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1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................3
2 O SEGURO EM MOCAMBIQUE ANTES E DEPOIS DA INDEPENDENCIA..........................................5
3 PRIMAZIA DA IDEIA DE SEGURO..........................................................................................................6
4 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE SEGURO........................................................................................7
4.1 O que é seguro?........................................................................................................................................................8
4.2 Prémio de Seguros....................................................................................................................................................9
4.3 Elementos do contrato do seguro...........................................................................................................................10
4.4 A Indemnização.......................................................................................................................................................11
4.5 Classificação dos Seguros quanto ao Ramo.............................................................................................................12
4.6 Principais Tipos de Seguros.....................................................................................................................................14
4.7 Condições Jurídicas e Técnicas para Realização do Seguro.....................................................................................16
4.8 Divisão de Riscos (Co-Seguro e Resseguro )............................................................................................................17
5 A Contabilidade de Seguros...................................................................................................................19
5.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE DE SEGUROS..........................................................................................................19
5.2 CONTABILIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES....................................................................................................19
5.2.1 Contabilização da emissão e cobrança de um recibo de prémios.......................................................................20
5.2.2 Contabilização das Comissões de Seguro Directo...............................................................................................22
5.2.3 Contabilização de Sinistro de Seguro Directo.....................................................................................................27
6 Contabilização de Co-Seguro.................................................................................................................29
6.1 Contabilização do Resseguro..................................................................................................................................37
6.2 NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE RELEVANTES PARA ACTIVIDADE SEGURADORA..........................43
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Docente: Glória Nobre
1 INTRODUÇÃO
A primeira forma de seguros, e a qual ainda existe hoje em dia, é a mutualidade, através da qual os diversos
tomadores de seguros pagam regularmente um prémio de seguro previamente acordado para que, no caso da
ocorrência de um sinistro lhe seja paga uma indemnização pelas suas perdas. Este acordo é actualmente
denominado de apólice de seguro e é efectuado entre a seguradora, a qual tem o direito de receber um prémio com
uma determinada periodicidade, premio esse que se consagra um dever para o tomador de seguro. Este último
obtém o direito a uma indemnização no caso de ocorrência de algum sinistro previamente acordado no referido
contrato, constituindo esta indemnização, um dever para a seguradora em questão.
Relativamente aos diversos tipos de contratos de seguros que podem ser formulados entre as duas entidades acima
referidas, actualmente, eles podem recair sobre os mais diversos bens ou pessoas, sendo ainda de referir que é
possível criar contratos de co-seguro e resseguro, assegurando assim grandes riscos ou até mesmo a própria
seguradora, junto de outras seguradoras.
Na chamada “Pré-história do seguro” existiram culturas com fraco desenvolvimento comercial, onde a família era
organizada em clãs ou tribos, nalguns casos as formas de solidariedade e cooperação eram notórias, as
consequências e danos resultantes de infortúnios e ou acidentes, era garantida a subsistência dos lesados,
nomeadamente os incapacitados, viúvas, órfãos, etc.
5000 a 2300 A.C. - No auge da antiga China, a civilização chinesa estendia-se a partir do vale amarelo, os
transportes fluviais eram feitos em frágeis barcas. Cautelosamente cada barca transportava apenas uma
parte da mercadoria de cada comerciante. Em caso de afundamento ou apresamento apenas se perderia uma
parte dos bens de cada um. Esta antiquíssima forma de prevenção consistia na fragmentação ou distribuição
espacial do risco como forma de minimizar os prejuízos caso sucedesse um sinistro. É um processo técnico
sempre e actualmente utilizado.
1600 A.C. - Os Fenícios efectuavam um intenso comércio marítimo e estabeleciam formas de Convenção
que concedia novas naves aos Armadores que tivessem perdido as suas. A partir de Sidon e Tiro
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Docente: Glória Nobre
estabeleceram em todo o Mediterrâneo, fundaram Cartago, Cádis e possivelmente Lisboa. Chegaram à
Cornualha e à Guiné (?). Para se defenderem dos perigos do mar, criaram um fundo de reserva subtraído do
lucro para fazer face aos prejuízos de viagens futuras. Toda a mercadoria que chegava a salvo era onerada
com o valor da que se perdia o que é de forma muito rudimentar uma contribuição para avaria grossa.
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Docente: Glória Nobre
2 O SEGURO EM MOCAMBIQUE ANTES E DEPOIS DA INDEPENDENCIA
Embora o seguro na sua forma moderna tenha começado no século XIV na Europa e
tenha registado um grande desenvolvimento no século XVIII como fruto do comercio
marítimo e da navegação ligados aos impérios coloniais, em Moçambique, só começou a
ser praticado no século XX com a criação das primeiras sociedades de seguro, que foram:
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Docente: Glória Nobre
3 PRIMAZIA DA IDEIA DE SEGURO
As leis Rhodias, 200 anos antes da fundação de Roma, mais conhecidas Lex Rhodias de Jactu e
regulamentos indicavam para protecção económica das perdas provenientes da actividade
marítima, 350 anos a.C. eram concedidos empréstimos para peritos do mar, em que tanto o
capital como os juros eram resgatados se o navio chegasse ao destino.
As leis do Mano, livro sagrado da Índia, estabelecia a formação de comunidades para a protecção
em assaltos verificados em longas viagens terrestres, protecção essa que se estendia aos perigos
do mar. O Câmbio Marítimo, em que o juro pago pelo devedor era igual ao juro do capital mais o
prémio do risco, donde, a diferença entre a taxa de juro do empréstimo comum com a taxa de
juro do empréstimo marítimo era igual ao prémio do seguro. Conclui-se assim, que o Câmbio
Marítimo antecedeu o contrato de seguro.
Afirma-se também terem-se encontrado leis fenícias, indianas romenas que tinham o
seguinte princípio: a perda de um torna-se mais leve quando dividido com os outros. A
Penhora da Grande Aventura, foi entre gregos e romanos e é considerado um verdadeiro
antepassado do seguro marítimo. Os penhoristas em caso de perda da carga ou do navio em
consequência do acidente marítimo, não podiam cobrar qualquer importância, mas em
contrapartida, se o navio chegasse salvo ao destino o penhorista recebia o dinheiro avançado e
ainda tinha uma participação no valor das mercadorias, como compensação do risco corrido.
