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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE MURRUPULA

CERTIFICADO VOCACIONAL 5

EM AGRICULTURA GERAL

Tema:

Produção e Comercialização de cenoura da variedade Berlicum 3 Rapale

Autor: Supervisor:

Clésia Eusébio Victor Coholia Engo Manuel Francisco do Rosário

Código: 0680

Murrupula, Abril 2022


INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE MURRUPULA

Elaborado por mim, Clésia Eusébio


Victor Coholia e Supervisionado por
Engo Manuel Francisco do Rosário

Murrupula, Abril 2022


Índice
1.1. Objectivos..............................................................................................................................5
1.1.2. Geral:..................................................................................................................................5
1.1.3. Específicos:.........................................................................................................................5
1.2. Justificação............................................................................................................................5

1.2.3. Módulos relacionados.........................................................................................................6

2. Revisão bibliográfica.................................................................................................................7
2.1. Origem...................................................................................................................................7
2.1.1. Classificação Científica........................................................................................................7
2.1.2. Características da Planta....................................................................................................8
2.1.3. Valor nutricional.................................................................................................................8
2.2. Solos......................................................................................................................................8
2.2.1. Sementeira.........................................................................................................................8
2.2.2. Irrigação.............................................................................................................................9
2.2.3. Desbaste.............................................................................................................................9
2.3. Clima...................................................................................................................................10
2.3.1. Adubação orgânica...........................................................................................................10
2.3.2. Adubação inorgânica........................................................................................................10
2.3.3. Humidade Relativa...........................................................................................................11
2.4. Luminosidade......................................................................................................................11
2.4.1. Principais Doenças e Controle..........................................................................................11
2.4.2. Podridão de pré e pós-emergência..................................................................................11
2.4.3. Queima-das-folhas...........................................................................................................11
2.5. Podridão das raízes.............................................................................................................12
2.5.1. Controle de Pragas...........................................................................................................12
2.5.2. Lagartas............................................................................................................................12
2.5.3. Pulgões.............................................................................................................................13
2.6. Larvas de Crisomelídeos......................................................................................................13
2.6.1. Colheita............................................................................................................................13
3. MATERIAS E METODOS..........................................................................................................14
3.1. Localização da Produção.....................................................................................................14
3.1.1. Preparação do solo...........................................................................................................14
3.1.2. Derrube............................................................................................................................14
3.1.3. Destronca.........................................................................................................................14
3.2. Lavoura................................................................................................................................14
3.2.1. Gradagem.........................................................................................................................14
3.2.2. Nivelamento.....................................................................................................................15
3.2.3. Sulcagem..........................................................................................................................15
3.3. Preparação de canteiros......................................................................................................15
3.3.1. Sementeira.......................................................................................................................15
3.3.2. Desbaste...........................................................................................................................15
3.3.3. Adubação.........................................................................................................................15
3.4. Rega.....................................................................................................................................15
3.4.1. Controlo de pragas e doenças..........................................................................................16
3.4.2. Colheita............................................................................................................................16
3.4.3. Comercialização...............................................................................................................16
4. Tabela 2..............................................................................................................................17
4.1. Tabela 2..........................................................................................................................18
4.2. Justificação de aplicação.....................................................................................................18
Rendimento esperado................................................................................................................20
6. Cronograma de actividades....................................................................................................22
7. Referências bibliográficas.......................................................................................................23
1. Introdução

A cenoura (Daucus carota L) é uma hortaliça da família Apiaceae, tem como parte
comestível a raiz tuberosa de cor alaranjada. Este tem grande destaque pelo seu valor
nutritivo, sendo fonte do percursor da vitamina A( Betacaroteno), que e uma vitamina
importantíssima para o ser humano.

Actualmente, existe no mercado uma grande variedade de cenouras, o que exige um


maior conhecimento dos factores que interferem na sua qualidade. Alguns desses
factores parecem decorrer de combinações entre condições ambientais e factores
genéticos. Desta forma, torna-se fundamental identificar e estudar os parâmetros físicos-
químicos e sensoriais de diferentes variedades de cenouras, produzidas em cultivo
orgânico destinadas à produção de suco, uma vez que muitos destes parâmetros são
ainda desconhecidos (Embrapa,1984).

