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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

LETRAS
DOCENTE: Paula Martins
Aluno: Thayna Dantas

CHAGAS, Paulo. SANTOS, Raquel. "Fonologia". In FIORIN, José Luiz (org.).


Introdução à linguística. Volume II: Princípios da análise. São Paulo: Contexto,
2010, p. 33-58.
FICHAMENTO SINTÉTICO

Capítulo: Fonética

1. Problema

A organização dos sons em sistemas sonoros, entendendo suas funções


e o papel linguístico que desempenham numa determinada língua.

2. Tese

Neste capítulo, os autores apresentam as principais características da


fonologia, que por sua vez estuda os fonemas do ponto de vista de sua função
na língua (pares opositivos, variantes posicionais, neutralização e arquifonema,
etc.)

3. Argumentação

Na primeira seção, os autores discursam sobre os aspectos segmentais


(caráter divisível, ou seja, sequências de sons discretos, cujas propriedades
são atribuídas a cada parte) e suprassegmentais (acentos e tons).

Na segunda seção, falam sobre o fonema e como ele pode ser


observado e estudado num determinado sistema. Fonemas são unidades que
se caracterizam por serem as mínimas unidades discretas constituintes do
sistema linguístico, e por se organizarem linearmente nas diversas línguas. Já
os fones são formados por traços e são basicamente barulhos sem valor no
sistema. Pode-se destacar que "dois sons diferentes mas materialmente
semelhantes podem funcionar como se fossem o mesmo elemento ou como se
fossem elementos diferentes. É o que Saussure tinha em mente quando
elaborou o conceito de valor, que é algo relativo a cada palavra".

Na terceira seção trata sobre os alofones. Eles são dois sons


pertencentes a um mesmo fonema ou são realizações de um mesmo fonema.
Não há distinção, pois o fonema não vai mudar, ex; o fonema /a/ continua
sendo ele mesmo, mas apenas com um traço quando /ã/. Também apresenta
par suspeito, par mínimo e par análogo, do qual é cabível analisar
separadamente.

Par suspeito: ocorre quando suspeitamos que dois pares apresentam


características fonéticas semelhantes, mas se diferenciam em um ponto. Se
eles formarem fonemas distintos, podem formar palavras diferentes, ou seja,
um par mínimo. Ex; pata e bala. Vale ressaltar que o par suspeito pode gerar
fonemas ou alofones.
Par mínimo: confirmação de um par suspeito.

Par análogo: semelhante ao par suspeito, mas singularmente


"defeituoso'' na questão de que as características fonéticas que envolvem os
dois suspeitos não são totalmente iguais e não é apenas um ponto que os
diferencia.

Ainda na seção três, os escritores abrem pauta para a variação livre e


distribuição complementar. Variação livre: liberdade para pronunciar um
alofone, de acordo com o falante. Distribuição complementar: depende do
contexto em que o fonema está inserido com os demais. É algo que acontece
quando o contexto determina o aparecimento de uma ou outra variante do
fonema, ou seja, um alofone.

Na quarta seção, os autores apresentam a neutralização, que ocorre


quando dois fonemas denotam funções distintas no sistema, mas em
determinada situação da cadeia falada se neutralizam. Ex; [i] e [e] na palavra
[dẽ.tʃI], como comumente é falado, o [e] é neutralizado pelo [i], pois o som do [i]
se torna superior, principal quando inserido em determinado contexto. Neste
caso, o [i] é um arquifonema.

Na sexta seção, falam basicamente sobre os processos fonológicos,


sendo que "os sons podem se modificar e se tornarem mais parecidos com um
ou mais sons mais próximos sintagmaticamente, num processo chamado
assimilação. Podem também se modificar de modo que se tornem mais
diferentes de um ou mais sons mais próximos sintagmaticamente, num
processo chamado dissimilação. Podem ocorrer diversos outros casos
dependendo do contexto prosódico" (tonicidade e atonicidade, estrutura da
sílaba, ligado à oralidade).

Na sétima e última seção, apresenta a notação das regras

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