Você está na página 1de 26

ANÁLISE DE SOLOS PARA FUNDAÇÕES

UNIDADE IV
RECALQUE EM FUNDAÇÕES
Elaboração
Mateus Arlindo da Cruz

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE IV
RECALQUE EM FUNDAÇÕES............................................................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 1
DEFINIÇÕES E PARTICULARIDADES SOBRE RECALQUES EM FUNDAÇÕES........................................................... 5

CAPÍTULO 2
RECALQUES EM SAPATAS........................................................................................................................................................ 11

CAPÍTULO 3
RECALQUES EM TUBULÕES.................................................................................................................................................... 16

CAPÍTULO 4
RECALQUES EM ESTACAS........................................................................................................................................................ 21

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................25
4
RECALQUE EM
FUNDAÇÕES
UNIDADE IV

CAPÍTULO 1
DEFINIÇÕES E PARTICULARIDADES SOBRE RECALQUES EM
FUNDAÇÕES

Na engenharia civil, denomina-se recalque de fundações quando o solo sofre uma


deformação no momento em que é submetido a uma carga. Em virtude dessa
deformação sofrida pelo solo, as fundações de uma construção começam a se
movimentar.

Dependendo da intensidade com que as fundações se movimentam, podem


ocorrer sérios danos à edificação. Considerando que o solo em que fossem
assentadas as fundações de uma edificação fosse um solo homogêneo e que
todas as sapatas tivessem as mesmas dimensões e cargas atuantes, os recalques
que a edificação sofreria seriam de forma uniforme.

Porém, caso o solo, as fundações e as cargas apresentassem alguma variabilidade


entre elas, a edificação sofreria com recalques diferenciais. É consensual que as
dimensões de uma fundação podem variar devido, principalmente, ao fato de elas
serem dimensionadas com base na carga, que sofre variações.

Logo, é possível afirmar que toda fundação sofre recalque. Porém o responsável
técnico deve assegurar que esses recalques fiquem dentro do admissível e que
toda a estrutura da edificação suporte os recalques previstos.

Outra consequência dessa afirmação é que a hipótese de que o apoio é fixo


para pilares torna-se inválida. Os recalques, como já exposto, são oriundos da
combinação de dois fatores: o solo e o carregamento.

O carregamento atuante na estrutura provoca uma variação volumétrica, em


primeiro estágio, no solo, ocorrendo a compressão do ar e a expulsão da água .
Essa variação pode ser chamada de variação do volume de vazios.

5
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Após a primeira variação do volume (vazios), inicia-se a variação de volume


constante, ou seja, o carregamento começa a comprimir os grãos do solo. Essa
variação de volume é muito menor do que a variação do volume de vazios. Com
base nas variações de volume, pode-se fazer uma analogia quanto ao tipo de solo
e de como os recalques ocorreram.

Em solos mais granulares, altamente permeáveis, a variação de volume se dá de


forma rápida, consequentemente, os recalques na estrutura também ocorrem
de forma rápida. Já em solos saturados, que possuem baixa permeabilidade, as
variações de volume ocorrem de forma mais lenta. Nesses casos, os recalques
ocorrem de forma gradativa e mais lenta.

Ressalta-se que a fundação de uma construção com elevado fator de segurança


contra a ruptura do solo não significa que um bom comportamento quanto aos
recalques.

Ainda, as principais causas para ocorrência de recalques nas fundações são


as aplicações de cargas estruturais no solo, o rebaixamento do nível do lençol
freático, o colapso do solo em virtude de inundações, a expansibilidade de solos e
a deterioração da estrutura do elemento de fundação.

Outros autores dizem que os recalques podem ser divididos sob duas óticas, a do
solo e a da estrutura. Sob a ótica do solo, os recalques podem ocorrer de forma
imediata, por adensamento e de forma secundária, também chamado de creep.

No âmbito da estrutura, os recalques podem ser de diferentes tipos, o primeiro


é o recalque absoluto. No recalque absoluto, como o próprio nome diz, ocorre a
movimentação absoluta do elemento de fundação.

