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Comparação entre Treinamentos no

“Sentar e Levantar” em Idosos


Danieli Cristina Balarini, Luís Cláudio Bossi
Resumo

O objetivo deste estudo foi comparar a eficiência entre os


treinamentos de hipertrofia e resistência muscular no “sentar
e levantar” em idosos, em um período de oito semanas
ininterruptas. Para tanto, foram realizados um treinamento
de repetições máximas e o teste de “sentar e levantar”,
padronizado por Matsudo (2004), em oito indivíduos
idosos divididos em dois grupos iguais, sendo Grupo 1 de
hipertrofia e Grupo 2 de resistência muscular. Concluiu-se
que o Grupo 2 foi mais eficiente com 34,69% em relação
ao Grupo 1, 34,42%.

Autores
Danieli Cristina Balarini
Licenciatura em Educação Física pelo
Palavras-chave Centro Universitário das Faculdades
Associadas de Ensino – FAE e graduanda
em bacharelado em Educação Física
Idosos, Hipertrofia, Resistência, Sentar e Levantar
pelo Centro Universitário das Faculdades
Associadas de Ensino – FAE.
e-mail:
danicristina_88@hotmail.com

Luís Cláudio Bossi


Graduação em Educação Física pela
Faculdade ESEFM (MG). Mestre em
Metodologia do Treinamento Desportivo
pelo Instituto Superior de Cultura Física
“Manuel Fajardo” Havana (Cuba).
Professor do curso de Educação Física
do Centro Universitário das Faculdades
Associadas de Ensino – FAE.
e-mail:
luisclaudio@fae.br

Recebido em 06/dezembro/2010
Aprovado em 22/junho/2011

58 Pensamento Plural: Revista Científica do , São João da Boa Vista, v.5, n.1, 2011
Comparação entre Treinamentos no “Sentar e Levantar” em Idosos

Introdução OLDES, 2000)


