Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Gestao de Negocios Direito Das Obrigacoes
Trabalho Gestao de Negocios Direito Das Obrigacoes
CURSO DE DIREITO
Trabalho de investigação
Tema
GESTÃO DE NEGÓCIOS
Discente:
Docente:
Beira
Junho, 2020
0|Page
ÍNDICE
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................1
GESTÃO DE NEGÓCIOS..........................................................................................................................2
Conceitos.................................................................................................................................................2
Origem da gestão de negócios.................................................................................................................4
PRESSUPOSTOS.......................................................................................................................................5
i. Tratar-se de “negócio alheio”..........................................................................................................6
ii. Ausência de obrigação legal entre as partes.....................................................................................6
iii. Atuação do gestor no interesse e vontade presumida do “dominus” (utiliter gestum)..................6
iv. Limitar-se a ação a atos de natureza patrimonial.........................................................................7
v. Vontade do gestor de gerir negócios alheio.....................................................................................7
vi. Intervenção motivada por necessidade ou por utilidade...............................................................8
vii. Licitude e fungibilidade do objeto de negócios............................................................................8
viii. Ação do Gestor limitada a atos de natureza patrimonial..............................................................8
DEVERES RECÍPROCOS..........................................................................................................................9
Deveres do Gestor...................................................................................................................................9
Deveres do dono do Negocio...................................................................................................................9
Direitos do “Dominus negotti”..............................................................................................................11
Aprovação.............................................................................................................................................12
Responsabilidade do gestor...................................................................................................................14
CONCLUSÃO..........................................................................................................................................15
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................16
1|Page
INTRODUÇÃO
A vida em sociedade esta exposta a varios acontecimentos coriqueiros e imprevisiveis, entre eles
esta a Gestão de Negócios. À intervenção, não autorizada, das pessoas na direcção de negócio
alheio, feita no interesse e por conta do respectivo dono, dá-se o nome de gestão de negócios.
O presente trabalho tem como objective descrever de forma clara e concisa a Gestao de Negocios
no campo do direito das obrigações. E para o alcance do mesmo tornar-se-a necessario
conceitualizar o tema e exposição de modo a entender as generalidades envolventes do tema.
A gestão de negócios está subjacente a a pressupostos que devem ser observados, sendo o
primeiro e o mais importante de todos a existencia de duas partes (o gestor e o Dono do
negócio). diferentes autores enumeram uma serie de pressupostos como condição a ocorência da
gestão de negócios, no entanto eles resumen-se apenas em 3 princiapais que são: Direcção de
negócio alheio;Actuação no interesse e por conta do dono do negócio, isto é, o titular que no
momento gere e Falta de autorização.
Como toda a relação social, existe tambem nesta, os deveres de cada uma das partes, sendo que
cada um deve cumprir com o seu papel para que se encontre a satisfação de ambos. Pelo
contrario, o não cumprimento de uma das partes com o acordado quebra o equilibrio e o bom
funcionamento desse sistema.
1|Page
GESTÃO DE NEGÓCIOS
Conceitos
Dá-se a gestão de negócios quando uma pessoa, sem autorização do interessado, intervém na
administração de negócio alheio, dirigindo-o segundo o interesse e a vontade presumível de seu
dono. Segundo a definição de MARTINEZ 2004, é a administração oficiosa de negócios alheios,
feita sem procuração.
Na maioria das vezes se trata de um ato de altruísmo, em que o gestor intervém na órbita de
interesses de outra pessoa com a intenção de evitar um prejuízo para esta, mesmo sem estar por
ela autorizado, agindo de acordo com a vontade presumida do dono do negócio.
Dá-se a gestão de negócios, por exemplo, quando alguém, presenciando em prédio alheio
estragos capazes de o destruir, ajusta em nome do proprietário ausente, mas sem sua autorização,
um empreiteiro para o reparar. Ou ainda quando alguém socorre pessoa desconhecida, vítima de
um acidente, conduzindo-a ao hospital e tomando todas as providências para o seu atendimento,
realizando inclusive o depósito exigido pelo nosocômio.
Se os prejuízos da gestão excederem o seu proveito, poderá o dono do negócio exigir que o
gestor restitua as coisas ao estado anterior, ou o indenize da diferença. Quando a gestão se
proponha a acudir a prejuízos iminentes, ou redunde em proveito do dono do negócio ou da
2|Page
coisa; mas a indenização ao gestor não excederá, em importância, as vantagens obtidas com a
gestão.
A utilidade, ou necessidade, da despesa, apreciar-se-á não pelo resultado obtido, mas segundo as
circunstâncias da ocasião em que se fizerem. Ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do
negócio, der a outra pessoa as contas da gestão. Tanto que se possa, comunicará o gestor ao dono
do negócio a gestão que assumiu, aguardando-lhe a resposta, se da espera não resultar perigo.