1.1. Objectivos

1.1.2. Geral:
 Produzir e comercializar cenoura da variedade Berlicum 3 no distrito de Rapale.

1.1.3. Específicos:
 Aumento da renda familiar;
 Ser a melhor empresa na produção de cenoura a nível distrital;
 Reduzir a demanda do produto no distrito assim como na capital (Nampula).

1.2. Justificação
Segundo o problema identificado no distrito de Rapale, veio nesta a ideia de se
implantar este plano de produção, em escalas um pouco mais alargadas com uso de
novas técnicas que irão beneficiar na quantidade e qualidade da produção desta cultura
nesta região, sem se esquecer de uso das melhores vedações.

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1.2.3. Módulos relacionados
UC AGR0445……………..Operar e realizar manutenção de sistemas de rega e
drenagem

UC AGR02507181……….. Instalar e gerir um sistema de rega e drenagem


UC H01500221……….Demostrar compreensão sobre os fundamentos de gestão de
negócio

UC AGR01504181……Aplicar técnicas de marketing e garantia de qualidade dos


produtos agrários
MO AGR02503181………………… Produzir culturas arvenses
MO AGR02508181…………………….Elaborar um plano de produção para uma
cultura
UC AGR02506181…………Planificar e implementar o maneio integrado de pragas,
doenças e infestantes
HG025003………………................Ler e responder a materiais escritos

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2. Revisão bibliográfica

2.1. Origem
A cenoura é originária da Ásia Central (Cachemira e Punjab - Índia), centro básico de
diversidade. Existem ainda dois centros secundários de diversidade, sendo um no
Mediterrâneo e outro na Ásia Menor. As diferentes condições ambientais destes locais
determinaram a origem dos três principais grupos, condicionados à quantidade de frio
necessário para estímulo da emissão de pendão floral.

Nativa da Europa, Asia, a cenoura e cultivada em varias régios do pais do mundo e


tende se adaptar melhor em climas amenos, onde a temperatura esteja em torno de 10 e
15 c̊, que as condições climáticas ideal para que haja um crescimento saudável das
raízes( parte comestível da cenoura).

Na Europa, passou a ser cultivada a partir do século XIV. Era uma cenoura de coloração
púrpura devido ao seu elevado teor em antocianina. O tipo roxo era inicialmente mais
popular, cedendo lugar posteriormente aos tipos amarelos (Shoemaker, 1953 apud
Embrapa 1984).

2.1.1. Classificação Científica


Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsita

Ordem: Apiales

Família: Apiaceae

Género: Daucus

Espécie: D. carata

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2.1.2. Características da Planta
A parte comestível da cenoura são as raízes. Estas raízes caracterizam‒se por serem
tuberosas, grossas, carnudas e de cor profunda e é uma planta bienal, constituída por
uma raiz tuberosa lisa e sem ramificações. Esta raiz apresenta formato cilíndrico e
coloração amarela, Vermejo alaranjada ou púrpura, e comprimento variável, atingindo
em média 15 a 20 cm. A parte aérea e formada por numerosas folhas compostas, de
formato triangular, com 40 a 60 cm de altura.

2.1.3. Valor nutricional


A cultura de cenoura apresenta uma vitamina eficaz em combater os radicais livres, pois
actua como antioxidante, como também protege a visão, evitando o aparecimento de
doenças como a cegueira nocturna. Além de ser rica em vitamina A, a cenoura também
contem boas doses de vitamina C,K, minerais como o potássio, fibras dietéticas e é um
alimento de baixa caloria.

2.2. Solos
Por ser uma hortiça tuberosa, a cenoura e exigente em solo apresentando boas condições
físicas ( textura, estrutura e permeabilidade). São mais favoráveis os solos de textura
media, leves, soltos e arejados, que não apresentam obstáculos no desenvolvimento da
raiz (Lundvall, B.A. 1992).