Outro tipo de recalque são os recalques diferenciais, em que os elementos de


fundações sofrem recalques de forma diferente (um elemento recalca mais que
outro). Nesse tipo, pode-se determinar o ângulo de distorção do recalque, que é
a relação entre o recalque diferencial e a distância dos elementos de fundações.

Na movimentação da estrutura, recalques uniformes com intensidade baixa não


costumam trazer sérios danos à estrutura. Por outro lado, se as deformações
forem de intensidade elevada, a estrutura poderá sofrer sérios danos em sua
funcionalidade, estética, nos equipamentos e nas instalações. Os recalques

6
Recalque em fundações | UNIDADE iv

uniformes são os recalques que menos danificam a estrutura, desde que não
ocorram de forma excessiva.

As movimentações da estrutura que ocorrem de forma diferencial, porém,


uniforme, ocasionam à estrutura problemas visuais, sendo também responsáveis
pela ocorrência de problemas nas esquadrias da edificação.

No âmbito estrutural, a ocorrência desses recalques costuma não causar sérios


danos. Se o recalque ocorrer de forma pequena, poderá ser revertido; se ocorrer
de forma e intensidade elevadas, poderá comprometer o seu uso e habitat.

Estruturas que sofrem com movimentações que acabam gerando recalques


diferenciais de forma generalizada sofrem de problemas estruturais. Os recalques
diferenciais generalizados afetam, principalmente, a parte estrutural da edificação
em virtude de ocorrerem por meio de distorções diferentes. Os esforços internos
são alterados em virtude dessa distorção, gerando, além dos problemas estruturais,
problemas arquitetônicos.

A NBR 6122:2019 prescreve que os estados limites de serviço, também chamados


de ELS, devem ser verificados no desempenho das fundações. De acordo com a
norma, o valor do limite de serviço para uma deformação corresponde ao valor
no qual começam a surgir trincas não aceitáveis, vibrações e, consequentemente,
o comprometimento da funcionalidade plena da edificação.

Segundo a norma supracitada, os valores limites dos deslocamentos de uma


fundação devem ser determinados considerando a confiabilidade com qual tais
valores foram determinados e estabelecidos, a velocidade de ocorrência dos
recalques e movimentações do terreno da fundação, o tipo de estrutura e material
aplicado na obra, o tipo de fundação, a origem do solo e suas características, a
finalidade da edificação e a sua influência na utilidade e edificações vizinhas.

As fissuras ocasionadas por recalques diferenciais costumam ser inclinadas, sendo


confundidas por trincas oriundas de problemas estruturais devido a essa inclinação.
Elas estão localizadas nos locais de maior ocorrência dos recalques e ondem eles têm
maior intensidade.

7
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Os limites de serviços que devem ser considerados ocorrem em virtude de recalques


excessivos, levantamentos excessivos ocasionados por solos expansíveis ou outras
causas e vibrações inaceitáveis.

O desempenho de uma fundação é determinado pelo monitoramento dos recalques


que a estrutura sofre durante sua vida útil. Esse monitoramento é obrigatório,
segundo a NBR 6122:2019, nos casos em que a estrutura estará exposta a cargas
variáveis maiores do que a carga total, exemplo: silos e reservatórios.

Segundo a mesma norma, as estruturas com mais de 60 metros de altura em relação


ao nível do terreno e edificações que tenham a altura dividida pela largura de
menor dimensão com relação superior a quatro também deverão ter monitorados
os recalques. A norma 6122:2019 também prevê que, nas edificações que possuem
fundações ou estruturas não convencionais, os recalques devem ser monitorados.

Além das leituras dos recalques, para as condições acima, podem-se fazer
necessários o acompanhamento e o monitoramento de outros fatores, tais como
deslocamentos horizontais, desaprumos e tensões com o emprego de células de
carga. Os resultados desses fatores, com os de recalques, devem ser comparados
com as previsões apontadas no projeto.

Para execução dessas medições, o projeto de fundações deverá conter uma série de
informações detalhadas sobre o monitoramento, tais como o nível de referência
a ser utilizado, as características dos aparelhos para a coleta das informações, a
frequência e a periodicidade com que as leituras e medições devem ocorrer.