Uma das mais antigas formas de reparação de danos, fora da actividade marítima e evidenciada
pelas associações de socorro mútuo que se generalizaram sob a forma de instituições de caridade
e de previdência. As instituições de mutualidade mais importantes, que na complexidade dos
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Docente: Glória Nobre
seus fins, se aproximavam a função económica do seguro de vida e que praticavam operações de
risco que corriam os seus associados eram:
Sodalitates Collegia, eram comunidades que se dedicavam a caridade e ao culto
religioso, proporcionavam, entre outras coisas, meios pecuniários aos pobres, auxílio aos
doentes e particularmente concediam um apoio funerário aos pobres dando lhes uma
sepultura honrosa. Financeiramente, valiam-se dos festejos em homenagem aos seus
ídolos mitológicos.
Ghildas, assemelhavam – se as Sodalitates romanas e dividiam-se em Ghildas Religiosas
ou de Paz e Ghildas Comerciais. Expandiram-se na Alemanha, França, Inglaterra e nos
países baixos e durante a idade média eram promovidas pelos frades viajantes no
exercício do seu sacerdócio. Obtinham a maior parte dos seus fundos através de
quotizações dos seus membros. Foram mais tarde aproveitadas pelas autoridades
governamentais e eclesiásticas dando lhes um carácter obrigatório, como fez o Papa
Alexandre III, o que acelerou o seu desenvolvimento.
Sinedrias, eram associações semelhantes as ghildas, desenvolveram-se durante a
convicção das mútuas marítimas entre os navegantes do golfo pérsico onde contribuíam
para cobrirem os riscos de acidentes marítimos e pirataria.
Eránites, eram instituições que visavam proporcionar prazer aos seus sócios,
organizavam piqueniques, refeições em comum e as suas quotizações eram designadas
oranos. A ideia rudimentar de previdência organizada marca uma das primeiras formas
de cooperação, a qual foi se avivando e melhorando até os nossos dias
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Docente: Glória Nobre
Actualmente o aspecto financeiro da função seguradora, anteriormente menosprezado, começou
a ser devidamente valorizado, especialmente no ramo vida em consequência do fenómeno de
concorrência que reduziu as margens técnicas dos produtos.
O nosso estudo, cingir-se-á apenas aos conceitos básicos de seguro e o tratamento contabilístico
das operações de seguro. Reservamos o estudo dos aspectos financeiros da actividade seguradora
para as disciplinas de especialidade, tais como Cálculo Actuarial e Matemática Financeira.
O seguro é um contrato pelo qual o segurador se obriga para com o segurado, mediante um
prémio, a indemniza-lo pela perda sofrida, dano ou privação do lucro esperado. Podemos ainda
definir o seguro como um contrato estabelecido entre o segurador e o segurado, com firme
propósito de reparar por uma indemnização o prejuízo verificado ao dar-se um acontecimento
previsto e específico.
Seja qual for o risco sobre o qual se efectua o seguro, este tem essencialmente o fim de
indemnizar o segurado ou o beneficiário, dos prejuízos que efectivamente tenha sofrido e
previamente seguros, não podendo em caso algum constituir um meio de alcançar o lucro, o
contrário, seria a negação absoluta do princípio mutualista em que assenta o seguro.
Segundo Santos (1991) o seguro é uma operação pela qual é transferida para o Segurador a
gestão empresarial, organizada em moldes científicos e baseada em leis estatísticas, de
determinados riscos aleatórios, comuns a uma mutualidade de seguros, através de contratos
bilaterais pelos quais o contratante segurador se compromete, perante o contratante segurado, a
liquidar ao (s) beneficiário (s) do contrato, prestações em dinheiro, espécie ou serviços, no caso e
na medida dos danos originados pela concretização desses riscos, ou liquidar em capital ou renda
de acordo com o que prévia e convencionalmente tiver sido estipulado em modalidades de
natureza não indemnizatória, obrigando-se cada contratante segurado ao pagamento de certa
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Docente: Glória Nobre
importância em dinheiro, correspondente à sua quota-parte na gestão dos riscos em causa e/ou
das responsabilidades assumidas.
O conceito de seguros pode ser abordado sob diversas perspectivas, consoante se atenda aos
aspectos económicos-sociais, técnicos ou jurídicos que apresenta.
Do ponto de vista económico e social, o seguro assenta num elemento fundamental que é a
mutualidade. O segurado procura, no seguro, uma solução contra as consequências do acaso,
competindo ao segurador eliminá-las. Para tal, o segurador agrupa o maior número de pessoas
(segurados) numa determinada comunidade. É construída uma caixa comum através de uma
contribuição (quota, prémio) feita pelos segurados, da qual sairão os pagamentos das prestações
prometidas às pessoas afectadas pelo acaso (Santos, 1991).
O seguro permite que o sinistro seja suportado não só pelo contratante mas também pelos que o
rodeiam. O seguro é uma garantia para interesses individuais bem como colectivos, pois a perda
de um património empobrece um conjunto de pessoas. O seguro garante não só riquezas expostas
ao risco mas também cria riquezas através do investimento que efectua nos sectores público e
privado, criando mais serviços e emprego para a colectividade.
O prémio é a importância que o segurado paga ao segurador em virtude de que este se obriga a
pagar a indemnização conforme as condições fixadas no contrato que determinam esse
pagamento. Pode se dizer que o prémio é o valor actual ou provável do risco pelo qual a
seguradora toma a responsabilidade num período determinado. O prémio classifica-se:
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Docente: Glória Nobre
• Prémio Puro – é o prémio calculado com base nas taxas encontradas, é o preço do
risco. Se a seguradora recebesse o prémio puro, não perdia nem ganhava, recebia
apenas o essencial para o pagamento da indemnização;
• Prémio Comercial – é o prémio efectivo que a seguradora cobra ao segurado, é o
prémio puro adicionado das comissões, das despesas de aquisição, etc.
O contrato de seguro é composto por três elementos principais, esses são indicativos das fases
que são percorridas até se chegar ao acordo final e podem ser descriminados da seguinte
maneira:
• Proposta de seguros
• Minuta de seguro
• Apólice
Proposta de seguros, é um documento pelo qual o segurado faz saber ao segurador o objecto de
seguro que pretende contratar, riscos e demais pormenores, provando com a proposta a sua
adesão ás condições em que o segurador aceita o risco. Na prática, este documento é
representado pelos formulários que devem ser preenchidos pelas pessoas que pretendem
contratar um seguro.