2.2.1. Sementeira
O cultivo da cenoura dispensa a produção de mudas. As sementes são distribuídas direta
e uniformemente nos canteiros, em linha contínua, em sulcos com 1,0 a 2,0 cm de
profundidade e distanciados de 20 cm entre si. A distribuição das sementes pode ser
feita manualmente ou mecânica.
A sementeira manual é mais trabalhosa, menos eficiente e implica em maior gasto de
sementes (6 kg/ha). Ela pode ser feita com o auxílio de uma pequena lata com um furo
de 4 a 5 mm de diâmetro no fundo, ou com um vidro de boca larga e com a tampa
igualmente furada (Rouquayrol, m.z. Fortaleza: UNIFOR, 1983).

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2.2.2. Irrigação
A produtividade e a qualidade das raízes de cenoura são intensamente influenciadas
pelas condições de umidade do solo. Assim, para a obtenção de altos rendimentos, é
necessário o controle da umidade do solo durante todo o ciclo da cultura para, deste
modo, determinar-se o momento da irrigação e a quantidade de água a ser aplicada. O
sistema de irrigação mais utilizado em pequenas áreas é o de aspersão convencional,
enquanto em grandes áreas utiliza-se o sistema de pivô central. O uso de aspersor tipo
canhão é inconveniente porque retira as sementes dos sulcos de plantio e compacta o
solo, prejudicando a germinação e emergência das plântulas.
Para determinar a quantidade de água (lâmina) a ser aplicada por irrigação e a
frequência das irrigações (turno de rega), deve-se levar em consideração as condições
de clima, tipo de solo e estádio de desenvolvimento das plantas.
De modo geral, a primeira irrigação após o plantio deve ser feita de tal modo que se
molhe até 20 cm de profundidade. Do plantio até o desbaste, as irrigações devem ser
leves e frequentes (1 a 2 dias). Depois desta fase até a colheita, pode-se aumentar a
lâmina de água e o turno de rega (Vieira, J.V., et all 1997).

2.2.3. Desbaste
O desbaste tem como objectivo aumentar a disponibilidade de espaço, água, luz e
nutrientes por planta. Na semeadura manual ou mecânica convencional, em que as
plântulas são dispostas em fileira contínua, o desbaste torna-se uma operação
imprescindível para a obtenção de raízes de maior tamanho e de melhor qualidade. Deve
ser feito de uma só vez, aos 25-30 dias após a semeadura, deixando-se um espaço de 4 a
5 cm entre plantas. Espaçamentos entre plantas maiores do que o recomendado
implicará em menor número de plantas por unidade de área com consequente redução
da produtividade. Vale salientar que o atraso na realização do desbaste, também implica
em redução da produção, em decorrência do aumento da competição entre plantas. Na
semeadura mecânica de precisão, em que se usam semeadoiras pneumáticas e sementes
helenizadas, o desbaste torna-se uma prática desnecessária no sistema de produção, o
que contribui para redução dos custos de mão-de-obra (Leite, M. A., et all, 2014).

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2.3. Clima
A temperatura é o factor climático mais importante para a produção de raízes.
Temperaturas de 10 a 15ºC favorecem o alongamento das raízes e o desenvolvimento de
coloração característica, ao passo que temperaturas superiores a 21ºC estimulam a
formação de raízes curtas e de coloração deficiente. Existem cultivares que formam
boas raízes sob temperaturas de 18 a 25ºC. Acima de 30ºC, a planta tem o ciclo
vegetativo reduzido, o que afecta o desenvolvimento das raízes e a produtividade.
Temperaturas baixas associadas a dias longos induzem o florescimento precoce,
principalmente daquelas cultivares que foram desenvolvidas para plantio em épocas
quentes do ano (Lima, D. M. de A.; Wilkinson, J. 2002).

