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CERTIFICADO VOCACIONAL 5
EM AGRICULTURA GERAL
Tema:
Autor: Supervisor:
Hélio Adolfo Passone Engª Adélia Martins
Código: 0680214
1.1 Objectivos.........................................................................................................................5
1.1.1 Geral:..............................................................................................................................5
1.1.2 Específicos.....................................................................................................................5
1.1.3 Justificativa....................................................................................................................5
2. Revisão bibliográfica..........................................................................................................7
2.1.2. Solo...............................................................................................................................9
2.2.1 Sementeira....................................................................................................................10
2.3.1 Clima............................................................................................................................11
2.4. Colheita..........................................................................................................................16
3. Analise FOFA...................................................................................................................17
4. Metodologia......................................................................................................................18
4.1. Localização....................................................................................................................18
4.1.2 Lavoura........................................................................................................................18
4.1.3 Gradagem.....................................................................................................................18
4.2.2 Adubação.....................................................................................................................19
4.3.1. Colheita.......................................................................................................................19
4.3.1. Transporte...................................................................................................................20
4.3.2. Rega............................................................................................................................20
4.3.3. Comercialização..........................................................................................................20
5. Orçamento......................................................................................................................21
5.1.1.Tabela 3........................................................................................................................22
7. Custo de Produção............................................................................................................23
8. Referências bibliográficas.............................................................................................27
Produção de feijão vulgar
1. Introdução
O feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa originária da América. Contudo,
várias hipóteses foram estabelecidas para explicar o seu centro primário destacando apenas
três centros primários de diversidade genética, tendo como: o mesoamericano (México e
Guatemala), sul dos Andes (desde Peru até o nordeste de Argentina) e norte dos Andes
(desde Colômbia a Venezuela). Além dos centros primários, varias espécies do género
Phaseolus também podem ser encontrados em outros centros secundários como Europa,
África e Asia (Diniz, 2006).
Em Moçambique, o feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura alimentar básica e
de grande importância socioeconómica, por contribuir significativamente com proteínas e
minerais para a dietas de muitas famílias, e constituir uma fonte importante de renda para
pequenos produtores, comerciantes e exportadores (DEE, 2016).
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral:
Produzir Feijão Vulgar da variedade créme para a comercialização
1.1.2 Específicos:
1.1.3 Justificativa
Com as condições económicas que a Agro-Passone Lda. apresenta, nesta surge a ideia de se
implementar este plano neste distrito visando fornecer produto de boa qualidade e em todas
as épocas do ano no mercado distrital assim como provincial, tendo como formas de
aumentar a produtividade no distrito, a abertura de grandes parcelas de produção no
distrito, aumento e informações acerca da produção desta cultura aos agricultores locais.
2. Revisão bibliográfica
Classe: Dicotiledônea
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Tribo: Phaseoleae
Gênero: Phaseolus
Em Moçambique, o feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura alimentar básica e
de grande importância socioeconómica, por contribuir significativamente com proteínas e
minerais para a dietas de muitas famílias, e constituir uma fonte importante de renda para
pequenos produtores, comerciantes e exportadores (DEE, 2016).
Vermelho;
o feijão Açúcar);
o feijão Calima (vermelho manchado);
o feijão Crème (manteiga);
Branca;
Preto.
2.1.2. Solo
O solo é um mineral não consolidado na superfície da terra, influenciado por fatores
genéticos e ambientais, como: Material de origem; Topografia; Clima (temperatura e
umidade); Microrganismos, que se encarregaram de formar o solo; É sempre diferente, nas
suas propriedades e características físicas, químicas, biológicas e morfológicas do material
de origem.