Minuta de seguro, representa a fase transitória da apólice, isto é, logo que a proposta de seguro
seja aceite pela seguradora, esta a passa a designar-se minuta do contrato de seguro. A minuta
equivale para todos os efeitos, a apólice. Com a dinâmica actual e com desenvolvimento
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Docente: Glória Nobre
tecnológico as seguradoras praticamente entregam a apólice logo que a proposta é aprovada e o
prémio pago.
Existem as chamadas apólices flutuantes, que são emitidas para cobrirem valores existentes,
seja qual for, o seu montante, o qual para efeitos de prémio, é comunicado periodicamente pelo
segurado ao segurador por notas designadas aplicações. Este tipo de apólices são convenientes
quando os valores seguros sofrerem constantes variações por entradas e saídas de mercadorias.
4.4 A Indemnização
A indemnização do sinistro regula-se pelo valor do objecto, na data do sinistro, salvo no que
respeita a seguros de colheitas em que o valor da indemnização se determina pelo valor que os
frutos de uma produção teriam a tempo em que devia se colher, se não tivesse sucedido o
sinistro.
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Docente: Glória Nobre
A avaliação é feita por um perito da seguradora que, verificando os objectos sinistrados e
respectivos salvados, em concordância com as condições constantes da apólice, ajusta com o
segurado o valor aproximado dos prejuízos a indemnizar.
Alves (2002:14) afirma que a actividade seguradora está tecnicamente dividida pela natureza dos
bens a segurar. Esta divisão é conhecida como ramo de seguro. Existe o Ramo Vida, que
compreende os seguros que cobrem o risco de morte ou sobrevivência das pessoas e existem o
ramo Não Vida, que englobam todos os outros seguros.
Em Moçambique, estão definidos como obrigatórios alguns seguros, como é o caso do seguro
de responsabilidade civil automóvel e o seguro de acidentes de trabalho. Esta
obrigatoriedade, que tem sido implementada ao longo dos anos em diversos ramos, está no
âmbito da componente social, como defesa dos cidadãos em geral, que o Estado pretende
salvaguardar através da transferência de responsabilidade.
Os seguros obrigatórios são uniformes em todas as companhias de seguros, uma vez que todas
seguram os mesmos riscos nas mesmas condições, variando essencialmente no preço e nos
serviços prestados. Como forma de completar os seguros obrigatórios, surgem os seguros
facultativos que aumentam o leque da oferta das companhias de seguros, aonde se pode transferir
parte dos riscos a que se está exposto. Os seguros facultativos possuem uma estrutura livre, isto
é, cada companhia define os riscos que pretende suportar e quais as condições de adesão
Alves (2002:15), no ramo não vida, encontramos: os seguros de acidentes pessoais, pessoas
transportadas, trabalho, veículos terrestres, ferroviários, aeronaves, embarcações marítimas,
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Docente: Glória Nobre
fluviais e lacustres , responsabilidade civil geral, responsabilidade civil de veículos terrestres a
motor, responsabilidade civil de aeronaves, protecção jurídica, perdas pecuniárias diversas,
crédito, outros danos em coisas, incêndio e elementos da natureza, mercadorias transportadas,
caução, assistência a pessoas em deslocação e a pessoas noutras circunstâncias.
Como cada ramo tem as suas especificidades, tanto a nível do negócio como a nível da
legislação, as companhias de seguros possuem uma divisão estrutural por ramos de seguros
(Silva, 1994).
Além disso, de acordo com os ramos que exploram, as seguradoras são classificadas como:
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Docente: Glória Nobre
Incêndios e outros Incêndios e elementos da natureza;
danos Outros danos e coisas;
Agrícolas Incêndios;
Agrícolas colheita,
Pecuária; Roubo; Cristais;
Deterioração de bens refrigerados;
Avarias de máquinas;
Riscos múltiplos habitação;
Riscos múltiplos comerciais;
Riscos múltiplos industriais;
Outros.
Automóvel Veículos terrestres;
Mercadorias transportadas;
Responsabilidade civil de veículos terrestres a motor;
Pessoas transportadas.
Veículos ferroviários;
Marítimo e Embarcações marítimas; lacustres fluviais;
transportes Mercadorias transportadas;
Responsabilidade civil de embarcações;
Pessoas transportadas
Aeronaves;
Responsabilidade civil aeronaves;
Aéreo Mercadorias transportadas;
Pessoas transportadas
Responsabilidade Geral;
civil De produtos;
De Profissional;
De Caçadores;
outros;
Mercadorias Mercadorias transportadas
transportadas
Pelos relatórios estatísticos publicados pela IGS verifica-se que alguns ramos têm um forte peso
na carteira de seguros das companhias, isto quanto ao número de apólices, ao valor dos prémios
recebidos e ao valor das indemnizações pagas. Destes relatórios destacam-se os seguintes ramos:
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Seguro de vida;
Seguro automóvel;
Seguro habitação;
Seguro de acidentes de trabalho;
Seguro de doença;
Seguro de roubo;
Seguro de responsabilidade civil geral;
Seguro de transportes;
Seguro de incêndio e elementos da natureza;
Seguro de Vida – o seguro de vida é um seguro efectuado sobre a vida de uma ou várias pessoas
seguras, que permite garantir, como cobertura principal, o risco de morte ou de sobrevivência, ou
ambas. Esta cobertura pode ainda ser integrada ou complementada por uma operação financeira
(Bandeira, 1995).
Seguro de Roubo – De acordo com a IGS o seguro de roubo garante a indemnização por perda,
destruição ou deterioração dos bens seguros por furto ou roubo ou por tentativa de furto ou
roubo, no local de risco indicado no contrato.
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Seguro de Incêndio e Elementos da Natureza – Este seguro garante a cobertura de danos
directamente causados ao edifício, fracção ou conteúdo, pela ocorrência do incêndio ou
elementos da natureza tais como a tempestade, inundações, fenómenos sísmicos ou aluimentos
de terra.
Para que o seguro seja realizável, devem ser satisfeitas quatro condições de ordem jurídica:
Vontade de contratar; o consentimento das partes é necessário para a subscrição do
contrato. O que na prática acontece é que os segurados aderem as condições apresentadas
pelas seguradoras;
Capacidade jurídica para celebração do contrato;
Risco deve ser real e realizável, quer dizer, não é possível segurar objectos que não
existem,
Risco lícito, só é possível segurar coisas legais, por exemplo não é possível segurar
mercadorias de contrabando.
Por outro lado é necessário reunir algumas condições técnicas que permitem realizar o seguro.
