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Poesia

P o e s i Trovadoresca
a T r o v a d o re s c a
Poesia Trovadoresca é a designação dada ao conjunto de
composições poéticas medievais-cantigas.
Estas estão dividias em Liricas e satiricas.

Cantigas Líricas
Cantigas de Amigo Cantigas de Amor
Eu lirico feminino (donzela); Eu lirico masculino (Trovador);
Amor real/concreto, Coita de amor- paixão infeliz,
Variedade do sentimento amoroso: sofrimento por amor, que pode levar
amor, saudade, tristeza, mágoa, á morte;
alegria. Elogio Cortês- modelo de beleza e
Ambiente doméstico e familiar virtude;
Relação com a Natureza, a sua Ambiente Palaciano.

Cantigas Satíricas
confidente.

Cantigas de Escárnio Cantigas de maldizer

Voz masculina (Trovador); Voz masculina (Trovador);


Crítica ao objeto de louvor- Indireta; Crítica direta ao comportamento
Ironia e ambiguidade (vocabulário ridículo de um poeta em especifico e
com duplo sentido); á morte por amor;
Linguagem trabalhada com Difamação;
trocadilhos. Linguagem ofensiva e agressiva.
Crónica
C r ó n i c a de
d e D.João
D. J o ã o II
A crónica de D.João I foi escrita por Fernão Lopes e tem como
objeto principal a figura do Mestre de Avis/ D.João I.

Atores Individuais e coletivos


D.Leonor Teles: A mulher que gera ódios na população e é apelidada de traidora, é
determinada e adúltera.
Álvaro Pais: Burguês que espalha pelas ruas de lisboa que estão a matar o Mestre,
influenciando o povo a correr em seu auxilio.
Mestre de Avis: Homem vulgar, que tem dúvidas e hesitações e que chega a cometer
erros, no entanto é líder de multidões.
Conde Andeiro: Rosto da ameaça Castelhana, acaba por funcionar como "bode
expiatório" para desencadear a revolução.
Povo: Força e coragem, revela-se como força motora da revolução.

Afirmação da consciência coletiva Contexto Histórico

O povo coloca em causa a validade da sucessão Morte do Rei D.Fernando e crise


dinástica por não reconhecer a legitimidade do Rei de sucessão;
de Catela para assumir a regência de Portugal, Revolução popular e burguesa;
"empurra" o Mestre de Avis para a revolução e é por Morte do conde Andeiro;
este meio que faz do povo o verdadeiro herói da Nomeação do mestre de Avis
revolução desta crónica. como regedor e defensor do
reino;
Cerco de Lisboa e luta pela
Estrutura independência contra Castela;
Proclamação do Mestre de Avis
como D.João I de Portugal;
1ª parte: Pré-Aljubarrota acontecimentos desde a
Batalha de Aljubarrota.
morte de D.Fernando, crise de sucessão até á eleição
de D.João I.
2ª parte: Pós-Aljubarrota, desde o inicio do reinado
de d.João I até tratado de paz.
Farsa
F a r s ade
d eInês
I n ê sPereira
Pereira
Representação de cenas da vida através da sátira, no
qual apresenta um conflito entre forças opostas

Personagens
Inês Pereira: Inicio era insolente, Escudeiro: Fanfarrão, mentiroso,
sonhadora e romântica. Pretendia interesseiro. Humilha e oprime Inês depois
casar para se libertar da sua vida. Não do casamento cruel. É cobarde (morto
ouve a mãe, casa com o Escudeiro e por um pastor enquanto fugia da
submete-se a crueldade. Casa com batalha).
Pêro Marques, sente-se livre mas Judeus- Latão e Vital: Astuciosos e
comete adultério. eloquentes. Têm uma função semelhante á
Mãe: Voz da experiência, mostra afeto de Lionor.
maternal por inês ao pedir ao Ermitão: Seduz Inês e representa
Escudeiro que seja afetuoso para com liberdade. Representa uma crítica ao clero
a filha.
Notas:
Lionor vaz: Alcoviteira, astuta e
determinada, sugere que inês case com
Pêro por dinheiro
Pêro Marques: Lavrador, ingénuo,
ignorante, humilde e determinado, não
desiste de se casar com Inês.

Dimensão Satírica
Ironia; Personagens-tipo:
Cómico; -Os rústicos (o "vilão");
-De situação; -Os Escudeiros;
-De linguagem; -Os Alcoviteiros;
-De Carácter; -As figuras religiosas;
Caricatura; -As jovens Casadoiras;
Caracterização direta e indireta das -As mães.
personagens;
Luís
L u í sde
d eCamões
Camões
Camões escreveu várias poesias, utilizando duas
medidas, a medida nova e a medida velha.