A senescência leva a uma série de modificações fisioló-
O estudo em questão foi realizado numa perspectiva gicas sobre o corpo dos idosos, dentre elas, a diminuição
de ampliar a gama de pesquisas envolvendo idosos. das aferências dos sistemas visual, vestibular e sômatosen-
A estimativa é que em 2050 haverá 56 milhões de ido- sorial, que associadas às modificações músculo-esquelé-
sos no Brasil (24% da população prevista) (DANTAS, 2003). ticas como diminuição da massa, força e velocidade de
As melhores condições de saúde e a crescente expectativa contração muscular, podem interferir negativamente no
de vida do mundo, bem como no Brasil, acarretam o cres- controle postural nos idosos. (FARIA et al., 2003)
cimento da população idosa. (RUWER et al., 2005) Segundo Fronteira (2002, p.45) as “limitações viven-
De acordo com o estudo realizado pelo IBGE em ciadas pelas perdas orgânicas, relacionadas ao envelheci-
1999, a esperança de vida do brasileiro era de 70 anos e, mento, podem abalar a segurança e a autoestima, afetan-
em 2009, de 73,1 anos. Entre os Estados, Santa Catarina do negativamente os aspectos biopsicossociais”.
e Distrito Federal apresentam a maior expectativa de vida, Embora aproximadamente 25% dos idosos cheguem
com 75,8 anos em 2009. O Relatório Síntese dos Indi- ao estado de dependência para realizar tarefas cotidianas,
cadores Sociais 2010, divulgado pelo IBGE, aponta que o que é uma parcela considerável da população para tra-
a região Sudeste é a que concentra o maior número de zer problemas para a sociedade, essa situação não se tra-
pessoas com 60 anos ou mais (12,7%), seguida de perto duz como a totalidade dos idosos, ou como uma condição
pela região Sul (12,3%). Já o Centro-Oeste é a que a tem que todos terão quando envelhecerem. (SPIRDUSO, 1995,
o menor número relativo de idosos, com 9,5% do total de apud OKUMA, 2006)
pessoas da região. O processo de envelhecimento está associado a altera-
Compreende-se por indivíduo idoso aquele que tem ções físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como
a idade igual ou superior a 60 anos. Ele já passou pelo ao surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas
processo fisiológico de crescimento e de desenvolvimento, de hábitos de vida inadequados (tabagismo, ingestão ali-
que teve seu início ao nascer e que somente findará com a mentar incorreta, tipo de atividade laboral, ausência de
morte, levando o organismo a sofrer alterações biológicas, atividade física regular, dentre outros), que se refletem na
psicológicas e sociais, advindas de diversos fatores: genéti- redução da capacidade para realização das atividades de
co, estilo de vida, doenças crônicas, desequilíbrio gradual, vida diária. (VIRTUOSO, 2005)
que podem interagir com outras causas. (SHEPARD, 2001, Durante este processo, são observados declínios sig-
apud ARAGÃO et al., 2002) nificativos nos diferentes componentes da capacidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como funcional, em especial, nas expressões da força muscular
idosos as pessoas com idade a partir dos 60 anos, em pa- (força muscular concêntrica, excêntrica e isométrica máxi-
íses em desenvolvimento (caso do Brasil), e a partir dos 65 ma, resistência de força, potência muscular, entre outras).
anos, em países desenvolvidos. (IBGE, 2008) (GONÇALVES et al., 2007)
De acordo com Ferreira (2003, p.13), “o envelheci- A velocidade de condução nervosa declina apenas