2.3.1. Adubação orgânica


A cenoura responde à adubação orgânica especialmente em solos de baixa fertilidade
e/ou compactados. É fundamental que o adubo orgânico esteja bem curtido. Tratando-se
de esterco de gado, em geral aplicam-se 30 toneladas ou 60 metros cúbicos por hectare,
antes do plantio. No caso de esterco de galinha, aplica-se um terço dessa quantidade. A
distribuição é feita a lanço sobre os canteiros, seguidos de incorporação, que é feita
utilizando-se enxada rotativa (HARKALY, A.., Encontro nacional sobre produção
orgânica de hortaliças1998)

2.3.2. Adubação inorgânica


A quantidade de fertilizantes a ser utilizada é calculada com base na análise química do
solo, principalmente de acordo com seus níveis de fósforo e potássio.
Além do fósforo e do potássio, devem ser aplicados no plantio mais 40 kg/ha de
nitrogênio, 12 kg/ha de bórax (17,5% B) e 12 kg/ha de sulfato de zinco monohidratado
(35% Zn). A adubação em cobertura deve ser feita com 40 kg/ha de nitrogênio (N). Nos
plantios em épocas chuvosas, recomenda-se a aplicação de 60 kg/ha de N e 60 kg/ha de
K2O, aos 30 e 60 dias após a emergência. Normalmente, quando se incorpora o esterco
de galinha na dosagem recomendada, a adubação de cobertura com nitrogênio pode ser
dispensada, de acordo com o desenvolvimento das plantas (Geraldo Milanez de
Resende;.. 2007)

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2.3.3. Humidade Relativa
Alta humidade relativa do ar associada a temperatura elevadas favorece o
desenvolvimento de doenças nas folhas durante a fase vegetativa da cultura.

2.4. Luminosidade
A cenoura cresce melhor em condições de alta luminosidade com sol directo, mas tolera
crescer na sombra desde que a luminosidade seja boa

2.4.1. Principais Doenças e Controle


Estão registradas no Brasil mais de quinze doenças de cenoura, causadas por fungos,
vírus, bactérias e nematóides. Destas, um número relativamente pequeno é responsável
pela maior parte dos danos ocorridos na cultura. O controle destas enfermidades tem
sido feito através do uso de cultivares resistentes e/ou agro-tóxicos, bem como pelo
emprego de corretas práticas culturais.

2.4.2. Podridão de pré e pós-emergência


Dentre os vários patógenos envolvidos na ocorrência de podridões em cenoura tem-se:
Alternariadauci, Alternaria radicina, Pythium spp., Rhizoctonia solani e Xanthomonas
campestris pv. carotae. A podridão de pré-emergência resulta em falhas no estande. Na
podridão de pós-emergência, também chamada de tombamento, as plântulas apresentam
um encharcamento na região do hipocótilo rente ao solo, provocando reboleiras de
plantas tombadas ou mortas. O controle só é eficiente quando se utilizam sementes de
boa qualidade, rotação de cultura, adequada profundidade de plantio e manejo adequado
de água.

2.4.3. Queima-das-folhas
É a doença mais comum da cenoura. É causada por Alternaria dauci (mais comum),
Cercosporacarotae e Xanthomonas campestris pv. carotae. Caracteriza-se
principalmente por uma necrose das folhas que, dependendo do nível de ataque pode
causar a completa desfolha da planta e, conseqüentemente, resultar em raízes de
tamanho pequeno. Os três patógenos que causam a queimadas-folhas podem ser

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encontrados na mesma planta, e até em uma única lesão (EMATER-MG. Produção e
área de hortaliças em Minas Gerais. Belo Horizonte, 2007).

2.5. Podridão das raízes


Em geral é causada pelos fungos Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum ou pela
bactéria Erwiniacarotovora. As plantas atacadas apresentam crescimento reduzido com
as folhas superiores amareladas, as quais tornam-se murchas no horário mais quente do
dia. Os dois primeiros patógenos produzem podridão-mole, acompanhada da formação
de esclerócios e exagerado crescimento
micelial branco. Os escleródios de Sclerotinia sclerotiorum são de cor preta, irregulares,
com até 1 cm de comprimento, e os de Sclerotium rolfsii são menores, redondos,
assemelhando-se a sementes de mostarda.