Medida Nova Medida Velha


Corrente renascentista: Corrente tradicional:
A mais utilizada na lírica camoniana; Poesia tradicional;
Aborda temas da natureza Aborda temas como o amor, o
sentimental; desconcerto do mundo e o
A forma desta medida é soneto. desengano;

Representação da amada
Camões retrata dois tipos de mulheres:
Mulher realista: Presente na medida velha, mulher quotidiana,
apaixonada, alegre e sempre pronta a lutar pelos sentimentos,
Mulher petrarquista: Presente na medida velha, apresenta beleza,
castidade. alma gentil e representa beleza serena, perfeição e
capacidade de contaminar a natureza de forma positiva.
O amor para Camões, é um amor ideal que exclui a sexualidade. A mulher é
um ser divino retratada com: longos cabelos loiros, pele branca e delicada,
tudo nela é puro, bondoso e alegre.

Representação da natureza
Associada ao amor e á mulher amada, representação de um lugar sereno
marcado pela suavidade e variedade, espaço propicio ao amor e ao realço da
beleza feminina. A beleza da natureza funciona como um reflexo da amada.
Quando a amada não está presente, a natureza traz-lhe saudade.
Luís
L u í sde
d eCamões
Camões
Reflexão sobre a vida pessoal
Camões apresenta o Destino e ele próprio como os responsáveis pela
sua desavença. Aqui não é só o amor o sentimento explorado, mas
também a revolta, o remorso e o cansaço.

Medida nova: Poemas autobiográficos, papel de destino cruel,


vida infeliz. resultante de erros, sentimento de revolta e morte da
amada.
Medida velha: Exame de vida, auto inimizade, protesto de
incongruências de carácter ético ou metafisico.

Reflexão sobre a vida pessoal


Camões vive em conflito interior entre o amor espiritual e o amor carnal,
delegando a mulher fisicamente. Sente que a realização total do amor
só é possível através da conjugação do amor espiritual e fisico.

Medida nova: Sentimento amoroso é complexo, o amor é a


causa de confusão, questionamento, conflito, saudade e dor.
Medida velha: Correspondência amorosa, alegria de amor e
exaltação da força do amor

Desconcerto do mundo Mudança


Aqui Camões mostra: Ideia de que:
Perplexidade (não compreende o A vida muda sempre para pior;
mundo que o rodeia); A mudança traz a tristeza
Prémios e castigos distribuídos (presente) e elimina a felicidade
injustamente; (passado).
Violação da ordem dos valores; Considera o tempo e a mudança
Vida feita de sucessão de males. inimigos.
Os
O sLusíadas
Lusíadas
A epopeia conta uma ação heroica passada, celebra
uma ação grandiosa ou uma série de acontecimentos
históricos.

Imaginário Épico
Os Lusíadas narram a díficil viagem de Vasco da Gama á descoberta do
caminhos marítimo para a Índia. Essa aventura é tão temerária, que os
Deuses do Olimpo tomam partido sobre o sucesso, seja a favor, seja
contra. Por outro lado, para dar dimensão e representatividade aos
heróis de tal empreendimento.

Mitificação do Herói
O herói coletivo é comporto por heróis individuais (Vasco da Gama e os
marinheiros, no plano da viagem, os Reis e os heróis no plano da História
de Portugal). Comandados por Vasco da Gama, os Portugueses
enfrentam e vencem os medos e os perigos com audácia, ousando
navegar por «mares nunca antes navegados», guardados pelo terrível
Adamastor.
A viagem é o confronto com os limites, do desvendamento dos segredos
escondidos, a viagem da superação. Ultrapassando todos os
obstáculos, os nauta ultrapassam-se a si mesmos e á sua condição de
«bichos da terra tão pequenos», concretizando o lema renascentista da
crença nas capacidades do Homem.
Merecem, pois, o prémio devido ao herói épico, a imortalidade,
simbolizada na coroa de louros recebida na Ilha dos Amores onde eles
são mitificados, igualados aos deuses, através da união com as ninfas,
que lhes transmitem o conhecimento do universo.
Os
O sLusíadas
Lusíadas

Estrutura externa Estrutura interna


Dez cantos com n+ variável Proposição (anúncio do tema
de estrofes; poético),
Estrofes de oito versos- Invocação (apelo ás ninfas do
oitavas; tejo);
Versos decassilábicos; Dedicatória (oferecimento da
Rima cruzada (seis obra ao Rei D.Sebastião);
primeiros versos) e Narração (in media res).
emparelhada (dois últimos
versos).

Planos
Plano da Viagem: Acontecimentos Plano da Mitologia: Evolução da ação
ocorridos durante a viagem entre ajudando a divinação Portugueses
Lisboa e Calecute; Plano do Poeta: O Poeta transmite a
Plano do História de Portugal: Factos sua posição face ao mundo, aos
marcantes da História. outros e a si.

Reflexões do Poeta

Canto I: Enganos e perigos que ameaçam o


Homem/ Fragilidade da vida humana;
Canto V: Desprezo das artes/letras e o
desprezo dos portugueses pela poesia; Herói
Canto VII: Frustação do poeta, vitima de
ingratidão; Herói coletivo: O povo
Canto VIII: Dinheiro e ambição/poder do ouro; Português, os seus feitos
Canto IX: Imortalização do nome; gloriosos e acontecimentos
Canto X: Lamento final do poeta (decadência históricos.
da pátria).

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