores. No nível operacional os planos
oriundos do nível tático são executados por técnicos especializados.

Quanto mais elevado o nível de atuação na organização, maior é a exigência


de habilidades conceituais e de tomada de decisão por parte do profissional
envolvido. No quadro que segue apresentamos as habilidades necessárias nos
diversos níveis da organização.

Níveis Habilidades Necessárias


Decisão
Habilidades
Nível Alta Conceituais
Estratégico Direção (Idéias e conceitos
abstratos)

Habilidades
Nível Gerência Humanas
Tático (Relacionamento
Interpessoal)

Habilidades
Nível Supervisão Técnicas
Operacional (Manuseio de
objetos físicos) Execução

9.2 OS PARCEIROS DA ORGANIZAÇÃO:

Todos os parceiros (stakeholders) estão engajados em um complexo jogo de


transações com a empresa e dentro de um processo de reciprocidade investem e
contribuem para obter retornos na forma de recompensas. A figura abaixo ilustra o
investimento e o retorno proporcionado por alguns dos stakeholders da organização.

22
Investimento Parceiros Retorno

Matéria-primas, Lucros e
serviços e Fornecedores novos
tecnologias negócios

Capital e Investidores e Lucros e


investimentos Acionistas dividendos

Conhecimentos, Salários,
esforço e Empregados benefícios e
habilidades retribuições

Qualidade,
Aquisição de preços e
bens e serviços satisfação
Clientes

9.3 CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO:

O grau de centralização/descentralização refere-se ao quanto a autoridade para


tomar decisões está concentrada no topo ou dispersa na base da organização. A
centralização significa que a autoridade para decidir está localizada no topo da
organização. A descentralização significa que a autoridade para decidir está dispersa
nos níveis organizacionais mais baixos.

Vantagens da organização centralizada:

Melhor método de controle e


coordenação das atividades e recursos;
Redução de custos em razão do poder
estar centrado em um único departamento
ou pessoa;
As novas tecnologias privilegiam a
centralização pelo fato da informação ser
rapidamente transmitida e recebida.

23
Vantagens da organização descentralizada:

Agilidade nas respostas aos clientes;


Estimulo a criatividade e a independência nas
pessoas dos níveis mais baixos;
Aqui a tecnologia da informação também
privilegia a descentralização pelo fato da
informação em tempo real manter a par a
cúpula das atividades que foram delegadas
aos níveis inferiores, descentralizando as
decisões...

9.4 O AMBIENTE DA ORGANIZAÇÃO

A organização possui três ambientes no qual ela está inserida. O ambiente


interno, operacional e geral ou externo.

Ambiente interno: é o ambiente


cujas variáveis podem ser
alteradas pela organização, tais
como: planejamento,
organização, coordenação ou
influência e controle das áreas
da empresa.
Ambiente operacional: é o
ambiente cuja organização tem
pouco ou nenhum controle sobre
as variáveis, tais como:
fornecedor, concorrência,
cliente, mão-de-obra...
Ambiente geral ou externo: é o
ambiente cuja organização não
possui controle sobre as
variáveis, tais como: economia,
tecnologia, leis, política...

9.5 O PROCESSO ADMINISTRATIVO NAS ORGANIZAÇÕES

O processo administrativo ocorre no ambiente interno das organizações. As


quatro principais atribuições do administrador são ilustradas na figura a baixo:

24
Planejamento

Controle Organização

Coordenação

Planejamento: O planejamento determina antecipadamente quais são os


objetivos que devem ser atingidos e o que se deve fazer para alcançá-los. O
planejamento define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e
em que sequência.
Organização: É a utilização de mecanismos para ordenar tarefas e recursos
para o alcance dos objetivos. É a fase de por o plano em ação.
Coordenação: Esforço desprendido na condução e orientação de recursos
humanos para realização dos objetivos organizacionais. Também conhecido como
direção, liderança.
Controle: Processo de mensuração e comparação do desempenho atingido
com o padrão preestabelecido. Se houver diferenças, ações são tomadas para
alcançar o padrão preestabelecido.

RESUMO:

A organização é uma entidade social que agrega pessoas e recursos. As


cinco variáveis das organizações são: As tarefas, as pessoas, a tecnologia, o
ambiente e a estrutura. Em relação aos níveis de uma organização, temos: O nível
estratégico, tático e operacional. O nível estratégico é o nível mais elevado da
organização e de maior poder de decisão, exige habilidades conceituais e humanas
para sua função.
Os parceiros da organização também são conhecidos como stakeholders e
são constituídos essencialmente pelos fornecedores, investidores, empregados e
clientes.
Uma organização é centralizada quando as decisões estão concentradas no
topo da organização. A descentralização visa justamente repassar e delegar parte
das decisões a níveis inferiores da hierarquia organizacional.
O ambiente da organização é subdividido em: Ambiente interno, operacional e
externo. No ambiente interno ocorre o processo administrativo da organização, cujas
atribuições são: Planejamento, organização, coordenação e controle.
“Quanto maior a mudança e a instabilidade, tanto maior a necessidade
de habilidades conceituais para proporcionar
a inovação dentro das organizações”.
(Idalberto Chiavenato)
EXERCÍCIOS:

1. Uma igreja é uma organização? Explique?

25
2. Relacione as empresas em relação ao seu objetivo final?

a) Produto ( ) Escola
b) Serviço ( ) Hospital
( ) Fabrica de joias
( ) Indústria de celulares
( ) Loja de roupas

3. Marque as alternativas corretas.

( ) A visão da empresa determina onde ela pretende chegar no longo prazo. Essa
estratégia é formulada no nível tático.
( ) No nível operacional ocorre a implementação dos planos.
( ) O planejamento estratégico não é considerado importante, tendo em vista sua
subjetividade.
( ) O planejamento estratégico é de responsabilidade da alta direção, o tático
ocorre no nível de gerencia e o operacional em nível de supervisão e técnico.

4. Explique por que as empresas não exercem controle sobre o ambiente


externo?

5. Quais são as 4 principais atribuições do administrador nas organizações?

6. Escreva um texto expondo sua opinião sobre a importância do trabalho do


assistente administrativo dentro das organizações.

26
10. VISÃO SISTÊMICA DA ORGANIZAÇÃO

Antes de compreendermos o significado da visão sistêmica da organização, é


necessária a apresentação dos conceitos fundamentais da Teoria de Sistemas.
A teoria de sistemas surge na Administração por volta de 1960 com base na
biologia e trouxe inúmeras contribuições conceituais para as organizações. O
pressuposto básico da teoria sistêmica é que o todo é formado por partes. A
combinação perfeita das partes é quem forma o sistema. Como exemplo, temos o
corpo humano formado por inúmeros órgãos do qual depende a sobrevivência do
Ser Humano. A falha ou interrupção de um dos órgãos acarreta em outros
problemas que podem comprometer a saúde do indivíduo. As empresas também
são constituídas por partes ou funções denominadas de setores (Marketing,
Produção, Finanças, RH...). Quando uma dessas partes passa por dificuldades,
afeta todo o sistema empresarial. Todo sistema é constituído de sub-sistemas e todo
sub-sistema possui elementos que por sua vez é constituído de componentes que
advém de outras unidades menores. É a partir da unidade que se forma o universo.
A fragmentação da unidade corrompe o funcionamento saudável e pleno do
universo. Essa é uma definição conceitual da teoria de sistemas amplamente
difundida no meio empresarial.
O modelo genérico de um sistema é apresentado na figura abaixo. Todo
sistema apresenta entradas – processamento – saídas – retroação e um ambiente
que o circunda.

Entrada Saída
Ambiente Processamento Ambiente

Retroação

Existem basicamente dois tipos de sistemas: fechados e abertos. O sistema


fechado é caracterizado por não interagir com o meio externo. Um exemplo de
sistema fechado são os sistemas mecânicos, tais como as máquinas e os
equipamentos. Ex.: Relógio – não sofre influência do clima.
O sistema aberto é caracterizado pela interação com o meio que o cerca.
Sua sobrevivência ou funcionamento depende da sua capacidade de adaptabilidade
ao meio. Todo ser vivo é um sistema aberto, pois sua existência depende fortemente
de fatores externos ao meio em que vive.

A empresa é um sistema fechado ou aberto?

O sistema aberto é fortemente influenciado pelo ambiente. As empresas são


constituídas por pessoas, o que as torna uma instituição social com forte

27
dependência ao seu meio, constituído por consumidores, governo, concorrentes e
fornecedores. Portanto, toda empresa é um sistema aberto.
Vamos ilustrar o que aprendemos com um exemplo envolvendo o sistema de
uma indústria de parafuso. Para produzir um parafuso uma fábrica precisa adquirir
matéria prima, energia, informação (entradas) para produzir por meio do seu sistema
organizado de produção (processo) o produto parafuso (saída). Pelo fato da
indústria ser uma empresa do setor secundário, ela interage e sofre forte influência
do meio externo (ambiente). Se o fornecedor de matéria-prima não cumprir com os
prazos de entrega, afetará a disponibilidade do parafuso no mercado. Por essa
razão, constantemente os administradores de produção da indústria precisam
verificar a existência de matéria prima com o fornecedor, antes de vender os
parafusos. Essa verificação, do que foi comprado com o que deve ser fabricado é
chamado de controle (retroação). Abaixo temos o esquema informativo da indústria
de parafuso.

Processo
Influência do Meio
Ambiente

Meio de Produção

Matéria-prima
Energia Entrada Saída
Informação
Parafuso
Tarefa

Homem

Na ilustração, utilizamos um pensamento simplificado do sistema industrial.


Pois o número de elementos é demasiadamente complexo, porém não foge do
princípio genérico apresentado. A falta de um desses componentes irá afetar a
produção do parafuso. Se não houver energia, as máquinas não irão operar. Se não
houver o homem para produzir, as máquinas não serão ligadas e assim surge o
pensamento sistêmico. Para produzir um parafuso, a fábrica depende de inúmeros
elementos. Em alguns ela exerce certa influência, como nos tipos de entrada,
processamento, saída e na retroação. Porém, no ambiente, ela não consegue
causar influência, pois é influenciada. O ambiente pode determinar o sucesso como
o fracasso de uma organização. Para amenizar os riscos com a imprevisibilidade do
ambiente, as organizações utilizam inúmeras estratégias para se manterem
competitivas no mercado.
A visão sistêmica é a habilidade de compreender a organização baseando-
se na teoria de sistemas, o qual considera o conhecimento da ligação de todos os
subsistemas da organização. O próximo capítulo irá estender os subsistemas da
organização em setores. Os setores devem ser compreendidos como áreas
funcionais que constituem uma organização, tais como: Produção, Marketing, RH,
28
Finanças, Logística entre outros. A organização é o sistema constituído pelos
subsistemas setoriais. Quando uma decisão for tomada em alguma empresa, o
gestor ou a alta direção dessa organização deve levar em conta o pensamento
sistêmico e analisar todas as probabilidades que uma decisão pode acarretar nos
setores da empresa. Uma decisão de expansão na produção deve levar em
consideração outras áreas da empresa. Muitas vezes uma decisão pode trazer
consequências irreversíveis e a própria falência da empresa. Ao propor a expansão
da produção de uma indústria, os gestores devem levar em consideração o
departamento de marketing que possui informações sobre a demanda; o
departamento de finanças também deve ser consultado para análise da viabilidade
econômica de uma expansão e o RH irá informar a disponibilidade de contratação e
treinamento de pessoas para atender a expansão da fábrica. Como vimos, uma
simples decisão impacta em todas as áreas de uma organização. Portanto, o
pensamento sistêmico deve ser levado em consideração sempre que uma nova
estratégia for implementada.
Quando as decisões nas empresas são tomadas levando se em consideração
poucas variáveis ou partes isoladas diz-se que o pensamento adotado foi o linear ou
cartesiano, esse pensamento leva em consideração apenas fragmentos ou partes do
problema. Ao se levar em consideração outras partes na decisão, adota-se o
pensamento sistêmico que é mais adequado para problemas que impactam em
todos os setores da organização. Porém, com a complexidade do mundo surge uma
nova forma de pensamento que é muito mais abrangente que o pensamento
sistêmico e que considera não apenas o sistema empresarial, mas outros sistemas
que podem impactar nos negócios, tais como o sistema político vigente, sistema
ambiental, sistema social... O pensamento complexo leva em consideração a
totalidade, donde o sistema empresarial é meramente uma parte do todo.
Tomar decisões baseadas no pensamento complexo é um grande desafio
para as organizações, dada as limitações cognitivas do homem. O pensamento
linear é reducionista e o sistêmico embora largamente utilizado, já não é suficiente
na atual conjuntura econômica onde os mercados se tornaram globalizado.
Atualmente as empresas precisam considerar inclusive o impacto que suas
embalagens causam no ambiente, pois uma reportagem ou um artigo contrariando a
embalagem do produto da empresa pode repercutir nacionalmente e até
internacionalmente, acarretando prejuízos na venda daquele produto.
A dinâmica do mercado torna imprevisível o futuro e dificulta a tomada de
decisão nas empresas. Essa complexidade exige um pensamento complexo e
aprendizagem constante.

