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EXTRAÇÃO 

DE DNA EM BANANA CATURRA (Musa sinensi):  PROPOSTA DE 
UM MODELO PARA AULA PRÁTICA DESTINADA Á ALUNOS DO ENSINO 
MÉDIO 

Gláucia Ciollete (Aluna do 3º Período do Curso de Ciências Biológicas do Instituto 
Superior de Educação Anísio Teixeira – Fundação Helena Antipoff ). 
Nicolau Santiago Prímola (Professor ­Orientador: Instituto Superior de Educação Anísio 
Teixeira – Fundação Helena Antipoff ). 
Daniel Soar es Chaves ( Laboratorista do Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira – 
Fundação Helena Antipoff). 

1. Introdução 

Segundo  Delizoicov  e  Angotti  (1994),um  dos  problemas  que  facilmente 


identificamos    nas  escola  no  que  diz  respeito  ao  ensino  de  um  modo  geral    é  a  forma 
tradicional  como é desenvolvido. Isto é, a dinâmica usada representa a transmissão verbal 
de conteúdos sem conexão direta com a realidade vivida pelo aluno e organizados de uma 
maneira cumulativa e disciplinar. O que significa que o conhecimento é apresentado como 
acabado,  absoluto  e  verdadeiro.  As  limitações  enfrentadas  no  mecanismo  de  ensino  e 
aprendizagem da área da bioquímica são tão numerosas, que muitos professores optam por 
soluções  facilitadas,  repassando  conceitos  já  estabelecidos  em  livros  didáticos 
desatualizados e/ou deixando de trabalhar determinados conteúdos. 

Um modelo didático, segundo Giordan e Vecchi (1996), corresponde a um sistema 
figurativo  que  reproduz  a  realidade  de  forma  esquematizada  e  concreta,  tornando­a  mais 
compreensível  pelo  aluno.  Representa  uma  estrutura  que  pode  ser  utilizada  como 
referência,  uma  imagem  que  permite  materializar  a  idéia  ou  conceito  tornando­o  dessa 
forma assimilável. Os modelos didáticos devem simbolizar um conjunto de fatos, através de 
uma estrutura explicativa,  que pode ser confrontada com a realidade. 