Com base no tipo de solo, finalidade da obra e cultura local, alguns autores
afirmam quais são os recalques admissíveis para uma edificação. Para fundações
rasas, Burland et al., elaborou uma tabela contendo esses valores, os quais são
apresentados na tabela 14.

Tabela 14. Recalques admissíveis.

Fundação Areias Argilas


- 25mm 45mm
Sapata isolada 40mm 65mm
Radiers 65mm 65 a 100mm
Fonte: MARANGON, 2018.

O limite seguro para evitar danos em paredes de edificações é de y = 1/500; o


limite no qual começam a aparecer trincas nas paredes dos edifícios é de y =

8
Recalque em fundações | UNIDADE iv

1/300. A partir do momento em que y = 1/150 podem ocorrer danos estruturais


na edificação a qualquer momento.

Além de todos os fatores que podem acelerar os recalques em fundações, ainda


existe um fenômeno geológico chamado “dolinas”. As dolinas são afundamentos
situados no solo que, com o passar do tempo, tendem a aumentar.

Esse fenômeno é ocasionado por falhas no subsolo do terreno e foi


responsável pelo caso do buraco de Cajamar, no município de Cajamar, no
estado de São Paulo.

Edificações nas quais as fundações são assentadas sobre aterros, é quase


inevitável a ocorrência de recalques significativos. Os recalques nessas
fundações são geralmente advindos de deformações no corpo do aterro,
deformações situadas no solo abaixo do aterro e execução dos elementos de
fundações sobre aterros sanitários.

Ressalta-se que, nos casos em que as fundações forem do tipo estacas e estas
atravessarem uma camada de um aterro, há a ocorrência do atrito negativo
sob a estaca. O atrito negativo faz com que a estaca adquira uma carga de
carregamento e não de resistência.

Esse carregamento corrobora para a ocorrência dos recalques da fundação, em


que a tensão de resistência do solo se torna inferior à tensão provocada pelo
carregamento da estaca mais o carregamento proveniente do atrito negativo
gerado pelo aterro.

Outro fator que pode ocasionar um aumento nos recalques na edificação é a troca
da finalidade de um edifício ou construção. Essa situação é comum em prédios
que foram projetados para receber uma determinada atividade e, no decorrer do
seu uso, têm sua finalidade alterada em virtude de novos equipamentos. Com
isso, o edifício tem sua carga de fundação alterada.

Uma prática muito recorrente é a implantação de mezaninos ou andares


intermediários em reformas de prédios comerciais. Esses novos elementos no
prédio podem ocasionar uma concentração de cargas para a qual as fundações e
o solo não estavam preparados, aumentando, assim, os recalques na edificação.
Essas deformações excedentes acabam gerando patologias indesejadas e, em
alguns casos, colapso total da estrutura.

9
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Outro fator que pode colapsar a fundação são escavações próximas. Um caso
prático foi o desabamento de um edifício residencial de 13 andares em Xangai,
no qual foram realizadas escavações na vizinhança da edificação com o intuito
de construir um parque de estacionamento subterrâneo. O montante de terra
escavado foi posto sobre o outro lado da edificação, gerando um acréscimo de
carga no solo nesta região.

Deve-se tomar cuidado com as obras de vizinhanças em virtude da sobreposição


dos bulbos de tensões. A sobreposição pode provocar um acréscimo de tensão
sobre o solo, provocando deformações excessivas e, consequentemente, recalques
maiores. O acréscimo de tensões do lado da edificação e o alívio do outro lado
provocado pela escavação pode fazer com que o prédio desabe.

No caso de Xangai, outros fatores foram determinantes, tais como a presença


de chuva, o tipo de solo e a enchente do rio próximo ao local do edifício. Assim,
na ocorrência de recalques, deve-se fazer estudos com a finalidade de descobrir
se eles se encontram ativos ou passivos.

10
CAPÍTULO 2
RECALQUES EM SAPATAS

Antes de iniciarmos o estudo de recalques em sapatas, devemos conhecer alguns


conceitos básicos. Deformabilidade é a propriedade que uma rocha ou um solo
têm de alterar sua forma quando solicitados por uma carga atuante externa.
O estado elástico de um material é a capacidade de ele voltar a suas condições
iniciais quando a aplicação de tensões é cessada.