2.5.1. Controle de Pragas


As principais pragas da cultura da cenoura são lagartas e pulgões, que são controlados
através de práticas culturais, e pela ação de inimigos naturais como parasitóides e
predadores. São muito poucos, os inseticidas registrados para o controle de pragas da
cenoura, o que torna o controle químico uma prática pouco recomendável para a cultura.

2.5.2. Lagartas
Lagarta-rosca (Agrotis spp.); Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda); Lagarta-falsa-
medideira (Rachiplusia nu). As larvas de algumas espécies de mariposas são conhecidas
vulgarmente por “lagarta-rosca”, pelo hábito típico que têm de se enroscarem quando
tocadas. As espécies mais comuns pertencem ao gênero Agrotis, sendo que A. ipisilon é
a mais frequente. Algumas espécies do gênero
Spodoptera, notadamente a S. frugiperda apresentam comportamento semelhante,
principalmente durante a época mais seca do ano. As mariposas do gênero Agrotis
colocam os ovos no solo, moitas de capim, restos de cultura, gramíneas emergentes ou
nas folhas ou pecíolos das plantas de cenoura. As larvas, após a eclosão, alimentam-se
raspando as folhas, e à medida que aumentam de tamanho, passam a cortar as plantas
próximo à superfície do solo.

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2.5.3. Pulgões
Dysaphis spp; Cavariella aegopodii
Os pulgões raramente chegam a causar dano econômico à cultura da cenoura, porque
não ocorrem em grandes populações e são altamente parasitados por micro-
himenópteros. Pulverizações com produtos à base de Fenitrothion e Pirimicarb
controlam eficientemente estes afídios.

2.6. Larvas de Crisomelídeos


Diabrotica speciosa; Diabrotica bivittula; Cerotoma arcuata
Ocasionalmente, quando a cenoura é plantada após a cultura do milho ou pastagens, as
raízes da planta podem ser danificadas por larvas de crisomelídeos, cujos adultos são
conhecidos por vaquinhas ou brasileirinho, os quais pertencem aos gêneros Diabrotica e
Cerotoma. Estas infestações são esporádicas e provavelmente causadas por algum tipo
de desequilíbrio ambiental temporário.
A aplicação de Chlorpyrifos, em solo úmido ao ser constatada a presença das larvas ou
de raízes danificadas é eficiente, devendo ser observado um período mínimo de carência
de 15 dias (Oliveira, A.P.; et all. 2001).

2.6.1. Colheita
Dependendo da cultiva, das condições de clima e dos tratos culturais, a colheita da
cenoura pode ser feita no período de 80 a 120 dias decorrido da semeadura. O ponto de
colheita e a maneira de colher e de manusear as raízes influem na aparência final do
produto. O amarelecimento, secamento das folhas mais velhas e o arqueamento para
baixo das folhas mais novas são indicativos do ponto de colheita. O arrancamento das
raízes pode ser feito de modo manual ou semi-mecanizado, acoplando-se uma lâmina
cortante no sistema hidráulico do tractor.

Esta lâmina, passando por baixo das raízes, afofa a terra do canteiro e desprende as
plantas. Assim, após a passagem da lâmina, as raízes podem ser facilmente colhidas
com a mão. Após o arrancamento, a parte aérea das plantas de cenoura é destacada

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(quebrada) da raiz. Em seguida, as raízes devem ser lavadas, seleccionadas,
classificadas e acondicionadas.

3. Matérias e métodos

3.1. Localização da Produção


Agro‒Victor Localiza‒se no distrito de Rapale que é um distrito da província de
Nampula, em Moçambique, com sede na povoação de Rapale. Tem limite, a norte com
os distritos de Muecate,e Mecuburi, a oeste com o distrito de Ribaue, a sudoeste com o
distrito de Murrupula, a sul com o distrito de Mogovolas e a leste com o distrito de
Meconta

No principio a empresa pretende produzir a Cenoura numa área de 7ha, usando todas as
técnicas exigências para o cultivo da cenoura de modo a garantir uma boa produção e
produtividade da cenoura reduzindo assim a população do distrito de Rapale na procura
desse produto.