Para que um risco seja segurável, é necessário obedecer duas condições fundamentais:
a) Ser objecto de um estudo estatístico, o qual permite medir a sua frequência relativa da
realização do sinistro;
b) Seja possível o agrupamento num número suficientemente grande de tais riscos, de
maneira a permitir a compensação entre eles no que se refere ao aparecimento dos
sinistros.
É importante referir que as condições técnicas não têm fronteiras, quer dizer, a medição da
frequência relativa não termina nos sinistros que ocorrem dentro das fronteiras nacionais, dai que
o agrupamento dos riscos pode incluir os sinistros que ocorrem no estrangeiro. Para este efeito
pode contar com o Co-seguro ou o Resseguro, como veremos mais adiante.
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Docente: Glória Nobre
4.8 Divisão de Riscos (Co-Seguro e Resseguro )
Segundo (Silva, 1994) as seguradoras utilizam diversos processos na gestão da sua carteira de
riscos. Um dos mais importantes e também mais antigo é a fragmentação desses riscos, isto é, a
divisão do risco por outras entidades. Actualmente existem dois mecanismos aplicados nesta
divisão de responsabilidades: O co-seguro e o Resseguro.
O mesmo autor afirma que o co-seguro caracteriza-se pela participação de várias seguradoras na
garantia de um mesmo risco (uma apólice), através de um acordo prévio, assumindo cada uma
delas uma quota-parte do risco coberto ou do capital garantido: recebem uma parte do prémio
pago pelo segurado e indemnizam na mesma proporção.
O Co-seguro é criado para uma apólice em particular, em que a companhia que recebe a
proposta verifica que não pode suportar financeiramente o capital em risco e procura outras
companhias para distribuir proporcionalmente os ganhos e despesas.
(Mendes, 2005) afirma que o resseguro consiste no segurador se segurar a si próprio junto de
outros seguradores, podendo estes efectuarem novo resseguro noutra entidade e assim
sucessivamente. Pode-se dizer que o resseguro é o seguro das seguradoras. O resseguro pode ser
praticado por empresas especializadas que só exploram o resseguro ou por seguradoras
“normais”. Para além da divisão do risco, o resseguro é procurado para a troca de experiências e
para a conquista de novos mercados
O resseguro é um contrato feito com várias entidades, normalmente para um ano civil, em que a
companhia de seguros cede uma parte do capital de todas as apólices efectuadas nesse período de
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Docente: Glória Nobre
tempo e que seguram os riscos do tratado. Como contrapartida as seguradoras recebem um
prémio correspondente ao risco aceite.
Enquanto, no co-seguro, o cliente que contrata o seguro sabe que existem várias companhias a
partilharem o risco, embora o seu relacionamento seja apenas com a companhia líder, no
resseguro não há relação directa entre este e o ressegurador e não há conhecimento da partilha
do risco. O tomador sabe apenas que possui um contrato com a companhia de seguros e que esta
se compromete a indemnizá-lo no caso de sinistro. Não sabe que a seguradora, por sua vez,
também faz vários contratos com outras entidades, denominadas resseguradoras, para distribuir a
responsabilidade.
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Docente: Glória Nobre
5 A Contabilidade de Seguros
Todas as unidades económicas devem conhecer em datas predeterminadas, a sua situação económica e
financeira, obedecendo a determinados princípios e seguindo uma certa tramitação que têm a sua
materialização no que se designa por contabilidade (Santos 2004: 9).
A actividade seguradora não foge a regra e, nesse sentido, pode se afirmar que a contabilidade de
seguros é tão antiga quanto a própria actividade, ainda que durante muitos anos não tivesse uma
autonomia própria, diluindo-se na Contabilidade Geral.
A contabilidade de seguros é uma parte da contabilidade aplicada privada que se ocupa do registo,
processamento da informação e produção das demonstrações financeiras resultante das operações
realizadas pelas empresas seguradoras.
O funcionamento da contabilidade de seguros não foge a regra dos outros ramos da Contabilidade, uma
vez que ela é parte integrante da Ciência mãe – a Contabilidade Geral.
Segundo Santos (1991) a Contabilidade de Seguros é uma ciência que se ocupa no estudo do património
em seus vários aspectos estáticos e em suas variações com o objectivo de registar, explicar, interpretar e
analisar, os factos patrimoniais que se verificam, nas entidades que se dedicam a actividade seguradora.
É através da contabilidade de seguros que se pode determinar os factos relevantes para as instituições
seguradoras dado que esta actividade se diferencia das outras actividades em outras empresas
comerciais e industriais sendo por isso sujeita a um plano de contabilidade diferente.
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Docente: Glória Nobre
Assim, com auxílio de alguns casos práticos e esquemas de contabilização, iremos discutir a
contabilização de operações, tais como, a emissão do recibo de prémios; a divisão de riscos as
indemnizações e outras transacções conexas.
Exemplo:
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Docente: Glória Nobre
Em 25 de Maio de 2015 a seguradora Chidengwa SA com sede em Maputo emitiu o recibo de premio nº
125 relativo a apólice nº 45 do ramo automóvel, a cobrar pela Sede em que o premio total para um capital
seguro de 2.000.000 foi calculado com base nos seguintes elementos:
Pedidos:
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Docente: Glória Nobre
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40080 Directa
400800 Sede/Sucursal 10,900.00
70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS
7001 Prémio de seguro directo não - vida
70010 Prémios Processados 9,600.00
70013 Custo de Apólice 400.00
ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E
46 TAXAS
46003 Outros impostos e taxas
4600300 Imposto de selo
46003000 Selo de Apólice 900.00
P/emissão do recibo nº 125
10 CAIXA
1000 Sede 10,900.00
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40080 Directa 10,900.00
400800 Sede/Sucursal
P/cobrança do recibo nº 125
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Docente: Glória Nobre
Os canais tradicionais incluem, mediadores e venda directa e os modernos compreendem bancos
comerciais, telemarketing e Internet (e – business). Se o canal de distribuição usado pela seguradora
envolver terceiros, resultará num encargo, designado por comissão.