mento é um fenômeno fisiológico, pois ocorre com todo 10% a 15% entre 30 e 80 anos de idade, enquanto a ca-
ser humano e é um processo progressivo”. Envelhecimento pacidade respiratória máxima aos 80 anos corresponde
é a consequência de alterações que os indivíduos demons- a 40% daquela do indivíduo de 30 anos. Este declínio é
tram, de forma característica, com progresso do tempo, da decorrente do decréscimo na taxa metabólica basal e re-
idade adulta até o fim da vida. (MEIRELLES, 1997) dução na prática de atividade física. (PEHME et al., 2004)
O envelhecimento é um fenômeno biopsicossocial que O avanço da idade também é associado a uma redu-
se manifesta no homem de forma diversificada, começan- ção da massa muscular, que tem sido chamada de sar-
do pelas células, passando pelos tecidos e órgãos. Este copenia. (SIMÃO, 2003). A sarcopenia, segundo Matsudo
processo vai interferir no funcionamento orgânico dos indi- (2001, p.36) “foi associada em ambos os sexos a chances
víduos de maneira significativa, influenciando as atividades três a quatro vezes maiores de incapacidade física inde-
humanas. (GOMES e FERREIRA, 1987) pendente da idade, sexo, raça, nível socioenconômico,
É um processo de regressão estrutural e funcional e doenças crônicas e hábitos de saúde”. A diminuição de
pode ser caracterizado como a fase final de todo conti- massa muscular ocorre de 30% a 40% em pessoas com 80
nuum que é a vida, iniciando com a concepção e termi- anos de idade, quando comparadas com as de 30 anos.
nando com a morte. (PAPALÉO NETTO e BRITO, 2001) A perda muscular é progressiva, porém não apresenta
Cada indivíduo reage de forma única ao avanço da comportamento linear em função do tempo. O número e
idade. As teorias biológicas do envelhecimento examinam a área de secção transversa das fibras também diminuem
o assunto sob a ótica do declínio e da degeneração da especialmente as do tipo II (contração rápida) (MARTEL et
função e estrutura dos sistemas orgânicos e das células. O al., 2006)
processo de envelhecimento é definido no contexto de um A redução das propriedades contráteis dos músculos
conjunto de variáveis mensuráveis, como a aptidão física nos idosos é também afetada pelo aumento da gordura
ou eventos mórbidos. (FARINATTI, 2002) intramuscular e tecido conjuntivo. Parece haver também re-
O envelhecimento está intimamente associado a al- dução no número de unidades motoras (aproximadamen-
guma implicação de ordem funcional, que pode gerar ao te 47%), acompanhado de um aumento no tamanho das
idoso a perda de autonomia e uma consequente depen- unidades motoras restantes. (DOHETHY et al., 1993 apud
dência de parentes e amigos (ZAGO et al., 2000) BARBOSA, 2007)
Classificam-se as fases do envelhecimento de três di- Enumeramos algumas características importantes acer-
ferentes formas: os “velhos jovens” pessoas de 65 a 74 ca do envelhecimento: 1. Hipertensão. 2. Diminuição de
anos, as quais são geralmente ativas, joviais e vigorosas; força e da massa muscular (sarcopenia). 3. Decréscimo do
os “velhos velhos”, de 75 a 84 anos, e os “velhos mais número e do tamanho das fibras musculares. 4. Diminui-
velhos”, de 85 anos ou mais, que têm maior probabilida- ção da capacidade de coordenação e da habilidade. 5.
de de serem frágeis e enfermos e terem dificuldade para Perda óssea e sais de cálcio (osteoporose/ hipocalcemia).
administrar algumas atividades da vida diária. (PAPÁLIA e 6. Aparelho locomotor- ossos menos sólidos- ligamentos e