RESUMO:

Estudamos que um sistema é um conjunto de elementos interdependentes


que interagem entre si. Todo sistema apresenta: entradas, processamento, saídas,
retroação e é circundado pelo ambiente. Dizemos que um sistema é fechado quando
não interage com o ambiente externo e aberto quando há interação com o ambiente
externo. Toda empresa é considerado um sistema aberto e, portanto, apresenta
interação com fornecedores, consumidores, governo entre outros agentes externos.
Uma empresa deve tomar decisões com base na visão sistêmica,
considerando a interdependência entre os setores. A visão linear, baseada na
divisão do problema para sua resolução não é adequada para o modelo empresarial,
tendo em vista que a visão linear fragmenta o conhecimento e desconsidera outras

29
partes. Com a complexidade do mundo, vimos também que atualmente o
pensamento sistêmico está sendo substituído pelo pensamento complexo que
considera a interação do sistema empresarial com outros sistemas presentes.
Empresas são organizações que vivem em ambientes dinâmicos e que
interagem com outros sistemas. Toda e qualquer decisão gera uma ação e reação.
“O futuro das organizações dependerá cada vez mais
de sua capacidade de aprender coletivamente."
(Peter Senge)

EXERCÍCIOS:

1. A empresa é um sistema aberto. O que isso significa?

2. O que pode ocorrer com uma empresa que pauta suas decisões em uma
visão ou pensamento de forma linear ou cartesiana?

3. Tomando como exemplo a indústria de computadores, relacione as colunas:

a) Entrada ( ) Computador montado


b) Processo ( ) Controle de qualidade
c) Saída ( ) Componentes eletrônicos, placas
d) Retroação ( ) Linha de montagem
e) Ambiente ( ) Consumidor

4. De que forma o pensamento sistêmico pode ajudar as empresas?

a) Na venda de produtos e serviços;


b) Na tomada de decisões;
c) Na compra de insumos;
d) Na elaboração do processo.

5. Qual a sua opinião sobre empresas que operam no mercado unicamente


com o propósito de obter lucro, desconsiderando aspectos ambientais e
sociais do seu entorno.

6. Pesquise sobre o PNQ (Prêmio Nacional da Qualidade) e responda se os


critérios de avaliação levam em consideração a visão sistêmica. Por quê?

30
11. MODELOS ORGANIZACIONAIS
Organizar significa estruturar e integrar as atividades desenvolvidas em uma
empresa, distribuindo-se por departamentos, setores, seções, etc., conforme suas
necessidades.
Ao organizar uma empresa, agrupam-se as suas atividades em
determinados órgãos, atribuindo-lhes cargos ou funções, além de definir as relações
de hierarquia (autoridade) entre cada um desses órgãos.
Assim sendo, obtém-se a estrutura organizacional que é a forma de
“arrumação” de uma empresa de maneira a oferecer-lhe maiores probabilidades de
obter bons resultados.
As empresas possuem tamanho, atuação e clientes distintos, o que as
torna diferentes. O modelo de gestão da empresa depende destes fatores e de
inúmeros outros que irão determinar sua organização. Para compreendemos melhor
os modelos de organização adotados pelas empresas, iremos estudar as áreas,
setores e a hierarquia mais utilizados pelas diversas organizações.

11.1 ÁREAS E SETORES FUNCIONAIS

Área funcional é diferente de estrutura. Para entendermos melhor áreas,


departamentos, setores, temos que nos ater ao organograma que é a representação
gráfica de estrutura organizacional da empresa, considerados os departamentos,
setores e seções e a inter-relação existente entre eles.
A empresa é um sistema, cujo aspecto principal é a interligação das suas
partes.
Didaticamente podemos apresentar a estrutura interna das empresas
observando o seu porte, os produtos confeccionados, a área geograficamente
ocupada, etc.
Analisando a estrutura empresarial quanto às funções internas, temos:

1. Áreas: constituídas por departamentos e setores. Assim temos, por


exemplo, a área comercial constituída pelo departamento de marketing, responsável
pelos setores de pesquisa, compras, vendas e telemarketing. Considerando a
tomada de decisão, entendemos nas áreas as decisões estratégicas, envolvendo
toda a empresa. Em relação ao tempo, tais decisões são, normalmente, de longo
prazo, apresentando resultados dos departamentos ao longo do período.

2. Departamentos: segundo nível de uma organização, responsáveis


pelos setores. As tomadas de decisões são basicamente táticas, compreendendo os
departamentos específicos e em relação ao tempo podem ser de médio ou curto
prazo.

3. Setores: terceiro nível de uma organização, compreende a


operacionalização das atividades. O foco das decisões é operacional, de curto
prazo.

31
O funcionamento de qualquer organização é sustentado por áreas e seus
respectivos setores. A quantidade de áreas e setores varia de empresa para
empresa. Para exemplificar, iremos ilustrar as principais áreas da administração e
seus alguns respectivos setores.

Áreas da Administração

Recursos
Produção Marketing Humanos Finanças Logística

SETORES: SETORES: SETORES: SETORES:


SETORES:
- Fabrica - Vendas - Tesouraria - Compras
- Manutenção - Promoção - Seleção - Contabilidade - Armazém
- Qualidade - Pesquisa - Contratação - Orçamento - Distribuição
- Publicidade - Treinamento
- Remuneração

Para administrar estes setores ou qualquer atividade empresarial, as etapas


do trabalho são as mesmas: planejar, organizar, dirigir e controlar.

Área Função
Criação de bens e de serviços na quantidade e no prazo
Produção estipulado pelo plano de trabalho, dentro do padrão de
qualidade esperado pelo mercado.
Elaboração de estratégias e ações que provêem o
Marketing desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um
produto ou serviço no mercado consumidor.
É responsável pela gestão das relações da organização
Recursos Humanos com o empregado. Recrutamento, treinamento, fixação de
salários, benefícios...
Cuida da gestão e obtenção de recursos financeiros
Finanças
necessários para o funcionamento da organização.
Responsável pela ação de transportar, armazenar e prover
bens para transformação e consumo, desde o fornecedor
Logística
até o cliente, dentro de prazos, quantidades e custos
previstos.

Obviamente que existem outras áreas, como o de Tecnologia da Informação


(TI) e Comércio Exterior, porém as áreas apresentadas são as mais difundidas e
utilizadas entre as empresas.
Ainda poderíamos dizer que as áreas são a nível tático de planejamento e os
setores se encontram no nível operacional. Cabe aos setores executarem atividades
previamente definidas para que os objetivos da organização sejam atingidos.
Existe ainda uma classificação quanto ao grau de relevância das áreas
funcionais: fim e meio.

32
Áreas funcionais fins: São áreas que englobam setores e atividades diretamente
envolvidos no ciclo de recursos em produtos ou serviços ao mercado. Muitas
indústrias possuem como áreas funcionais fins a produção e o marketing.

Áreas funcionais meios: São áreas cujos setores desempenham atividades que
proporcionam os meios para a transformação de recursos em produtos ou serviços
ao mercado. São áreas de apoio cuja sua atividade nem sempre está diretamente
relacionada com o produto ou serviço. Para ilustrar, apresentamos na figura abaixo,
as áreas funcionais meios de uma empresa industrial.

11.2 HIERARQUIA

Primeiro Conceito:
Quando se fala em hierarquia, surge-se imediatamente um conceito de
chefia. Na realidade hierarquia significa mais que esse conceito e precisa ser vista e
entendida amplamente pela importância que representa para a empresa.
As relações de autoridade fundamentam-se na estrutura organizacional
de subordinação, enquanto as relações de responsabilidade são as definidas pelas
ordens e orientações recebidas e a quem devem passar contas do trabalho
realizado.
A relação existente entre a autoridade e a responsabilidade forma uma
rede definida como hierarquia, cujas relações de autoridade podem apresentar-se
em dois níveis: vertical e horizontal.

33
Segundo Conceito:
Hierarquia é a ordenação de elementos em ordem de importância. As empresas
utilizam o organograma como forma de representação gráfica da hierarquia. É
composto por retângulos, cada um representando um departamento, com sua
respectiva responsabilidade. Os retângulos estão ligados por linhas, ou canais de
comunicação, que mostram a relação de dependência entre os departamentos. Nas
organizações existem várias formas de hierarquizar ou departamentalizar, sendo as
mais usuais apresentadas a seguir:

 Departamentalização por quantidade

É uma forma de estruturar a empresa para situações onde ocorrem turnos de


equipes igualmente preparados para determinada atividade operacional. Como
exemplo tem-se algumas empresas industriais que adotam esse modelo de
hierarquia em seu processo produtivo. Onde uma única gerência é responsável por
três supervisores de turnos diferentes.

 Departamentalização funcional

É uma forma de organizar as atividades por funções ou áreas da empresa. É


utilizado por empresas que possuem atividades repetitivas e altamente
especializadas.

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 Departamentalização territorial ou geográfica

Usado por empresas dispersas em diversas regiões por unidades


operacionais ou bases.

 Departamentalização por produto ou serviço

Formato de organização onde a empresa é estruturada por atividades


oriundas dos produtos ou serviços oferecidos.

 Departamentalização por clientes

Situação onde a empresa é organizada a partir das necessidades dos


diversos clientes da empresa.

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 Departamentalização por processos

Situação onde as atividades de uma empresa são estruturadas por


departamentos de acordo com as etapas de um processo.

 Departamentalização por projetos

Empresas que operam com projetos (atividades com início e fim


determinados) optam por uma organização hierárquica por projetos. Após o
encerramento do projeto, os recursos são alocados em outros projetos.

 Departamentalização matricial

Associa o modelo de departamentalização funcional com o de projeto.


Permitindo uma sobreposição e uma melhor utilização da estrutura organizacional.

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 Departamentalização mista

Modelo mais utilizado pelas empresas, pois cada área apresenta uma
estrutura mais adaptada a sua realidade.

Cada tipo de departamentalização estudado foi ilustrado com um


organograma que representa graficamente o aspecto estrutural da organização.
Para confeccionar um organograma utiliza-se software específico de edição gráfica
vetorial (Corel Draw ou Illustrator), porém muitas das empresas não dispõe desses
recursos computacionais, podendo o assistente administrativo utilizar o próprio
pacote Office ou BrOffice. No pacote Office da Microsoft o Word e o Power Point
possuem recursos de desenho com formas geométricas para desenho de
organogramas.
Abaixo segue esclarecimentos sobre ORGANOGRAMA.
 Hierarquia é a ordenação de elementos em ordem de importância, e sendo
mais específico para as organizações, seria a graduação das diferentes
categorias de funcionários ou membros de uma organização.
Existem basicamente 4 níveis hierárquicos dentro de uma organização, que são
divididos em:
 1º Nível – Estratégico ou Institucional, onde são elaboradas as estratégias,
realiza-se a gestão estratégica e por consequência o planejamento
estratégico. Aqui são elaboradas as políticas e diretrizes da empresa.
Normalmente este posto é assumido por Presidentes e / ou Diretores,
também denominado como a  Alta Direção da empresa;
 2º Nível – Tático ou Intermediário, geralmente ocupados por Gerentes de
cada departamento que são responsáveis pelas ações do dia a dia do nível
operacional, bem como a liderança e a motivação destes;

37
 3º Nível – Gestores e Supervisores, estudam as restrições, necessidades e
conveniências associadas a funções da qual são gestores, e esquematizam
as ações e atividades que devem ser realizadas. São responsáveis pela
aplicação das diretrizes estabelecidas nos níveis 1 e 2, e;
 4º  Nível – Operacional – formado por Supervisores que são diretamente
responsáveis pela execução e realização das atividades da produção.
A seguir, em tabela, podemos ter uma orientação sobre as titulações dos cargos.

Agora vamos retomar a pergunta do inicio do artigo: “quantos níveis hierárquicos sua
organização possui?”.

EXERCÍCIOS:

1- A organização da empresa deve ter a estrutura empresarial quanto às


funções internas

( ) Áreas, departamentos e setores;


( ) Pessoas, Contabilidade e Recursos;
( ) Departamentos, pessoas e contabilidade.

38
12. RAZÃO SOCIAL
Todo empreendedor, ao formalizar seu negócio, tem que indicar o nome
empresarial, que pode ser de duas espécies.
Firma: é o nome utilizado pelo empresário individual, pelas sociedades
em nome coletivo, de capital e indústria e em comandita simples. Opcionalmente
pode ser utilizado pelas sociedades limitadas.
Denominação: é o nome utilizado pelas sociedades anônimas e
cooperativas e opcionalmente pelas sociedades limitadas e em comandita por
ações.

13. NOME FANTASIA


Também conhecido como nome comercial ou nome de fachada é a
designação utilizada por uma instituição, seja ela de ordem pública ou privada, sob a
qual ela se torna conhecida do público. Essa denominação opõe-se à razão social
que é o nome utilizado perante os órgãos públicos de registro das pessoas jurídicas.
O nome fantasia pode ser formado a partir de palavras ou expressões
contidas na própria razão social, bem como a partir da criatividade do empresário.
De conformidade com o direito comercial, o registro de um nome fantasia
dá-se perante os órgãos de registro de marca e patentes, resguardando o direito a
sua utilização ao primeiro que o registra.

14. MARCAS
Marca é: um nome, um termo, sinal, símbolo, ou design, ou uma
combinação deles, que deve identificar os bens ou serviços de uma empresa e
diferenciá-los daqueles de seus concorrentes.
A marca nos negócios deve ser diferenciada para alcançar relevância
e atrair o consumidor, deve ser lembrada e amada, deve conquistar o coração do
consumidor.