3.1.1. Preparação do solo


Para a implantação deste plano, será necessário realizar‐se as actividades de preparação
de solo a baixo mencionadas:

3.1.2. Derrube
Para a execução desta actividade será necessário o auxílio de uma enxada de cabo curto,
motosserra, catana e machado com estas ferramentas ira se realizar o corte dos troncos
dos arbustos e árvores derrubando‐os.

3.1.3. Destronca
Para a realização desta actividade será necessário o auxílio de uma enxada de cabo curto
que ira servir para escavar as raízes do arbusto/árvore para retirar com o tronco.

3.2. Lavoura
A lavoura será feita mecanizada usando‐se charruas de disco 30 dias antes da
sementeira.

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3.2.1. Gradagem
Serão feitas 2 gradagens cruzadas 5 dias antes da sementeira, com ajuda de uma grade
de disco.

3.2.2. Nivelamento
Para a execução desta actividade será necessário o uso de enxada visto que será feita
manualmente.

3.2.3. Sulcagem
A sulcagem será feita 3 dias depois da gradagem e nivelamento, que consiste na
abertura de sulcos para a sementeira da cultura.

3.3. Preparação de canteiros


Os canteiros estarão apresentar um leito útil com cerca de 100cm de largura e 15 a 20
cm de altura, em solos de textura media. Entre canteiros serão feitas o distanciamento de
25 cm para a movimentação

3.3.1. Sementeira
A sementeira será feita manualmente, que será efectuada directamente no local
definitivo, terreno este que estará bem preparado, a profundidade de 0,5cm

3.3.2. Desbaste
O desbaste será feito manualmente eliminando s plantulas que apresentarem menor
vigor de crescimento, este processo será feito 5 semanas depois da sementeira,
seleccionando as plantulas para que o final do processo produtivo e a densidade de
planta desejada.

3.3.3. Adubação
A adubação será feita 2 vezes durante todo ciclo, a primeira será de adubação de fundo
cuja quantidade será de 300kg de NPK, no processo de preparação do solo
especificamente a ultima gradagem. E a outra adubação será de cobertura que será feita
aos 15 e 45dias depois do transplante cuja a quantidade será de 70kh de Ureia

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3.4. Rega
A rega será feita por gravidade durante todo ciclo, de acordo com as necessidades
hídricas da cultura, especialmente na fase de floração.

3.4.1. Controlo de pragas e doenças


Visto que a cultura de cenoura e sensível a podridões será feito num controle de pragas
e doenças calendarizado, pulverizando a cultura de 8 em 8 dias usando o Maconzeb,
também vai controlar algumas pragas quando atingir o linear económico usando alguns
insecticidas.

3.4.2. Colheita
A colheita será feita manualmente, 4 meses depois da sementeira quando o tubérculo
apresentar uma firmeza característica usual para determinar o ponto de colheita.

3.4.3. Comercialização
A comercialização deste produto será feita em 3 mercados principais com os preços
diferentes

 Mercado central de Rapale 60mt/kg;


 Mercado grossita do Waresta (Nampula Cidade) 75mt/kg;
 Mercado central Nampula Cidade 100mt/kg.