1. Solos férteis;
2. Areno-argilosos;
A preparação do solo deve começar antes das primeiras chuvas, de forma a proporcionar
condições adequadas para a germinação das sementes e o desenvolvimento das plantas,
incluindo a circulação de ar, melhorar a infiltração, a temperatura do solo, bem como o
controlo de ervas daninhas. A primeira lavoura utilizando tracção animal deve ser realizada
30-45 dias antes da sementeira, para quebrar possíveis camadas duras debaixo do canteiro e
para a decomposição de resíduos vegetais (de 25 a 35 cm). Solos pesados precisam de
lavouras mais profundas, isto para permitir uma melhor penetração da água. A primeira
gradagem deve contemplar 10 a 15 dias depois da lavoura. A segunda gradagem deve ser
imediatamente antes da sementeira, para nivelar o canteiro (Lynch jp. 1995).
terraços será dependente da declividade do terreno: base larga e base estreita para terrenos
com, respectivamente, declividade de até 5% e de 5% a 12%. Outra prática
conservacionista bastante importante é a rotação ou sucessão com outras culturas, visando-
se também um controle fitossanitário adequado e complementar. Nesse sentido, deve-se
evitar o cultivo sucessivo do feijão por mais de dois anos consecutivos na mesma área, para
controle da população de fungos do solo (Ambrosano 1996).
2.2.1 Sementeira
Os agricultores devem escolher variedades que tem mercado. É importante verificar a
qualidade da semente, consultando os serviços de extensão rural e de inspecção de
sementes. Antes da sementeira, a semente deve ser tratada com Thiram. A taxa de
sementeira ou quantidade de semente por unidade de area pode variar de 45 a 65 kg /ha. O
espaçamento adequado é 60cm x 15cm para mono
2.3.1 Clima
O feijão é uma planta de clima tropical; Dentre os elementos climáticos que mais
influenciam na produção de feijão salientam-se:
2.3.2. Tabela 1.
Principais doenças fúngicas e pragas de feijão vulgar em Moçambique
Doença Característica Tratamento
Phaeoisariopsisgriseola ALS afecta a folhagem e Fungicidas aprovadas devem
A mancha - angular das vagens de feijão em campo ser aplicadas quando a doença
folhas (ALS) Causada durante o período de aparece pela primeira vez e as
por Phaeoisariopsis crescimento. Todas as partes condições são favoráveis para
griseola acima do solo são o desenvolvimento da doença.
susceptíveis. As lesões da Variedades resistentes a
folha aparecem como mancha - angular das folhas
manchas irregulares estão disponíveis no mercado.
cinzentas ou marrom com
um halo clórico. As lesões da
vagem são marrom
avermelhado, manchas
circulares, geralmente
rodeado por uma cor mais
escura nas margens.
Ferrugem Abunda mais em zonas de As práticas de gestão são
altitude média aumenta com importantes na prevenção da
o pH do solo. Resíduos de infecção inicial. Duas a três
culturas são a principal fonte rotações ano são
de inoculo do fungo para a recomendadas. Na época
próxima campanha. A seguinte, todos os resíduos de
ferrugem afecta folhas e, por colheita anterior deve ser
vezes, caules e vagens. Os enterrado por aragem. O
primeiros sintomas aparecem controlo químico de infecções
na face inferior das folhas da ferrugem é feito se a doença
como brancos minúsculos, for identificada precocemente.
pontos, levantados. Essas Bravo, Maneb, Maneb+zinco,
manchas gradualmente vão e certos compostos de cobre e
O feijão, por ser cultivado o ano todo, está exposto a muitos fatores que lhe são
desfavoráveis. Entre esses fatores as doenças se destacam, e as doenças que atacam o
feijoeiro podem ser causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides. A importância de
cada doença varia de acordo com o ano, a época de cultivo, o local e o nível de resistência
do cultivar utilizado. As perdas causadas por doenças podem ser expressivas, o que justifica
a adoção de medidas apropriadas de controle.
do local de cultivo livre do patógeno, o plantio em época cujo clima não favoreça a doença-
problema, o controle de insetos
vetores de doenças e a rotação de culturas são medidas que ajudam a prevenir algumas
doenças. A proteção da cultura com bactericidas e/ou fungicidas também é uma medida efi
ciente para o controle de muitas doenças, porém, de custo mais elevado.