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Dica1.: Na criação da marca indicar o tipo de fonte e as cores para manter
um padrão.
O desenho do logo deve obedecer também um padrão de tamanho para
aplicação em todos os tipos de mídias - materiais promocionais e papelaria.
Marcas podem ser complexas, sofisticados ou minimalistas e objetivas. O
mais importante é se utilizar de criatividade e pensar em se posicionar facilmente na
memória do público alvo.
É frequentemente usado como referência a uma determinada empresa:
um nome marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou
a própria empresa.
A marca possui até 6 níveis de significados: atributos, benefícios, valores,
cultura, personalidade e usuário.
Podemos conceituar a marca como a ligação entre uma empresa, sua
missão, visão e valores, e os consumidores.
É uma maneira de chamar a atenção como “Hei, represento tal empresa,
que oferece tal serviço ou produto, que irá satisfazer essa sua necessidade ou
desejo”.
O assunto é regulado pela Lei n. 9279 de 14 de maio de 1996 e interpreta
como marca todo o sinal distintivo (palavra, figura símbolo, etc.) visualmente
perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros iguais ou
semelhantes, de origens diversas, bem como certifica a sua conformidade com
determinadas normas ou especificações técnicas.
Qualquer pessoa tanto física quanto jurídica que esteja exercendo
atividade legalizada e efetiva pode requerer o registro de uma marca, que se obtém
pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial- INPI.
A marca registrada perante o INPI garante ao seu proprietário o direito de
uso exclusivo em todo o território nacional e seu ramo de atividade econômica.

Exemplos de marca:

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15. LOGO OU LOGOMARCA
De maneira geral, define-se a logomarca como uma marca gráfica ou
emblema usada para se divulgar e promover reconhecimento público.
Assim como no caso dos logotipos, alguns símbolos se tornaram tão
fortes que dispensam a necessidade do nome escrito da empresa.
Um exemplo é a Globo, teoricamente o nome dado ao globo seria símbolo
e não logo.
Mas as duas nomenclaturas acabaram se fundindo, sendo que ‘símbolo’
é menos usada.
Site para elaborar logo: http://www.freelogoservices.com.br.

Exemplo de logo:

15.1 LOGOTIPIA

Hoje em dia, qualquer designer e micreiro de esquina tenta vender um


logo a uma empresa. Mas afinal de contas, qual o objetivo do logo? Para que vai
servir aquele logotipo? Por que existe a marca?
Muita gente tem uma ideia, digamos, peculiar para o significado de um
logo ou marca. Na grande maioria das vezes, pessoas (que não tem obrigação de
saber isto) acha que um logo deve ser “bonito”. Mas a sensação de beleza é singular
– o que pode ser bonito pra mim, não pode ser bonito pra você. Se o objetivo de um
logo não é ser bonito, pra que ele serve?

15.2 UM LOGO PRECISA SER BONITO?

Bom, vamos por partes aqui. Beleza, de acordo com a Wikipedia, é “uma
experiência, um processo cognitivo ou mental, ou ainda, espiritual, relacionada à
percepção de elementos que agradam de forma singular aquele que a experimenta“.
Isto significa que beleza é sujeita a N fatores. Um logo pode ser belo ou não,

41
depende de quem a observa. Acredite ou não, mas tem algumas pessoas que
sofrem de um problema psicológico onde ela sente medo de uma determinada
forma, cor ou marca. No entanto, uma pessoa que teme a marca da Coca-Cola pode
não temer a marca da Pepsi. Outra pessoa pode temer justo o contrário.
Então um logo precisa ou não ser bonito? Não. Ele precisa transmitir uma
mensagem.
Eu não confiaria em uma empresa que fornece seguro de vida cujo logo
fosse uma caveira, por mais metaleiro que eu fosse. Por que? Simples, ela está
transmitindo uma mensagem errada. Na minha cultura, um sinal de caveira significa
morte. Mesmo se tivesse um cadeado em volta da caveira (“seguro contra a morte”),
eu não iria me sentir muito confortável disto. Quando faço um seguro de vida, não
quero pensar na minha morte: eu quero ainda viver, mas ter uma garantia póstuma.

15.3 QUAL O OBJETIVO DE UM LOGO?

O objetivo de um logo é o de transmitir uma mensagem. Qual é esta


mensagem? Aí depende. Um logo de banco, por exemplo, quer demonstrar solidez e
honestidade. Já o logo de uma bebida energética talvez queira transmitir um ar de
jovialidade, de ação. Quem define isto é a empresa.

Cada uma destas marcas visam transmitir uma mensagem.


Quando digo que a empresa é que define qual mensagem ela quer
transmitir, não digo “os donos da empresa”. Digo a empresa mesmo, como pessoa.
Qual o público-alvo dela? Qual região que ela atende? O que essa empresa faz?
Tudo isto é pesquisado pelo designer na hora de criar um logo. O designer precisa
saber de tudo que pode ter relevância com a empresa.
De acordo com Rob Mills, um designer inteligente não faria um logo em
cor roxa para uma empresa tailandesa, pois lá o roxo é uma cor de tristeza. Já aqui
no ocidente, a cor roxa é associada com realeza, luxo e as vezes mágica. Já uma
marca com quatro elementos deve ser evitada na China, pois quatro é o número do
azar lá (se assemelha muito a palavra “morte”).
E é por isso que um logo precisa ser bem pensado e ser estudado antes
de ser produzido. O papel do designer é justamente esse.
Agora você já sabe, um logo precisa transmitir uma mensagem levando
em conta tudo sobre a empresa que ela vai representar.

15.4 SLOGAN

Slogan é uma palavra ou frase curta e de fácil memorização, usada com


frequência em propaganda comercial, política, religiosa, etc.
É um termo proveniente do inglês, cuja origem etimológica é do gaélico
“sluagh-ghairm” (pronuncia-se slo-gorm) em que sluagh significa “exército” e ghairm
corresponde a choro ou grito. “Sluagh-ghairm” seria então o “grito de guerra” que

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identificava determinado grupo. Muitas vezes também era um grito de chamada
usado pelos escoceses, que era usado para reunir os combatentes.
No sentido figurado, o uso do slogan para fins publicitários também
corresponde a uma guerra entre empresas ao disputarem a preferência do
consumidor pelos seus produtos ou serviços.
O slogan é amplamente usado em comerciais televisivos e em outros
meios de comunicação. Para criar um slogan, os criativos normalmente recorrem a
frases curtas e simples, nas quais estão presentes as características essenciais da
empresa ou produto, com o objetivo de permanecerem na memória do consumidor.
A criatividade é essencial na criação de slogans. O slogan é uma frase-chave ou
expressão que sintetiza o posicionamento da marca ou da empresa. É o logotipo
verbal, devendo constar em todas as ações de comunicação, e muitas vezes é
apresentado juntamente com o logotipo, que é a identidade visual da empresa ou
organização.
No entanto, um slogan não é usado exclusivamente para divulgação de
um serviço ou produto. Muitas vezes os slogans também são usados em campanhas
políticas, sendo uma forma de anunciar um lema ou princípios políticos defendidos.

Slogans famosos
Alguns slogans que se tornaram famosos no Brasil são:
"1001 utilidades" – Marca Bombril
"A cerveja que desce redondo" – Cerveja Skol
"Sorriso Saudável. Sorriso Colgate" – Pasta de dentes Colgate
"Tomou Doril, a dor sumiu" – Medicamento Doril
"Não tem comparação" - Marca Brastemp
A Coca-Cola, uma das marcas mais fortes e lucrativas do mundo, já
apresentou dezenas de slogans ao longo dos tempos. Alguns dos mais famosos
foram "Coca-Cola é isso aí", "Essa é a Real" e "O lado Coca-Cola da vida".

16. LEGALIZAÇÃO DA EMPRESA


Para legalização definitiva de uma empresa, algumas providências devem
ser tomadas antes do efetivo início de suas atividades nos seguintes organismos:

16.1 RECEITA FEDERAL

A partir de 1998, a Secretaria de Receita Federal alterou o sistema de


Cadastramento das Empresas Nacionais. Onde antes tínhamos o CGC (cadastro
geral de contribuinte ), hoje temos o CNPJ (cadastro nacional de pessoa jurídica ).
O formato referente à numeração em nada foi alterado, permanecendo os
mesmos números para as empresas já inscritas no CGC. Exemplo:
61.286.647/0001-16
Os números após a barra correspondem à unidade da empresa.
Os dois últimos números correspondem ao dígito verificador que testa se
o CNPJ é verdadeiro ou falso.
Esse sistema foi desenvolvido para melhorar as informações e controle da
Receita Federal. Junto com esse sistema foram implantadas pela Secretaria
políticas para o desenvolvimento de tecnologia e informação.

43
16.2 INSCRIÇÃO ESTADUAL

As empresas que realizam operações de compra e venda, tanto de


produtos como de mercadorias, são consideradas CONTRIBUINTE perante o
ESTADO, devendo obter a Inscrição Estadual. Os governos estaduais têm à
disposição dos contribuintes e empresas os Postos Fiscais Eletrônicos, que
oferecem muitos serviços, especialmente a DECA ESTADUAL.

16.3 INSCRIÇÃO MUNICIPAL

Para finalizarmos o processo de abertura e para que possamos colocar a


empresa em funcionamento, é necessária uma inscrição municipal e posteriormente
requerer o alvará ou licença de funcionamento.

17. CONTRATO SOCIAL


Para constituirmos uma sociedade (que é a união de duas ou mais
pessoas), é necessária a elaboração do Contrato Social, pois é o instrumento
jurídico que irá reger e definir por meio de suas normas a nova empresa.
As cláusulas contratuais refletem as disposições de vontade dos sócios,
modelando o funcionamento da sociedade e definindo seus contornos mais
peculiares.
É importante destacar que o contrato das limitadas é composto por
cláusulas contratuais essenciais ou obrigatórias, sem as quais não podem ser
arquivados no registro competente, e de cláusulas facultativas, que são livres,
representando a expressão máxima da autonomia da vontade dos sócios.

EXERCÍCIOS:

1. Todo empreendedor, ao formalizar seu negócio, precisa indicar o nome


empresarial, que pode ser de duas espécies, quais?

2. O que é o nome fantasia de uma empresa? Apresente 5 exemplos de


nomes fantasias de empresas aqui de Santo Ângelo.

3. O que é a marca de uma empresa? Quais as empresas que podem


requerer o registro e onde se registra a marca?

4. O que é CNPJ e qual seu formato? O que significa o número após a


barra?

5. O que é o contrato social?

6. Para legalização definitiva de uma empresa, algumas providências


devem ser tomadas antes do efetivo início de suas atividades quais
são?

7. Qual o objetivo de um logo?

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8. Baseado nas informações e conhecimentos adquiridos, monte o
contrato social da empresa fictícia.

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18. FLUXOGRAMA
Fluxograma é a representação lógica e sequencial gráfica de trabalho ou
atividade de forma detalhada ou sintética de um processo. Muitas áreas do
conhecimento utilizam o fluxograma para representar ideias e estruturas lógicas.
Nas empresas, o fluxograma é muito utilizado pela administração e engenharia para
representar graficamente processos e detalhar responsabilidades e operações. A
simbologia é padronizada e extensa, porém em administração os elementos usuais
são poucos e estão apresentados abaixo:

Os fluxogramas são diagramas que mostram as etapas de um processo. Os


fluxogramas básicos são fáceis de criar e, como as formas são simples e visuais,
são fáceis de entender.

O modelo Fluxograma Básico do Microsoft Visio 2010 vem com formas que
podem ser usadas para mostrar vários tipos de processos e é especialmente útil
para mostrar processos empresariais básicos, como o processo de desenvolvimento
de proposta mostrado na figura a seguir.

46
47
Além do modelo Fluxograma Básico, o Visio oferece uma variedade de
modelos para tipos mais específicos de diagramas, tais como diagramas de fluxo de
dados, linhas do tempo e modelagem de software. Para saber mais sobre os
diferentes modelos, consulte Como posso descobrir a finalidade de cada modelo do
Visio?

18.1 O QUE REPRESENTAM AS FORMAS DO FLUXOGRAMA

 Inicial/Final Use essa forma para a primeira e a última etapa do seu processo.

 Processo Essa forma representa uma etapa do processo.

 Documento Essa forma representa uma etapa que resulta em um documento.

 Referência na página Esse pequeno círculo indica que a etapa seguinte (ou
anterior) está em algum outro local do desenho. Isso é particularmente útil em
fluxogramas grandes, onde você teria que usar um conector longo, que pode ser
difícil de acompanhar.

 Referência fora da página Quando você soltar essa forma na página de desenho,
será aberta uma caixa de diálogo onde é possível criar um conjunto de hiperlinks
entre duas páginas de um fluxograma ou entre uma forma de subprocesso e uma
página separada de fluxograma que mostre as etapas do subprocesso.

Abaixo temos um exemplo de como administrar uma lâmpada que não funciona.

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Fonte: Wikipédia
Embora existam outros tipos de fluxograma, o descrito aqui é o mais utilizado
e difundido. Quanto a sua disposição no espaço ele ainda pode ser classificado
como horizontal ou vertical.
Os fluxogramas também são muito utilizados nos programas de qualidade das
empresas, permitindo uma visualização clara dos problemas e suas eventuais
soluções.
O fluxograma pode ser desenhado à mão-livre com ou sem auxilio de
instrumentos ou com o computador. Abaixo apresentamos o gabarito comercial
Trident E-8 para desenho de fluxogramas.

O Microsoft Visio é um software completo para desenho de processos e


fluxograma no computador, porém não está incluído no pacote Office e precisa ser
adquirido separadamente. Para representar fluxogramas no Word 2007 basta ir ao
menu: Inserir/Formas/ Fluxograma.