Logo, o solo não é um material elástico, visto que os recalques imediatos não
são recuperados naturalmente quando as cargas param de ser aplicadas. Outro
conceito que devemos saber é o módulo de elasticidade do material, também
chamado módulo de deformabilidade.

Os solos que possuem módulo de deformabilidade constante com a profundidade


são, geralmente, argilas sobreadensadas, que possuem um meio elástico
homogêneo. Os solos que possuem módulo de deformabilidade variável são as
areias, que possuem um meio elástico heterogêneo.

A partir desses conceitos iniciais, pode-se começar a estudar os recalques


em sapatas. Os recalques em sapatas podem ser determinados por diferentes
métodos, sendo que o recalque total de uma edificação será estimado por meio
da equação 37.

ρT = ρi + ρc + ρs Equação 37
Em que ρ T é o recalque total que a fundação sofrerá, ρi é a parcela do recalque
imediato ou inicial da fundação, ρ c é o recalque por adensamento e ρ s é o recalque
proveniente por compressão secundária.

O recalque imediato acontece logo após a aplicação da carga, sendo esta a


parcela predominante no cálculo de recalques totais em areias (solos com alta
permeabilidade). Em solos constituídos de finos e saturados, as deformações
podem ocorrer com volume constante de 0,5. O recalque imediato ocorre em
poucos segundos após a aplicação da carga e de forma completa.

Os recalques por adensamento ocorrem em solos constituídos principalmente


por solos finos e saturados, resultando em uma dissipação do excesso de
poropressão inicial. Esse tipo de recalque pode levar meses ou anos para sua
ocorrência por completo.

11
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Os recalques secundários ocorrem em virtude da aplicação de cargas constantes.


Nos casos das areias, provoca a quebra dos seus grãos. Esse tipo de recalque é
predominante em solos como argilas moles ou marinhas.

Concluímos que. em solos como areias, siltes e argilas não saturadas, o recalque
total da sapata será mais ou menos igual ao recalque inicial. Já em argilas
saturadas, o recalque total será determinado pelo recalque inicial mais o recalque
por adensamento. Nos casos de argilas muito moles ou marinhas, o recalque total
será determinado pelo recalque inicial, mais o recalque por adensamento, mais
os recalques secundários.

Segundo Cintra, Aoki e Albiero (2011), a espessura da camada na qual a fundação


da sapata estará assentada produz cerca de 90% dos recalques iniciais totais
que ela sofrerá. Segundo os mesmos autores, o bulbo de tensões gerados pelos
recalques chega a atingir uma profundidade de 6 (seis) vezes a área da base da
fundação.

O módulo de deformabilidade de um solo pode ser obtido por meio de ensaios


laboratoriais, como o de compressão triaxial e o endométrico. Ele ainda pode ser
determinado por meio de reatroanálises da curva de carga versus recalques ou
correlação empíricas de SPT.

A equação 38 apresenta a correlação empírica com o ensaio de SPT para determinar


o módulo de deformação do solo. Na equação, o valor de K varia conforme o tipo de
solo, sendo que, em geral, ele gira em torno de 2 a 5. O resultado da equação 38 é
expresso em MPa.

E = K NSPT Equação 38

Recalques por adensamento ocorrerão em solos que possuem, como componente


básico, cerca de 70% de argila. Ainda, para determinar os recalques iniciais é
utilizada a equação 39.

ρi = ∆σ B ((1-v²)/Eu) Iw Equação 39

12
Recalque em fundações | UNIDADE iv

∆σ é o valor referente ao acréscimo de tensão aplicado no solo; B é a menor


dimensão em planta da sapata; v é o coeficiente de Poisson, geralmente de 0,5;
E u é o valor do módulo de deformação não drenado do solo; e I w é o fator de
forma da sapata, sendo este tabelado conforme apresentado na tabela 15.

Tabela 15. Fator Iw.

Flexível
Forma Rígida
Centro Canto
Circular 1,00 0,64 0,88
Quadrada 1,12 0,56 0,82
L/B = 1,5 1,36 0,68 1,06
L/B = 2 1,53 0,77 1,20
L/B = 5 2,10 1,05 1,70
L/B = 10 2,54 1,27 2,10
L/B = 100 4,01 2,00 3,40
Fonte MARANGON, 2018.

