O livro "Educação pelo Argumento" propõe uma reformulação no ensino brasileiro para estimular a argumentação, capacidade essencial para o raciocínio. O autor defende que todas as disciplinas devem desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos de forma interdisciplinar. Ele também critica a ênfase excessiva na sintaxe em detrimento da semântica e a cultura da repressão e avaliação constante na escola.
O livro "Educação pelo Argumento" propõe uma reformulação no ensino brasileiro para estimular a argumentação, capacidade essencial para o raciocínio. O autor defende que todas as disciplinas devem desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos de forma interdisciplinar. Ele também critica a ênfase excessiva na sintaxe em detrimento da semântica e a cultura da repressão e avaliação constante na escola.
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O livro "Educação pelo Argumento" propõe uma reformulação no ensino brasileiro para estimular a argumentação, capacidade essencial para o raciocínio. O autor defende que todas as disciplinas devem desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos de forma interdisciplinar. Ele também critica a ênfase excessiva na sintaxe em detrimento da semântica e a cultura da repressão e avaliação constante na escola.
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Resenha do prefacio do livro Educação pelo argumento:
Educação pelo argumento, de Bernardo Gustavo.
2ed.rev.e ampliada.Rio de Janeiro : Rocco,2007.p.11-22. Gustavo Bernardo, nascido no Rio de Janeiro é Doutor em Literatura Comparada e professor de Teoria da Literatura na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Publicou ensaios e romances. Em Educação pelo argumento, o professor e pesquisador Bernardo propõe uma ousada reformulação nos critérios de ensino e avaliação dos alunos da rede escolar. Segundo ele, os professores ensinam de maneiro errada e avaliam erroneamente também e isso, pois não há estimulo à argumentação imprescindível ao raciocínio. O que o autor propõe está anos-luz à frente do atual modelo de ensino e seria um eixo interdisciplinar onde todas as disciplinas seriam trabalhadas de forma a desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos.
A principio o autor destaca duas idéias que se repetem em
discursos sobre a escola que são: Todos os professores de todas as disciplinas ensinam Língua Materna, ou seja, ensinam a raciocinar. E todos os professores de todas as disciplinas ensinam Matemática, ou seja, ensinam a raciocinar. Contudo disciplinas que possuem tanto em comum não são trabalhadas na prática de forma concisa. O autor afirma ainda que, a prioridade que se empresta ao ensino de Matemática assenta-se em um pressuposto equivocado já que a Língua Materna surge antes e é através dela que a Matemática pode ser transmitida e trabalhada, não sendo a Matemática menos importante e sim um instrumento que surge posteriormente e é dependente da Língua Materna. No livro há a intenção de deixar bem claro que o valor exagerado dado à sintática acaba deixa de lado o valor da semântica, tanto na Língua Materna quanto na Matemática transformando o ensino de ambas igualmente áridas ao invés de útil. O autor denota a ênfase do argumento no ensino chamando a atenção para a necessidade do diálogo como forma de orientação ao invés da repressão que a escola impõe aos alunos. Com isso Bernardo compara a escola à prisão cujo papel é o de vigiar e punir e uma das bases dessa estrutura precária é a avaliação mentirosa e contínua por meio de provas e testes. Educação pelo argumento é a solução proposta pelo autor para corrigir o sistema de ensino. Neste segundo momento do livro Bernardo traz à tona, ainda, um procedimento muito utilizado na escola: a cola, tornando explícito que esse é um tema preocupante, à medida que influencia diretamente na formação do caráter do cidadão. A proposta dele é avaliação escolar “centrada em textos argumentativos e que transforma a cola consentida em consulta necessária”. A idéia tem base no hábito da cola que, segundo Bernardo, faz parte da identidade da escola. Admito que, na prática, a proposta do autor representa mais trabalho para o professor na avaliação das provas, mas o professor deveria ter dedicação exclusiva à escola para poder orientar melhor o aluno. Um professor que precisa dar aula durante três turnos não é capaz de dar a atenção devida às suas classes. Em resumo seria extraordinária a implantação de uma educação verdadeiramente interdisciplinar e com todas as suas práticas centradas no desenvolvimento da argumentação. Contudo é um desejo visionário para atual condição escolar e por isso mesmo o trabalho de Bernardo é tão importante e deveria estar disponível tanto para alunos quanto para professores em todas as instituições de ensino. Infelizmente a escola não utiliza do construtivismo para articular o ensino das disciplinas através de opções epistemológicas e não factuais buscando o valor instrumental que cada disciplina possui e isso ocorre, pois a escola não fomenta discussões temendo a perda do controle. Sendo assim o livro Educação pelo Argumento trás à tona todas as questões importantes e problemas que assolam a educação.