Como fazer um fluxograma


 Escolher um processo específico que se queira documentar;
 Escolher os pontos lógicos de início e fim do processo;
49
 Definir quem irá documentar o processo;
 Documentar os passos reais do processo;
 Validar a exatidão do seu fluxograma com a ajuda dos especialistas nas
tarefas.

RESUMO:

As organizações possuem diversas áreas, dentre as quais as que mais se


destacam são: Produção, Marketing, RH, Finanças e Logística. Qual área possui
setores que desempenham atividades específicas. As áreas fins impactam
diretamente nos objetivos da organização, enquanto que as áreas meios são
utilizadas para apoio.
A hierarquia ordena as áreas e funções de uma organização em forma de
organograma. Existem vários desenhos sugeridos pela literatura de hierarquizar
departamentos, dentro dos quais se destacam: Departamentalização por
quantidade, dep. Funcional, dep. Territorial, dep. Por produto ou serviço, dep. Por
clientes, dep. Por processos, dep. Por projetos, dep. Matricial, dep. Mista.
O fluxograma representa de forma lógica e sequencial como o trabalho,
processo ou a atividade ocorre.
Estudamos diversas formas e modelos de organização, o que irá determinar
qual seguir irá depender das necessidades de cada empresa.
“Com organização e tempo, acha-se o segredo
de fazer tudo e bem feito.”
(Pitágoras)
EXERCÍCIOS:

1. Relacione as áreas com seus respectivos setores funcionais:

a) Produção ( ) Propaganda

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b) Marketing ( ) Contratos e demissões
c) RH ( ) Transporte
d) Finanças ( ) Pagamentos
e) Logística ( ) Manutenção mecânica

2. Diferencie áreas funcionais fins de áreas funcionais meios. Exemplifique.

3. Faça um organograma hierárquico de uma pizzaria. Considere que a


empresa possui os seguintes níveis hierárquicos:

Financeiro; Vendas;
Compras; Atendimento em domicílio;
Marketing; Entregadores;
Caixa; Atendimento de balcão e mesa;
Gerência; Dep. Pessoal;
Loja;

4. Diferencie organograma de fluxograma.

5. Como você é uma pessoa organizada, sua família pediu-lhe que organize um
almoço no final de semana para todos. Para isso você deverá montar um
fluxograma onde deverá aparecer pelos menos 3 decisões.

6. Você trabalha do Departamento pessoal de uma grande empresa. E está


precisando contratar 5 novos funcionários. Para isso você deverá montar um
fluxograma com todo o processo de contratação dos funcionários, neste
deverá aparecer o processo deste o recrutamento destes. Lembrando que
você apresentar pelo menos 4 decisões no meu do processo.

7.Uma empresa contratou você para Organização de seu quadro de cargos,


pois eles não tinham um Sistema Organizacional Organizado, devido a isso
você deverá organizar esta situação propondo um “ORGANOGRAMA” onde
colocará em ordem de “Importância de Cargo e dependência”, abaixo segue os
cargos existentes nesta empresa:

 Presidente;  Assistente Contábil;


 Gerente de Produção;  Recepcionista;
 Gerente Administrativo;  Telefonista;
 Gerente Financeiro;  Auxiliar de Jardinagem;
 Gerente de Marketing;  Auxiliar de Serviços Gerais;
 Assistente de Marketing;  Responsável do Setor de Compras;
 Assistente Financeiro;  Gerente de Recursos Humanos;
 Técnico em Contabilidade;  Auxiliar de RH;
 Diretor Geral;  Auxiliar do Almoxarifado;
 Auxiliar Contábil;  Pessoal de Linha de Produção.
 Chefe de Produção;
 Assistente Administrativo;

51
19. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE
SOCIEDADES
Quer abrir seu próprio negócio. Ótimo! Mas você já pensou em que tipo de
sociedade sua empresa se enquadrará?
No Brasil, existe uma legislação específica que rege os tipos de sociedades
empresariais e é sobre elas que vamos falar um pouco agora.
O novo Código Civil, Lei nº 10.406 – 10/01/2002, traz a regulamentação das
sociedades existentes no nosso Direito. A exceção são as Sociedades por Ações
(Sociedades Anônimas) que continuam a ser reguladas pela Lei 6.404 – 15/12/1976.
Vamos focar nas sociedades empresariais. Estas são sociedades entre um ou
mais sócios, constituídas para um fim comercial, registradas na junta comercial de
seu respectivo estado.
Os tipos de constituição de sociedades empresariais são, como já foi dito,
juridicamente estabelecidas juridicamente pelo Código Civil, devendo na sua
composição atender ao disposto nos artigos 1.039 a 1.092, que versam dos
seguintes tipos societários:

19.1 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO (ARTS.1.039 A 1.044)


Será usada a firma ou razão social, formada pelo nome de um algum ou todos
os sócios, com o acréscimo Companhia, por extenso ou abreviado.
Exemplo: João da Silva & Cia.
Neste tipo de sociedade, somente pessoas físicas podem participar e todos
possuem responsabilidade ilimitada e solidária perante as obrigações assumidas
pela empresa. Ou seja, cada sócio responde ilimitadamente e isoladamente por
qualquer obrigação social da empresa, mesmo que o montante do capital exceda o
valor do capital social. Sendo assim, se a dívida da empresa com este tipo de
sociedade for superior ao seu capital, os bens individuais dos sócios garantirão o
seu resgate. A nomenclatura oficial da empresa deve ser composta pelo nome de
qualquer sócio e omitido o nome de um ou mais e deve sempre ser acompanhada
da expressão “& CIA”. Lembrando que o nome empresarial, neste caso, deve ser o
sobrenome real de um dos sócios.

19.2 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES (ARTS. 1.045 A 1.051)

A norma estabelece que, tanto para a sociedade em comandita simples ou


por ações a firma social deverá conter o nome ou firma de um ou mais sócios,
pessoal ou solidariamente responsáveis, com o acréscimo da expressão & Cia.
Observa-se que o novo Código permite o uso de denominação, consoante a
regra do art. 1.161 do Código Civil/2002, aditando-se ao nome a expressão "em
comandita por ações".
A Sociedade em Comandita Simples possui dois tipos de sócios:
comanditados e comanditários, sendo os primeiros, pessoas físicas que respondem
ilimitada e solidariamente pelas ações sociais (colaborando com o capital social), e
os segundos, são obrigados apenas pelos valores de suas quotas. Neste caso, a
firma ou razão social da sociedade somente pode conter nomes de sócios
comanditados.

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19.3 SOCIEDADE LIMITADA (ARTS. 1.052 A 1.087)

Este tipo de sociedade usa firma e denominação social, mais a expressão


limitada, abreviada ou por extenso. A omissão desta expressão implica
responsabilidade solidária e ilimitada dos sócios (art. 1.158, § 3º).
A firma é composta com os nomes dos sócios e a denominação com a
designação do objeto social.
Exemplos: Firma social: Silva, Antunes, Santos Ltda. considerando sejam os
sócios Paulo Silva, Jorge Antunes e João Santos e mais o aditivo Ltda.. [12].
Denominação social: Auto Posto Azul Celeste Ltda.,
B L Gravações e Polimentos Ltda.,
Palopetro Com. e Transportes Ltda.
Colgate-Palmolive Ind. e Com. Ltda. (nova denominação de Kolynos do Brasil
Ltda.).
As Sociedades Limitadas são caracterizadas principalmente pela
responsabilidade limitada dos sócios, ou seja, os sócios investem um valor X no
capital social da empresa e são responsáveis somente pela integralização do capital.
O capital social é representado por quotas e cada sócio é responsável diretamente
pelo seu montante, apesar de existir a obrigação solidária pela integralização das
quotas subscritas pelos demais sócios. Normalmente, na nomenclatura oficial desse
tipo de sociedade consta a expressão “Ltda”.

19.4 SOCIEDADE ANÔNIMA (ARTS. 1.088 E 1.089)

Neste tipo de sociedade só é validamente permitido o uso da denominação.


A regra está no art. 1.160 do Código. A S/A exerce a sua atividade sob
denominação designativa de seu objeto, com acréscimo das expressões "sociedade
anônima" ou "companhia" esta só no início.
Faculta-se o emprego do nome do fundador, acionista ou pessoa
contribuidora pelo sucesso na constituição da sociedade.
A principal característica da sociedade anônima é que o capital social é
dividido em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao
preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas. Na nomenclatura costuma
figurar a abreviação S/A, S.A ou SA. Podem ser classificadas como sociedades de
capital fechado e sociedades de capital aberto. No primeiro caso, a empresa
pertence a um grupo reservado de sócios conservando uma determinada liberdade
contratual. As sociedades de capital aberto são detentoras de autorização especial
para negociar suas ações no mercado de capitais.

19.5 SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES (ARTS. 1.090 A 1.092)

Neste tipo de sociedade, assim como na sociedade em Comandita Simples,


existem 2 tipos de sócios: os comanditados, que respondem ilimitada e
solidariamente pelas obrigações da sociedade, e os comanditários, que respondem
apenas pelas cotas ou ações subscritas. Mas as semelhanças acabam por aqui. Na
sociedade em Comandita de Ações é uma sociedade de capitais cujo capital é
dividido em ações e onde só os acionistas podem ser diretores ou gerentes. Este
tipo de sociedade está em franco declínio no Brasil.

53
20. RESPONSABILIDADE SOCIAL
O mundo empresarial vem se empenhando, nos últimos anos, em uma
ampla e profunda revisão do seu papel e da sua responsabilidade social, hoje,
revestida de um novo significado. Já foi o tempo em que, para uma organização
empresarial ser considerada socialmente responsável, bastava gerar empregos,
pagar impostos e produzir algum bem ou serviço para o mercado. Isso, na verdade,
é seu propósito econômico. Atualmente, o papel reservado à empresa, no conjunto
da vida social, está em plena expansão com a adoção de práticas e compromissos
perante a sociedade. Além de gerar resultados para remunerar o capital nela
investido, por meio do atendimento das necessidades e expectativas de seus
clientes, a empresa deve ter compromissos com os seus colaboradores e com a
coletividade para se tornar socialmente responsável.
Desenvolvimento Sustentável
Com o que chamamos de “progresso”, vemos hoje a degradação total
quase incontrolável do planeta, sempre pela ganância do homem em alcançar
resultados sempre financeiros e imediatos. Destroem as florestas criando um
desequilíbrio em que nem mesmo eles próprios podem acreditar, os rios despejando
os mais variados e estranhos lixos e assim por diante.
Diante dessa terrível e triste constatação surge a ideia do
desenvolvimento sustentável, que busca conciliar o desenvolvimento econômico
com a preservação ambiental, e com isso amenizar pelo menos a pobreza no
mundo.
As pessoas de bem acreditam que o desenvolvimento sustentável seja
possível, ou seja, os programas de educação ambiental devem ser colocados com
força, de forma a “acordar” quem ainda não se engajou em programas dessa
natureza.
O que é então o desenvolvimento sustentável se não o equilíbrio entre a
tecnologia e o ambiente, revelando-se os diversos grupos sociais de uma nação e
também dos diferentes países na busca da equidade e justiça social, assim definido
pelos estudiosos do assunto.
Resíduos, impactos ambientais e poluição
Temos que mudar urgentemente a interpretação e o modo de
entendimento que temos sobre o lixo ou resíduo. As práticas ambientalmente
corretas resultam em promissoras alternativas de geração de renda por meio de
crescente comercialização dos subprodutos originários de diversos processos
industriais.
Esses subprodutos agregam valor a todos os processos da empresa e
promovem a sustentabilidade ambiental por meio da reciclagem, reuso ou
reutilização desses componentes.
A preocupação das empresas e também dos técnicos ambientais no
sentido de comercializar esses subprodutos dá-se muito mais pelo compromisso da
preservação ambiental e da saúde humana do que simplesmente como fator de seu
reaproveitamento efetivo.
Os resíduos sólidos, em função de sua natureza, podem gerar impactos à
atmosfera, ao solo, ao lençol freático e ao ecossistema, durante todo o seu ciclo de
vida tanto nas dependências da empresa quanto fora delas.
De acordo com as Lei n.6938/81, que instituem a Política Nacional de
Meio Ambiente, e a 9605/98, que trata dos crimes ambientais, a responsabilidade
pela reparação de qualquer dano ambiental é objetiva e solidária.

54
Isso significa que a empresa será chamada para remediar qualquer
passivo gerado devido à má gestão de resíduos, independente do fato gerador. Sua
responsabilidade não cessa quando os resíduos deixam suas instalações,
perdurando durante todo o tempo que ele representar risco ambiental, incluindo sua
destinação final.

EXERCÍCIOS:
1. Pesquise uma empresa que está comprometida com o meio
ambiente.

21. TEORIA DO 5W 2H:


Desenvolveu-se nos Estados Unidos a chamada teoria do “5W e 2H” que
seria perfeita para a organização de toda e qualquer atividade, e essencial para
levar um planejamento a bom termo.
Segundo essa teoria se respondermos de maneira eficiente às 7
perguntas em inglês (5 que iniciam com a letra “W” e 2 que iniciam com a letra “H”)
teremos um planejamento eficaz. São as perguntas:
1. What = O que?
2. Why = Por quê?
3. Who = Quem?
4. When = Quando?
5. Where = Onde?
6. How = Como?
7. How much = Quanto?

Ao responder essas 07 perguntas de maneira eficiente podemos elaborar


um bom plano de trabalho ou planejamento de alguma atividade estratégica.