Na Tabela 1 são apresentadas as principais doenças e pragas que atacam o feijoeiro. Entre
elas merecem destaque a antracnose, a mancha-angular, a ferrugem, o mofo-branco a
murcha-de-fusário, o crestamento-bacterianocomum, o mosaico-comum e o mosaico-
dourado (PAULA JÚNIOR, T. J. et al. Feijão ( Phaseolus vulgaris L .2007).
2.4. Colheita
O feijão vulgar pode ser colhido entre 60 a 120 dias após o plantio, dependendo do tipo de
variedade e de crescimento. Variedades de ciclo curto ou precoces podem ser colhidas mais
cedo. Essas variedades amadurecem mais rápido, mas resultam em rendimentos mais
baixos. É mais apropriada onde a chuva é incerta. As variedades tardias têm longo período
fenológico permitindo-lhes acumular mais biomassa que é então traduzida para formação e
enchimento de vagens. A colheita das vagens do campo deve ser feita cedo de manhã,
porque, quando a temperatura sobe, as vagens ficam muito secas e podem se abrir e deixar
cair os grãos no chão. Após a colheita das plantas do campo, estas devem ser deixadas a
secar durante dois dias antes de se separar as vagens das plantas. As vagens devem ser
deixadas a secar por um dia na luz solar, em seguida, manejado com um pedaço de pau para
permitir que os grãos saiam das vagens. Ao escolher as vagens trate de descartar as vagens
com sinais de doença, brote, ou danificadas por insecto. Separe as vagens dos grãos. Os
grãos devem ser postas a secar na luz solar até atingir 13-14% de humidade, um processo
que leva 2 á 4 dias dependendo da intensidade da luz solar e da temperatura. Tratamentos
químicos ou biológicos de pragas devem ser realizados antes do armazenamento em local
fresco e seco para evitar a infestação por insectos, como os coleópteros (Wortmann CS et
all., 2004).
3. Analise FOFA
Força
Oportunidade
Fraqueza
Ameaça
4. Metodologia
4.1. Localização
A Agro-passone Lda. Localiza-se no distrito de Malema que é um distrito da província de
Nampula, em Moçambique, com sede na vila de Malema. Tem limite, a norte com os
distritos de Nipepe e Mauá ambos da província de Niassa, a noroeste com o distrito de
Metarica também da província de Niassa, a oeste com o distrito de Cuamba ainda da
província de Niassa, a sul com os distritos de Gurué e Alto Molocué da província da
Zambézia, e a este com os distritos de Ribaué e Lalaua.
Começando antes das primeiras chuvas, de forma a proporcionar condições adequadas para
a germinação das sementes e o desenvolvimento das plantas, incluindo a circulação de ar,
melhorar a infiltração, a temperatura do solo, bem como o controlo de ervas daninhas.
4.1.2 Lavoura
A lavoura será praticada com ajuda de um tractor, e deve ser realizada 30-45 dias antes da
sementeira, para quebrar possíveis camadas duras debaixo do canteiro e para a
decomposição de resíduos vegetais com 25 a 35 cm de profundidade isto para permitir uma
melhor penetração da água no solo e para o bom enraizamento da cultura.
4.1.3 Gradagem
A gradagem será feita com ajuda de um tractor a copulado com grades de discos, a
gradagem deve contemplar 10 a 15 dias depois da lavoura destruindo os torões para
permitir uma boa sementeira e a segunda e ultima gradagem deve ser imediatamente antes
da sementeira, para nivelar o canteiro e deixar o solo afofado.
4.2.1 Sementeira
Para a realização desta actividade será necessário o uso de uma enxada de cabo curto para
abrir os covachos e lançar as sementes com o espaçamento de 60x20cm.
4.2.2 Adubação
Aplicação de aduba visa suprir as necessidades nutricionais da cultura, para o efeito serão
feitas duas adubações, a primeira será nos dias antes da sementeira com um adubo
composto NPK 12˗24˗12, na quantidade de 250kg̸ha, e a segunda será a de fundo com ureia
numa quantidade de 200kg̸ha e, será feita 30 dias depois da sementeira.