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BALARINI, D. C. BOSSI, L. C.
tendões mais fracos, cápsulas articulares com menos líqui- que os limites dos movimentos são solicitados nas amplitu-
do sinovial. 7. Modificações e perdas celulares. 8. Aumen- des articulares disponíveis e a coordenação é melhorada
to da quantidade de gordura. 9. Diminuição do metabolis- pelo fato de os exercícios serem amplos e lentos, estimu-
mo e da imunidade. (MEIRELLES, 1997) lando terminações nervosas proprioceptoras, responsáveis
Um estudo usando tomografia computadorizada e pelo incremento no equilíbrio, precisão de movimentos e
imagem por ressonância nuclear magnética mostrou que consciência corporal. (SANTARÉM, 2004)
valores de massa muscular de 468 indivíduos de 18 a 88 A musculação pode compensar a redução da massa
anos declinam, a partir do final da 5ª década de vida, em e força muscular associadas ao envelhecimento normal.
torno de 1,9 kg e 1,1 kg por década,respectivamente, para Ocorre uma redução de aproximadamente 30% na força
homens e mulheres, com uma preferência regional para os entre os 50 e 70 anos de idade, sendo que após os 70
membros inferiores. (SOARES, 2005) anos o decréscimo na força muscular é ainda mais acentu-
A perda de massa muscular pode gerar limitações fun- ado. (MAZZEO, 1998)
cionais que acarretam em perda da independência, au- Esta modalidade física propicia uma sensação de saú-
mento da fraqueza, quedas e fraturas (BAUMGARTNER de e de vitalidade que engloba dimensões físicas, emocio-
1998, apud BESSA, 2009). Logo, a sarcopenia é associa- nais e sociais, tornando os praticantes mais dispostos para
da à dependência nas AVD’s, autorrelato de inabilidade, a realização das AVD’s devido ao adiamento da fadiga.
necessidade do uso de dispositivos de assistência a subir (DESCHAMPS, 2005)
escadas e/ou ônibus. A frequência do treinamento deve ser de pelo menos
Classifica-se o nível funcional do idoso em cinco: fisi- duas vezes por semana, com pelo menos 48 horas de re-
camente dependentes-indivíduos que não conseguem al- pouso entre as sessões. Em relação à duração, as sessões
gumas ou todas as atividades básicas de vida diária (ABVD) que duram mais de 60 minutos podem ter um efeito dele-
e são dependentes de outros para se alimentarem e para tério sobre a adesão ao exercício, e os indivíduos idosos
outras funções básicas; fisicamente frágeis - indivíduos que podem completar as suas sessões do treinamento de resis-
podem realizar (ABVD), mas não podem realizar algumas tência corporal total dentro de 20 a 30 minutos. (ACSM,
ou nenhuma das atividades necessárias para viverem inde- 2003)
pendentemente (AIVD), fisicamente independentes - indiví- O crescente interesse nessa modalidade de atividade fí-
duos que vivem independentes, usualmente sem sintomas sica sistematizada é devido ao acúmulo de evidências cien-
de doenças crônicas, mas com baixo nível de saúde e con- tíficas demonstrando que baixos níveis de força e potência
dicionamento físico; fisicamente condicionados - indivíduos muscular têm sido associados com incremento na incapa-
que se exercitam pelo menos duas a três vezes por semana cidade para realizar as atividades básicas e instrumentais
para a saúde, por prazer e bem-estar e atletas de elite - da vida diária. (GURALNICK, [s.d.], apud RASO, 2006)
indivíduos que treinam quase diariamente e competem em Vários são os estudos que afirmam a importância da
sua categoria. (SPIRDUSO, 1995, apud OKUMA, 2006) utilização da musculação por idosos: um estudo com 1132