Modelo da Estrutura do DNA
O  ácido  desoxirribonucleico  (DNA)  e  o  ácido  ribonucleico  (RNA)  são  os 
reservatórios  moleculares  da  informação  genética.  O  DNA  contém  todas  as  informações 
genéticas  de  cada  indivíduo,  tendo  a  capacidade  de  transmiti­las  à  sua  descendência.  A 
seqüência  do  DNA  de  uma  célula  especifica  uma  seqüência  de  RNA  bem  como  uma 
seqüência  de  aminoácidos.  Um  segmento  de  DNA  que  contém  a  informação  necessária 
para a  síntese de um  produto biológico  funcional (proteína ou RNA)  é referido como um 
gene. Logo, um gene é um fragmento de DNA responsável pela produção de uma proteína 
específica.  Os  genes  se  localizam  nos  cromossomos,  que  nada  mais  são  do  que  enormes 
moléculas  de  DNA  que  contêm  além  dos  genes,  longos  segmentos  de  DNA  sem  função 
específica. Em eucariotos, dentro dos genes também existem regiões que  não codificam a 
proteína e são  chamados de íntrons. As regiões dentro do gene que codifica a proteína são 
chamadas de exon. Ao conjunto de genes de um organismo dá­se o nome de genoma  e ao 
conjunto de proteínas produzidas por um organismo dá­se o nome de proteoma . Os termos 
genoma e proteoma aparecem com grande freqüência na mídia porque conhecer os genes e 
as  proteínas  que  compõem  um  organismo  permite  o  desenvolvimento  de  métodos  novos 
para o diagnóstico de doenças e também de novas terapias para seu tratamento. 
O DNA é uma molécula formada por unidades de desoxirribonucleotídeos  que, por 
sua  vez,  são  formados  por:  um  açúcar  (a  desoxirribose);  uma  base  nitrogenada,  que  pode 
ser uma purina (Adenina [A] e Guanina [G]) ou uma pirimidina (Timina [T] e Citosina [C]) 
e por um grupo fosfato. O DNA tem a forma de uma dupla hélice, cujas fitas se enrolam em 
torno  do  próprio  eixo.  As  desoxirriboses  localizam­se  externamente,  como  se  fosse  o 
corrimão de uma  escada circular e as  bases  nitrogenadas  ficam orientadas para o  interior. 
As bases estão pareadas entre as duas fitas da molécula, mantendo sua estrutura através de 
pontes de hidrogênio. Assim, entre T ou A são formadas duas pontes de hidrogênio e entre 
C e G três pontes . Esta característica de pareamento tem grande significância fisiológica e, 
devido a ela, as duas  fitas de DNA são ditas complementares. Essa propriedade garante a 
replicação precisa do DNA e a transmissão das informações genéticas via transcrição, pois 
devido  ao  pareamento  específico,  o  DNA  serve  como  molde  para  a  síntese  de  novas 
moléculas  complementares.  Toda  a  informação  genética  de  um  organismo  encontra­se 
acumulada  na  seqüência  das  quatro  bases  (A,  T,  C  e  G);  deste  modo  a  seqüência  de
aminoácidos  de  todas  as  proteínas  deve  estar  codificada  por  um  alfabeto  destas  quatro 
letras. 
Todas as nossas células contêm os mesmos genes. Só que, em determinado tecido, 
as  células  expressam  uns,  e,  em  outro tecido,  expressam  outros.  Se  quisermos  entender  a 
diferença entre as células do músculo, as células do fígado e as células do sistema nervoso, 
nós temos que entender como se dá o controle da expressão gênica. 
O estudo da expressão gênica envolve a análise das regiões do DNA (genes) que são 
ativadas para a produção de proteínas em tecidos específicos e em  momentos específicos, 
bem como os mecanismos que controlam a quantidade de proteína a ser produzida. Quando 
se diz que um gene é expresso em um dado tecido, significa que  neste tecido é  feita uma 
molécula  de  mRNA  usando  este  gene  como  molde  e  esta  molécula  de  RNA  serve  como 
molde  para  a  "montagem"  da  proteína  correspondente.  As  moléculas  de  RNA  são 
sintetizadas  por  um  processo  conhecido  como  transcrição,  que  é  similar  à  replicação  do 
DNA. Em síntese, o DNA pode se replicar e dar origem a novas moléculas de DNA; pode 
ainda ser transcrito em RNA, e este por sua vez traduz o código genético em proteínas. Isso 
é conhecido como o Dogma Central da Biologia. 
Assim, toda a informação necessária para criar um organismo encontra­se no Àcido 
Desoxirribonucléico  (DNA).  Esta  molécula  é  usada  durante  o  período  de  vida  de  um 
organismo  para  fornecer  instruções  para  milhões  de  processos  celulares  que  ocorrem 
constantemente. Segundo Coelho e Goldinho (2005), o estudo dessa molécula é, em geral, 
algo  muito  abstrato  para  os  alunos  do  ensino  médio.  Por  este  motivo,  é  preciso  que  os 
professores recorram  a algum tipo  de recurso didático visual para abordar o tema. Sabe­se 
que  a  maioria  das  escolas  dificilmente  irão  dispor  de  laboratórios  devidamente  equipados 
para permitir a visualização destas moléculas. 

2.  J ustificativa 

O presente trabalho  apresenta uma adequação de um procedimento bioquímico para 
a  extração de DNA de vegetais, relativamente simples, baseado em trabalhos anteriormente 
publicados (TRIUNFOL ), com resultados visuais significativos para os  alunos do ensino 
médio.  Além de apresentar um custo mínimo, esse procedimento  possibilita ao professor
trabalhar  conteúdos  diversos,  como  concentração  de  solvente  e  soluto,  estrutura  e 
composição  celular,  bem  como  da  própria  estrutura  e  composição  da  molécula  de  DNA 
contidos nos livros didáticos. 
Este trabalho foi realizado, no formato de oficina, para alunos da Segunda Série do 
Ensino  Médio  do  Colégio  Marista  Dom  Silvério  na  cidade  de  Belo  Horizonte  –  Minas 
Gerais. 

2. Metodologia 

Inicialmente,  fez­se  um  levantamento  bibliográfico  dos  modelos  de  extração  de 
DNA em  vegetais  já publicados e após  a análise  destes, optou­se por uma adequação do 
modelo proposto no projeto  O DNA vai à escola. Em seguida, a atividade de extração do 
DNA  foi  realizada  previamente,  durante  a  aula  prática  de  Bioquímica  Celular,  por  um 
grupo  de  estudantes  do  2º  período  do  Curso  de  Licenciatura  em  Ciências  Biológicas  do 
ISEAT – Fundação Helena Atipoff, na supervisão do Professor responsável pela disciplina 
e após aplicada em um grupo de alunos da 2º série do Ensino  Médio do Colégio  Marista 
Dom Silvério, durante a realização de uma feira de oficinas pedagógicas. 

