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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÃNICA E PRODUÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

DERLÍCIO CARLOS GOES SOUSA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular
(SEDIHPOP)

São Luís
2018
DERLÍCIO CARLOS GOES SOUSA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP)

Relatório de estágio apresentado à


Fundação de Amparo à Pesquisa e ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico do
Maranhão (FAPEMA) como parte da prestação de
contas técnica referente ao edital Nº 026/2016 –
Estágio.

Local do Estágio: Secretaria de Estado dos


Direitos Humanos e Participação Popular -
Secretaria Adjunta dos Direitos da Pessoa com
Deficiência – SAPcD/SEDIHPOP

Supervisora: Raissa Padilha

São Luís
2018
RESUMO

Este relatório descreve as atividades desenvolvidas durante o período de estágio


realizado na Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular,
localizada em São Luís- MA, entre os meses de março de 2017 a fevereiro de 2018.
O estágio foi realizado na Secretaria Adjunta dos Direitos da Pessoa com
Deficiência, sob a supervisão da Administradora Raissa Padilha. Descreveu-se aqui
as principais atividades realizadas neste período.

Palavras Chave: Estágio; Engenharia de Produção; Políticas Públicas


SUMÁRIO

01 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................. 5
02 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
03 Objetivos ............................................................................................................. 6
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 6
3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 7
04 Justificativa ........................................................................................................ 7
05 A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular -
SEDIHPOP .................................................................................................................. 8
5.1 – Localização ..................................................................................................... 8
5.2 Secretaria Adjunta dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SADPcD ...... 9
5.2.1 Principais Atividades da SADPcD ..................................................... 9

5.2.2 A Central de Interpretação de Libras (CIL) ..................................... 10

5.2.3 Comitê Gestor Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com


Deficiência – CGEPD ............................................................................... 11

06 Atividades Desenvolvidas ............................................................................... 12


6.1 Construção do Plano Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa
com Deficiência ........................................................................................ 12

6.2 Articulação para regulamentação do Fundo Estadual da Pessoa com


Deficiência ............................................................................................... 13

6.3 Coordenação, Manutenção e Divulgação da Central de Interpretação


de Libras .................................................................................................. 13

6.4 Realização de Seminários de Disseminação da Lei Brasileira de


Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) ............................................... 14

6.4 Mostra de Conhecimento e Tecnologia Assistiva em Timon/MA ....... 14

6.5 Realização de evento em alusão ao Dia Internacional da Pessoa com


Deficiência em São Luís .......................................................................... 15

6.6 Elaboração de Notas Técnicas .......................................................... 16

6.7.1 NOTA TÉCNICA nº 01/2017/ SADPcD/SEDIHPOP ........................ 17


6.7.2 NOTA TÉCNICA nº 02/2017/ SADPcD/SEDIHPOP ........................ 17

6.7.3 NOTA TÉCNICA nº 03/2017/ SADPcD/SEDIHPOP ........................ 18

07 CONCLUSÃO .................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 20
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01 IDENTIFICAÇÃO

Projeto: Programa Institucional de Bolsas de Pesquisa e Inovação em Gestão de


Políticas Públicas Jovem Universitário - BLIjr

Número do Edital: Nº 026/2016 – PROG/UEMA

Bolsista: Derlício Carlos Goes Sousa

Supervisora: Raissa Padilha

Local de execução: Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação


Popular

Vigência: 02 de Março de 2017 a 28 de fevereiro de 2018.

02 INTRODUÇÃO

Conforme a Lei do Estágio de nº 11.788/2008 o “Estágio é ato educativo


escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o
ensino regular em instituições de educação superior...”. Portanto, o estágio visa o
aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização
curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o
trabalho. (BRASIL, 2008).
Para Santos (2003), as atividades práticas presente no estágio supervisionado
deve ir de encontro com a “sociedade do conhecimento” que exige trabalhos
conscientes da necessidade de saber-fazer, saber-pensar, saber-ser, saber-agir.
Essa nova configuração produtiva requer uma educação que desenvolva
competências para a formação de um profissional capaz de realizar tanto o trabalho
manual quanto o intelectual.
De acordo com Demo (1997), toda prática proporcionada pelo estágio deve
estar relacionada com a formação acadêmica e com o desdobramento da cidadania,
como atuação política consciente e organizada, no nível do sujeito social, desde a
aplicação teórica até a fundamentação científica de sujeito social e profissional,
devendo existir espaço para a prática coletiva de projetos comuns ou mesmo
projetos interdisciplinares.
6