Essa classificação se faz importante na medida em que indivíduos de ambos os sexos, participantes de um progra-
a autonomia funcional está diretamente relacionada com ma de treinamento resistido, com duração de 30 minutos
as frequentes avaliações da habilidade do indivíduo para por 2 meses, e frequência de 2 a 3 vezes por semana mos-
realizar várias AVD’s. trou que idosos de 61 a 81 anos aumentaram 1,09 Kg de
O desejo de avaliar as condições nas quais o indivíduo músculo. (WESTCOTT, 2001)
vive seus últimos anos de vida criou uma variante denomi- Em outro estudo, observou-se uma melhora pronuncia-
nada “expectativa de vida ativa, saudável ou funcional”. A da da força muscular, endurance da força e da mobilidade
expectativa de vida ativa termina quando a saúde de uma geral em indivíduos de oitenta e seis a noventa e seis anos,
pessoa se deteriora a ponto de provocar a perda de sua após oito semanas de treinamento a 80% da sua capacida-
independência nas atividades da vida cotidiana, tornando- de máxima. Tal ganho foi acompanhado de uma melhora
-se dependente de outros ou de algum tipo de assistência. da ordem de 50% da velocidade da marcha. Após o pro-
(HAYFLICK, 1996) grama, 20% dos participantes foram capazes de abdicar
As atividades com pesos além de aumentar a massa ós- das bengalas das quais necessitavam para se locomover.
sea, também aumentam a força dos músculos esqueléticos, (FIATARONE, 1985, apud MONTEIRO et al., 1999)
melhorando a flexibilidade e a coordenação e evitando a Vincent e colaboradores demonstraram que uma série
queda das pessoas idosas. (SANTOS e AMORIM, 2002) de treinamento de força é um meio efetivo para melhorar
Indivíduos idosos que executam trabalhos em salas de a captação máxima de oxigênio (aumento de 22%), tempo
musculação terminam por colecionar vantagens que vão de exaustão na esteira (aumento de 26%), capacidade de
desde a melhoria na autoestima até a redução de perdas subir escadas (decréscimo de 6,5% no tempo de ascensão
de tecido ósseo e muscular promovidas pelo envelheci- as escadas) e proteção da fadiga oxidante em homens e
mento. (MONTEIRO, 1999) mulheres idosos de idades entre 65 e 80 anos. (SIMÃO,
Pessoas idosas que se exercitam com pesos recuperam 2005)
uma boa parte de sua força perdida, o que as capacita Bassey et al. (apud FLECK e KRAEMER, 1999), em um
para um melhor desempenho das atividades diárias. (NIE- estudo com idosos homens (88,5 ± 6 anos) e mulheres
MAN, 1999) (86,5 ± 6 anos), a potência dos extensores da perna foi
A musculação é definida como uma forma graduável relacionada com a velocidade de se levantar da cadeira,
de resistência à contração muscular para estimular a mas- velocidade e potência de subir escadas e velocidade de
sa muscular e óssea, assim como a força, a resistência e caminhada. Os dados indicaram que a potência é impor-
a potência muscular, para designar exercícios localizados tante para realização das AVD’ s, e que se ela diminui, a
com carga, geralmente realizados com pesos ou máqui- capacidade de realizar as atividades também é diminuída.
nas. (SANTARÉM, 2003) Klitgaar et al. (apud FRONTEIRA et al., 2001) relatou
Com a prática da musculação há estímulo da força, que a força e a massa muscular nos homens de 69 anos
potência, resistência, flexibilidade e coordenação. A resis- que haviam feito treinamento de força por 12 a 17 anos
tência é aumentada devido ao prolongamento de esforços eram maiores do que nadadores ou corredores de mesma i
musculares intensos. A flexibilidade também aumenta por-