Enquanto o dono não providenciar, velará o gestor pelo negócio, até o levar a cabo, esperando, se
aquele falecer durante a gestão, as instruções dos herdeiros, sem se descuidar, entretanto, das
medidas que o caso reclame.
De acordo com VARELA 2000, o mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência habitual na
execução do mandato, e a indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem
substabelecer, sem autorização, poderes que devia exercer pessoalmente.
O gestor responde pelo caso fortuito quando fizer operações arriscadas, ainda que o dono
costumasse fazê-las, ou quando preterir interesse deste em proveito de interesses seus. Querendo
o dono aproveitar-se da gestão, será obrigado a indenizar o gestor das despesas necessárias, que
tiver feito, e dos prejuízos, que por motivo da gestão, houver sofrido.
Quando alguém, na ausência do indivíduo obrigado a alimentos, por ele os prestar a quem se
devem, poder-lhes-á reaver do devedor a importância, ainda que este não ratifique o ato. Nas
despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e à condição do falecido, feitas por terceiro,
3|Page
podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigação de alimentar a que veio a falecer, ainda
mesmo que esta não tenha deixado bens.
O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se
do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. Cessa o disposto neste artigo e no
antecedente, em se provando que o gestor fez essas despesas com o simples intento de bem-
fazer.
O mandatário que exceder os poderes do mandato, ou proceder contra eles, será considerado
mero gestor de negócios, enquanto o mandante lhe não ratificar os atos. O maior de dezesseis e
menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação
contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por
menores.
4|Page
Sobre valores morais, será o caso de alguém que se empenha na defesa da honra de
alguém ausente.
Este «animus aliena negotia gerendi» está evidenciado com clareza nos artº 465º al. a) —
(deveres do Gestor) — e 466º nº 2 (Responsabilidade do Gestor) do C.C .
A regularidade da intervenção, desde que a gestão seja aprovada pelo «dominus» - artº 469º
(Aprovação da gestão) atribui à aprovação o sentido de um reconhecimento de direito – ou
sempre que o gestor, em caso de juízo negativo do dono, consiga demonstrar a conformidade
objectiva da sua actuação com o interesse e a vontade do dono do negócio, crie obrigação do
«dominus» para com o gestor, sendo aquele obriga, ex vide artº 468º nº 1 (Obrigação do dono do
negócio).
A actuação culposa do gestor, não se verificando a hipótese prevista no artº 469º (Aprovação da
gestão), origina, apenas nos termos do nº 2 do artº. 468º (Obrigações do dono do negócio), uma
responsabilidade segundo, mas antes de proceder a qualquer diligência renuncia ao mandato.
5|Page
PRESSUPOSTOS
A gestão de negócio destaca-se no circuito das fontes legais das obrigações. A gestão de
negócios se caracteriza sempre que alguém “assume a direcção de negócio alheio no interesse e
por conta do respectivo dono, sem para tal estar autorizado”, nos termos do artigo 464º CC que
nos apresenta a noção legal da Gestão de negócios.
Falta de autorização.
6|Page
Considera-se que, neste caso, existe abuso do gestor e só o êxito do empreendimento o isentará
de qualquer responsabilidade. Se, porém, fracassar, suportará os prejuízos, ainda que derivados
de caso fortuito, salvo provando a escusa mencionada.
Para COSTA 2013, Inexistência de proibição ou oposição por parte do dono do negócio, ante o
fato da gestão de negócios constituir o exercício de um ato pelo gestor segundo o interesse e a
vontade presumível de seu dono.
Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de negócio alheio, dirigi-lo-á
segundo o interesse e a vontade presumível de seu dono, ficando responsável a este e às pessoas
com que tratar. se os prejuízos da gestão excederem o seu proveito, poderá o dono do negócio
exigir que o gestor restitua as coisas ao estado anterior, ou o indenize da diferença. Se a gestão
foi iniciada contra a vontade manifesta ou presumível do interessado, responderá o gestor até
pelos casos fortuitos, não provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abatido.
7|Page
Haver-se-á, então, o gestor por sócio; "Se os negócios alheios forem
conexos ao do gestor, de tal arte que se não possam gerir separadamente,
haver-se-á o gestor por sócio daquele cujos interesses agenciar de
envolta com os seus, aquele em cujo benefício interveio o gestor só é
obrigado na razão das vantagens que lograr." (GONÇALVES 2014)
Com efeito, COSTA 2013, declara que a utilidade é elemento fundamental na gestão de negócios.