Para situações nas quais o responsável técnico possui os boletins de sondagens


CPT, Schmertmann (1970) apresentou o método de previsão de recalques
(equação 40). Ele se baseia na distribuição de cargas e deformações verticais e
expressa um fator de influência sobre as deformações chamada I z. A deformação
vertical é expressa em ε z, sendo q n a pressão líquida sobre os elementos de
fundações e E, o valor do módulo de elasticidade longitudinal.

εz = (qn / Eu) Iz Equação 40

Sapatas quadradas são consideradas sapatas em que a divisão da base pela


largura é igual a 1 (um). Sapatas longas são consideradas sapatas em que a
divisão da base pela largura resulta em um fator maior ou igual a 10 (dez).
Sapatas longas na engenharia civil são chamadas sapatas corridas. O fator I z é
apresentado, na figura 7, em relação à profundidade da fundação, sendo esta
expressa em função da largura da sapata.

13
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Figura 7. Distribuição do fator de Iz.

Nível (cota) da fundação

Zfp=B/2

Zfp=B

L/B=1
Zf0=2B

L/B>-10 MAIOR QUE

Zf0=4B

Profundidade (Z)

Fonte: KNAPPETT, 2012.

Os dois casos de sapatas correspondem às condições de simetria axial e estado de


deformações, respectivamente. Ressalta-se que as distribuições apresentadas na
figura 7 foram definidas com base em métodos teóricos e experimentais, sendo que
eles admitem deformações insignificantes na profundidade abaixo das fundações de
zf0 = 2B e 4B para sapatas quadradas e corridas, respectivamente.

O pico máximo de influência de deformação (I zp) é dado pela equação 41, na


qual σ′ p é a pressão efetiva confinante na profundidade I zp e ocorre a uma
profundidade z fp = 0,25z f0 .

Izp = 0,5 + 0,1 (qn / σ′p)0,5 Equação 41


Observa-se que as deformações máximas não ocorrem logo abaixo do elemento
de fundação, como no caso das tensões verticais. Ainda, pode-se relacionar as
distribuições de deformações com a profundidade na qual a fundação está assentada.

Esse fator de correlação, com base na profundidade da sapata, é dada pela equação
42. O valor de σ′q é a pressão efetiva confinante no nível em que a fundação está
assentada, e qn é a pressão líquida na fundação.

C1 = 1 - 0,5 (σ′p / qn) Equação 42


Profissionais comumente afirmam que, em areias, os recalques permanecem
praticamente estáveis ao final da construção. Porém existem alguns registros de

14
Recalque em fundações | UNIDADE iv

ocorrência de recalques com o passar do tempo, sendo gerado pelo efeito de fluência,
também chamado creep.

As deformações em areias ao longo do tempo podem ser determinadas através da


equação 43. A variável t na equação diz respeito ao tempo, em anos, no qual se deseja
estimar os recalques que virão a ocorrer.

C2 = 1 + 0,2 log (t / 0,1) Equação 43


Schmertmann (1970), com base em ensaios realizados in situ, desenvolveu correlações
entre o módulo de deformação e a resistência à penetração do cone para areias
normalmente adensadas, sendo que estas se diferem do formato das fundações. As
equações 44 e 45 representam o módulo de deformação para fundações quadradas
e longitudinais, respectivamente.

E = 2,5 qc Equação 44

E = 3,5 qc Equação 45

15
CAPÍTULO 3
RECALQUES EM TUBULÕES

Tubulões são tipos de fundações que possuem seção circular e base alargada.
Embora os tubulões sejam considerados fundações profundas, eles se diferem das
demais porque a transmissão das cargas para o solo ocorre pela base, semelhante
ao que ocorre nas sapatas e blocos.

A execução de um tubulão pode ser realizada de forma manual ou mecânica, sendo


que a finalização do processo se dá com a descida de um funcionário para realizar
a limpeza e o alargamento da base do tubulão.

Após a realização dessas etapas, ocorre a concretagem do tubulão sem o uso de


vibrador, por isso, o concreto utilizado na concretagem deve ser suficientemente
fluido para a correta ocupação de toda a base da fundação.