EXERCÍCIOS
1. O que é organização?

2. Porque é importante manter-se organizado?

3. O que é necessário definir para realizar uma atividade? Em quais


condições devemos realizar uma atividade?

55
22. QUALIDADE TOTAL
A Qualidade Total é um sistema voltado para propiciar satisfação ao
cliente, gerando produtos e serviços de forma organizada e econômica, estruturado
de forma que todos os funcionários da organização possam participar e contribuir
com os esforços de desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade de forma
global.
Esse sistema fundamenta-se na "adequação ao uso" e na "ausência de
defeitos", através de resultados de melhor qualidade na produção com menores
custos.
Porém, é muito importante observar que esse processo não pode ser
setorial. A qualidade só será alcançada se toda a empresa estiver funcionando em
perfeita sintonia (produção, marketing, vendas, finanças e administração).
A ideia é que a melhor forma de garantir um produto final sem erros é
fazer com que todas as partes da organização trabalhem de forma "livre de erros".
Assim, pode-se dizer que a Qualidade Total é a total mobilização dos
colaboradores da empresa em busca de produtos e serviços com qualidade. Existem
vários caminhos para se chegar à Qualidade Total, mas todos eles passam por uma
gestão administrativa construída sobre dados e fatos e orientada, sempre, para a
satisfação total do cliente, a Gestão pela Qualidade Total.
A Gestão da Qualidade Total é uma abordagem sistemática de melhoria
contínua da produtividade, onde todos os colaboradores da empresa aplicam
métodos administrativos na melhoria permanente da qualidade de todos os seus
produtos e serviços. Somente integrando métodos e pessoas, torna-se possível
prestar um serviço que atenda com qualidade às necessidades dos clientes. Este
objetivo básico da GQT direciona a empresa para desenvolver novos processos,
visando à produtividade, à competitividade e, sobretudo, à sua sobrevivência. A
implantação da GQT inicia-se com o programas que visam preparar a empresa para
a Qualidade Total, a partir da sincronia dos elementos da produção: homem,
materiais, máquinas e ambiente.
Na GQT, cada parte da operação é um elo em uma rede interconectada
de fluxos físicos e de informação. Essa parte é vista como um fornecedor (interno)
de outras partes, que são seus clientes (internos).
As principais ferramentas para a GQT, que estão, normalmente, atreladas
à área de produção, são:
Qualimetria, feedback e benchmarking - para identificação das
necessidades e interesses dos clientes;
Quality deployment function, engenharia simultânea, business process
quality management, reengeneering e gestão participativa - para desenvolvimento
de produtos capazes de atender às necessidades e interesses;
Análise de valores, just-in-time, kanban, controle estatístico de processo,
5S, zero defects, avaliação de fornecedores e terceirização - para desenvolvimento
de processos capazes de gerar os produtos a mínimo custo e máxima qualidade
ISO 9000 - para provimento de relações de confiabilidade entre
fornecedores e clientes. As empresas que tiverem sido certificadas como em
conformidade com as normas ISO possuirão confiabilidade no mercado como
possuidoras de grande habilidade para projetar, produzir e entregar produtos.
É muito importante, por exigência do mercado globalizado, que as
organizações gerem produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas
dos usuários finais, sob todos os aspectos. É a condição "bom, bonito e barato".

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Afinal, a condição de "melhor preço" só traz vitória até que a concorrência consiga
melhor qualidade pelo mesmo preço. E a condição de "melhor qualidade" só ganha
até que apareça melhor preço para mesma qualidade. Assim, o que se persegue e
consegue hoje, graças à qualidade total, é maximizar a qualidade ao mesmo tempo
em que se minimizam os custos.
A qualidade total deve ser definida como prioridade em todo o processo
administrativo da empresa e deve começar com o apoio de toda a sua direção. Caso
contrário, pode-se cair no imobilismo todo e qualquer projeto de implantação.
Dentre as ferramentas da qualidade, listadas há pouco, neste capítulo,
duas podem ser destacadas neste curso: os Círculos de Controle da Qualidade e os
"5S".

Círculos de Controle da Qualidade (CCQ)


Os japoneses, na década de 70, desenvolveram os chamados Círculos de
Controle da Qualidade. Trata-se de pequenos grupos de funcionários que se reúnem
regularmente para analisar problemas e propor soluções.
Com a atividade desses grupos, as empresas conseguem estimular seus
funcionários a utilizar constantemente a qualidade total, e motivá-los a trabalhar, dia
após dia, com maior dedicação e prazer.
Com a atuação desses grupos torna-se mais fácil, também, aplicar na
empresa os sete pilares da gestão para a qualidade total:
Orientação para a qualidade; informação para a qualidade; planejamento
para a qualidade; organização para a qualidade; comunicação para a qualidade;
motivação para a qualidade; e liderança para a qualidade.

23. "5 SENSOS"


"5S" é uma prática desenvolvida no Japão, onde os pais ensinam a seus
filhos princípios educacionais que os acompanham até a fase adulta. Depois de
ocidentalizada ficou conhecida como "Housekeeping".
Assim, as organizações com o objetivo da busca de melhoria da
qualidade de vida no trabalho, cria no programa 5S uma base para o
desenvolvimento dessa qualidade. Não só os aspectos de qualidade e produtividade
devem ser delegados aos funcionários, o mesmo deve ocorrer com relação a
organização da área de trabalho, gerando descarte dos itens sem utilidade,
liberação de espaço, padrões de arrumação, facilitando ao próprio funcionário saber
o que está certo e o que está errado, manutenção da arrumação, limpeza, áreas
isentas de pó, condições padronizadas que clareiam a mente do funcionário e a
disciplina necessária para realizar um bom trabalho, em equipe, e dia após dia. O
caminho prático é a implantação dos 5S, cinco passos integrados, que buscam
fortalecer cinco sensos, formando um todo único e simples que nos ajudam a
encarar o ambiente de trabalho de uma maneira totalmente nova.
A denominação "5S" é devido as cinco palavras iniciadas pela letra "S",
quando pronunciadas em japonês. São esses cinco sensos:
SEIRI - Utilização
SEITON - Arrumação, Ordenação; SEISO - Limpeza;
SEIKETSU - Padronização; SHITSUKE - Disciplina.
O objetivo principal do 5S é melhorar a qualidade de vida das pessoas,
construindo um ambiente saudável e acolhedor para todos. Este objetivo somente
será alcançado se todos nós vivermos alguns valores básicos como respeito a cada

57
pessoa trabalho em equipe, qualidade e excelência no trabalho, responsabilidade,
organização e empenho, defesa da vida, satisfação e alegria de todos.
O novo cenário mundial tem motivado empresas para avaliarem sua
postura em relação ao consumidor, isto é, aos seus clientes, sejam internos ou
externos. Os requisitos de Qualidade Total (qualidade intrínseca, custo, entrega,
segurança e moral) são fatores críticos para a sobrevivência das empresas diante
deste cenário e junto com a visão da qualidade total há o programa 5S.

23.1 SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO

Seiri significa separar o necessário do desnecessário.


Manter no local de trabalho apenas o que você realmente precisa e usa,
na quantidade certa.
Refere-se à identificação, classificação e remanejamento dos recursos
que são úteis ao fim desejado. Refere-se a eliminar tarefas desnecessárias e
desperdícios de recursos, inclui uma utilização correta dos equipamentos para um
aumento do tempo de vida destes.
Não deve haver excessos de materiais, equipamentos ou ferramentas no
local de trabalho. Devemos lembrar de manter somente o necessário ocupando
espaço. Isso se aplica a todos os aspectos do ambiente do trabalho: mesas,
gavetas, armários, etc. Não ache que jogar fora é desperdício, nem de descartar
algo achando que poderia precisar daquilo algum dia. O material deverá ser enviado
à área de descarte.
Procedimentos:
Analisar tudo o que está no local de trabalho.
Separar o necessário do que é desnecessário.
Verificar utilidade de cada item perguntando agrega valor? Manter
estritamente o necessário.
Resultado: Sem bagunça, melhora a produção.

23.2 SEITON - SENSO DE ORDENAÇÃO

Seiton significa a arte de cada coisa em seu lugar para pronto uso.
Refere-se a disposição dos objetivos, comunicação visual e facilitação do
fluxo de pessoas, com isto há diminuição do cansaço físico, economia de tempo e
facilita a tomada de medidas emergenciais.
O primeiro passo é definir um lugar para as coisas. O segundo passo é
como guardar as coisas. O terceiro passo é obedecer as regras.
Cada coisa tem que ter nome. Dê nome a tudo! Um lugar para cada coisa
e cada coisa em seu lugar. Nenhum item sem lugar definido. Mesmo que alguém
esteja usando o item. Assim fica mais fácil de localizar as coisas. Devemos usar
muito as etiquetas em tudo que há no local de trabalho: nas pastas, nos armários,
nas ferramentas e materiais que utilizamos no dia a dia.
Procedimentos:
Definir arranjo físico da área de trabalho. Padronizar nomes.
Guardar objetos semelhantes no mesmo lugar. Usar rótulos e cores vivas
para identificação.
Buscar comprometimento de todos na manutenção da ordem.

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Resultado: Em um ambiente organizado vive-se e trabalha-se melhor.
Não perde-se tempo e evitam-se erros.

23.3 SEISO - SENSO DE LIMPEZA

Seiso significa inspeção, zelo, a arte de tirar o pó.


Cada pessoa deve limpar a sua própria área de trabalho e conscientizar o
grupo para não sujar. Tem por objetivo manter o ambiente físico agradável.
Mantenha tudo sempre limpo. Limpeza é forma de inspeção. Ela
possibilita a identificação de defeitos, peças quebradas, vazamentos, etc. O local de
trabalho deve ser dividido em áreas de responsabilidade. Cada um deve cuidar da
sua área.
Seguem algumas dicas para manter o ambiente continuamente limpo:
realizar diariamente a limpeza dos 3 minutos; comece a observar a entrada da sua
organização que é o elo de ligação com a comunidade e logicamente com os nossos
clientes. Observe com atenção: A grama está cortada? Há lixo espalhado? O meio
fio está pintado? O portão está com a tinta toda desbotada? Falta grama no jardim?
Veja a imagem da sua organização pelos olhos do cliente. Mas o mais importante
mesmo é não sujar! Evite a sujeira desnecessária. Lembre-se que ambiente limpo
não é o que mais se limpa, é o que menos se suja!
Procedimentos:
Educar para não sujar
Limpar instrumentos de trabalho após uso.
Conservar limpas mesas, gavetas, armários, equipamentos e móveis em
geral. Inspecionar enquanto executar a limpeza.
Descobrir e eliminar as fontes de sujeira.
Resultado: Ambiente de trabalho saudável e agradável.

23.4 SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE

Seiketsu significa padrões, ambientação, higiene, conservação, asseio. É


a arte de manter em estado de limpeza.
Manter condições favoráveis de saúde, no trabalho, em casa e
pessoalmente.
Refere-se a preocupação com a própria saúde a nível físico, mental e
emocional. A aplicação dos 3S acima citados já faz com que o senso de saúde não
seja abalado por outros aspectos que poderiam afetar a saúde.
Padronização significa manter "em estado de limpeza" que, no contexto
dos 5S, inclui outras considerações, tais como: cores, formas, iluminação,
ventilação, calor, vestuário, higiene pessoal, e tudo o que causar uma impressão de
limpeza. A padronização busca então manter os três primeiros S (organização,
arrumação e limpeza) de forma contínua. A padronização, ou seja, a definição de
métodos standard de trabalho é fundamental, por exemplo: Pinturas das paredes
devem ser usadas padrões de cores para cada setor, a sinalização também é
bastante importante, letras claras e grandes, pisos, de tubulações, de alerta
(tigrado), marcas no piso de onde deve ficar a lixeira, voltagem de cada tomada,
indicadores de extintores de incêndio, itens móveis, tamanho das setas que estão
sendo utilizadas, tipos de etiquetas, cores "padrões" de máquinas. A partir do
estabelecimento do que é certo, fica fácil para o funcionário saber o que está errado.

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Exemplo: Pintamos no piso, ou há uma placa de identificação na parede
do local de um equipamento móvel e identificamos o local e o equipamento. Cada
equipamento deve contar com 2 pontos: facilidade para visualizar onde se encontra,
facilidade para desenvolver para o local correto.
A partir deste ponto, se o funcionário usa o equipamento e não o devolve
ao local fica evidente que há uma anomalia. As anomalias devem saltar aos olhos
devido ao processo de padronização. Outros aspectos de padronização são o
cuidado com a higiene pessoal, com o uniforme, etc.
A folha de verificação reflete o padrão de cada área. Fica fácil saber onde
devemos atacar. A padronização busca criar "O estado de limpeza". Não basta estar
limpo, é necessário também parecer limpo. Devemos definir qual o padrão ideal para
o nosso ambiente de trabalho, buscando, como objetivo, a melhoria da qualidade de
vida no trabalho. Devemos nos preocupar com a ambientação, quebrando o peso da
área de trabalho, através de uso de aquários, plantas (auxiliam o relaxamento),
salas dos funcionários, paisagens, em suma tudo aquilo que possa contribuir
positivamente para um bom ambiente. Isto é uma forma de desacelerar as pessoas.
Procedimentos:
Pensar e agir positivamente.
Manter bons hábitos e higiene pessoal.
Manter limpos e higienizados ambientes de uso comum. Conservar
ambiente de trabalho com aspecto agradável. Evitar qualquer tipo de poluição.
Melhorar as condições de trabalho.
Resultado: Cuidar da saúde tanto em casa como no trabalho.