Sendo proveitosa a administração, o dono do negócio ficará vinculado aos compromissos
assumidos pelo gestor, ainda que tal fato o desagrade.
Tal ocorrerá mesmo que a gestão se haja iniciado contra a sua vontade presumível e mesmo que
tenha consistido em “operações arriscadas”, excedentes da mera administração. Nesta última
hipótese, se o dono do negócio quiser aproveitar-se da gestão, “será obrigado a indenizar o
gestor” por todas as despesas e prejuízos sofridos. "Querendo o dono aproveitar-se da gestão,
será obrigado a indenizar o gestor das despesas necessárias, que tiver feito, e dos prejuízos, que
por motivo da gestão, houver sofrido." Em alguns sistemas a gestão de negócios é considerada
um quase contrato, como era no direito romano, devido à falta do acordo de vontades.
Quando uma pessoa, com conhecimento e sem desaprovação do dono, assume a administração
de negócio alheio, há mandato tácito, e não gestão de negócios. "O mandato pode ser expresso
ou tácito, verbal ou escrito."
8|Page
viii. Ação do Gestor limitada a atos de natureza patrimonial
Pois os de natureza extrapatrimonia requerem outorga de poderes. Os atos de gestor, em regra,
são de mera administração, embora possam, ás vezes ser de disposição.
DEVERES RECÍPROCOS
Deveres do Gestor
Para que todo o processo de gestão cora em conformidade com as partes envolvidas, torna-se
necessária a existência de deveres e direitos que de forma clara marcarão as directrizes do
processo.
Ao abrigo do disposto no artigo 465.º do CC (Deveres do gestor) no recaem sobre o gestor os
seguintes deveres:
a) Conformar-se como interesse e a vontade;real ou presumível, do dono do negócio,sempre
que esta não seja contrária à lei ou à ordempública, ou ofensiva dos bonscostumes;
b) Avisar o dono do negócio, logo que seja possível, de que assumiu a gestão;
c) Prestarcontas, findo o negócio ou interrompida a gestão, ou quando o dono as exigir;
d) Prestar a este todas asinformaçõesrelativas à gestão;
e) Entregar-lhe tudo o que tenha recebido de terceiros no exercício da gestão ou o saldo
dasrespectivascontas,comosjuroslegais, relativamente às quantias emdinheiro, a partir do
momento emque a entrega haja de ser efectuada.
Para FARIA 1975, alem dos deveres mencionados a luz do artigo anterior, obrigações do
gestor do negócio são, em regra, as do mandatário, entretanto, destaca as seguintes:
Administrar o negócio alheio - Aquele que, sem autorização do interessado, intervém
na gestão de negócio alheio, dirigi-lo-á segundo o interesse e a vontade presumível de seu
dono, ficando responsável a este e às pessoas com que tratar.
Comunicar a gestão ao dono do negócio - aguardando-lhe a resposta, se da espera não
resultar perigo; Tanto que se possa, comunicará o gestor ao dono do negócio a gestão que
9|Page
assumiu, aguardando-lhe a resposta, se da espera não resultar perigo. Cumpre ao gestor,
portanto, aguardar a resposta antes de tomar qualquer outra providência. Só deverá agir,
sem resposta, se a demora puder acarretar algum prejuízo para o negócio.
Neste caso de regularidade da gestão, o dono do negócio é obrigado (art. 468º/1 CC) a
reembolsar o gestor de todas as despesas que ele, fundadamente, tenha considerado
indispensáveis, com os juros legais, contratados do momento em que as despesas foram feitas e
até ao momento em que o reembolso se verifica.
a) Obrigação de reembolso de despesas: são todas e apenas aquelas despesas que ele tenha
considerado indispensáveis com fundamento, desde que a situação objectivamente
justificasse o juízo de indisponibilidade. A essas despesas acresce a obrigação de
pagamento dos juros legais, correspondentes ao montante de tais despesas.
b) A obrigação de indemnização: a obrigação de reembolso só existe quando houve
despesas feitas pelo gestor só existe, se ele tiver sofrido prejuízos com a gestão: prejuízos
que podem ser de natureza patrimonial ou de natureza não patrimonial.
c) Obrigação de remuneração do gestor: esta depende de a actividade desenvolvida pelo
gestor corresponder à sua actividade profissional.
Uma vez que o dono do negócio tenha conhecimento da actividade gestória ele pode, em
relação a essa actividade, tomar uma de três atitudes:
Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do negócio, der a
outra pessoa as contas da gestão. A utilidade, ou necessidade, da despesa, apreciar-se-á não pelo
10 | P a g e
resultado obtido, mas segundo as circunstâncias da ocasião em que se fizerem. Quando os juros
moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor.
Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim
às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o
valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.