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eram maiores do que nadadores ou corredores de mesma variações entre 1,52 e 1,78 metros.
idade.
Em um estudo submeteu-se 22 mulheres, na faixa etá- Material
ria de 55 a 85 anos de idade (65,15 ± 7,88 anos), a Os instrumentos utilizados durante a pesquisa foram:
realizarem três séries de 10 repetições, a 60% 1-RM para o adipômetro clínico (capacidade de 55 mm, com tolerância
exercício leg press 45º, durante 5 semanas (três vezes/se- de ± 0,5mm em 55mm), trena simples com trava (150
mana), foi verificada melhora estatisticamente significativa cm), paquímetro Antrop pequeno (300 mm, com tolerância
(p<0,05) na velocidade, para se levantar de uma posição de +/- 0,1 mm), todos da marca SANNY®, e uma balança
sentada (8,9%) e na velocidade, para subir escadas (4,3%). eletrônica com estadiômetro acoplado da marca WELMY®
(RASO, 2006) (W 200, com máximo de 200 kg, mínimo de 2 kg, com
A OMS mostra alguns dados que reforçam a impor- margem de erro de: 0,100 Kg). Os aparelhos de muscu-
tância do treinamento de resistência de força. De acordo lação utilizados foram: hack máquina, cadeira extensora e
com a OMS, 42% dos idosos possuem alguma limitação leg-press horizontal, todos da marca RIGHETTO®.
funcional e 10%, além de limitação encontram-se em asi- Para a realização e mensuração do teste de “sentar e
los ou abrigos para idosos. Assim, alterações positivas nos levantar” utilizou-se: cronômetro Sport Timer (CR 8010)
níveis de resistência de força em idosos poderão reduzir tais SANNY®, cadeira com encosto (sem braços) com altura
limitações, contribuindo, desta forma, para a melhoria da aproximada de 43 cm.
qualidade de vida do idoso. (SIMÃO, 2004)
Analisando o envelhecimento sob o prisma natural da Procedimento
realidade mundial, o estudo em questão busca uma aná- Em um primeiro momento os voluntários foram dividi-
lise de tipos de treinamentos reunindo volume e intensi- dos em dois grupos experimentais de acordo com o tipo de
dade distintos para identificar qual apresentará resultados treinamento resistido realizado: hipertrofia muscular, reali-
satisfatórios em ações diárias do idoso, comparando-se zando três séries de dez repetições e resistência muscular,
especificamente a relação entre os treinamentos de hiper- realizando três séries de quinze repetições, ambos compos-
trofia muscular e resistência muscular no teste de sentar e tos por quatro indivíduos. O Grupo 1 foi formado por in-
levantar de uma cadeira, uma vez que tal gesto motor está divíduos que tinham a média de 65,75 anos de idade com
presente na ação diária do idoso, que por vezes, devido à média de peso corporal de 71,96 Kg e média de altura de
fraqueza muscular de membros inferiores fica dependente 1,61 metros aproximadamente. Já o Grupo 2 apresentava
da ajuda de terceiros. em média 65,5 anos de idade, com média de peso corpo-
Assim sendo, faz-se necessárias intervenções a este gru- ral de 69,9 Kg, e média de altura de 1,57 metros.
po etário com ênfase em membros inferiores, para que te- Esses voluntários sequencialmente passaram por uma
nham, sobretudo, uma melhor autonomia funcional e uma análise de avaliação física, sendo medidas de circunferên-
qualidade de vida. cia e adiposidade, a altura e o peso dos mesmos. Para
avaliar a eficiência das atividades da vida diária (AVD) foi
A Pesquisa utilizado o teste de sentar-se e levantar-se da cadeira, pa-
O objetivo foi comparar a eficiência entre os treina- dronizado por Matsudo (2004). Como início do teste, o
mentos de hipertrofia e resistência muscular em idosos em idoso parte da posição sentado no meio da cadeira (esta
relação ao teste de “sentar e levantar”. Além disso, pro- apoiada na parede por motivos de segurança) com as cos-
curou-se correlacionar os benefícios que os treinamentos tas eretas, os pés apoiados no chão e os braços ficam cru-
de hipertrofia e resistência insere na vida diária do idoso zados contra o tórax; ao sinal de “Atenção! Já!” o avaliado
e também avaliar os benefícios de cada treinamento em se levanta, ficando totalmente em pé e então retorna a uma
relação à AVD de sentar e levantar da cadeira. posição completamente sentada. Ele será encorajado a re-
Este estudo delimita-se apenas ao treinamento em si alizar o maior número de movimentações em 30 segundos.
(aparelhos, séries e repetições). Fora anotado o número total de movimentos completos de
se sentar executados corretamente neste período de tem-
Participantes po (caso o idoso perto de finalizar os 30 segundos estiver
Participaram do estudo 08 idosos sócios do Palmeiras em mais da metade da execução do movimento, conta-se
Futebol Clube da cidade de São João da Boa Vista (SP). como um movimento completo). O mesmo tem sido reco-
Todos os participantes foram devidamente esclarecidos dos mendado como uma alternativa prática para medir indire-
objetivos do estudo, bem como dos riscos e dos possíveis tamente a força dos membros inferiores devido à correla-
benefícios durante a participação no programa de treina- ção moderadamente alta com o teste de 1RM no leg press.
mento e, assim, assinaram um Termo de Consentimento A aplicação do teste deu-se antes do início dos treinamen-
Livre e Esclarecido. tos e após o término dos mesmos, na oitava semana.
Os critérios de inclusão dos participantes foram: a) ida- Para analisar a força muscular de membros inferiores
de, mínima de 50 anos; b) a não regularidade na práti- realizaram-se repetições máximas nos aparelhos: hack má-
ca de musculação e c) ausência de doenças crônicas que quina, cadeira extensora e leg-press horizontal, todos da
comprometessem a saúde do voluntário durante a realiza- marca Righetto®. A escolha por estes exercícios foi feita
ção dos testes e treinamentos. uma vez que os mesmos são de fácil execução, permitem
segurança de realização e utilizam os músculos inerentes
Dados Pessoais: Idade e Sexo para a realização do teste de “sentar e levantar”.
Os participantes eram de ambos os sexos, sendo qua- O protocolo de treinamento consistiu na execução dos
tro homens e quatro mulheres; a média de idade foi de aparelhos hack máquina, cadeira extensora e leg-press ho-
64,87 anos, com mediana de 63 anos, amplitude de 21 e rizontal, sequencialmente para ambos os grupos, mudan-
variações entre 54 a 75 anos. A média de peso corporal foi do apenas as séries e repetições. A escolha pelos referidos
de 70,93 Kg, com mediana de 70,87 Kg, amplitude de 27, exercícios foi feita uma vez que os mesmos apresentam
25 Kg e variações entre 58,50 Kg e 85, 75Kg ; a média facilidade de execução. Por serem em máquina, permitem
de altura foi de 1,62 metros, com 0,26 cm de amplitude e segurança de realização devido a estabilidade geral do