23.5 SHITSUKE - SENSO DE AUTODISCIPLINA

Significa autodisciplina, educação, harmonia. A arte de fazer as coisas


certas, naturalmente. Comprometimento com normas e padrões éticos, morais e
técnicos e com a melhoria contínua ao nível pessoal e organizacional.
Refere-se a padrões éticos e morais. Uma pessoa autodisciplinada
discute até o último momento mas, assim que a decisão for tomada, ela executa o
combinado.
Disciplina é à base de uma civilização e o mínimo para que a sociedade
funcione em harmonia. A disciplina é o caminho para a melhoria do caráter dos
funcionários. Nós enxergamos a disciplina nos 5S quando:
Executamos a limpeza diária dos 3 minutos, como rotina;
Fazemos a medição periódica, utilizando a folha de verificação e
colocando os resultados no gráfico de controle;
Quando não sujamos mais, e quando sujamos limpamos imediatamente;;
Quando devolvemos ao seu local os instrumento que utilizamos;
Quando repintamos os letreiros que estão apagados e corrigimos a
pintura do piso se aparecem falhas.
E quando se quer fazer algo bem feito e com habilidade o que se deve
fazer? Praticar! Repetir! Atletas repetem lances, o estudante que almeja uma vaga
na Universidade, estuda, estuda e estuda. Artistas repetem ensaios. Disciplinar é
praticar e praticar para que as pessoas façam a coisa certa naturalmente. É uma
forma de criar bons hábitos. Disciplina é um processo de repetição e prática. Assim
estaremos no caminho certo.

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Procedimentos:
Compartilhar visão e valores. Educar para a criatividade. Ter padrões
simples.
Melhorar comunicação em geral.
Treinar com paciência e persistência.
Resultado: Interesse pelo melhoramento contínuo.
Não é possível e nem faz sentido discutir sobre o 5S isoladamente pois é
uma ferramenta fundamental para girar a engrenagem do sistema e deve fazer parte
da rotina diária de cada indivíduo seja empresa onde trabalha ou na sua casa.
Pode se dizer que a essência do programa 5S está baseada na fé,
somente quando o empregado acreditar que trabalhar em um local digno e se
dispuser a melhorá-lo continuamente, ter-se-á compreendido a essência do 5S.
A implantação do 5S é simples e os resultados já podem ser obtidos
apenas com a implantação dos 3S iniciais, que impressionam muitos, pois trazem
grandes mudanças, o que é altamente estimulante. O mais difícil é a manutenção e
melhoria a longo prazo, mas é um desafio e isto que impulsiona o ser humano.
No Brasil o 5S começou a ser implantado por cerca de 1991 e a sua
prática tem produzido consequências visíveis no aumento da autoestima, respeito ao
próximo, ao ambiente e crescimento pessoal.
Recapitulando: somente quando os empregados se sentirem orgulhosos
por terem construído um local de trabalho digno e se dispuserem a melhorá-lo
continuamente, ter-se-á compreendido a verdadeira essência do 5S. A essência do
5S é a autodisciplina, a iniciativa, a busca do conhecimento de si mesmo e do outro,
o espírito de equipe, o autodidatismo e a melhoria contínua em nível pessoal e
organizacional. O 5S deve ser implementado com o objetivo específico de melhorar
as condições de trabalho e criar o "ambiente da qualidade", ou seja, iniciar uma
mudança de cultura na Empresa, que favoreça a implantação da Gestão pela
Qualidade Total em todos os ambientes da mesma.

São objetivos específicos do 5S:


 Promover de um ambiente de trabalho que favoreça a qualidade e
a produtividade das ações desenvolvidas pelos colaboradores da
empresa, trazendo benefícios tanto para eles como para seus
clientes;
 Implantar uma ferramenta que possibilite envolver e comprometer
os colaboradores da empresa com a Gestão pela Qualidade Total;
 Estimular a prática do trabalho em equipe;
 Evidenciar a participação do colaborador nas atividades
desenvolvidas em seu dia-a-dia de trabalho, valorizando-o como
profissional e ser humano.
Pode-se perceber que o programa 5S dá ganhos a todos nós, pois
significa estímulo para as pessoas realizarem o seu trabalho corretamente, com
alegria e para assumirem a responsabilidade pelos resultados. É a busca da
melhoria contínua na vida de cada um de nós. E praticar e desejar o bem a todos.
Somente quando os empregados se sentirem orgulhosos por terem
construído um local de trabalho digno e se dispuserem a melhorá-lo continuamente,
estará realmente compreendida a verdadeira essência do 5S.
O programa 5S será realmente eficaz se for assumido por todos nós.
Modelo para implantação do 5S

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Nas grandes empresas, o 5S é aplicado como um programa macro, que
envolve decisão da presidência, planejamento, lançamento, semanas ou meses para
a implantação.
Pensando grande, as pessoas não focalizam nos detalhes. Mas eles
também são importantes. Siga o modelo abaixo, e implante o 5S em sua rotina de
trabalho e em sua vida pessoal:

Segunda-Feira: Senso de Utilização


Nesta segunda-feira, melhore as condições de uso de pequenas coisas.
Há caneta, clipes, grampo no grampeador, papel para anotação para as rotinas? As
ferramentas do dia-a-dia estão prontas para uso, devidamente calibradas?

Terça-Feira: Senso de Ordenação


Nesta terça-feira, pergunte-se:
- As pequenas coisas estão no lugar certo? Tudo é fácil de encontrar, em
alguns segundos, no momento em que precisa?
Melhore a ordem de guardar e usar as coisas.

Quarta-Feira: Senso de Limpeza


Nesta quarta-feira, pergunte-se:
- Sua mesa, gavetas, pasta, caixa de ferramentas etc., estão limpas?

Quinta-Feira: Senso de Limpeza e Asseio


Observe se a melhoria conseguida nos três dias anteriores são favoráveis
a sua saúde mental e física. Padronize o que melhorou.

Sexta-Feira: Senso de Disciplina


Se você praticou os quatro primeiros sensos do 5S, sentirá, na sexta-
feira, significativa melhora de disponibilidade e uso de pequenas coisas. Use este
crescimento para desenvolver o hábito de melhoria contínua.

24. CRONOGRAMA
O cronograma é um instrumento de planejamento e controle semelhante a um
diagrama, em que são definidas e detalhadas minuciosamente as atividades a
serem executadas durante um período estimado.
Em nível gerencial, um cronograma é um artefato de controle importante para
levantamento dos custos de um projeto e, a partir deste artefato, pode ser feita uma
análise de viabilidade antes da aprovação final para a realização do projeto.

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63
Estudo de CASO

Todos os anos a revista VOCÊ S/A e EXAME publicam no final do ano o


resultado de uma pesquisa que avalia as melhores empresas para se trabalhar no
Brasil. Em 2009 a melhor empresa escolhida pela pesquisa foi a Caterpillar de São
Paulo. Confira um resumo da empresa e entenda por que ela foi eleita a melhor
empresa para se trabalhar em 2009.

CATERPILLAR – 2009
Rodovia Luiz de Queiroz, Km 157, s/n Piracicaba - SP

Uma empresa percebe a intensidade da fidelidade e admiração dos seus


colaboradores quando atravessa momentos de crise. Na Caterpillar ficou bastante
claro que os 4.527 funcionários estão conectados com a companhia e seus valores.
A empresa, fabricante de máquinas industriais e agrícolas, localizada em Piracicaba,
interior paulista, foi uma das primeiras a sentir os efeitos da crise internacional. As
exportações de máquinas despencaram desde o final de 2008 e a companhia teve
de demitir quase 1.000 pessoas. Além disso, em fevereiro, parte dos colaboradores
teve o contrato de trabalho suspenso por cinco meses, por meio do programa lay off,
para se dedicar a 60 horas de treinamento por mês na própria empresa. "Também
recebemos treinamento para outras funções. Não houve reclamação porque
ninguém quer sair daqui", diz um colaborador. Esse espírito de engajamento está
diretamente ligado ao comprometimento da empresa com os seus colaboradores.
"Sabemos que aqui o foco é o funcionário", diz um colaborador. Não é exagero. No
ano passado, a Caterpillar investiu 32 milhões de reais em programas de saúde. Os
funcionários têm dois ambulatórios médicos internos e médicos disponíveis 24
horas. Para atender também os familiares, a empresa construiu a Vila Saúde,
voltada para a prevenção e promoção da saúde, e oferece duas opções de convênio
médico. Na área de saúde, seu programa para tratamento de dependentes químicos
teve um índice de recuperação dos pacientes de 66% em 2008 mais que o dobro da
média alcançada em programas semelhantes. Os funcionários também não têm do
que reclamar em relação ao salário, que está acima da média do mercado. A
remuneração está vinculada ao desempenho e funciona como instrumento de
atração e retenção de talentos. Pelo menos uma vez por ano, todo funcionário pode
ter um aumento salarial compatível com seu desempenho no período. Em 2008,
entre promoções, transferências e mudanças de cargo, houve uma movimentação
de 28%. É um excelente número já que o turnover espontâneo da Caterpillar é de

64
menos de 1%, prova de que quem entra na empresa não quer sair. Ao contrário, o
ciclo continua. É comum os filhos começarem a trabalhar na companhia depois que
seus pais se aposentam. O atual presidente, Luiz Carlos Calil, simboliza bem a
fidelidade do time da Caterpillar. Há mais de 40 anos na empresa, Luiz Carlos traçou
toda sua trajetória profissional ali dentro, assumiu funções internacionais e voltou ao
país como principal executivo da empresa em abril de 2008. A organização investe
pesado em educação, no ano passado, foram gastos 5,5 milhões de reais em
programas educacionais. No total, foram 495.000 horas de treinamento. A liderança
também desempenha papel especial na Caterpillar, que acredita que a principal
característica do líder é sua motivação e a capacidade de deixar um legado. "Nosso
relacionamento com as chefias é excelente. Temos um diálogo aberto", diz um
funcionário. Muito comprometidos, os colaboradores são incentivados a construir o
destino da empresa. Em 2008, eles sugeriram 46.315 ideias de melhoria nos
processos de produção e 79% delas foram implementadas. Com a participação do
time, a Caterpillar conseguiu uma economia de 1 milhão de reais. A preocupação da
Caterpillar com bem-estar se estende além dos colaboradores. A companhia definiu
cinco focos essenciais de desenvolvimento prioritário para Piracicaba: saúde,
educação, meio ambiente, segurança e ação social. A empresa investe no
desenvolvimento sustentável para melhorar a cidade e usa o trabalho voluntário de
280 pessoas, das quais 40 são da Caterpillar. Outro projeto importante é o Pequeno
Cidadão que ajuda 100 crianças carentes, onde as crianças têm aulas de manhã,
depois vão para o Serviço Social da Indústria (SESI) ter aulas de informática,
esportes e até gastronomia. Quando elas completam 18 anos, podem ser
contratadas pela empresa. Está explicado por que ninguém quer deixar a Caterpillar.

Maior vantagem:
A companhia tem uma comunicação clara e eficiente com todos os colaboradores e
investe muito para preservar o bom ambiente de trabalho.

Maior desvantagem:
A Caterpillar tem apenas 237 funcionárias. Mas a situação começa a mudar com a
participação delas na operação de empilhadeiras e na pintura.

Frase do RH:
Nosso foco maior será no empreendedorismo, porque queremos fazer com que o
funcionário desenvolva seu lado empreendedor.

Sobre a empresa:
Números de funcionários: 4.527
Número de executivos: 128
Idade média dos funcionários: 36.0
Tempo médio de casa (anos): 12.0
Homens: 94.0%
Mulheres : 6.0%

Nota do funcionário:
- Índice de Qualidade do Ambiente de Trabalho (IQAT): 92.1%

O que os funcionários dizem:


- Se identificam com a empresa: 96.4%

65
- Estão satisfeitos e motivados: 91.8%
- Acreditam ter desenvolvimento: 90.2%
- Aprovam seus líderes: 91.2%

Nota de empresa:
- Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP): 89.9%

O que a empresa oferece


- Estratégia e gestão: 91.4
- Liderança: 96.0
- Cidadania Empresarial: 85.0
- Políticas e práticas: 88.5
- Carreira Profissional: 86.4
- Desenvolvimento: 91.7
- Remuneração e Benefícios: 83.9
- Saúde: 92.2

Fonte: (http://vocesa.abril.com.br/melhoresempresas/)
EXERCÍCIO:

1. Faça parte de um grupo de cinco pessoas para discutir os fatores de


sucesso da empresa CATERPILLAR. Depois exponha a opinião do seu grupo
para os demais.

66
ROTEIRO PARA O TRABALHO DE AVALIÇÃO DOS CONTEÚDOS DE
EMPRESAS E MERCADO – Planejamento Estratégico e Plano de Marketing

OBJETIVO DO TRABALHO
O aluno desenvolverá os assuntos abordados em aula, observando e pesquisando
como os conceitos estudados, são aplicados por empresas que são referências em
seu segmento e também desenvolver a habilidade e a experiência de participar de
elaboração de projetos e organização de apresentações formais.