Os tubulões podem ser executados tanto acima do nível do lençol freático como
submersos em terrenos saturados. Os tubulões podem ser divididos em duas
categorias, os tubulões a céu aberto e os tubulões a ar comprimido.

Os tubulões a céu aberto são indicados para edificações que apresentam cargas
elevadas e com condições que dificultem o uso de técnicas e elementos de
fundações mais mecanizados.

Os tubulões são indicados para solos que têm como característica a alta rigidez,
sendo que os tubulões a céu aberto não são indicados em solos que apresentam
níveis de água próximos à superfície do terreno. O responsável técnico deve
vistoriar e garantir que o solo no qual será realizado o tubulão tenha rigidez
suficiente para a não ocorrência de desabamentos. A figura 8 apresenta um típico
tubulão a céu aberto.
Figura 8. Tubulão a céu aberto.

Escavação manual ou Concretagem


(concreto
mecânica (FUSTE) autoadensáve
Superfície l)
do terreno Funil

Corte de
assentamento

Alargamento da base

Fonte: MEIA COLHER, 2013.

16
Recalque em fundações | UNIDADE iv

Os passos para execução de um tubulão aberto consistem basicamente na


utilização de um gabarito de madeira ou outro material para a locação do eixo
do elemento, sendo este marcado com o uso de arames, pregos ou piquetes.
Após a marcação do eixo do elemento, faz-se a marcação da circunferência do
tubulão, com o diâmetro não inferior a 70 centímetros.

Após a demarcação do elemento, começa-se a fazer a escavação do solo, cuja


profundidade vem especificada no projeto de fundações. Caso a escavação ocorra
de forma manual, faz-se o uso de baldes ou galões para a retirada do solo. Se
a escavação ocorrer de forma mecanizada, o próprio aparelho rotativo que se
encontra acoplado ao caminhão faz a limpeza e remoção do solo.

O alargamento da base do tubulão deve estar prescrito no projeto, sendo


necessário conter as dimensões do alargamento. Após a realização do
alargamento, recomenda-se verificar se o tubulão encontra-se na forma,
dimensão e homogeneização conforme recomenda o projeto.

Após a verificação e a constatação da conformidade da execução do fuste, faz-se a


colocação das armaduras. Após a colocação das armaduras, faz-se a concretagem do
elemento, recomendando sempre que seja feito o adensamento do concreto a cada
lançamento, com o intuito de evitar os vazios.

Os tubulões a ar comprimido são indicados para edificações nas quais os


valores das cargas atuantes são elevados, como no caso de pontes e viadutos.
Para a execução dos tubulões a ar comprimido, utiliza-se uma proteção a fim de
evitar a entrada de água no local onde está sendo realizada a escavação, sendo
que o ar comprimido auxilia na remoção da água.

A execução de tubulões a ar comprimido consiste primeiramente em um


mapeamento geotécnico para a realização da terraplanagem. Após esse
mapeamento, é realizada a escavação de um poço de aproximadamente dois
metros de profundidade.

Depois da realização da abertura do poço, começa-se a montagem das formas


circulares em volta do local onde serão armadas as ferragens do tubulão. Logo
após a armação, são instaladas formas circulares externas.

A concretagem é realizada primeiramente na camisa do tubulão e, após o período


de cura adequado, são retiradas as formas internas e externas. Com essas etapas
realizadas, é feita a montagem da campânula sob o tubulão que se encontra em
execução.

17
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Com a campânula montada, é feita a liveração para a execução das escavações,


utilizando a base alargada do tubulão para melhor aproveitamento da
capacidade de suporte do solo. Após a realização do alargamento da base, é
feito o preenchimento do fuste com concreto, sem a remoção da campânula. A
figura 9 apresenta a execução de um tubulão a ar comprimido.
Figura 9. Execução de tubulão a ar comprimido.

Fonte: MEIA COLHER, 2013.

Os recalques em tubulões em que as cargas provenientes da estrutura são


de intensidade menor que a carga admissível costumam ser inferiores a 25
milímetros. Esses recalques são, em grande parte, das estruturas aceitáveis
devido ao seu baixo valor. Nos casos em que a capacidade de carga dos tubulões
seja dada pela área da base, os recalques podem possuir valores superiores ao
supracitado.