41-MEDIADORES DE SEGUROS
40 – TOMADORES DE SEGUROS
A DÉBITO- PELO VALOR DOS RECIBOS ENVIADOS A COBRANÇA
A CRÉDITO – PELAS COBRANÇAS REALIZADAS
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Docente: Glória Nobre
46 –ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS
A DÉBITO:
PELO PAGAMENTO AOS ORGANISMOS E PELAS ANULAÇÕES
A CRÉDITO – PELO PROCESSAMENTO OU EMISSÃO DO RECIBO
EXEMPLO:
Em 22 de Janeiro de 2014 a seguradora Unga Luzhi, SA., com sede na Matola emitiu o recibo nº 450
relativo a apólice nº 14 do ramo acidentes de trabalho, da angariação do mediador H. Tokoza (agente) em
que o premio total para um capital seguro de 100.000,00MT, foi calculado com base nos seguintes
elementos:
O recibo foi cobrado pelo mediador em 21 de Fevereiro do mesmo ano, data em que prestou contas a
seguradora do valor cobrado, liquido das comissões e acrescido do imposto retido na fonte calculado a
taxa de 20%.
Pedidos:
(a) Cálculo do valor do recibo nº 450, das comissões e impostos;
(b) Contabilização da emissão e cobrança do recibo, sabendo que o mediador na prestação de contas
enviou o cheque nº 123456 sobre banco N’bondo Khumi e que o mesmo tem direito as seguintes
comissões: mediação – 10% e cobrança – 4%.
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Docente: Glória Nobre
Premio simples (2‰ x 100.000,00MT) ......................................... 200,00
Encargos (20% x 200,00MT) ..........................................................40,00
Premio Comercial ........................................................................240,00
Custo de Apólice ..............................................................................20,00
Premio Bruto ............................................................................... 260,00
Selo de Apólice (5% x 260,00MT) ..................................................13,00
Premio Total .................................................................................273,00
Comissões:
Impostos:
Matola, 22 de Janeiro……
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40081 Indirecta - Tokoza 273.00
70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS
7001 Prémio de seguro directo não - vida
70010 Prémios Processados 240.00
70013 Custo de Apólice 20.00
46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS
46003 Outros impostos e taxas
4600300 Imposto de selo
46003000 Selo de Apólice 13.00
P/ emissão do recibo
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Docente: Glória Nobre
63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
6300 Custos de aquisição
63002 De seguro directo não vida
630026 Remunerações e Comissões 20.00
6302 Custos Administrativos
63022 De seguro directo não vida
630226 De Cobranca 8.00
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41040 Remuneracoes a pagar
H. Tokoza 28.00
P/ processamento das comissões de
mediação
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
H. Tokoza 273.00
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40081 Indirecta - Tokoza Mutaname 273.00
P/cobrança do recibo
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41040 Remuneracoes a pagar
H. Tokoza 28.00
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
H. Tokoza 28.00
P/crédito ao mediador pelo valor das
comissões
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
H. Tokoza 5.60
46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS
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Docente: Glória Nobre
4600 Activos e Passivos por impostos e taxas
correntes
46001 Retencao de imposto na fonte 5.60
P/Debito do valor retido de imposto
10 CAIXA
1000 SEDE/SUCURSAL 250.60
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
H. Tokoza 250.60
P/entrega dos valores pelo mediador
Em 15 de Novembro de 2009 a seguradora Alfa, SA, com sede na Matola celebrou um novo contrato de
seguro de Ramo Incêndio tendo para efeito emitido e cobrado o respectivo recibo de premio.
Posteriormente, em 20 de Dezembro seguinte o tomador de seguro daquele contrato participou a
seguradora um sinistro cujo custo total foi estimado em 20.000,00MT. O processo de sinistro viria a ser
encerrado em 18 de Janeiro do ano 2010 com o pagamento ao tomador de seguro da importância de
CONTAS A MOVIMENTAR:
DEBITA-SE:
27
Docente: Glória Nobre
PELOS CUSTOS DE GESTÃO DOS PROCESSOS DE SINISTRO
CREDITA-SE:
Matola, 20 de Dezembro de
60 CUSTOS COM SINISTROS
6001 Custos com sinistros de seguro directo nao
vida
60011 Variação da provisão para sinistros 20,000.00
PROVISÕES TÉCNICAS DE SEGURO DIRECTO NAO
31 VIDA
3101 Provisão para sinistro
31019 Outros seguros 20,000.00
P/provisão constituída
28
Docente: Glória Nobre
PROVISÕES TÉCNICAS DE SEGURO DIRECTO NÃO
31 VIDA
3101 Provisão para sinistro
18000.0
31019 Outros seguros 0
11 DEPÓSITOS A ORDEM
1100 Moeda Nacional
11001 Banco MALI 18000.00
P/cheque nº 2365 para pagamento do sinistro
6 Contabilização de Co-Seguro
Exemplo:
Entre as seguradoras PHIMISSA, SA e THINKER SA, todas com sede em Maputo foi
estabelecido na apólice nº 789653 do ramo Mercadorias Transportadas, angariação do mediador
Tokoza Mutaname (agente, pessoa singular), um contrato em regime de co-seguro com a
seguinte repartição, em percentagem, do capital seguro:
29
Docente: Glória Nobre
Relativamente à apólice acima referido, cujo recibo vai ser cobrado pelos mediadores do
contrato, verificaram-se em 2011, nas datas que se indicam, os seguintes factos:
04/01 – Processamento pela líder do recibo nº 789653, que o premio total para um capital seguro
de 1.000.000,00MT foi calculado com base nos seguintes elementos:
28/01 – Cobrança do recibo pelo mediador, que de imediato prestou contas à líder do valor
recebido, líquido das comissões respectivas e acrescido do IRPS calculado a taxa de 20%. Nesse
sentido, o mediador juntou ao boletim de prestação de contas, o cheque nº 453278 sobre o BCI.
16/02- Liquidação pela líder à co-seguradora dos saldos em dívida, líquidos das comissões de co-
gestão de 5% sobre o montante dos prémios processados, entregando o cheque nº 12456 sobre o
BIM para as co-seguradoras.