Além disso, o estágio supervisionado para os alunos dos cursos de


engenharia constitui uma exigência das Diretrizes Curriculares Nacionais para
Engenharia, resolução CNE/CES, de 11 de março de 2002, no seu artigo 7.º que diz:
“A formação do engenheiro incluirá, como etapa integrante da graduação, estágios
curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição de ensino, através de
relatórios técnicos e acompanhamento individualizado durante o período de
realização da atividade. A carga horária mínima do estágio curricular deverá atingir
160 (cento e sessenta) horas”.
O estágio é uma chance que o acadêmico tem para aprofundar
conhecimentos e habilidades nas áreas de interesse do aluno. Dessa forma, o
conhecimento é algo que se constrói e o aluno, ao levantar situações problemáticas
nas organizações, propor sistemas, avaliar planos ou programas, bem como testar
modelos e instrumentos, está também ajudando a construir conhecimento, podendo
assim aplicar melhor os conhecimentos teóricos às práticas organizacionais.
(ROERCH, 1999).
O estágio em tela, foi realizado por um acadêmico do curso de engenharia de
produção, a qual é o ramo das engenharias que trabalha com a melhoria e
implantação de sistemas, envolvendo: pessoas, materiais, equipamentos, energias e
informações. Compete a ela projeto, implantação, operação, melhoria e manutenção
de sistemas produtivos integrados de bens e serviços. Ou seja, a produção não trata
somente de bens, mas também de serviços. (PERREIRAS, 2015).
Este relatório tem como objetivo principal descrever e experiência profissional
de estágio e atividades realizadas no período de 02 de março de 2017 a 28 de
fevereiro de 2018 na Secretaria Adjunta dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no
âmbito da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular,
localizada na cidade de São Luís, no estado do Maranhão.

03 Objetivos
3.1 Objetivo Geral

Utilizar a rotina administrativa e operacional da Secretaria Adjunta dos Direitos


da Pessoa com Deficiência localizada na cidade de São Luís- MA, para desenvolver
habilidades práticas que competem a Engenharia de Produção.
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3.2 Objetivos Específicos

 Correlacionar os conhecimentos adquiridos no meio acadêmico e as


atividades desenvolvidas;
 Aprender as metodologias e ferramentas utilizadas;
 Experimentar os desafios vivenciados dentro do ambiente corporativo;
 Desenvolver competências necessárias ao profissional de Engenharia de
Produção;
 Identificar áreas de interesses em relação a minha formação acadêmica;
 Desenvolver habilidades interpessoais;
 Trabalhar em equipe no ambiente profissional.

04 Justificativa

O estágio supervisionado apresenta-se não só como um requisito


obrigatório para a formação de um Engenheiro, mas como uma oportunidade de
desenvolvimento profissional, visto que as diversas experiências vivenciadas
possibilitam: a qualificação e preparo do universitário; permite que o estudante
coloque em prática todo o conhecimento teóricos adquiridos durante a universidade;
motiva os futuros engenheiros; proporciona o maior entendimento e assimilação de
todo o conteúdo ministrado por professores em salas de aulas; permite o contato
direto com o meio profissional do campo de atuação do estágio; e prepara o
estudante para a rotina da vida do profissional assalariado.
No que tange a empresa, o estágio pode acarretar em vários benefícios,
pois passa a dispor de um colaborador entusiasmado, com muitas ideias e uma
visão recente/atualizada acerca de mercado, metodologias e ferramentas. Tais
atributos, contribuem para a o espirito de renovação da empresa, resolução de
problemas e adoção de melhorias. Desse modo, o estágio supervisionado quando
bem desenvolvido e instruído proporciona vantagens a todos os envolvidos,
empresa, instituição de ensino e, principalmente, ao universitário.
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05 A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular -


SEDIHPOP

A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular


(SEDIHPOP), local em que foi realizado o estágio, foi criada a partir da alteração da
denominação da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e
Cidadania (SEDIHC), pela Lei nº 10.213, de 9 de março de 2015, que dispõe sobre a
estrutura orgânica da Administração Pública do Poder Executivo do Estado do
Maranhão e dá outras providências.
A partir do Decreto nº 30.655, de 20 de fevereiro de 2015, que dispõe
sobre a reorganização da SEDIHPOP e dá outras providências, estabelece-se que o
objetivo principal da Secretaria é articular, construir, transversalizar e efetivar as
políticas públicas necessárias para a promoção, proteção e defesa dos Direitos
Humanos, bem como fortalecer os mecanismos e instâncias democráticas de
diálogo e atuação conjunta entre a administração pública estadual e a sociedade
civil.
Por oportuno, destaca-se a seguir a Missão visão e valores institucionais:
 Missão: Promover, defender e garantir os direitos humanos da
população maranhense, em especial dos setores mais
vulnerabilizados.
 Visão: Políticas de Direitos Humanos, desenvolvimento humano e
participação popular estruturadas e consolidadas no Estado do
Maranhão, tornando-o referência entre as unidades da federação.
 Valores: Respeito às diversidades, Democracia, Transversalidade e
Intersetorialidade, Transparência, Cooperação e Solidariedade,
Universalidade, Justiça social, Defesa da dignidade humana.

A SEDIHPOP é composta por 4(aquatro) Secretarias Adjuntas: Direitos


Humanos, de Participação Popular, Promoção do IDH e Direitos da Pessoa com
Deficiência. 2(duas) Secretarias Extraordinárias: Juventude e a de Igualdade Racial.
2(dois) órgãos vinculados descentralizados: Fundação da Criança e do Adolescente
do Maranhão e PROCON, bem com 6(seis) conselhos estaduais de direitos: Criança
e Adolescente, Idoso, Direitos Humanos, LGBT, Igualdade Racial e Pessoa COM
Deficiência.

5.1 – Localização
9

A SEDIHPOP é localizada na Avenida Jerônimo de Albuquerque, Calhau, São


Luís, no segundo andar do Edifício Clodomir Millet, conforme as figuras 01.

Figura 01: Edifício Clodomir Millet

FONTE: Studio Arthur Casas, 2013

5.2 Secretaria Adjunta dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SADPcD

Secretaria Adjunta dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi criada em


Novembro de 2015, através do Decreto nº 31.289/2015, no âmbito da Secretaria de
Estado de Direitos Humanos e Participação Popular. Visa primordialmente
coordenar os assuntos relacionados à Política Estadual de Direitos Humanos da
Pessoa com Deficiência do Estado do Maranhão, bem como articular para que as
políticas públicas e programas contemplem de forma transversal a promoção,
proteção e defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

5.2.1 Principais Atividades da SADPcD


 Orientar e assessorar na elaboração e execução descentralizada da
política dos direitos da pessoa com deficiência no Maranhão;
 Elaborar planos, programas e projetos na Política Estadual de Inclusão da
Pessoa com Deficiência, bem como articular, orientar e propor ações para
implantação e implementação da política da pessoa com deficiência no
âmbito institucional;
10

 Encaminhar e acompanhar ocorrência de denúncias – recebidas via


Ouvidoria ou por outros meios – ao Ministério Público, Defensoria Pública
e outras instituições de defesa dos direitos humanos da pessoa com
deficiência;
 Coordenar o Comitê Gestor Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (CGEPD), formado oficialmente por nove Secretarias de
Estado e com a representação do Fórum Maranhense das Entidades de
Pessoas com Deficiência e Patologia;
 Apoiar e promover, em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos da
Pessoa com Deficiência (CEPD) e Fórum Maranhense das Entidades de
Pessoas com Deficiência e Patologia, eventos formativos e informativos
para mobilização e sensibilização sobre deficiência;
 Propor e incentivar a realização de campanhas de conscientização pública,
objetivando o respeito pela autonomia, equiparação de oportunidades e
inclusão social da pessoa com deficiência;
 Coordenar a Central de Interpretação de Libras do Maranhão, que atende
a região metropolitana de São Luís.