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4. Tabela 2. de Custos fixos para a implantação do plano

Designação Quantidade Valor unitário Valor total


Sazonais 5 1000mt 5.000,00mt
Carro 1 Aluguer 2500mt 2.500,00mt
Técnico formado 1 8.000,00mt 8.000,00mt
Moto bomba 2 7.500mt 15.000,00mt
Pulverizador dorsal 4 1000mt 4.000,00mt
Catana 6 120mt 720,00mt
Enxada 10 120mt 1.200,00mt
Fio de alinhamento 150m 30mt 3.000,00mt
Fita métrica 1/50m 250mt 250,00mt
Tubos 50m 150mt 7.500,00mt
Baldes 10 100mt 1000mt
Regadores 15 700mt 10.500,00mt
Fato macaco 5 800mt 4.000,00mt
Luvas 5 50mt 250,00mt
Galochas 5 250mt 1.250,00mt
Mascaras 10 50mt 500,00mt
Carinha de mão 2 1000mt 2.000,00mt
Total ‒ ‒ 66.620,00mt
Fonte: autor

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4.1. Tabela 2. de custos variáveis

Designação Quantidade Valor unitário Valor total


Tractor aluguer 1 3000mt/há 21.000,00mt
Sementes 400g 120mt/20g 2.400,00mt
Pesticida 5litros 350mt 1.750,00mt
Adubo inorgânico 5sacos NPK 6000mt 30.000,00mt
Cesto 6 100mt 600,00mt
Saco 10 100mt 1.000,00mt
Paus 30 25mt 750,00mt
Bambos 8molhos 50mt 400,00mt
Capim 40molhos 20mt 800,00mt
Estacas Variável ‒ ‒
Total ‒ ‒ 58.700,00mt
Sub total 125.320,00mt
Fonte: autor

4.2. Justificação de aplicação


Para a implantação deste plano precisa‐se dos custos fixos acima designados na tabela 1.
Com a quantia avaliada em 66.620,00mt para sua aquisição e na tabela 2, estão
designados os custos variáveis avaliados em 58.700,00mt, com os sub totais das 2
tabelas é de 125.320,00mt. Para a implantação deste plano precisa‐se de um total
orçado em 500.440.00mt, valor esse que será feito o empréstimo no Banco Comercial
de Investimento (BCI).

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Rendimento esperado

Para o presente plano de produção o rendimento esperado em media será de 15


toneladas/ha de cenoura nas condições descritas.

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5. Analise FOFA

Fortalezas

 Existência de mão-de-obra, pessoal qualificado para alcançar os objectivos;


 Conhecimento técnico;
 Existência dos clientes potencial
 Existência de feiras comercial no local e nas vizinhanças do distrito de Rapale
 Há muito aderências do produto.

Oportunidades

 Existência de muitos clientes para fornecer o produto;


 Maior procura da cenoura no mercado;
 Vias de acesso disponível em boas condições para escoamento de produto em
vários locais do distrito assim como na província de Nampula;
 Não há concorrente de peso no mercado local.

Fraquezas

 Falta de transporte pessoal para escoamento do produto;


 Existência de vendedores do mesmo produto no mercado;
 Roubos do produto.

Ameaças

 Ataques de pragas e doenças;


 Existência de um outro produtor;
 Perdas de produtos durante a colheita.

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6. Cronograma de actividades

Plano de actividades

Meses Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro

Semanas 1a 2a 3a 4a 1a 2a 3a 4a 1a 2 3a 4a 1a 2a 3a 4a 1a 2a 3a 4a 1a 2a 3a 4
a a

Preparação do solo

Sementeira

Rega

Adubação

Controlo de
infestantes

Controlo
fitossanitário
Colheita
Transporte
Comercialização

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7. Referências bibliográficas
EMATER-MG. Produção e área de hortaliças em Minas Gerais. Belo Horizonte, 2007)

EMBRAPA/USDA. Melhoria da qualidade e segurança de frutas e verduras frescas:


curso para multiplicadores. Petrolina, PE, Julho de 2001. 190 p..
VIEIRA, J.V.; PESSOA, H.B.S.V.; MAKISHIMA, N. Cultivo da cenoura (Daucus
carota L.). Instruções técnicas da Embrapa Hortaliças. Embrapa: Brasília, DF, 20 p.,
1997.
GERALDO MILANEZ DE RESENDE; et all. Desempenho Agronômico de Cultivares
de Cenoura no Verão em Sistema Orgânico no Vale do São Francisco.
HARKALY, A.., Encontro nacional sobre produção orgânica de hortaliças1998

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