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No novo modelo de trabalho, o que guia o operário é a organização sob sua subjetividade e
personalidade.
É a sua personalidade, a sua subjetividade, que deve ser organizada e comandada. Qualidade e
quantidade do trabalho são reorganizadas em torno de sua imaterialidade. P. 25
o ciclo do trabalho imaterial é pré-constituído por urna força de trabalho social e autônoma,
capaz de organizar o próprio trabalho e as próprias relações com a empresa. P. 26-27
Agora, o tempo de trabalho foi reduzido para que o trabalho supérfluo (correspondendo a
formação e desenvolvimento artístico, científico et.) seja maior.
O capital é ele mesmo a contradição em processo, pelo fato de que tende a reduzir o tempo de
trabalho a um mínimo, enquanto do outro lado põe o tempo de trabalho como única medida e
fonte da riqueza. Ele diminui, portanto, o tempo de trabalho na forma de tempo de trabalho
necessário, para acrescê-lo na forma de tempo de trabalho supérfluo; fazendo, portanto, do
tempo de trabalho supérfluo - em medida crescente - a condição question de vie et de mort
daquele necessário. P. 29
O paradoxo:
Dentro desta atividade, é sempre mais difícil distinguir o tempo de trabalho do tempo da
produção ou do tempo livre. Encontramo-nos em tempo de vida global, na qual é quase
impossível distinguir entre o tempo produtivo e o tempo de lazer. P. 30
Dois elementos apontados: a independência da atividade produtiva e a “intelectualidade de
massa”.
É suficiente reter-se sobre dois dos seus elementos: a independência da atividade produtiva
em face à organização capitalista da produção e o processo de constituição de uma
subjetividade autônoma ao redor do que chamamos de "intelectualidade de massa". P. 31
Algumas características:
1. O trabalho imaterial é coletivo pela relação produtor/consumidor
O trabalho imaterial se constitui em formas imediatamente coletivas e não existe, por assim
dizer, senão sob forma de rede e fluxo. P. 50
3. O público torna-se o consumidor, com uma dupla função: será a figura a qual o
produto ideológico será direcionado; e será envolvido ao produto.
O público (no sentido de fruidor: o leitor, os ouvintes de música, o público da televisão etc.) ao
qual o autor se remete tem uma dupla função produtiva: uma vez como a figura a quem o
produto ideológico é dirigido e que, portanto, enquanto tal, é um elemento constitutivo da
"obra"; e uma outra vez, através da recepção por meio da qual o produto "encontra um lugar
na vida" (é integrado na comunicação social) e que o faz viver e envolver-se. P. 50-51
4. Inovação:
CAPÍTULO 05: Trabalho autônomo, produção por meio de linguagem e General Intellect
A jornada de trabalho fica porosa, não no sentido de sua diminuição quantitativa, mas no
sentido de que "os trabalhadores autônomos trabalham sempre". De fato, o trabalhador
autônomo, dentro da sua jornada de trabalho, não tem mais a possibilidade de separar
espaços de não-trabalho, de "refugo", de resistência, como a continuidade da relação salarial
permitia. P. 93
CONCLUSÃO
O modo de produção pós-fordista não pode ser simplesmente descrito como "produção
flexível", alongamento da jornada de trabalho, difusão territorial do trabalho etc. (todas
definições parcialmente corretas), mas antes de tudo como uma ativação de diferentes modos
de produção ("materiais" e "imateriais") e, portanto, de diferentes formas de subjetividade
(pré-fordista e pós-fordista), que são, porém, comandadas e organizadas pelas formas mais
abstratas e dinâmicas do trabalho e da subjetividade, cujo conceito de "relações de serviços"
poderiam representar, do ponto de vista da economia, a forma paradigmática. P. 106