5.2.2 A Central de Interpretação de Libras (CIL)

A Central de Interpretação de Libras (CIL) é uma ação do Plano Nacional


Viver sem Limites, uma pactuação entre o Governo do Maranhão com a então
Secretaria de Estado de Direitos Humanos da Presidência da República, agora
Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania.No
Maranhão, a CIL é coordenada pela SADPcD, e é composta por uma equipe de 3
intérpretes de libras.
O principal objetivo da Central de Interpretação de Libras do Governo do
Maranhão é reduzir barreiras de comunicação e promover cidadania às pessoas
surdas, garantido assim a inclusão.
A CIL oferece serviço gratuito de intérprete para mediar a comunicação entre
a pessoa surda e o agente público, nos casos que necessite utilizar algum serviço
público.
11

5.2.3 Comitê Gestor Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com


Deficiência – CGEPD

O Comitê Gestor Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com Deficiência


– CGEPD, foi criado pela Lei Nº 9.270 de 03 de setembro de 2010, é coordenado no
âmbito da SEDIHPOP pela Secretaria Adjunta dos Direitos da Pessoa com
Deficiência e tem como objetivo a inclusão das pessoas com deficiência, com vistas
à implementação de ações de inclusão por parte do Governo Estadual, em regime
de cooperação com os Municípios e Governo Federal. O artigo 1º desta lei
estabelece:
“O compromisso pela Inclusão das Pessoas com Deficiência,
com o objetivo de conjugar esforços do Estado e Municípios
em proveito da melhoria das condições para a inclusão das
pessoas com deficiência na sociedade maranhense.”
((MARANHÃO, 2010, art. 1º da lei 9.270).

Os entes participantes do CGEPD atuam em colaboração com as


organizações dos movimentos sociais, com a comunidade e com as famílias,
buscando potencializar os esforços da sociedade maranhense na melhoria das
condições para a inclusão das pessoas com deficiência. A formulação e
implementação das ações pelo Comitê são pautadas nas seguintes diretrizes:

 Ampliar a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho,


mediante sua qualificação profissional;
 Ampliar o acesso das pessoas com deficiência à política de concessão de
órteses e próteses;
 Garantir o acesso das pessoas com deficiência à habitação;
 Tornar as escolas e seu entorno acessíveis, de maneira a possibilitar a plena
participação das pessoas com deficiências;
 Garantir que as escolas tenham salas de recursos multifuncionais, de maneira
a possibilitar o acesso de alunos com deficiência;
 Articular a criação da Coordenadoria Estadual da Pessoa com Deficiência do
Estado do Maranhão.
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06 Atividades Desenvolvidas

Durante o período de estágio, foram realizadas diversas atividades em


que aplicou-se conhecimentos das áreas da Engenharia Organizacional, mais
especificamente gerenciamento de projetos e Engenharia da qualidade.

6.1 Construção do Plano Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com


Deficiência

O Governo do Estado do Maranhão, por meio do Comitê Gestor Estadual de


Políticas de Inclusão das Pessoas com Deficiência (CGEPD), trabalhou na
construção e validação do Plano Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com
Deficiência, essencial para a construção de uma política de estado voltada a este
segmento social.
O Plano Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com Deficiência visa
assegurar o atendimento pelo Governo do Maranhão às demandas existentes na
sociedade, garantindo os direitos fundamentais, promovendo a equidade e o
respeito à diversidade como compromisso do Estado, reconhecendo ações
necessárias para assegurar o pleno gozo de todos os direitos das pessoas com
deficiência, que são universais, indivisíveis e inter-relacionados.
Para dar validade ao Plano, foi necessário realizar discussões em vários
municípios do Maranhão e em março de 2017, realizou-se discussão sobre a minuta
do plano junto à sociedade civil na regional de Pinheiro e São Luís, e em seguida
realizou-se consulta pública da minuta do plano na Plataforma Participa MA, de 09
de maio até 30 de junho de 2017; após a consulta pública, encaminhou-se a minuta
ao Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o qual elaborou
parecer favorável ao plano; e por fim, construiu-se a minuta de decreto a ser
encaminhada ao Governador do estado para instituição do plano no âmbito do
Estado do Maranhão.
13

6.2 Articulação para regulamentação do Fundo Estadual da Pessoa com


Deficiência
No mês de março, a Secretaria Adjunta elaborou minuta de projeto de lei para
regulamentação do fundo, o qual foi encaminhado para o Governador Flávio Dino, e
posteriormente à Assembleia Legislativa. A Lei Estadual nº 10.711, de 8 de
novembro de 2017, veio a regulamentar o Fundo e criar o Comitê Gestor do Fundo
Estadual da Pessoa com Deficiência. O FEPD é vinculado à Secretaria de Estado de
Direitos Humanos e Participação Popular- SEDIHPOP e tem por objetivo garantir e
valorizar a pluralidade e singularidade das pessoas com deficiência, além de
assegurar direitos e criar oportunidades para o cidadão com deficiência, com
vigência até o ano de 2020. Conforme art. 3º: “Os recursos do FEPD serão
exclusivamente aplicados em ações que contribuam na prevenção das deficiências,
na promoção da autonomia, segurança, qualidade de vida e participação social das
pessoas com deficiência no Estado do Maranhão”.