Os parâmetros que influenciam o grau de intensidade dos recalques nos tubulões


são as cargas e suas respectivas intensidades aplicadas no elemento de fundação,
as características do solo adjacente ao assentamento do tubulão, as características
do solo ao longo do fuste de perfuração da fundação e as características dos
materiais utilizados durante a execução do fuste e do elemento de fundação.

O método utilizado pelos profissionais brasileiros para o dimensionamento dos


tubulões prevê e admite que o atrito do solo ao longo do fuste do tubulão seja
suficiente para suportar o peso e as cargas provenientes do concreto. Ainda segundo
o mesmo método, considera-se que o solo subjacente à cota de assentamento da

18
Recalque em fundações | UNIDADE iv

fundação possui resistência suficiente para apoiar a carga aplicada no topo do


tubulão.

O método de cálculo dos tubulões costuma ser, em determinadas situações, muito


conservador, visto que o atrito – ou, também chamado por alguns autores, adesão
ao longo do fuste - que atua sobre ele diminui as parcelas das cargas atuantes na
base do tubulão. O recalque em um tubulão é resultante de dois fatores distintos:
o encurtamento elástico do concreto, que é utilizado como coluna do elemento
de fundação, e a deformação do solo no qual está assentada a base do tubulão,
principalmente devido ao aumento das tensões atuantes.

As deformações elásticas ocasionadas no fuste do tubulão são determinadas por


meio da aplicação da lei de Hooke de um elemento infinitesimal, com altura
dz e interação ao longo de todo o seu comprimento. É, assim, determinada a
deformação total do concreto presente no elemento de fundação.

A equação 46 apresenta o método de cálculo da deformação total do concreto, sendo


que Ec é o módulo secante do concreto. As constantes P e Af dizem respeito à carga
aplicada e à área do fuste do tubulão, respectivamente.

l Pz dz Equação 46
Sc = ∫ 0 Ec Af

Ec = 0,9 x 6600 x fck + 3,5 ( MPa ) Equação 47

O solo no qual a base do tubulão está assentada acaba recebendo o maior


acréscimo de cargas atuantes verticais. Nos casos em que o tubulão tem sua base
alargada, faz-se o uso de um método no qual se considera que o resultado das
tensões que tangenciam a parte superior da base do tubulão passam a atuar como
uma sobrecarga.

Esse acréscimo de tensões no solo faz com que a região de aplicação das tensões
no solo possa ser calculada por meio da teoria da elasticidade, sendo levado em
conta o tipo de solo no qual o elemento de fundação está apoiado.

Para tubulões que estão assentados sobre argilas, o método de cálculo dos
recalques é igual à soma dos recalques imediatos com os recalques provocados
pelo adensamento primário e secundário. Conclui-se, então, que o método de
cálculo dos recalques em tubulões assentados sobre argilas é igual ao método de
cálculo de recalques das sapatas.

19
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Para tubulões que estão assentados sobre areias, o método de cálculo dos recalques
considera apenas os recalques imediatos, que ocorrem logo após a aplicação das
cargas. Logo, para calcular recalques de um tubulão assentado sobre areias,
utiliza-se o método de Schmertmann.

20
CAPÍTULO 4
RECALQUES EM ESTACAS

Assim como nas fundações rasas ou superficiais, a verificação dos estados limites de
serviço deve assegurar que os recalques provenientes das cargas da edificação que
atuarão sobre as estacas não comprometam a sua estrutura. O cálculo do recalque de
uma estaca é mais complexo do que o cálculo de recalques de fundações superficiais
em virtude de considerar mais variáveis.

Dentre as variáveis que o cálculo de recalques de estacas considera, destaca-se


o comportamento construtivo da estaca, uma vez que o comportamento de
transferência de carga ao longo de todo o comprimento da estaca e a sua ponta é
muito diferente, além da estratificação do solo, visto que muitas vezes as estacas
atravessam as camadas do solo.