Pretende-se:
PHIMISSA THINKER
Prémio Simples: 20,000.00
, SA , SA
30
Docente: Glória Nobre
Comissão de Mediação
(10%): 2,000.00 1,200.00 800.00
Comissão de Cobrança
(4%): 800.00 480.00 320.00
Total das Comissões: 2,800.00 1,680.00 1,120.00
Valores em
Descrição
Meticais
Prémio Puro: 20,000.00
Encargos (20%) 4,000.00
Prémio Comercial: 24,000.00
Custo da Apólice: 1,000.00
Prémio Bruto 25,000.00
Selo da Apólice (12%): 3,000.00
Valor do Recibo: 28,000.00
Valores em
Prémio de Co-seguro: Meticais
Prémio Comercial: 24,000.00
Partilha de Risco (30%): 7,200.00
Saldo de responsabilidade 16,800.00
Comissão de Co-Gestão
(5%): 360.00
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40081 Indirecta - Tokoza Mutaname 28,000.00
70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS
7001 Prémio de seguro directo não - vida
70010 Prémios Processados 14,400.00
70013 Custo de Apólice 1,000.00
ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E
46 TAXAS
46003 Outros impostos e taxas
31
Docente: Glória Nobre
4600300 Imposto de selo
46003000 Selo de Apólice 3,000.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42040 Prémios a pagar
THINKER, SA 9,600.00
P/processamento do premio
63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
6300 Custos de aquisição
63002 De seguro directo não vida
630026 Remunerações e Comissões 1,200.00
6302 Custos Administrativos
63022 De seguro directo não vida
630229 Outros Custos Administrativos 480.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42044 Remunerações a Receber
THINKER, SA 1,120.00
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41040 Remunerações a pagar
Makadene Makabeça 2,800.00
P/ processamento das comissões de
mediação
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Tokoza Mutaname 28,000.00
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40081 Indirecta - Tokoza Mutaname 28,000.00
P/cobrança do recibo
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42044 Remunerações a Receber
THINKER, SA 480.00
79 OUTROS PROVEITOS
7900 Técnicos
79001 Relativos aos ramos não vida
790010 Comissão de gestão de co-seguro 480.00
32
Docente: Glória Nobre
P/Comissão de co-gestão
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41040 Remunerações a pagar
Tokoza Mutaname 2,800.00
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Tokoza Mutaname 2,800.00
P/crédito ao mediador pelo valor das
comissões
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Tokoza Mutaname 560.00
ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E
46 TAXAS
4600 Activos e Passivos por impostos e taxas
correntes
46001 Retenção de imposto na fonte 560.00
P/Debito do valor retido de imposto
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42040 Prémios a pagar
THINKER, SA 9,600.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente
THINKER, SA 9,600.00
P/ Credito ao mediador pelo valor dos
prémios
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente
THINKER, SA 480.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42044 Remunerações a Receber
33
Docente: Glória Nobre
THINKER, SA 480.00
P/Debito ao Co-segurador pelas comissões
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente
THINKER, SA 1,120.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42044 Remunerações a Receber
THINKER, SA 1,120.00
P/Debito ao Co-segurador pelas comissões
11 DEPÓSITOS A ORDEM
BCI 25,760.00
41 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Tokoza Mutaname 25,760.00
P/entrega dos valores pelo mediador
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente
THINKER, SA 8,000.00
11 DEPÓSITOS A ORDEM
BIM 8,000.00
P/Liquidação dos saldos com Co-
Seguradores
CO-SEGURADORAS
Comissão Gestão 480.00 9,600.00 Prémios
Comissão
Med./Cob. 1,120.00
8,000.0
Saldo 0
34
Docente: Glória Nobre
9,600.0 9,600.0
0 0
MEDIADORES DE SEGUROS
Valor de Recibo 28,000.00 2,800.00 Comissõe
s
Retenção 560.00 25,760.0 Saldo
0
28,560.0 28,560.0
0 0
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40081 Directa 9,600.00
70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS
7001 Prémio de seguro directo não - vida
70010 Prémios Processados 9,600.00
P/processamento do premio
63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
6300 Custos de aquisição
63002 De seguro directo não vida
630026 Remunerações e Comissões 800.00
6302 Custos Administrativos
63022 De seguro directo não vida
630226 De Cobrança 320.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42043 Remunerações a Pagar
PHIMISSA, SA 1,120.00
P/ processamento das comissões de
mediação
35
Docente: Glória Nobre
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente
PHIMISSA, SA 9,600.00
40 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40081 Directa 9,600.00
P/cobrança do recibo
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42043 Remunerações a Pagar
PHIMISSA, SA 1,120.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente
PHIMISSA, SA 1,120.00
P/Comissao de gestão de Co-Seguro
69 OUTROS CUSTOS
6900 Técnicos
69001 Relativos aos ramos não vida
690010 Comissão de gestão de co-seguro 480.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42043 Remunerações a Pagar
PHIMISSA, SA 480.00
P/crédito ao mediador pelo valor das
comissões
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de seguro
42043 Remunerações a Pagar
PHIMISSA, SA 480.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente 480.00
PHIMISSA, SA
P/Credito ao Co-segurador pelas comissões
36
Docente: Glória Nobre
11 DEPÓSITOS A ORDEM
BIM 8,000.00
42 CO-EMPRESAS DE SEGURO
4204 Outras Co-empresas de Seguro
42047 Conta Corrente
PHIMISSA, SA 8,000.00
P/Liquidação dos saldos com Co-
Seguradores
EXEMPLO:
Taxa de risco 1%
37
Docente: Glória Nobre
Encargos diversos 15%
Custo da apólice 500 MT
Selo da apólice 2,5%
Taxa de supervisão 5%
RESOLUÇÃO
38
Docente: Glória Nobre
6
3 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
6300 Custos de aquisição
63002 De seguro directo nao vida
630026 Remunerações e Comissões 10,800.00
6302 Custos Administrativos
63022 De seguro directo não vida
630226 De Cobrança 4,500.00
4
1 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41040 Remunerações a pagar
Corretores Nacionais 15,300.00
P/ processamento das comissões de mediação
4
1 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Corretores Nacionais 111,800.00
4
0 TOMADORES DE SEGURO
4008 Contas cobrança
40081 Indirecta 111,800.00
P/cobrança do recibo
4
1 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41040 Remunerações a pagar
Corretores Nacionais 15,300.00
4
1 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Corretores Nacionais 15,300.00
P/crédito ao mediador pelo valor das comissões
4 MEDIADORES DE SEGUROS
39
Docente: Glória Nobre
1
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Corretores Nacionais 3,060.00
4
6 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS
4600 Activos e Passivos por impostos e taxas correntes
46001 Retenção de imposto na fonte 3,060.00
P/Debito do valor retido de imposto
7
1 PRÉMIOS DE RESSEGURO CEDIDO
7101 De Seguro directo não vida
71010 Prémios 82,500.00
4
3 RESSEGURADORES
4304 Outras Resseguradoras
Resseguradora Estrangeira 82,500.00
P/Credito ao Ressegurador pelo premio
4
3 RESSEGURADORES
4304 Outras Resseguradoras
Resseguradora Estrangeira 16,500.00
7 COMISSÃO E PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS DE
2 RESSEGURO CEDIDO
7201 De seguro directo não vida 16,500.00
P/Debito ao Ressegurador pelas comissões
1
1 DEPÓSITOS A ORDEM
BCI 99,560.00
4
1 MEDIADORES DE SEGUROS
4104 Outros Mediadores de Seguro
41042 Contas Correntes
Corretores Nacionais 99,560.00
P/entrega dos valores pelo mediador
40
Docente: Glória Nobre
ESCRITA DA SEGURADORA ESTRANGEIRA, SA
44 RESSEGURADOS
4404 Outros Ressegurados
440401 Seguradora Moçambicana 82,500.00
70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS
7003 Prémio de resseguro aceite não -
vida
70030 Prémios 82,500.00
P/processamento de premio de
resseguro aceite
63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
6300 Custos de Aquisição
63004 De resseguro aceite não vida
630046 Remunerações e Comissões 16,500.00
44 RESSEGURADOS
4404 Outros Ressegurados
440401 Seguradora Moçambicana 16,500.00
P/processamento das comissões
41
Docente: Glória Nobre
b) De excedente de capitais no ramo Incêndio e Outros Danos/Incêndio e Elementos da
Natureza, com um pleno de conservação de 25 000,00 e um pleno de aceitação de 500
000,00, prevendo comissões de 30%.