6.3 Coordenação, Manutenção e Divulgação da Central de Interpretação de


Libras
Uma ação de importância ímpar realizada pela Secretaria Adjunta da Pessoa
com Deficiência é a Coordenação, Manutenção e Divulgação da Central de
Interpretação de Libras (CIL). A CIL/MA tem se apresentado como um diferencial na
vida das pessoas surdas, que buscam auxílio comunicacional junto aos
atendimentos de trabalho, saúde, justiça, entre outros. Durante o ano de 2017 foram
realizados 1166 atendimentos até novembro. Além disto, já foi promovida uma
reunião de divulgação da CIL na Associação de Surdos do Maranhão (ASMA), no dia
21 de julho. Ademais, realizou-se este ano campanha de divulgação da CIL, a
qual foi elaborada pela ASCOM/SEDIHPOP, tendo ocorrido a distribuição de
panfletos, cartões de visitas e cartazes em diversas secretarias do Estado, órgãos
públicos e associações/entidades ligadas à Pessoa com Deficiência.
Durante o estágio, observou-se um problema na prestação deste serviço
quanto ao agendamento com intérpretes pela população, visto que a maioria dos
atendimentos são agendados pelo WhatsApp da CIL, havia uma demora na resposta
quanto a confirmação do interprete, visto que não possuíam uma agenda
compartilhada, a população ligava e a secretaria executiva entrava em contato com
14

os intérpretes para ver sua disponibilidade. Diante desta observação, o estagiário


propôs criar uma planilha compartilhada com todos os interpretes e secretária para
assim que algum surdo entrasse em contato solicitando agendamento, a secretaria
já tivesse uma resposta para dar ao usuário quanto disponibilidade do intérprete,
diminuindo assim a espera da confirmação pelo usuário do serviço.

6.4 Realização de Seminários de Disseminação da Lei Brasileira de Inclusão da


Pessoa com Deficiência (LBI)

Com objetivo de promover a capacitação de pessoas surdas, a Adjunta da


Pessoa com Deficiência, promoveu um Seminário de Formação sobre Direitos
das Pessoas Surdas nos meses de setembro e outubro de 2017. O qual foi de
suma importância para a promoção da educação em direitos humanos para o
segmento de pessoas surdas, trazendo a discussão de temáticas importantes para o
exercício da cidadania, com o diferencial da acessibilidade comunicacional e do
protagonismo, uma vez que conta com a mediação comunicacional dos intérpretes
de Libras e também com a participação de palestrantes surdos, como foi o caso do
palestrante Roger Prestes, professor da Universidade Federal do Cariri. O ciclo de
palestras foi dividido em 04 módulos:
 LBI e a Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência.
Palestrantes: Mariana Viana e Priscilla Selares. Participantes: 150 pessoas
(realizado no dia 13 de setembro no auditório do Palácio Henrique de La Roque);
 Ética, Cidadania e Direitos Humanos. Palestrantes: Douglas Martins e
Roger Prestes. Participantes: 100 pessoas (realizado no dia 27 de setembro no
auditório da SEFAZ).
 A participação das pessoas surdas no controle social. Palestrantes: Lívia
Carvalho e Maik Oliveira. Participantes: 85 pessoas; (realizado no dia 4 de outubro
no auditório da SEFAZ);
 Direitos à Educação e ao Trabalho. Palestrantes: Ana Rute e Valéria Félix.
Participantes: 90 pessoas, (realizado no dia 11 de outubro no auditório da SEFAZ).