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BALARINI, D. C. BOSSI, L. C.
corpo e utilizam os músculos inerentes para a realização Voluntários Pré Pós Resultado
do teste de subir escadas.
O treinamento foi com base no conceito de repetições n-1 18x 25x 07x
máximas (RM), ou seja, o número de repetições por série n-2 15x 19x 04x
que se pode executar com uma determinada carga, usan-
n-3 12x 19x 07x
do-se a técnica correta (FLECK e KRAEMER, 1999). Esta
estratégia foi adotada devido à dificuldade de fazer o teste n-4 16x 19x 03x
de uma repetição máxima (1 RM) com idosos. 34,42 %
Cada voluntário realizou o teste de RM em cada uma
das máquinas utilizadas no treinamento. Antes da testa- Fonte: Dados obtidos pelos autores
gem, o movimento de cada aparelho foi demonstrado,
sendo informados os cuidados necessários para a execu- TABELA 2
ção correta e segura do movimento. Deixou-se livre aos
voluntários experimentarem os aparelhos, sem a utilização Valores no “sentar e levantar” pré e pós oito semanas
de cargas, antes de realizarem os testes. Na determina- do Grupo 2
ção das cargas de treinamento propriamente ditas, cada
participante realizou 10 repetições ou 15 (inerentes ao
Voluntários Pré Pós Resultado
grupo ao qual pertenciam) de cada exercício, com carga
aleatória. Em seguida, as cargas foram progressivamente n-1 11x 15x 04x
aumentadas, de forma a determinar com um mínimo de n-2 14x 18x 04x
tentativas, aquela associada as 10 e 15 RM almejadas.
n-3 09x 16x 07x
Antes das sessões de treinamento, realizava-se uma
soltura articular – 5 minutos na bicicleta ergométrica - a n-4 15x 17x 02x
título de aquecimento. Durante as oito semanas de treina- 34,69 %
mento todos os voluntários foram acompanhados indivi-
dualmente. Fonte: Dados obtidos pelos autores
Os treinamentos eram realizados no período matutino,
duas vezes na semana, por oito semanas ininterruptas e A diferença nos valores obtidos pré e pós oito semanas
consistiam na realização dos exercícios nos aparelhos ci- ininterruptas de treinamento entre os grupos 1 e 2 foi de
tados anteriormente, nesta ordem para ambos os grupos, aproximadamente 0,26 %.
mudando apenas o número de repetições. O Grupo 1 re- Após o treinamento de resistência com duração de oito
alizou na prática três séries de dez repetições para hiper- semanas, observou-se que houve uma melhora de 34,42%
trofia muscular, com intervalo de descanso de 1’30”; já na execução do teste de “sentar e levantar” pelos integran-
o Grupo 2 realizou três séries de quinze repetições para tes do Grupo 2.
resistência muscular, com o mesmo intervalo de descanso. Estudo de Oliveira et al. (2004) verificou que um pro-
Em pesquisas para três séries com dez repetições pode- grama de exercícios resistidos (27 sessões, três vezes por
-se notar que o intervalo de recuperação ideal é de 3 mi- semana, com exercícios que enfatizaram os grandes grupa-
nutos, com um minuto de intervalo. Os números de repeti- mentos musculares) promove melhora das AVD’s.
ções alcançados foram de 10, 8, 7. (BOSSI, 2008) A redução da força está associada à redução da massa
Já no trabalho de quinze repetições, os intervalos curtos muscular, especialmente pela perda preferencial das fibras
(30 segundos e 1 minuto) não são suficientes para pro- tipo II (contração rápida). (FLECK e KRAEMER, 1999)
moverem uma recuperação ideal e no intervalo de dois A força reduz com o envelhecimento, principalmente
minutos foi que surgiu a melhor resposta. (BOSSI, 2009) devido à diminuição da atividade física e da massa mus-
cular; esta última sendo uma grande parte resultante de
Resultados e Discussões uma redução da síntese protéica que ocorre com o enve-
A caracterização dos resultados referentes a este estudo lhecimento e a perda de unidades motoras das fibras de
será apresentada nas tabelas a seguir, compreendendo aos contração rápida (tipo II). Uma dimensão reduzida dessas
valores obtidos no tempo de sentar e levantar pré e pós fibras específicas poderia resultar em aumento proporcio-
oito semanas ininterruptas de treinamento. nal na área de contração lenta (tipo I). (WILMORE e COS-
A TABELA 1 representa os valores do teste “sentar e TIL, 2001)
levantar” obtidos antes e após o treinamento de hipertrofia Essa redução está relacionada às áreas das fibras mus-
muscular. culares, principalmente as fibras do tipo II. Estas têm sido
A TABELA 2 representa os valores do teste de “sentar e encontradas significativamente menos nos membros infe-
levantar” obtidos antes e após o treinamento de resistência riores do que nos membros superiores em mulheres. Isso
muscular. indica diferenças no processo de envelhecimento e/ou di-
ferenças no padrão de atividades dos membros, sugerindo
TABELA 1 uma estreita relação com o declínio da função hormonal
das mulheres na fase da pós-menopausa. (CRAIG, 2002)
Valores no “sentar e levantar” pré e pós oito semanas A fraqueza muscular pode avançar até que uma pes-
do Grupo 1 soa idosa não possa realizar as atividades comuns da vida
diária, tais como as tarefas domésticas, levantar-se de uma
cadeira, varrer o chão ou jogar o lixo fora. (FLECK e KRA-
EMER, 1999)
O Centro Nacional de Estatística da Saúde estima que
84% das pessoas com idade variando de 65 ou mais anos
são dependentes de outros para executar suas tarefas da
vida diária, constituindo-se num maior risco de institucio-