4.3.1. Colheita
A colheita será feita manual, devendo se colher produtos que estiver pronto para a
comercialização, esta operação terá o seu início cerca de 60 a 120 dias depois de a
sementeira fazendo‒se a colheita das vagens muito cedo de manhã, porque, quando a
temperatura sobe, as vagens ficam muito secas e podem se abrir e deixar cair os grãos no
chão.
4.3.1. Transporte
Após a realização da colheita será necessário transportar o produto para um armazém para
realizem‐se o beneficiamento e a secagem recomendada, para execução desta actividade
serão necessários cestos, sacos, baldes e o transporte.
4.3.2. Rega
A rega tem por finalidade fornecer ao solo, nos momentos mais convenientes as
quantidades de água necessárias á obtenção da humidade do solo mais adequada ao
desenvolvimento das plantas cultivadas. A rega será efetuada com uma moto-bomba e será
realizada em dois turnos por dia, nas manhas e nas tardes no fim d0 dia.
4.3.3. Comercialização
Dependendo da demanda do produto no mercado será vendido em diferentes preços para
cada ponto de venda, em casos de existir um cliente que comprar o produto em grandes
quantidades terá um desconto de 4% e será feita uma entrega ao domicílio para o caso, para
ajudar a comunidade em redor será feita a venda em copos, num preço de 16mt cada. Os
cinco (5) principais mercados de referência na província.
5. Orçamento
5.1. Tabela 2. Custos fixos para a implantação do plano
Para a implantação deste plano precisa‐se dos custos fixos acima designados na tabela 2.
Com a quantia avaliada em 125.370.00mt para sua aquisição e na tabela 3, estão
designados os custos variáveis avaliados em 91.150,00mt para a sua aquisição totalizando
para a implantação deste plano precisa‐se de um total orçado em 500.440,00mt sem incluir
a margem de erro de 5% que é 25.022.00mt isso significa que incluindo a margem de erro
será necessário um total de 525.462.00mt.
6. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADE
Plano de actividades
Semanas 1a 2a 3a 4a 1a 2a 3a 4a 1a 2 3a 4a 1a 2a 3a 4a 1a 2a 3a 4a 1a 2a 3a 4a
a
Preparação do solo
Sementeira
Rega
Adubação
Controlo de
infestantes
Controlo
fitossanitário
Colheita
Transporte
Comercialização
7. Custo de produção
Demonstração de cálculos de Mão-de-obra Sacha
2 2
X =60000 m x 3500 mts ÷ 10000 m R: Para esta actividade é necessário 7500mt para 5 dias.
X = 210000000 ÷ 10000
X = 21000mts
R: o valor necessário para esta actividade é 9000mt. R: o valor necessário para a actividade acima é de 7500mt.
R: O valor necessário para esta actividade é 7500mt para 5 dias. R: 6ha precisa de 360kg de adubo NPK.
X=8ml x 60000m2 ÷ 10000 m2 60000m2 ÷ 12000m2 = 10saz x 170mt =1700mt x 8dias = 13600mt
X= 48ml
8. Referências bibliográficas
PAULA JÚNIOR, T. J. et al. Feijão ( Phaseolus vulgaris L .2007).
WORTMANN CS, KIRKBY RA, CA ELEDU E ALLEN DJ. 2004. Atlas da Produção do
Feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) em África. Cali, Colômbi.
LYNCH JP. 1995. Root architecture and plant productivity. Plant Physiology
BURUCHARA R, MUKANKUSI C E AMPOFO K. 2010. Identificação e maneio de
doenças e pragas do feijão. Cali, Colômbia.
BROUGHTON WJ., et all. 2003. Feijão (Phaseolus spp.) Modelo Leguminosas
Alimentare.
EMBRAPA. Embrapa Arroz e Feijão. Socioeconomia. Dados Conjunturais 2010.
AMBROSANO, E.J.; et all. Efeito do nitrogênio no cultivo de feijão irrigado no inverno.
Scientia Agricola.
FILGUEIRA, F. A R. Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna 2008.