6.4 Mostra de Conhecimento e Tecnologia Assistiva em Timon/MA


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Com o intuito de difundir o conhecimento e o uso da tecnologia assistiva à


pessoa com deficiência, o Governo do Maranhão, por meio do Comitê Gestor
Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com Deficiência (CGEPD), coordenado
pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular
(SEDIHPOP), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC),
UFMA, IFMA, UEMA, SENAI, Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e
Inovação (SECTI) e FAPEMA, realizou a I Mostra de Conhecimento e Tecnologia
Assistiva, que aconteceu durante a Semana de Ciência e Tecnologia no Maranhão
2017, nos dias 25 a 28 de outubro, no município de Timon/MA. O projeto da Mostra
surgiu durante as discussões do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Inclusão
das Pessoas com Deficiência (CGEPD), sendo uma das propostas presentes no
Plano Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que visa
promover a inclusão, capacitação e apresentação de tecnologias assistivas,
especialmente as utilizadas no campo educacional, durante a Semana de Ciência e
Tecnologia no Maranhão 2017. Foram disponibilizados para a Mostra de
Conhecimento e Tecnologia Assistiva seis stands e três bancadas, além de toda a
estrutura disponível no evento. O Comitê Gestor inscreveu ainda palestras,
minicursos e oficinas sobre a temática, que fizeram parte da programação do
evento. Destacamos a oficina de projetos acessíveis com tecnologia assistiva,
proferida pela pedagoga especialista em acessibilidade cultural, Alessandra Pajama;
a palestra sobre Educação Especial na Contemporaneidade, proferida pela
Supervisora da Educação Especial, Rosane da Silva Ferreira e o minicurso sobre
prática inclusiva para os alunos com deficiência intelectual, proferido pela
Coordenadora de Inclusão do IFMA, Denilra Mendes Ferreira.

6.5 Realização de evento em alusão ao Dia Internacional da Pessoa com


Deficiência em São Luís

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência foi instituído pela Organização


das Nações Unidas - ONU em outubro de 1992, em comemoração aos 10 anos do
lançamento do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência, pela
Assembleia Geral da ONU, em 1982, culminando assim, como mais um passo rumo
à ampliação dos direitos e inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. Para
16

conscientizar a população maranhense sobre mudanças de atitude em relação à


inclusão das pessoas com deficiência e a garantia de acesso aos direitos, a
Secretaria Adjunta dos Direitos das Pessoas com Deficiência promoveu, na tarde de
domingo (03), diversas atividades culturais na Área de Proteção Ambiental (APA) da
Reserva do Itapiracó, abrindo a programação da Semana Estadual de Direitos
Humanos, iniciativa em parceria com o Comitê Gestor Estadual de Políticas de
Inclusão das Pessoas com Deficiência (CGEPD). Uma caminhada pelo entorno da
reserva abriu as atividades, reunindo dezenas de famílias e pessoas engajadas no
segmento da luta pelos direitos da pessoa com deficiência.
Na Praça da Família, dentro da reserva, foi instalado um palco para as
apresentações culturais e em pontos diversos as atividades iam acontecendo
simultaneamente, com a realização de oficina de pintura facial, aula de yoga, oficina
de jogos teatrais e disputas esportivas de handebol e golbol. Durante todo o evento,
equipes multidisciplinares de diferentes serviços que integram a Secretaria de
Estado da Educação (Seduc) realizaram os ‘circuitos sensoriais’, com atividades de
estímulo à coordenação motora e com atividades direcionadas para estímulo à
psicomotricidade. O Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA)
também ofereceu atividade de sensibilização sobre responsabilidade no trânsito. No
palco da Praça da Família, representantes do poder público e das instituições
participantes do evento falaram sobre a importância da data e dos avanços das
políticas públicas estaduais para o segmento da pessoa com deficiência.
A programação teve o protagonismo de pessoas com deficiência na
condução de parte das atividades culturais, que contou com aulão de zumba com a
Trupe Z, uma roda de capoeira inclusiva liderada pelo jovem Nando Marley e
apresentação musical do bloco afro Akomabu e show com as cantoras Anastácia Lia
e Andréa Frazão.