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nalização. Estima-se que em 2020 existirá um aumento ra, destacando-se o treinamento de resistência.
de 84% para 167% no montante de pessoas idosas que A diferença entre os treinamentos de hipertrofia e de
sofrem de moderada ou séria incapacidade. (NÓBREGA, resistência muscular foi de 34,42% e 34,69 %, respecti-
1999) vamente.
A força muscular pode ser bastante melhorada por um O programa de dois dias na semana também parece
período tão curto como 8 semanas de treinamento com produzir de 80 a 90% dos benefícios da força conseguidos
pesos, até mesmo em sujeitos com 90 anos de idade. A com programas mais frequentes na pessoa inicialmente
síntese protéica ocorre mais lentamente que em adultos sem treinamento. (SIMÃO, 2005)
jovens, porém a comparação de secções transversas de Os resultados apresentam uma melhora maior, mas
músculos entre pessoas ativas e inativas sugere que muito não tão acentuada, do grupo de treinamento de resistência
da perda de tecido magro pode ser evitada por um treina- muscular (grupo 2) perante a hipertrofia, cerca de 0,26 %.
mento regular com pesos. Músculos preparados melhoram Mesmo assim, o grupo 1 demonstra uma melhora também
a função das articulações, reduzem o risco de quedas e considerada, o que mostra que o princípio da variabilidade
diminuem a magnitude da dispnéia. (FIATARONE 1985, deve ser observado e considerado positivo em treinamento
apud MONTEIRO et al., 1999) com idosos.
Em um estudo realizado com indivíduos entre 50 e 80
anos, verificou-se que o treinamento com características de Considerações Finais
resistência muscular é eficiente para melhorar a força mus-
cular nos indivíduos estudados. (ANTONIAZZI et al., 2003) De acordo com os dados obtidos através do estudo
Os exercícios de resistência muscular são importan- atual, oito semanas ininterruptas de treinamento de resis-
tes para os idosos, pois auxiliam na manutenção da força tência muscular resulta mais eficazmente na melhora do
muscular e impedem uma intensa atrofia muscular. (BENE- teste de “sentar e levantar” em idosos 34,69%, se compa-
DETTI e PETROSKI, 1999) rado ao treinamento de hipertrofia muscular, 34,42%.
De acordo com a OMS, 42% dos idosos possuem A compilação destes resultados corrobora com os de-
alguma limitação funcional, e 10%, além de limitação monstrados por outros estudos que confirmam os efeitos
encontram-se em asilos ou abrigos para idosos. Assim, positivos de inúmeros protocolos de exercícios com pesos
alterações positivas nos níveis de resistência de força em sobre parâmetros morfofuncionais em pessoas idosas,
idosos poderão reduzir tais limitações, contribuindo, desta mas, principalmente, contribui, para evidenciar que um
forma, para a melhoria da qualidade de vida do idoso. programa de exercícios com pesos de baixa intensidade
(SIMÃO, 2004) pode produzir efeitos similares ao de programas de alta
A autonomia funcional pode ser diminuída em função intensidade.
da redução da capacidade de desempenho físico durante a É inegável que o programa de treinamento concebido
vida, em razão muito mais da consequência das condições teve efeitos sobre a função muscular em um prazo relati-
de trabalho e do hábito de vida do que da incapacidade vamente curto. Conclui-se que, em princípio, não seriam
biológica. Mas, é influenciada pela perda progressiva das necessários programas de treinamento exaustivos ou que
qualidades físicas de força, de resistência muscular locali- ocupassem demasiado tempo em intervenções mais am-
zada, de resistência aeróbica e de flexibilidade associada plas para seus efeitos se fazerem sentir.
a um aumento da gordura corporal, com o avançar da Dentre as sugestões para estudos futuros de cunho
idade. (BASSET, 2004) experimental, podem ser mencionadas a importância da
Cavani et al. (2002, apud DIAS, 2006) investigaram utilização de um grupo controle em que a determinação
o efeito de seis semanas de treinamento com pesos de in- da amostra ocorra com a utilização de outros exercícios
tensidade moderada (uma série de 12-15 repetições má- e aparelhos inerentes aos músculos que são utilizados ao
ximas), combinada a exercícios de alongamento em 15 sentar-se e levantar-se de uma cadeira, podendo ainda re-
idosos. Os autores encontraram melhorias significantes na alizar a diferenciação dos gêneros masculino e feminino
resistência muscular e no desempenho no teste de sentar e nos treinamentos.
levantar da cadeira. Conclui-se que a prática de exercícios com caráter de
O estudo atual corrobora com Cavani et al. (2002, resistência são estratégias preponderantes na prevenção
apud DIAS, 2006) e mostra que ambos os treinamentos de incapacidades, permitindo ao idoso ter uma vida mais
obtiveram melhoras no teste de sentar e levantar da cadei- saudável, autônoma e com melhor qualidade.
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Abstract

The objective was to compare the efficiency between workouts hypertrophy and muscular endurance in the “chair
stand” in senescent in an uninterrupted period of eight weeks. Thus, we conducted a training repetition maximum
test and the “chair stand”, standardized by Matsudo (2004) in eight elderly subjects divided into two equal groups,
with Group 1 and Group 2 of hypertrophy of muscular endurance.
It was concluded that Group 2 was more efficient with 34,69% compared to Group 1,34,42 %.

Key words
Elderly, Eight weeks, Hypertrophy, Resistance, Sit down and get up

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