Admita, que a seguradora Tokoza Seguros, SA (Ressegurada), celebrou dois novos contratos de
seguro, que comunicou, de imediato, à Madala Seguros, SA (Resseguradora), sendo
Efectuar:
42
Docente: Glória Nobre
2.950,00 785,00
7
1 PRÉMIOS DE RESSEGURO CEDIDO
7101 De Seguro Directo Não Vida
71010 Prémios 2.950,00
4
3 RESSEGURADORES
4304 Outros Resseguradores
Madala Seguros, SA 2.950,00
P/Cedência de prémios à Madala Seguros, SA
4
3 RESSEGURADORES
4304 Outros Resseguradores
Madala Seguros, SA 785,00
7 COMISSÕES E PARTICIP. NOS RES. DE RESSEG
2 CEDIDO
7201 De seguro directo não - vida
Madala Seguros, SA 785,00
P/ Comissões devidas pela Madala Seguros, SA
4
3 RESSEGURADOS
4304 Outros ressegurados
Tokoza, Sa 2.950,00
7
0 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS
7003 Prémios de resseguro aceite não-vida
70030 Prémios 2.950,00
P/Cedência de prémios à Madala Seguros, SA
6
3 CUSTOS E GASTOS DE EXPLORAÇÃO
43
Docente: Glória Nobre
6300 Custos de aquisição
63004 De resseguro aceite não vida
630046 Remunerações e Comissões 785,00
4 RESSEGURADORES
3
4304 Outros ressegurados
Tokoza, Sa 785,00
P/ Comissões devidas pela Madala Seguros, SA
A actividade seguradora está interligada com outras operações que requerem um tratamento
contabilístico diferente do tratamento específico às operações de seguro, dai a necessidade de a
seguir mostrar as normas relevantes para essas outras operações. Porém outras normas
internacionais de contabilidade poderão ser aplicadas a esta actividade, desde que estas sejam
adequadas as necessidades da entidade com vista a dar uma informação verdadeira e fiável das
demonstrações financeiras das entidades em estudo.
As demonstrações financeiras das empresas seguradoras são compostas por (a) um balanço; (b)
uma demonstração dos resultados (c) uma demonstração de alterações na situação líquida que
mostre todas as alterações da situação líquida (d) uma demonstração dos fluxos de caixa e (e)
notas, compreendendo um resumo das políticas contabilísticas significativas e outras notas
explicativas. As demonstrações financeiras devem ser apresentadas pelos menos anualmente
44
Docente: Glória Nobre
estas devem apresentar apropriadamente a posição financeira, o desempenho financeiro e os
fluxos de caixa da entidade seguradora.
A natureza e extensão dos riscos originados por contratos de seguro, divulgando: (a) seus
objectivos, políticas e processos existentes para gestão de riscos resultantes dos contratos de
seguro e os métodos e os critérios utilizados para a gestão desses riscos; (b) informação sobre
risco de seguro (antes e depois da mitigação do risco por resseguro), incluindo informações
sobre: (I) a sensibilidade do resultado e do património líquido a mudanças em variáveis que
tenham efeito significativo sobre eles; (II) concentração de riscos de seguro; (III) sinistros
ocorridos comparados com estimativas prévias; (c) informações sobre riscos de crédito, risco de
liquidez e risco de mercado que permitam aos usuários das demonstrações financeiras avaliar a
natureza e extensão dos riscos decorrentes dos instrumentos financeiras ( e contratos de seguro) a
que a entidade está exposta ao final do período a que se referem as demonstrações financeiras;
(d) informações sobre a exposição ao risco de mercado dos derivativos embutidos 1 em contrato
1
É um componente de um instrumento híbrido (combinado) que também inclui um contrato principal não derivativo
– Um derivativo embutido faz com que alguns ou todos os fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo
45
Docente: Glória Nobre
de seguro principal se a seguradora não for requerida a mensurar, e não mensurar, os derivativos
embutidos a justo valor.
IAS 7 - Demonstrações dos Fluxos de Caixa - Esta norma tem como objectivo exigir o
fornecimento de informação acerca das alterações históricas de caixa e seus equivalentes de uma
entidade por meio de uma demonstração dos fluxos de caixa 2 que classifique os fluxos de caixa
durante os períodos provenientes das actividades operacionais, de investimento e de
financiamento.
Uma entidade deve relatar os fluxos de caixa provenientes de actividades operacionais 3 usando
um dos dois métodos: (a) método directo – pelo qual, são divulgadas as principais classes dos
recebimentos de caixa brutos e dos pagamentos de caixa brutos ou; (b) método indirecto, pelo
qual os lucros ou prejuízos são ajustados pelos efeitos de transacções de natureza que não sejam
por caixa, de quaisquer diferimentos ou acréscimos de recebimentos a pagamentos de caixa
operacionais passados ou futuros, e itens de rédito ou pagamentos de caixa operacionais passados
ou futuros, e itens de rédito ou gasto associado com fluxos de caixa de investimento ou de
financiamento.