6.6 Elaboração de Notas Técnicas

Durante o ano de 2017 foram elaboradas 4 notas técnicas na Secretaria


Adjunta dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
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6.6.1 NOTA TÉCNICA nº 01/2017/ SADPcD/SEDIHPOP

Esta, versa sobre a necessidade de garantia da acessibilidade à pessoa com


deficiência e mobilidade reduzida nos eventos culturais promovidos pelo Governo do
Estado do Maranhão, especificamente sobre o caso dos arraiais; Secretaria Adjunta
dos Direitos da Pessoa com Deficiência, acompanhada de representante da
Secretaria de Estado da Cultura e Turismo - SECTUR, realizasse visita técnica aos
demais arraiais para que fossem verificados os critérios de acessibilidade, a fim de
que fosse documentado as condições e apresentadas recomendações aos
organizadores e responsáveis pelas festividades da maior expressão da cultura de
nosso Estado. Neste sentido, além do verificado no Arraial da Praça Maria Aragão,
realizamos visita aos arraiais alocados no Centro Social e Recreativo do Servidor
Público do Estado IPEM, na Vila Palmeira e Praça Nauro Machado, e elaboramos a
presente nota técnica para subsidiar a atuação do Governo do Estado e demais
envolvidos.

6.6.2 NOTA TÉCNICA nº 02/2017/ SADPcD/SEDIHPOP

Referente a necessidade de garantia da acessibilidade arquitetônica e


urbanística à pessoa com deficiência e mobilidade reduzida, bem como de
brinquedos e aparelhos para condicionamento físico acessíveis, em parques, praças
e outros locais públicos do Governo do Estado do Maranhão; levando em conta que
em junho de 2016 foi promulgada a Lei Estadual nº 10.477/2016, a qual estabelece
que os parques, praças e outros locais públicos, que têm como objetivo oferecer a
prática de esporte e lazer, que forem construídos ou reformados em decorrência de
convênio firmado entre o Poder Executivo e os Poderes Municipais do Estado do
Maranhão, deverão prever a colocação de brinquedos e de equipamentos
desenvolvidos para a utilização de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, e
tendo em vista que a Lei Estadual de Acessibilidade (Lei n°. 8.031/2003) dispõe que
o planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais
espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los
acessíveis para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida (Art. 3º),
estabeleceu entre as suas atividades a realização de visitas técnicas visando
verificar o cumprimento das legislações em comento.
18

Neste sentido, foram visitadas as seguintes praças e locais públicos: a) Praça


da Lagoa da Jansen; b) APA Itapiracó (praças da Criança; da Família; e do Atleta; c)
Praça da Bandeira Tribuzzi/Camboa; d) Orla da Raposa; e) Praça da Estrada da
Vitória. Em seguida, elaborou-se uma nota técnica para subsidiar a atuação do
Governo do Estado e demais envolvidos.

6.6.3 NOTA TÉCNICA nº 03/2017/ SADPcD/SEDIHPOP

Da necessidade de garantir a acessibilidade comunicacional à pessoa surda na


prova de habilitação do Detran/MA. Diante da problemática acerca da acessibilidade
comunicacional na prova de habilitação do Detran/MA persistir, tendo em vista que o
vídeo-libras disponibilizado não atende à variação linguística regional e os
intérpretes disponibilizados não interpretam a variação linguística ou qualquer
expressão/palavra que o candidato não compreenda, elaboramos a presente nota
técnica sobre a necessidade de garantir a acessibilidade comunicacional à pessoa
surda na prova de habilitação do Detran/MA.

07 CONCLUSÃO

A experiência obtida no estágio permitiu explorar novos horizontes e


desenvolver aptidões até então resguardas devido ao contato superficial e teórico
com o curso de Engenharia de Produção.
Além disso, as atividades desenvolvidas apresentam-se como desafios que
permitiram tanto empregar o embasamento teórico obtido, principalmente na área de
Gestão de Projetos, pois todo trabalho a ser desenvolvido, precisa de um projeto, o
qual explicará o que será realizado e qual objetivo a ser alcançado ao realizar tal
atividade. Além de incentivar a busca por mais informações, métodos e ferramentas.
Estes desafios revelaram o quanto e como um engenheiro de produção pode
contribuir para a elaboração de projetos, análise e mitigação de riscos dos projetos,
implantação de melhorias.
Portanto, considera-se que as experiências providas do estágio na Secretária
de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular foram satisfatórias e
motivadoras, visto que por meio destas foi possível atrelar teoria e pratica presente
19

no cotidiano de um engenheiro de produção. Além de permitir o conhecimento de


políticas públicas e fazer a relação desta ao curso, principalmente na área da
pessoa com deficiência.
20

REFERÊNCIAS

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março de 2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação
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