A. Adequação do modelo de Extração de DNA 

Material  necessário:  Copo  de  vidro  de  200mL,  2g  de  Sal  de  Cozinha  (NaCl), 
detergente  líquido  transparente,  álcool  etílico  (95%),  pedaço  de  pano  para  filtrar, 
processador  de  alimentos, tubo  de  ensaio,  pipetas,  bastão  de  vidro  e  uma  banana  caturra 
pequena. 
Utilizando­se  de  um  processador  de  alimentos  doméstico,  tritura­se  1/6  da  banana 
caturra  pequena,  sem  casca,  misturada  a  30mL  de  água  filtrada  e  2g  de  sal  de  cozinha. 
Filtra­se à solução processada, utilizando­se um pedaço de pano, em um copo de vidro de 
200mL. Ao filtrado, acrescenta­se 5mL do detergente líquido transparente e conserva­se em 
repouso por 10 minutos. Após este período, utilizando uma pipeta, retira­se 5mL da solução 
para  um  tubo  de  ensaio.  Adiciona­se  vagarosamente,  deixando  escorrer  pelas  paredes 
internas do tubo de ensaio, 10mL de álcool etílico ( 95%). Conserva­se em repouso por 15
minutos e então faz­se a  leitura visual do resultado. Tempo total do experimento: 40 à 50 
minutos. 

B.  Realização  da  Prática  de  Extração  de  DNA  com  os  Licenciandos  do  Cur so  de 
Ciências Biológicas. 

Os alunos foram divididos em cinco grupos de quatro alunos e os grupos receberam 
tamanhos variados de cortes de banana e quantidade diferente de sal. O objetivo principal 
desta etapa  foi o de realizar a atividade pelo  menos uma  vez, com diferentes quantidades 
destes  materiais,  antes  de  executá­la  com  os  alunos  do  ensino  médio.  As  dificuldades 
diagnosticadas,  durante  a  realização  do  experimento  pelos  grupos  (Por  exemplo:  falta  de 
um  roteiro  prático  e  disponibilidade  de  materialidade  e  reagentes)  serviram  como  suporte 
metodológico para a adequação da realização do experimento. 

C.  Realização da Prática  de Extração de DNA com os Alunos da 2º Série do Ensino 
Médio. 
No Laboratório de Ciências do Colégio Marista Dom Silvério, 2º semestre de 2006, 
os  alunos  da  Segunda  Série  do  Ensino  Médio,  foram  divididos  em  grupos  de  até  cinco 
componentes.  Cada  grupo  recebeu  as  orientações  por  escrito  das  etapas  da  extração  do 
DNA ( Quadro 01 ). 
Inicialmente, foram feitos alguns questionamentos aos alunos a respeito da célula e 
da  sua  estrutura.  As  respostas  foram  então  registradas  na  lousa  e  antes  de  iniciar  o 
experimento, discutiu­se algumas concepções apresentadas pelos alunos sobre a estrutura e 
a  composição química do DNA. 
Em  uma  etapa  posterior,  entregou­se  a  cada  grupo  um  kit  contendo  os  materiais 
necessários para a extração do DNA de banana caturra. Os alunos, sob orientação,fizeram 
uma  leitura atenta das etapas de todo o processo de extração de DNA e um  integrante do 
grupo ficou responsável pelo registro de toda atividade.
Primeiramente, os alunos trituram 1/6 de banana caturra pequena, utilizando­se  um 
processador de alimentos. O extrato obtido foi misturado a 30mL de água filtrada e 2g de 
sal  de  cozinha.  A  solução  foi  então  filtrada,  utilizando­se  um  pano  branco  como  filtro. 
Adicionou­se 5mL de detergente transparente ao filtrado. Durante o tempo de repouso ( 10 
minutos), os alunos eram questionados a respeito do porque de se adicionar sal e detergente 
e da relação destes com a estrutura celular. 
Cada  integrante  do  grupo,  retirou  5mL  do  filtrado  para  um  tubo  de  ensaio  e 
vagarosamente adicionou­se 10mL de álcool etílico tomando o cuidado de deixar o álcool 
como uma camada isolada na parte superior do tubo de ensaio. Deixou­se em repouso por 
mais 15 minutos. Durante o período de repouso, os alunos novamente foram questionados a 
respeito do porque da adição do álcool etílico e qual a relação deste com o experimento. 
Ao  término  dos  15  minutos,  os  alunos  fizeram  a  leitura  do  experimento. 
Cuidadosamente, com o auxílio de um bastão de vidro, fizeram a remoção de um filamento 
de cor  esbranquiçada. 
Quadro 01: Modelo de Orientações para aula prática – Roteiro. 

Oficina Extração de DNA


Professores: Gláucia Ciolette e Nicolau Santiago Prímola

INTEGRANTES DO GRUPO:( Nome Completo )
·  ____________________________________________________________N__
·  ____________________________________________________________N___
·  ____________________________________________________________N___
·  ____________________________________________________________N___
·  ____________________________________________________________N___ 

1.  Título: Extração de DNA em Vegetais 
2.  Objetivos: 
a.  Preparar um sistema adequado para a execução experimental de extração de DNA. 
b.  Reconhecer o significado dos principais reagentes utilizados no experimento e relacioná­los 
com a estrutura celular. 
c.  Comparar o filamento de DNA com os modelo proposto no livro texto (Livro didático ). 