ORIENTAÇÕES
Você e seu grupo estão em fase de montagem de uma empresa, durante nossas
aulas vimos alguns pontos importantes que devem ser levados em conta, tamanho
seu grau de importância para que tudo dê certo. Devido a isso, para o trabalho de
conclusão devem ser apresentados os dados conforme segue as dicas a seguir:

1º - Capa
2º - Sumário (lembre-se que deve aparecer a numeração das páginas)
3º - Introdução (falar sobre a criação da empresa)

4º Legalização da empresa - Acessar o site:


http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
Para abertura, registro e legalização da sociedade empresária limitada, é necessário registro na Junta
Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros
órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição estadual - ICMS),
e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de funcionamento – conforme a atividade pode requerer
autorizações de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio ambiente e outros).
Junta Comercial: Faça o registro de sociedade limitada e o seu enquadramento como
Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). A pesquisa do nome empresarial
deve ser a primeira providência a ser tomada antes do registro (Requerimento de
Empresário) da empresa. Essa medida é para certificar-se que não existe outra empresa já
registrada com nome igual ou semelhante ao que você escolheu. Isso evita que o processo
de registro tenha que mudar de nome, após iniciado.
a) Secretaria da Receita Federal do Brasil: Faça a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ). Em quase todas as Juntas Comerciais essa inscrição pode ser feita
juntamente com o arquivamento do Requerimento de Empresário. Caso o sistema da sua
cidade ou estado não esteja integrado, essa inscrição deve ser efetuada após o registro na
Junta Comercial. Incluir o modelo do CNPJ.
b) Secretaria de Fazenda do Estado: Se a empresa exercer atividade industrial ou comercial,
faça a inscrição na Secretaria Estadual da Fazenda como contribuinte do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias (ICMS). Essa inscrição deve ser feita após o arquivamento do
Requerimento de Empresário na Junta Comercial e da inscrição na Receita Federal do Brasil.
c) Prefeitura Municipal: Se a empresa exercer atividade de serviços, providencie a inscrição na
Secretaria de Finanças ou de Fazenda da Prefeitura. Em vários municípios essa solicitação
se dá simultaneamente com a solicitação do Alvará de Funcionamento. Depois de efetuar o
registro e as inscrições fiscais da empresa, assim como as exigências para emissão do
Alvará, solicite à Prefeitura Municipal a emissão do Alvará de Funcionamento. Incluir o
modelo do Alvará de Funcionamento.

Alerta importante: o Alvará de Funcionamento é o documento hábil para que os


estabelecimentos possam funcionar, respeitadas ainda as normas relativas a horário de
funcionamento, zoneamento, edificação, higiene sanitária, segurança pública e segurança e
higiene do trabalho e meio ambiente. A expedição do alvará é de competência da Prefeitura
Municipal ou da Administração Regional (no caso do Distrito Federal) da circunscrição onde se
localiza a empresa.
Uma vez obtido o Alvará de Funcionamento Provisório ou o Alvará de Funcionamento, conforme o
caso, a empresa poderá iniciar as suas atividades.

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d) Acessar o site: http://www.cnae.ibge.gov.br/ e pesquisar códigos ou atividades
econômicas na CNAE.
O usuário pode encontrar, a partir da digitação da descrição de uma dada atividade em
função da natureza das atividades constantes do objeto social. Incluir no trabalho o conceito e
o nº do CNAE detalhado.
e) Elaborar o contrato social sociedade limitada ou o estatuto (depende do tipo de
empresa) e incluir no trabalho.

LEGALIZANDO MINHA EMPRESA

Para uma micro ou pequena empresa exercer suas atividades no Brasil, é preciso estar formalmente
autorizada e registrada nos diversos órgãos que regulam as atividades empresariais.
 
É recomendável buscar a ajuda de um advogado com experiência em Direito Empresarial para avaliar
as questões jurídicas envolvidas. Quanto mais complexa for a atividade, maior será a importância da
análise de risco feita por esse profissional.
 
Além do profissional da área jurídica, recomenda-se buscar auxílio de um contador. As etapas para a
legalização de uma empresa não são difíceis, mas são bastante trabalhosas e o contador está
acostumado com todo o processo, podendo facilitá-lo e agilizá-lo. O contador é importante não
somente para a abertura e a formalização do negócio, como também após, para a continuidade das
atividades.
 
O SEBRAE-PR disponibiliza inúmeras soluções para orientar o empreendedor a iniciar ou a
formalizar um negócio. Em Curitiba, você pode ainda se utilizar da Central Fácil, uma área criada
especialmente para facilitar e agilizar a abertura e legalização de novos negócios. 
 
As 10 etapas para Legalizar uma empresa:

1. Definir e Descrever o ramo de atividade da empresa


2. Fazer algumas consultas
3. Elaborar o Contrato Social
4. Registrar na Junta Comercial e Obter o NIRE
5. Definir o CNAE , atentando para o SIMPLES
6. Registrar o CNPJ pela Internet
7. Solicitar o ALVARÁ 
8. Solicitar a Inscrição Estadual
9.Fazer o Cadastro da Empresa na Previdência Social
10. Emissão do Bloco de Notas Fiscais e Autenticação dos Livros Fiscais 

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1. Definir e Descrever o ramo de atividade da empresa
Definir e descrever o ramo de atividade da empresa adequadamente. Há três ramos de atividades
definidos:
 Indústria – Transformação de matérias-primas em bens e produtos. Ex.: fabricação de velas,
de embalagens, de artigos de artesanato, etc.
 Comércio – Compra e venda de bens e produtos. Ex.: lanchonete, pastelaria, loja de roupas,
panificadora, etc.
 Serviços – Execução de trabalho ou desempenho de funções pagas por outra pessoa. Ex.:
representação comercial, assessoria, consultoria, escola de idiomas, etc.
Você pode ter um negócio com dois ramos de atividade concomitantemente, um comércio e serviço,
por exemplo.

2. Fazer algumas consultas:


Consultar na Prefeitura se o Endereço/Local escolhido permite este Negócio:
Verificar se o local é compatível com o ramo de atividade da empresa. A escolha do local de
instalação deve ser feito após uma minuciosa análise de mercado. Passada essa fase fundamental,
parte-se para as exigências legais, sendo que alguns cuidados devem ser tomados:
Escolher um local adequado para a exploração do negócio, tais como: localização, movimento de
pessoas, energia elétrica, telefonia, risco de enchentes, estacionamento, acesso, transporte público,
conservação do imóvel, as adaptações necessárias no imóvel para o exercício da atividade, etc.
Algumas dicas:
a) Para obter as informações preliminares sobre a autorização da atividade no local escolhido, deve
ser feita a Consulta Comercial, na Prefeitura da localidade onde pretenda se instala o negócior;
b) Para que possam ser obtidas as informações e consultas na Prefeitura Local será necessário ter
em mãos uma cópia da capa do talão do IPTU, onde constam os dados principais do imóvel, como
indicação fiscal, proprietário, finalidade, etc.;
c) Se o imóvel está regularizado e se possui Habite-se;
d) Se as atividades a serem desenvolvidas no local, respeitam a Lei de Zoneamento do Município.
Aqui é importante frisar que a autorização da Prefeitura e posterior Alvará de Funcionamento são
para o ramo de atividade no local escolhido, e não para o imóvel;
e) Os pagamentos do IPTU referente ao imóvel;
f) No caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, antes de confeccioná-las,
certifique-se, junto à Prefeitura, sobre o que determina a legislação local em relação ao licenciamento
dessas placas.
Consultar a Secretaria de Meio Ambiente Estadual e Municipal
Verificar junto aos órgãos do Meio Ambiente e de Controle de Atividades Poluentes (Estadual e
Municipal), a possibilidade de estabelecer-se na localidade.
Consultar a Vigilância Sanitária sobre o Negócio e o Local Escolhido
Verificar junto à Vigilância Sanitária Estadual e Municipal se o estabelecimento e a atividade
pretendida – relacionado à saúde – (bar, restaurantes, farmácias, etc.) atende às exigências para
funcionamento.
Consultar o Corpo de Bombeiros sobre o Negócio e o Local Escolhido
Verificar as exigências do Corpo de Bombeiros, como adaptações para pessoas com necessidades
especiais, localização de extintores, etc.

Consultar os Conselhos de Classe Regionais sobre o Registro


Verificar a exigência dos conselhos de classe, como Conselhos Regionais de Administração,
Contabilidade, Farmácia, Fisioterapia, etc. Enfim, você deve certificar-se de que o seu ramo de
atividade não exige a fiscalização direta do Conselho de Classe.

Certidão de CPF dos Sócios na Receita Federal e Estadual

Consulta da situação fiscal e cadastral, verificando possíveis pendências no CPF dos sócios perante
a Receita Federal e Estadual;

Consultar o Certificado do Contador no Conselho Regional de Contabilidade


Se você tiver um contador, não esqueça de lhe solicitar o Certificado de Regularidade, verificando a
regularidade do profissional contábil perante o CRC.

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Consulta do Nome da Empresa na Junta Comercial
Essa consulta pode ser feita na Central Fácil do SEBRAE-PR, na Junta Comercial ou em um
Cartório (se sociedade Simples). Esta consulta é para verificar se há alguma outra empresa
registrada com o nome pretendido. Geralmente é necessário preencher um formulário próprio, com
três opções de nome.

3. Elaborar o Contrato Social


O Contrato Social é a peça mais importante do início da empresa e nele devem estar definidos
claramente o Interesse das partes, o Objetivo da empresa e a  Descrição do aspecto societário e a
maneira de integralização das cotas.
Para ser válido, o Contrato Social deverá ter o visto de um advogado. As micro- empresas e
empresas de pequeno porte são dispensadas da assinatura do advogado, conforme prevê o Estatuto
da Micro e Pequena Empresa.
 
4. Registrar na Junta Comercial e Obter o NIRE
O registro legal de uma empresa é tirado na Junta Comercial do Estado ou no Cartório de Registro de
Pessoa Jurídica (para pessoas jurídicas). Esse passo é equivalente à obtenção da Certidão de
Nascimento de uma pessoa física. A partir desse registro, a empresa existe oficialmente–- o que não
significa que ela possa começar a operar.
Os preços e prazos para abertura variam de estado para estado. Para isso, o ideal é consultar o site
da Junta Comercial do estado em que a empresa estiver localizada. Registrada a empresa, será
entregue ao seu proprietário o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa) que é uma
etiqueta ou um carimbo, feito pela Junta Comercial ou Cartório, contendo um número que é fixado no
ato constitutivo.

5. Definir o CNAE , atentando para o SIMPLES


Cada ramo de atividade da empresa tem um código fiscal (CNAE) definido em âmbito federal e pode
ser consultado no site www.curitiba.pr.gov.br  ou www.cnae.ibge.gov.br.
Lembre-se de que nem todas as empresas podem optar pelo Supersimples, principalmente as
prestadoras de serviços que exigem habilitação profissional. Portanto, antes de fazer sua inscrição do
CNPJ, consulte os tipos de empresa que não se enquadram no Supersimples.

6. Registrar o CNPJ pela Internet


Com o NIRE em mãos, chega a hora de registrar a empresa como contribuinte, ou seja, de obter o
CNPJ. O registro do CNPJ é feito exclusivamente pela Internet, no site da Receita Federal por meio
do download de um programa específico. Os documentos necessários, informados no site, são
enviados por sedex ou pessoalmente para a Secretaria da Receita Federal, e a resposta é dada
também pela Internet. Ao fazer o cadastro no CNPJ, é preciso indicar a atividade que a empresa irá
exercer, ou seja, o CNAE.

7. Solicitar o ALVARÁ 
Com o CNPJ cadastrado, é preciso ir à prefeitura ou à administração regional para receber o alvará
de funcionamento. O alvará é uma licença que permite o estabelecimento e o funcionamento de
instituições comerciais, industriais, agrícolas e prestadoras de serviços, bem como de sociedades e
associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas.
Isso é feito na Prefeitura, na Administração Regional ou na Secretaria Municipal da Fazenda de cada
município. Geralmente, a documentação necessária é:
 Formulário próprio da prefeitura;
 Consulta prévia de endereço aprovada (obtida na 1º Fase de Consulta Prévia);
 Cópia do CNPJ;
 Cópia do Contrato Social;
 Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário. 
 
8. Solicitar a Inscrição Estadual
A Inscrição Estadual deve ser feita junto à Secretaria Estadual da Fazenda. Ela é obrigatória para
empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual.
Também estão incluídos os serviços de comunicação e energia. A Inscrição Estadual é necessária
para a obtenção da inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e
posterior emissão do bloco de Notas Fiscais.

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9.Fazer o Cadastro da Empresa na Previdência Social
Deverá ser feito independentemente de a empresa possuir funcionários. Para contratar funcionários,
é preciso arcar com as obrigações trabalhistas sobre eles. Ainda que seja um único funcionário, ou
apenas os sócios inicialmente, a empresa precisa estar cadastrada na Previdência Social e pagar os
respectivos tributos.

Assim, o representante deverá dirigir-se à Agência da Previdência de sua jurisdição para solicitar o
cadastramento da empresa e seus responsáveis legais. O prazo para cadastramento é de 30 dias
após o início das atividades.

10. Emissão do Bloco de Notas Fiscais e Autenticação dos Livros Fiscais 


Agora resta apenas preparar o aparato fiscal para que seu empreendimento entre em ação. Será
necessário solicitar a autorização para impressão das notas fiscais e a autenticação de livros fiscais.