A utilidade, ou necessidade, da despesa, apreciar-se-á não pelo resultado obtido, mas segundo as
circunstâncias da ocasião em que se fizerem. Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o
gestor, em erro quanto ao dono do negócio, der a outra pessoa as contas da gestão.
Se os prejuízos da gestão excederem o seu proveito, poderá o dono do negócio exigir que o
gestor restitua as coisas ao estado anterior, ou o indenize da diferença. Se a gestão foi iniciada
contra a vontade manifesta ou presumível do interessado, responderá o gestor até pelos casos
fortuitos, não provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abatido.Ratificar ou
desaprovar; Se o dono do negócio, ou da coisa, desaprovar a gestão, considerando-a contrária aos
11 | P a g e
seus interesses. A ratificação pura e simples do dono do negócio retroage ao dia do começo da
gestão, e produz todos os efeitos do mandato.
Na óptica de FARIA 1975, Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem
poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se
este os ratificar. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e retroagirá à
data do ato.
A utilidade, ou necessidade, da despesa, apreciar-se-á não pelo resultado obtido, mas segundo as
circunstâncias da ocasião em que se fizerem.
Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do negócio, der a
outra pessoa as contas da gestão.
Aprovação
É uma declaração negocial dirigida pelo dominus ao gestor, declaração que não tem de ser
12 | P a g e
expressa, pode ser tácita, cujo conteúdo é um juízo de concordância global com a actividade
genérica.
A renúncia por parte do dominus a qualquer direito indemnizatório que ele tivesse, ou
pudesse ter, contra o gestor, por incumprimento culposo e danoso das obrigações do
gestor;
Se a gestão não for regular, se houver incumprimento de alguma obrigação por parte do gestor,
designadamente a obrigação de se pautar pelo interesse e pela vontade do dominus, então o
gestor apenas tem direito a ser restituído daquilo com que tenha empobrecido, por parte do
dominus, nos termos do enriquecimento sem causa (art. 468º/2 CC).
Diversamente da aprovação, pode o dominus ratificar os actos jurídicos praticados pelo gestor no
exercício da gestão, se ele, gestor os praticou representativamente. Se o gestor agiu em seu
próprio nome, isto é, não comunicou ao terceiro com quem celebrou os negócios, que estes não
eram dele, não eram para ele e tudo se passou como se ele fosse titular do interesse que o
negócio visava satisfazer, então tem-se uma gestão não representativa, ele actuou em nome
próprio.
Mas o gestor pode ter comunicado ao terceiro que estava a actuar em nome e por conta de
outrem e aí tem-se uma gestão representativa. A representação, é a situação em que alguém
actua, realizando actos ou negócios jurídicos, em nome de outrem. O representante pode ter ou
não ter poderes.
13 | P a g e
A ratificação, é um negócio jurídico unilateral, pelo qual o representado por outrem que não
tinha poderes de representação, lhos atribui a posteriori com eficácia retroactiva.
Se a gestão se consubstanciou em actos jurídicos e foi exercida em seu próprio nome, então o
regime aplicável às relações com terceiros é o regime de mandato[28] sem representação (art.
471º CC).
Responsabilidade do gestor
A obrigação infringida que, por ter causado danos, obriga a indemnizar, é a de não interromper
uma gestão que já foi iniciada, sem fundamento que o justifique, ou seja:
O gestor pode interromper a gestão se houver um motivo de força maior, que o impeça de
continuar a gestão;
Pode naturalmente, interromper a gestão logo que o dominus surja e esteja em condições
de assumir ele próprio a condução do assunto;
Fora estas situações ele não pode interromper a gestão, e se o fizer, pelo incumprimento da
obrigação, responderá civilmente face ao dono do negócio pelos danos que lhe causar.
A responsabilidade dos danos existe (art. 466º/1 CC), não só quando, culposamente, se causar
um prejuízo na execução da gestão mas quando iniciada esta, se causar, também por culpa do
gestor, prejuízo em consequência da sua interpretação.
14 | P a g e
CONCLUSÃO
Por todo o exposto, concluímos que a modalidade gestão de negócios é uma das fontes
obrigacionais nao baseadas em principios gerais, é a intervenção não autorizada de uma pessoa
(gestor de negócio) na direção dos negócios de uma outra (dono do negócio), feita segundo o
interesse, a vontade presumível e por conta desta última.
Como todo fato jurídico, é revestida de pressupostos para sua configuração, como ausência de
qualquer acordo entre gestor e dono do negócio, inexistência de proibição por parte do dono
quanto à gestão de seu negócio, vontade do gestor em gerir o negócio e caráter necessário da
gestão, licitude e fungibilidade do objeto da gestão de negócios.
15 | P a g e
REFERÊNCIAS
16 | P a g e