3.  Mater ial Necessário ( Por  bancada ) 

a.  Bastão de vidro. 
b.  Béquer ou copo de vidro. 
c.  Tubos de Ensaio. 
d.  Processador de Alimentos. 
e.  Pipetas 
f.  Pedaço de Pano Branco. 
4.  Reagentes: 
a.  Sal de cozinha ( NaCl) 
b.  Detergente transparente. 
c.  Água filtrada. 
d.  Álcool Etílico. 
e.  Banana Caturra pequena. 

5.  Metodologia: 

3. Resultado 

Com um auxílio  de um  bastão de vidro, a grande  maioria dos alunos, visualmente 


perceberam  a  formação  de  um  filamento  de  cor  esbranquiçada,  nos  tubos  de  ensaio, 
extraído do macerado de banana caturra pequenas(Fig. 01). 

Figura.01: Visualização de um filamento de DNA de Banana Caturra 

4. Analise dos Resultados e Conclusão 

Todos os alunos visualizaram o filamento de DNA da banana caturra, entretanto foi 
observado que alguns ainda apresentavam dificuldades em relacionar este com os modelos 
propostos nos livros didáticos. Os alunos concluirão por seu próprio raciocínio que todo ser 
vivo  tem  DNA  e  foram  capazes  de  afirmar  que  à  molécula  de  DNA  é  realmente  um 
filamento. 

Quando  foram  questionados,  durante  a  realização  do  experimento,  o  porque  de  se 
usar  o  processador  de  alimentos,  o  sal,  o  detergente  e  o  álcool  e  a  relação  destes  com  a
estrutura  celular,  observou­se  que:  Os  alunos,  na  sua  maioria,  sabiam  que  o  DNA  é  uma 
molecular  nuclear  e  daí  o  motivo  de  se  usar  o  detergente  para  romper  a  organização  da 
membrana celular e como conseqüência, a exposição do material genético. Reconheceram, 
na  sua  maioria,  que  o  uso  do  processador  foi  uma  etapa  importante  na  desorganização 
mecânica dos envoltórios celulares. Não conseguiram estabelecer uma relação do uso do sal 
com a  molécula de  DNA e  concluíram,  na  sua  maioria, que o uso do álcool deveria estar 
relacionado  à  polaridade  das  moléculas,  Chegaram  à  conclusão,  na  sua  maioria,  que  os 
ácidos  nucléicos  fazem partem da dieta humana e ao relacionar com os  modelos teóricos, 
presentes  nos    livros  didáticos,    perceberam  que  os  componentes  estruturais  ,  os 
nucleotídeos, servem de matéria prima para a construção das nossas próprias biomoléculas. 
Estabeleceram, também, a diferença entre alimento e nutriente e concluíram que a estrutura 
da  dupla  hélice,  como  proposta  nos  livros  didáticos,  só  pode  ser  visualizada  de  modo 
indireto  e  através  de  tecnologias  sofisticadas.  Foi  discutido,  baseando­se  em  modelos 
propostos  nos  livros  didáticos,  que  o  filamento  esbranquiçado,  visualizado  no  final  do 
experimento, representava milhares de fitas de DNA juntas. 

O  trabalho  apresentado  pretende  auxiliar  os  professores  no  ensino  do  DNA. 
Durante  a  realização  da  prática,  no  laboratório  de  Ciências  do  Colégio  Marista  Dom 
Silvério,  ficou  claro  que  o  modelo  proporciona  um  grande  envolvimento  dos  alunos, 
aguçando a curiosidade em saber mais sobre a estrutura e composição dos ácidos nucléicos, 
devido a facilidade de perceberem visualmente a forma filamentosa da molécula, e também 
relacionar o conteúdo aprendido em sala de aula com as experiências observadas na prática. 

Sabe­se que por trás do esforço individual é necessário que o professor conheça 
o  que o  aluno  pensa  sobre  determinado  assunto para  poder  levá­lo  a  constantes  reflexões 
por  meio  de  perguntas  e  é  através  desses  questionamentos  que  o  professor  alicerça  o 
conhecimento de seus alunos. 

5. Bibliografia 

1. Delizoicov, D. & Angotti, J. A. ( 1994) Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo. 
Cortez.
2. Giordan, A. & Vecchi, G. ( 1996). As Origens no Saber: das concepções dos 
aprendentes aos conceitos científicos. Porto Alegre: Artes Médicas. 

3. Triunfol, Márcia Lachtermacher.(2003) Os Clones. São Paulo: Publifolha, Folha Explica, 
v. 59. 111 p. 

4. Projeto o DNA vai à Escola ­ www.odnavaiaescola.com.

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