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Entendimento sobre o

SERVIÇO ALTERNATIVO AO
SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES


Basta o jovem solicitar o Serviço Alternativo através do requerimento fornecido no ANEXO S da
PORTARIA Nº 326-DGP, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019 para obter a dispensa?
Não, o jovem que apresenta o requerimento de que trata o referido anexo, inscreve-se no
processo seletivo ao Serviço Alternativo ao Serviço Militar Alternativo (SASMO).

Esse serviço consiste no exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial,


filantrópico ou mesmo produtivo e tem a duração prevista de 18 meses.

Nesse sentido, somente os jovens considerados inaptos para esse serviço ou os excedentes à
quantidade das vagas disponíveis serão dispensados.

Apesar de não ser exigida a documentação de entidade, o indivíduo precisa de algum vínculo com
qualquer entidade? Pois no modelo de requerimento dá a entender que sim.
Sim. Seguindo recomendação do Ministério Público, atualmente, não está sendo exigida a
Declaração do dirigente da Comunidade Religiosa Entidade Filosófica ou Partido Político (Apêndice 16
do Anexo S) da Portaria 326/2019.

Todavia, no ato de alistamento, o jovem deve apresentar a declaração de imperativo de


consciência, redigida de próprio punho ou “a rogo”, contendo as razões de sua objeção em prestar o
Serviço Militar Obrigatório, sua crença religiosa, linha filosófica ou partido político e a aceitação de
todas as condições impostas pela Lei do Serviço Alternativo ao Serviço Militar Obrigatório.

Vale destacar que a comprovação das informações prestadas determina a imediata inclusão do
jovem no processo seletivo ao SASMO. Por sua vez, a identificação de informações inconsistentes, inicia
o processo de averiguação das declarações prestadas e possível enquadramento no prescrito no Art
299 do Código Penal - Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940:

“Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três
anos, e multa, se o documento é particular.”

Os estudantes de medicina, farmácia, odontologia e veterinária que tiveram adiantamento de


Incorporação ou que se encontram em qualquer outra situação de alistado, podem solicitar
Imperativo de Consciência? Caso possam, ao receber o CDSA, eles deverão servir ao Exército quando
terminar o curso? Por quê?

É cabível a todo cidadão arguir imperativo de consciência no curso do recrutamento para se


eximir da prestação do serviço militar obrigatório (SMO) destinado à formação de soldados do efetivo
variável para o desempenho de atividades de caráter essencialmente militar nos termos da Lei Nº
4.375/1964 - Lei do Serviço Militar e seu regulamento.

Contudo, a prestação do Serviço Militar Inicial dos estudantes de Medicina, Farmácia,


Odontologia e Veterinária e pelos Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários, diferentemente
do SMO, destina-se à formação de oficiais temporários na área de saúde e veterinária e é regida pelo
Decreto nº 63.704, de 29 de novembro de 1968, que regulamentou a Lei nº 5.292, de 8 de junho de
1967, em especial, no que se refere ao art. 4º, in verbis:

"Da Natureza
Art 4º Os brasileiros natos, MFDV diplomados por IE, oficial ou reconhecido, prestarão o
Serviço Militar normalmente nos Serviços de Saúde ou Veterinária das Forças Armadas.”

Assim sendo, partir da análise da legislação específica, entende-se que o serviço prestado por
esse segmento não visa o desempenho de atividades de caráter essencialmente militar, mas de
afazeres de cunho técnico-profissional relacionados às capacitações obtidas nos diversos Institutos de
Ensino de Formação de Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários.

Destarte, o estudante de medicina, farmácia, odontologia e veterinária, em situação de


emergência ou estado de calamidade pública, ficará passível de ser convocado à prestação do SASMO
por um período de 18 meses com função similar à do soldado do efetivo variável e não de oficial
temporário.

Quais são as limitações e restrições da declaração do Imperativo de Consciência? Quem NÃO pode
declarar?
A Constituição Federal consignou em seu art. 5º que ninguém será privado de seus direitos por
motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política. Assim sendo, em cumprimento ao
preceito legal previsto na Carta Magna, durante o processo de recrutamento não é admitido qualquer
tipo de limitações e/ou restrições relacionadas à manifestação de imperativo de consciência.
Entretanto, a escusa de consciência não deve ser considerada como um instituto voltado a uma simples
dispensa de obrigação legal prevista em Lei, mas uma manifestação plena do exercício da cidadania.
Deste modo, a objeção de consciência, não pode ser utilizada como forma indiscriminada e banalizada
de instrumento de eximição de dever legal imposta ao cidadão.

Tendo em vista o vasto desconhecimento da população e, inclusive, das autoridades, a respeito do


tema, o jovem pode fazer tal solicitação após dia 30 de Junho, quando acaba o período de
alistamento?
A Lei Nº 8.239, de 4 de outubro de 1991 – Lei de Prestação do Serviço Alternativo, estabelece
que a manifestação de imperativo de consciência decorrente de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, deverá ser declarada após o jovem estar alistado. Assim sendo, é possível fazê-lo
após o final do período de alistamento (30 de junho).
Cumpre ressaltar que o processo seletivo para ingresso no Serviço Militar Obrigatório realizado
nas Comissões de Seleção ocorre por meio de agendamento prévio. Nesse sentido, é oportuno que o
cidadão faça a opção pelo Serviço Alternativo no ato do alistamento, ocasião em que poderá sanar
eventuais dúvidas perante a Junta de Serviço Militar, o órgão de serviço militar responsável pela
execução do processo de alistamento e de regularização de situação militar.
Até quando, qual prazo é possível solicitar? Quem já passou pela seleção geral e/ou complementar,
pode solicitar? É possível declarar imperativo de consciência após estar incorporado? Novamente,
algo que vale ressaltar é o vasto desconhecimento do tema por todas as classes da população
Brasileira, de militares a civis, por isso o questionamento da possibilidade de declarar imperativo de
consciência.
O Jovem poderá, presencialmente em uma junta de serviço militar, alegar imperativo de
consciência a qualquer tempo.

Nos casos em que o indivíduo foi incorporado, há possibilidade de entrar com mandado de
segurança?
Qualquer cidadão pode utilizar o mandado de segurança, ação constitucional que visa tutelar
direito líquido e certo, ameaçado ou violado por autoridade pública ou por aquele que esteja no
exercício de funções desta natureza.

Caso ele se encaixe na condição de arrimo de família, mas seja incorporado, qual o procedimento?
A anulação ou desincorporação de arrimo de família do incorporado que esteja prestando o
serviço militar obrigatório se encontra preconizado no Decreto nº 57.654, de 20 de janeiro de 1966
(Regulamento da Lei do Serviço Militar) os quais pormenorizam a aquisição das condições de arrimo,
bem como as medidas administrativas a serem adotadas pela autoridade militar competente.

Há intenção e planejamento para implementar o Serviço Alternativo? Há outras informações


relevantes que não foram questionadas?
O Serviço Militar Alternativo ao Serviço Militar Obrigatório (SASMO) foi regulado pela Lei de
Prestação do Serviço Alternativo – LPSA (Lei Nº 8.239, de 04 OUT 1991), a fim de atender um preceito
legal estabelecido na Carta Magna, a sua implementação efetiva se encontra em estudo no âmbito do
Ministério da Defesa.

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