De acordo com a IAS (2000) políticas contabilísticas são os princípios, bases, convenções, regras
e práticas específicas aplicados por uma entidade na preparação e apresentação de demonstrações
financeiras. As alterações de políticas contabilísticas devem ser efectuadas se e apenas se a
alteração: (a) for exigida por uma norma ou interpretação; ou (b) resultar no facto de as
demonstrações financeiras proporcionarem informação fiável e mais relevante sobre os efeitos
das transacções, outros acontecimentos ou condições na posição financeira, desempenho
financeiro ou fluxos de caixa da entidade. Uma entidade deve contabilizar uma alteração na
contrato sejam modificados de acordo com uma taxa de juros especificada, preço de instrumento financeiro, preço
de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice de crédito, ou outra variável.
2
Os fluxos de caixa são influxos (recebimentos, entradas) e ex fluxos (pagamentos, saídas) de caixa e seus
equivalentes.
3
São as principais actividades produtoras de rédito da entidade e outras actividades que não sejam de investimento
ou de financiamento.
46
Docente: Glória Nobre
política contabilística resultante da aplicação inicial de uma Norma ou Interpretação de acordo
com as disposições transitórias
Excepto até o ponto em que seja impraticável determinar ou os efeitos específicos de um período
ou o efeito cumulativo do erro, uma entidade deve corrigir os erros materiais de períodos
anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de demonstrações financeiras autorizadas
para a emissão após a sua descoberta por:
47
Docente: Glória Nobre
As omissões ou declarações incorrectas de itens são materiais se puderem, individual ou
colectivamente, influenciar as decisões económicas dos utentes tomadas com base nas
demonstrações financeiras.
Quanto ao reconhecimento dos impostos a norma 12 dita que os impostos correntes para
períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não estejam pagos, ser reconhecidos
como passivos. Se a quantia já paga com respeito a períodos correntes e anteriores exceder a
quantia devida para esses períodos, o excesso deve ser reconhecido como um activo. Os activos
(passivos) por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores devem ser mensurados pela
quantia que se espera que seja paga (recuperada de) às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais
(e leis fiscais) que tenham sido decretadas ou substantivamente decretadas à data do balanço.
Um activo por imposto diferido deve ser reconhecido para o transporte de perdas fiscais não
usadas e créditos fiscais não usados até ao ponto em que provável que lucros tributáveis futuros
estarão disponíveis contra os quais possam ser usados perdas fiscais não usadas e créditos fiscais
não usados.
Os activos e passivos por impostos diferidos devem ser mensurados pelas taxas fiscais que se
espera que sejam de aplicar no período quando seja realizado o activo ou seja liquidado o
passivo, com base nas taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham sido decretadas ou
substantivamente decretadas à data do balanço.
A mensuração de passivos por impostos diferidos e de activos por impostos diferidos deve
reflectir as consequências fiscais que se seguem derivados da maneira pela qual a
Entidade espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e
passivos. Os activos e passivos por impostos diferidos não devem ser descontados. A quantia
escriturada de um activo por impostos diferidos deve ser revista à data de cada balanço.
48
Docente: Glória Nobre
Segundo esta norma uma entidade deve reduzir a quantia escriturada de um activo por impostos
diferidos até ao ponto em que deixe de ser provável que lucros tributáveis suficientes estarão
disponíveis para permitir que o benefício de parte ou todo desse activo por impostos diferidos
seja utilizado. Qualquer redução deve ser revertida até ao ponto que se torne provável que lucros
tributáveis suficientes estarão disponíveis.
A quantia reconhecida como uma provisão deve ser a melhor estimativa do dispêndio exigido
para liquidar a obrigação presente à data do balanço. Sendo que a melhor estimativa do dispêndio
exigido para liquidar a obrigação presente é a quantia que uma entidade racionalmente pagaria
para liquidar a obrigação à data do balanço ou para transferir para uma terceira parte nesse
momento.
Segundo a mesma norma uma entidade deve reconhecer um passivo contingente 5, deve divulgá-
lo, a menos que a possibilidade de um ex fluxo de recursos que incorporem benefícios
económicos seja remota. A entidade deve ainda reconhecer um activo contingente aquele que é
um possível activo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência somente será
4
São contratos pelos quais nenhuma parte cumpriu qualquer das suas obrigações ou ambas as partes só tenham
parcialmente cumprido as suas obrigações em igual extensão.
5
É uma obrigação que resulta de acontecimentos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência
ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob controlo da entidade ou ainda uma
obrigação presente que resulta de acontecimentos passados, mas que não é reconhecida porque não é provável que
um ex fluxo de recursos que incorporam benefícios económicos seja remota ou não pode ser fiavelmente mensurada
a quantia escriturada.
49
Docente: Glória Nobre
confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros incertos
não totalmente sob o controlo da entidade.
IFRS 4 – Contrato de Seguro esta norma é específico ao relato financeiro para contratos de
seguro por parte de uma entidade que emita esses contratos (descritos nesta IFRS como
seguradoras). Esta norma aplica-se a todos os contratos de seguro (incluindo contratos de
resseguro) que uma entidade emita e os contratos de resseguro que detenha, excepto contratos
específicos abrangidos por outras normas. Sendo que a outros activos e passivos de uma
seguradora, tais como activos financeiros e passivos financeiros seja aplicada a norma 39 -
instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração.
Esta norma proíbe a criação de provisões para possíveis sinistros segundo contratos que não
estejam para existência à data de relato (tais como provisões para riscos catastróficos e para
desvios de sinistralidade). Exige um teste relativo à adequação de passivos por contrato de
seguro reconhecidos e um teste de imparidade para os activos por contrato de resseguro. Exige
ainda a uma seguradora que mantenha passivo por contratos de seguro no seu balanço até que
sejam satisfeitos ou cancelados, ou expirem, e apresente passivos por contratos de seguro sem os
compensar com activos por contrato de resseguro relacionados.
Esta IFRS permite também que uma seguradora altere as suas políticas contabilísticas para
contratos de seguro apenas se, como resultado, as suas demonstrações financeiras apresentarem
informação que seja mais relevante e não menos fiável, ou mais fiável e naõ menos relevante.
Sendo que este tratamento contabilístico deve ser segundo tendo atenção a norma específica IAS
8 - políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros.
A IFRS exige a divulgação para ajudar os utentes a compreender: as quantias nas demonstrações
financeiras da seguradora que resultam de contratos de seguro; a quantia, tempestividade e
incerteza de fluxos de caixa futuros decorrentes de contratos de seguros. Sendo que neste caso
específico aplica-se a norma internacional IAS1 apresentação e divulgação das demonstrações
financeira.
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Docente: Glória Nobre
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