Isso é feito na prefeitura de cada cidade. Empresas que pretendam dedicar-se às atividades de
indústria e comércio deverão ir à Secretaria de Estado da Fazenda. Uma vez que o aparato fiscal
esteja pronto e registrado, sua empresa pode começar a operar legalmente.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Um dos fatores de sucesso das empresas é possuir um bom planejamento. Mas o que é
planejamento? Nós planejamos diariamente, planejamos nossas atividades, nossas finanças, até a
nossa vida pessoal e familiar. Portanto, podemos dizer que planejar é decidir antecipadamente o que
fazer, como fazer, quando fazer e com que recursos.
 
As 7 Etapas do planejamento estratégico 
 

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1.Definir: visão e missão do negócio 

Visão 
É a direção em que a empresa pretende seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser.
Deve refletir as aspirações da empresa e suas crenças.
Fórmula base para definição da visão:
Verbo em perspectiva futura + objetivos desafiadores + até quando.
 
Missão 
A declaração de missão da empresa deve refletir a razão de ser da empresa, qual o seu propósito e o
que a empresa faz.
Fórmula base para definição da Missão:
Fazer o quê + Para quem (qual o público?) + De que forma.

2. Analisar o ambiente externo 


Uma vez declarada a visão e missão da empresa, seus dirigentes devem conhecer as partes do
ambiente que precisam monitorar para atingir suas metas. É preciso analisar as forças
macroambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e os
atores microambientais (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) que
afetam sua habilidade de obter lucro.
 
Oportunidades
Um importante propósito da análise ambiental é identificar novas oportunidades de marketing e
mercado. 
 
Ameaças
Ameaça ambiental é um desafio decorrente de uma tendência desfavorável que levaria a deterioração
das vendas ou lucro. 
 
3. Analisar o ambiente interno

Você saberia dizer quais são as qualidades e o que pode ou deve ser melhorado na sua empresa?
Esses são os pontos fortes/forças e fracos/fraquezas do seu negócio.

4. Analisar a situação atual 


Depois de identificados os pontos fortes e pontos fracos e analisadas as oportunidades e ameaças,
pode-se obter a matriz FOFA (fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças) ou SWOT (strengths,

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weaknesses, opportunities e threats). Inclua os pontos fortes e fracos de sua empresa, juntamente
com as oportunidades e ameaças do setor, em cada uma das quatro caixas:
 

A análise FOFA fornece uma orientação estratégica útil.

5. Definir objetivos e Metas


São elementos que identificam de forma clara e precisa o que a empresa deseja e pretende alcançar.
A partir dos objetivos e de todos os dados levantados acima, são definidas as metas.
As Metas existem para monitorar o progresso da empresa. Para cada meta existe normalmente um
plano operacional, que é o conjunto de ações necessárias para atingi-la; Toda meta, ao ser definida,
deve conter a unidade de medida e onde se pretende chegar.
 
6. Formular e Implementar a estratégia 
Até aqui, você definiu a missão e visão do seu negócio e definiu metas e objetivos visando atender
sua missão em direção à visão declarada. Agora, é necessário definir-se um plano para se atingir as
metas estabelecidas, ou seja, a empresa precisa de uma formulação de estratégias para serem
implantadas.

Após o desenvolvimento das principais estratégias da empresa, deve-se adotar programas de apoio
detalhados com responsáveis, áreas envolvidas, recursos e prazos definidos.
 
7. Gerar Feedback e Controlar
À medida que implementa sua estratégia, a empresa precisa rastrear os resultados e monitorar os
novos desenvolvimentos nos ambientes interno e externo. Alguns ambientes mantêm-se estáveis de
um ano para outro. O ideal é estar sempre atento à realização das metas e estratégias, para que sua
empresa possa melhorar a cada dia.

 
5º - Identificação da Empresa
a) Descreva as classificações de sua empresa fictícia usando como exemplo as
seis classificações da apostila.
PELO NUMERO DE FUNCIONARIO
PELO SETOR ECONOMICO
PELO FIM
PELA LEGISLAÇÃO
PELA QUALIFICAÇÃO

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PELO TAMANHO
b) Razão Social (significa a razão pela qual a empresa existe, nome de registro
da empresa).
c) Nome Fantasia (significa o nome que mais se aproxima do cliente, um
chamariz).
d) Identificação dos sócios-proprietários
e) Localização (Endereço)
f) Missão
g) Visão
h) Valores

6º - Marketing
Vantagem competitiva ou diferencial competitivo:
Qual o diferencial do produto: é tudo aquilo que faz com que algo ou alguém
fique diferente.
É uma ou um conjunto de características que permitem a uma empresa
diferenciar-se, por entregar mais valor aos seus clientes, em comparação aos seus
concorrentes e sob o ponto de vista dos clientes.
Para um dado segmento de mercado, é a razão pela qual os seus clientes
escolhem a oferta da sua empresa, e não a dos seus concorrentes, exatamente
porque sua oferta tem algo - a vantagem competitiva - que eles buscam e é única ou
melhor do que a oferta dos concorrentes.
Em seguida estabeleça o posicionamento competitivo do produto.
a) Cite os benefícios que o cliente terá adquirindo o produto?
b) Quais os diferenciais competitivos do produto?
c) O produto é inovador, quais características e detalhes?

7º Pesquisa de Mercado
a) Vocês deverão apresentar uma pesquisa de mercado com o propósito de
saber a aceitação do nosso produto no mercado;

8º Análise de ambiente: Análise FOFA – (fortalezas, oportunidade, fraquezas e


ameaças)
Fatores Externos e Internos.

9º Definição do público-alvo:
a) Defina o público-alvo e quais as necessidades desse público a serem
atendidas com o produto.
Segmentar um mercado significa escolher um grupo de consumidores, com
necessidades homogêneas, para o qual a empresa poderá fazer uma oferta
mercadológica.

Pessoa Física
GEOGRÁFICOS (países, regiões, cidades, bairros)
DEMOGRÁFICOS (sexo, idade, renda, educação)
PSICOGRÁFICOS (estilos de vida, atitudes)
COMPORTAMENTAIS (ocasiões de compra, hábitos de consumo, benefícios
procurados)

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Pessoa Jurídica
GEOGRÁFICOS (países, regiões, cidades, bairros)
CARACTERÍSTICAS GERAIS (ramo de atividade, serviços e produtos oferecidos,
número de empregados, filiais, tempo de atuação no mercado, imagem no mercado)
COMPORTAMENTAIS (ocasiões de compra, hábitos de consumo, benefícios
procurados)

10º Posicionamento de mercado:


Qual a imagem que o seu negócio deve passar aos clientes, a forma como seu
cliente vai enxergar o negócio.
a) Incluir a tabela de fornecedores e concorrentes

Dica: Pesquise algo sobre os seus futuros concorrentes na net, suas páginas da
internet, o institucional ou seu histórico isso vai enriquecer o seu texto e a sua
percepção, e claro tente ser criativo e original.

FORNECEDORES E CONCORRENTES
A escolha dos fornecedores de matéria-prima ou de produtos tem grande
importância no planejamento da empresa. É preciso que a empresa pesquise
e descubra os principais fornecedores e concorrentes:
Quem São;
Localização;
Tempo de Atuação no Mercado;
Principais Clientes;
Porte;
Tipos de Produtos que Comercializa;
Sua qualidade;

Analisar políticas de preço:


Preço Cobrado;
Frete;
Prazos de Pagamento Exigido pelo Fornecedor;
Tempo e Forma de Entrega;
Condições de Pagamento Exigidas;
Tipo de Cobrança;

11º Marca: Nome, logotipo, slogan e defesa


a) Histórico da marca, porque vocês escolheram a marca para ser trabalhada.
b) Texto da marca: criar um texto sobre sua marca, institucional, contando a
história da sua criação, como surgiu a ideia do nome e a sua identificação
com o público a que se destina.
c) Criar a sua marca (logomarca), para isto elaborar o logo no site:
http://www.freelogoservices.com.br
d) Colocar a foto do logo e descrever a mensagem que ele quer passar, o
significado das cores e fazer sua defesa o que representa. Lembre-se um
logo precisa transmitir uma mensagem levando em conta tudo sobre a
empresa que ela vai representar.

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Exemplo: O nome Majélo Artesanato representa a junção dos nomes das três
proprietárias (Maiara, Jéssica e Louise), e o ramo de atuação, o artesanato. No
logotipo é visível a agulha, linha e a tesoura que significam o trabalho artesanal.

e) Slogan é uma frase chave, uma frase de efeito (1001 utilidades).

12º Objetivos e metas (não se esqueça de mencionar o período)

13º Definição das estratégias de marketing (4PS)


Defina as estratégias para o marketing mix (preço, produto, praça/distribuição) e
propaganda/promoção).

PRODUTO
a) Em qual fase o seu produto/serviço se encontra?
b) Quais ações serão adotadas a partir da fase em que seu produto/serviço se
encontra?

PREÇO
a) Considerando a sua empresa, descreva agora quais as estratégias de preço
que podem diferenciá-lo no mercado.

PRAÇA
a) Descreva agora as estratégias que você considera adequadas para o seu
negócio voltadas para o elemento praça. Lembre-se de descrever sobre a
infraestrutura do seu ponto de venda e das parcerias que você pretende
estabelecer.

PROMOÇÃO/PROPAGANDAS
a) Descreva as principais promoções que pretende realizar para o seu negócio.
b) Criar dois materiais promocionais da empresa (impressos), estimar
quantidade de materiais e período da campanha, bem como o gerenciamento
desse material (utilização – onde serão distribuídos).
c) Dois folders diferentes para ter como propaganda
d) Um cartão de visita e cartão fidelidade se tiver.
e) Uma propaganda para ser usada na apresentação.

14º Implementação do Plano de Marketing: Plano de Ação


Use sua criatividade e elabore um plano de ação estratégico com o passo a
passo para atingir os objetivos propostos usando a teoria do 5W e 2H.
a) AÇÕES (O QUE): Identifique as atividades específicas a serem
desempenhadas.
b) PERÍODO (QUANDO): Determine o prazo de execução de cada atividade.
c) COMO: Defina a forma que as atividades deverão ser executadas na
sequência apropriada e por ordem de prioridade.
d) RESPONSÁVEL (QUEM): Atribua responsabilidade pela execução e
conclusão de cada atividade às pessoas mais indicadas.
e) CUSTO ESTIMADO (QUANTO): Levante todos os custos incluídos nas
ações propostas, tais como custos de criação, confecção e envio de
materiais promocionais, custos de pessoal, entre outros.

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15º Atendimento ao cliente
Regulamento interno da empresa com os pontos chaves para:
a. Um excelente atendimento ao telefone para atendimento ao telefone;
b. Um excelente atendimento ao cliente direto;
c. Características que devem ser seguidas por um profissional de
atendimento

16º Fluxograma
Elabore o fluxograma da venda de um produto ou de como será o atendimento de
sua empresa.

17º Organograma
Desenvolva o organograma hierárquico de sua empresa fictícia.

18º Responsabilidade social


Pesquise em sua empresa o comprometimento dela com relação ao meio ambiente
e inclua no trabalho.

19º 5 Sensos
Elabore uma pesquisa sobre os 5 sensos e aplique na sua empresa fictícia.

20 º Atendimento ao cliente no pós venda


a) Crie um (0800)
b) Crie um “Fale Conosco”
c) Crie um SAC
d) Cite dicas para encantar seu cliente com ações de pós-venda
e) Elabore um formulário de pesquisa de satisfação (pós-venda);

Pesquisar no site:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/fecharempresa.htm e
incluir no trabalho todos os procedimentos para encerrar uma empresa.

21º - Conclusão
22º - Bibliografias
23º - Autoavaliação do grupo quanto às aulas e conteúdos deste trabalho, bem
como forma como foram trabalhados os assuntos (participação, entendimento,
contribuições, saber buscar conteúdos formativos para auxiliar empresas, dinâmicas,
etc.).

24º - Anexos (pesquisa de mercado e de satisfação preenchidas)

Dicas
* O trabalho deve conter capa padrão com o título “Plano de Marketing”, nome da
empresa e componentes do grupo.
* Redigido nas normas ABNT para digitação de trabalhos (formatação,
espaçamentos, tipo e tamanho de fonte).
* O Português, a escrita correta, também será avaliado;
* A apresentação e entrega do trabalho será no dia ______________. A definir.

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* A apresentação do trabalho deverá ser entre 6 e 8 min. (A criatividade,
organização, seriedade, ordem e coerência serão fatores importantes para
avaliação) – Não esqueçam que para apresentação deverá ser apresentados as
duas propagandas preparadas, bem como os folders);
Erros de ortografia e gramática também serão considerados.
* Aos trabalhos com mais de 10 páginas aconselha-se que sejam entregues em
pastinha (modelo);
* Trabalhos com mais de 20 páginas aconselha-se que sejam entregues em
pastinha (modelo);
* Trabalhos com mais de 30 páginas, aconselha-se que antes da entrega seja
encadernado.

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BIBLIOGRAFIA

CERTO, S. C. Administração Moderna. São Paulo: Person, 2003.

CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro:


Campus, 2000.

Conselho Regional de Administração de São Paulo. A ciência da administração.


São Paulo, CRA-SP, 2007.

Disponível em: <http://www.crasp.com.br/index.asp?secao=74>. Acesso em: 14


abr. 2008.

http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/lucineiagomes/som010.asp

http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/estruturaorganizacional.htm#vermais

http://www.significados.com.br/slogan/

http://www.webartigos.com/artigos/elementos-da-empresa-o-empresario-a-atividade-
empresarial-e-o-estabelecimento/3888/#ixzz2yUVO1A5f

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, Organização & Métodos. São Paulo: Atlas, 2009.

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