Você está na página 1de 57

Passagem em Nível

Ferroviária
Olá!!
Thiago Neres
Mestrando: Engenharia de Infraestrutura

Pós Graduação: Engenharia de Segurança do Trabalho

Pós Graduação: Engenharia de Pavimentação

Graduação: Engenharia Civil

2
Ementa da Disciplina:

• MÓDULO I: PASSAGEM EM NÍVEL FERROVIÁRIA;

• MÓDULO II: MANUTENÇÕES REALIZADAS EM PN;

• MÓDULO III: SEGURANÇA EM PN .


Ao final desse estudo você estará apto a:

Apontar a definição e a composição das Passagens


em nível Ferroviária;
Reconhecer os horários de acionamentos das PNs;

Descrever os procedimentos de carga e descarga dos componentes


das PNs;

Executar manutenções típicas de PNs;

Identificar os itens básicos relativos à manutenção da superestrutura e


infraestrutura;

Especificar os equipamentos e sinalizações pertencentes à PN;

Identificar as normas específicas de circulação de trens, regidas pelo


Regulamento de Operação Ferroviária(ROF).
Passagem
em
Nível(PN)
?

5
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Conceito:

Definidas como o cruzamento entre uma via férrea e uma via


rodoviária no mesmo nível da ferrovia.
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Conceito:

A instalação de uma Passagem em Nível, requer o atendimento


às normas, projetos e aprovações individualizadas;

NBR15942 DE 01/2019:
Via férrea - Travessia rodoviária - Passagem de nível pública -
Classificação e requisitos para equipamento de proteção.
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

As Passagens em Nível, sob aspecto da operação ferroviária,


constituem pontos críticos, seja pelos de riscos de
abalroamentos, atropelamento ou pelo aumento da dificuldade
de manutenção da via no local.
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Sob o aspecto da manutenção da Via Permanente, exigem


atividades especificas, pois são pontos de maior vulnerabilidade
e dificuldade para a execução dos serviços de manutenção. Isto
pode resultar em ocorrências ferroviárias como descarrilamento,
caso alguns cuidados básicos não sejam tomados.
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA
Tipos de PN’s:

Madeira Mista
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Tipos de PN’s:

Concreto Borracha
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Horário de acionamento
de buzinas dos trens:

PASSAGEM EM NÍVEL HORÁRIO ACIONAMENTO


Passagem em Nível sem canceleiro Diurno 2 Longos
Noturno 2 Curtos
Passagem em Nível com cancela e canceleiro ou com
cancela Automática Diurno 2 Longos
Noturno -
Passagem em Nível sem cancela, com canceleiro Diurno/Noturno 1 Curto
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Horário de acionamento
de buzinas dos trens:

• Horário diurno: das 6h às 22h;


• Horário noturno: das 22h às 6h.
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Horário de acionamento
de buzinas dos trens:

• O canceleiro ou agente de segurança pode ser fixo em uma


Passagem em Nível ou se deslocar para cobrir várias Passagens
em Nível;
• Passagem em Nível com canceleiro ou monitorada por agente de
segurança: o canceleiro/ agente de Segurança deverá
interromper o tráfego e informar ao maquinista via rádio
quando o trem estiver a uma distância mínima de 300 metros.
Não recebendo o aviso, o maquinista deverá fazer dois
acionamentos longos da buzina e comunicar imediatamente o
ocorrido ao CCO/CCP/Estação;
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Horário de acionamento
de buzinas dos trens:

• Passagem em Nível com cancela automática: deverá existir aviso


luminoso, com visão para o maquinista, a uma distância segura,
não inferior a 300 metros da Passagem em Nível, garantindo o
fechamento da cancela e a interrupção do tráfego rodoviário.
Caso o sinal não esteja funcionando ou apresente difícil
visualização, o maquinista deverá fazer dois acionamentos
longos da buzina e comunicar imediatamente o ocorrido ao
CCO/CCP/Estação.
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Carga e descarga dos


componentes da PN:

• Tanto para carga como para descarga dos componentes das


Passagens em Nível, o procedimento é realizado utilizando-se
equipamento de grande porte.;

• Esse equipamento normalmente é o caminhão de linha com guindaste


ou o guindaste rodoferroviário;

• Além disso, é de grande importância que as equipes estejam


treinadas e cumpram os procedimentos específicos de carga e
descarga, regulamentados para sua ferrovia.
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Carga e descarga dos


componentes da PN:

Auto de Linha
MÓDULO I: PASSAGEM EM
NÍVEL FERROVIÁRIA

Carga e descarga dos


componentes da PN:

KGT
Módulo II:
MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Sob o aspecto da manutenção da Via Permanente há a exigência


de atividades especificas, pois são pontos de maior
vulnerabilidade e dificuldade para a execução dos serviços de
manutenção.
Isto pode resultar em ocorrências ferroviárias como
descarrilamentos, caso alguns cuidados básicos não sejam
tomados.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

• Manutenção da infraestrutura;

• Manutenção da superestrutura;

• Manutenção da sinalização.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:

• Capina e Roçada
• Dispositivos de drenagem.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:

Capina e Roçada:
A visibilidade, tanto para o Operador de Trens quanto para os
usuários da rodovia, é condição fundamental para a segurança
nas PN’s;
Deverão ser executados serviços de roçada, capina e supressão
vegetal por meio de herbicidas; os mesmos deverão abranger,
inclusive, a região da rodovia ou rua de maneira a manter as
placas de sinalização visíveis para todos os usuários.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Capina e Roçada:

Capina Manual Capina Química


MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Capina e Roçada:
• As PNs deverão ser inspecionadas visualmente, para
determinar quando as atividades de remoção de vegetação
serão necessárias;
• As inspeções deverão ocorrer, no mínimo, a cada 6 meses;
• Deverá ser realizada ao menos uma roçada em cada PN por
ano;
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Capina e Roçada:
• No mínimo, 200 m para cada lado da mesma, em ambos os
lados da linha;
• A largura da faixa de roçada pode variar em cada local, e
deverá facilitar a visibilidade, tanto para os usuários
rodoviários quanto ferroviários.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Dispositivos de drenagem :

• Frequentemente as rodovias ou ruas direcionam as águas


pluviais para as Ferrovias, geralmente carreando solo e entulho
que contaminam a via férrea;

• A drenagem da PN deve ser tal que nenhuma das vias que se


cruzam obstrua a passagem das águas pluviais e tampouco
provoque inundação na outra via.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Dispositivos de drenagem :

Os trabalhos de manutenção de
drenagem devem ser executados de
modo a redirecionar as águas
pluviais, evitando que atinjam a via
férrea; assim, os bueiros adjacentes à
passagem, as grelhas de drenagem e
as valetas revestidas deverão ser
objeto de limpeza periódica;
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Dispositivos de drenagem :

• A deficiência de drenagem em PN pode provocar sérios danos


à via permanente, geralmente com graves riscos para a
operação;

• Além da contaminação do lastro da via, facilitando os


desnivelamentos e empenos;

• Pode ocorrer carreamento de solo obstruindo totalmente os


trilhos, impedindo a passagem dos veículos ferroviários.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Dispositivos de drenagem :
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Dispositivos de drenagem :
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Infraestrutura:
Dispositivos de drenagem :
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:

• Dormentes;
• Trilhos e contratrilhos;
• Fixações;
• Lastro;
• Geometria.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Dormentes:

A manutenção dos dormentes de Passagens em Nível apresenta maior


grau de dificuldade quando comparada à via fora da região de PN;

Requerendo geralmente contatos com os representantes das


comunidades para alterações de trafego, interdição das vias rodoviárias;
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Dormentes:

Todas as Passagens em Nível deverão ter o pavimento reconstruído após a


manutenção da via permanente no local, para permitir a transposição dos
veículos rodoviários com rapidez e segurança.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Trilhos e contratrilhos:

Nos trabalhos de manutenção de


Passagens em Nível que
requerem substituição de trilhos
deverão ser removidos também
os contratrilhos adjacentes ao
trilho de rolamento que será
substituído;
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Trilhos e contratrilhos:

O pavimento das PN’s mesmo que seja constituído por perfis metálicos,
madeira, concreto ou borracha os mesmas deverão também ser removidos,
para evitar interferência com os trilhos que serão substituídos.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Trilhos e contratrilhos:

• Deverão ser eliminadas todas as juntas de trilhos na região da Passagem


em Nível, seja pela execução de soldas aluminotérmicas, seja pela
utilização de barras soldadas de tamanho adequado para eliminar as
juntas nesta região;

• Juntas em Passagens em Nível são de difícil manutenção, sofrem


desnivelamento e deformações frequentes, contribuindo quase sempre
para empenos na via, com risco de ocorrências ferroviárias.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:

Junta Metálica Solda aluminotérmicas


MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Trilhos e contratrilhos:

• Nos trabalhos de esmerilamento de trilhos, deverão ser removidos todos


os obstáculos, sejam contratrilhos, pavimentos , de forma a permitir que
durante o esmerilamento os rebolos das máquinas atuem corretamente,
caso contrario os defeitos superficiais nos trilhos permanecerão na região
da PN;
• Gerando descontinuidade no rolamento dos trens, com aumento dos
impactos, dificuldade na manutenção da geometria, com consequentes
riscos de ocorrências ferroviárias.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Trilhos e contratrilhos:

Todos os defeitos identificados por


inspeção por ultrassom deverão ser
removidos na região das Passagens
em Nível.

Carro Ultrassom
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Trilhos e contratrilhos:

• Nos trabalhos de esmerilamento de trilhos, deverão ser removidos todos


os obstáculos, sejam contratrilhos, pavimentos , de forma a permitir que
durante o esmerilamento os rebolos das máquinas atuem corretamente,
caso contrario os defeitos superficiais nos trilhos permanecerão na região
da PN;
• Gerando descontinuidade no rolamento dos trens, com aumento dos
impactos, dificuldade na manutenção da geometria, com consequentes
riscos de ocorrências ferroviárias.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN
Manutenção da Superestrutura:
Trilhos e contratrilhos:

Esmerilamento de trilhos
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Fixações:
• Nos trabalhos de manutenção de PN que requerem substituição de
dormentes, trilhos, correção de bitola ou outras intervenções na fixação,
deverão ser substituídas todas as placas de apoio, tirefonds, grampos, talas
de junção, parafusos, arruelas de pressão, retensores, clipe elástico e
palmilhas de dormentes de concreto;

• Pois estes componentes sofrem maior desgaste nesta região; as placas de


apoio frequentemente têm o diâmetro dos furos aumentado, afetando a
manutenção da bitola, os tirefonds podem sofrer corrosão na rosca,
perdendo o poder de fixação e os grampos elásticos podem perder o efeito
de mola.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Lastro:
• O lastro da região da Passagem em Nível pode sofrer contaminação
por carreamento de finos pelas rodas dos veículos rodoviários
acarretando deficiência da drenagem;

• Nos trabalhos de manutenção de Passagens em Nível que requerem


substituição de dormentes, o lastro deverá ser totalmente removido,
no mínimo 20 cm abaixo da face inferior do dormente, efetuando a
limpeza do material para remoção dos finos.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Lastro:
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da Superestrutura:
Geometria:

Nos serviços de correção geométrica, seja utilizando equipamentos de


grande porte ou por processo manual, os trabalhos deverão ser
precedidos de remoção do pavimento, remoção dos contratrilhos, limpeza
e complementação de lastro, substituição de dormentes e das fixações.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN

Manutenção da sinalização:
• Todo cuidado deve ser dispensado à manutenção da sinalização das
Passagens em Nível;

• É fundamental a existência, no mínimo, das cruzes de Santo André em


bom estado de conservação e devidamente instaladas, de forma a
permitir a visualização pelos usuários da rodovia antes de transpor a
PN;

• Dependendo da importância da Passagem, a mesma deverá ser dotada


de placas e dispositivos complementares, além das cruzes de Santo
André.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN
Manutenção da sinalização:

• Em áreas de manutenção de Passagens em Nível é obrigatória a


presença física do empregado habilitado responsável, munido de
rádios de comunicação;

• A velocidade de equipamentos de via e equipamentos de grande porte


nas Passagens em Nível deve ser restrita;

• É obrigação da Via Permanente garantir a padronização, instalação,


retirada, limpeza, visibilidade, conservação, vigilância e reposição de
todas as placas de sinalização gráfica auxiliar e quilométrica.
MÓDULO II: MANUTENÇÕES
REALIZADAS EM PN
Manutenção da sinalização:
Empregado:

Passagem em nível sem cancela/empregado


Em Passagens em Nível, sem cancela e sem empregado, contratado ou
terceirizado, destinado a interromper o fluxo rodoviário, o empregado qualificado
responsável pela cobertura deverá aguardar o fluxo cessar antes de autorizar a
transposição, não a realizando no vagão.

Passagem em nível com cancela/empregado


Em Passagens em Nível com cancela ou com empregado, contratado ou
terceirizado, destinado a interromper o fluxo rodoviário, o empregado qualificado
responsável pela cobertura deverá verificar se há condições seguras de se realizar
o recuo de forma contínua ou deverá aguardar o fluxo cessar antes de autorizar a
transposição, não a realizando no vagão.

Você também pode gostar