Outros fatores que influenciam o cálculo dos recalques em estaca são a esbeltez da
estaca, pois o seu comprimento em relação à seção transversal é muito superior e a
sua compressão pode ter valor elevado; e a condição elastoplástica, em que as cargas
solicitantes no topo das estacas são maiores do que a resistência do solo, o que pode
ocasionar a ruptura do solo no topo da estaca.

Em virtude desses fatores e outros não elencados, em estacas, sempre são realizados
testes de cargas com a finalidade de verificar se o estado de limite de serviço foi
alcançado. Nas situações em que é utilizado um número elevado de estacas em um
mesmo projeto, testa-se apenas uma porcentagem das cargas, gerando assim uma
amostra das fundações.

Com o intuito de diminuir o retrabalho de projetistas, as condições de estados-limite


de serviço podem ser obtidas em estacas por meio de interações analíticas,
numéricas ou com base em experiências anteriores. Nesse capítulo serão
abordados os métodos de Rahdolph e Wroth que consideram que o solo se
comporta de forma elástica e que a estaca é axialmente rígida.

Outro método a ser estudado será o método T-z, em que a estaca é dividida em
diversas seções, sendo aplicada em cada uma delas uma mola que representa a
interação do solo-estaca. As características dessas molas são encontradas por
meio dos métodos de Randolph e Wroth, determinando a reação que ocorre na
estaca, chamada de reação T, para um determinado deslocamento do sistema
solo-estaca, chamado de z.

21
UNIDADE iv | Recalque em fundações

Após a definição do conjunto T-z, ele pode ser solucionado por meio da aplicação
de um esquema de diferenças finitas. Sendo assim, a maneira mais rápida de obter
o resultado é por meio de planilhas geradas por um sistema de computador. A
aplicação de esquema de diferença finita permite que se leve em conta no cálculo
a compressibilidade da estaca e as variações que o solo sofre ao longo de todo o
comprimento da estaca.

Outro método que pode ser utilizado para a previsão de recalques em estacas é o
método hiperbólico, que se baseia na curva global das estacas. Para a utilização
desse método, o responsável técnico deve ter conhecimento sobre os termos Q bu,
Q su e sobre aspectos adicionais de adequação, com base em bancos de dados
experimentais sobre recalques em estacas.

Como já citado, o método de Randolph e Wroth considera que o solo se comporta


de forma elástica linear até a ocorrência da ruptura. A superfície da estaca neste
método é tratada como se fosse uma fundação rasa enterrada, assentada em um
solo elástico. A equação 48 é utilizada para determinar a rigidez da ponta da
estaca, em que T bi é a carga que age na estaca e s b é o recalque de sua ponta.

Kbi = Tbi/sb Equação 48

Nas estacas em geral, utilizam-se os termos de módulo de elasticidade transversal


(G) para determinar a rigidez, ao invés de utilizar o módulo de elasticidade
longitudinal (E), também chamado de módulo de Young (equação 49).

E = 2 G (1 + v) Equação 49

No caso da estaca ser circular e considerada rígida em sua ponta, a pressão de


ponta (equação 50) e Is de 0,79, considerando que (1 – ν2) = (1 – ν)(1 + ν), obtém-se
a equação 51.

q = 4Tbi/πD02 Equação 50

sb = (4 Tbi D0 (1 – v²) Is) / π D02 2 G (1 + v)

.: Kbi = 2 ((D0 G) / (1 – v)) Equação 51

22
Recalque em fundações | UNIDADE iv

Em estacas quadradas, as equações supracitadas sofrem alterações devido ao Is ser


de 0,82. As alterações são mostradas nas equações 52 e 53, respectivamente.

q = Tbi/Bp2 Equação 52

.: Kbi = 2,44 ((BP G) / (1 – v)) Equação 53

No decorrer do fuste da fundação estaca, caso o atrito entre a interface não for
superado na interface da estaca-solo, esta estabelecerá que o cisalhamento de
deformações ocorra na área anelar da estaca. Para verificar o equilíbrio vertical
da estaca, utiliza-se a equação 54, em que t 0 é a tensão média atuante ao longo da
estaca (L si).

.: t = (D0 / 2r) t0 Equação 54


A distorção do anel do solo na estaca é estabelecida por γ = ds/dr, sendo ainda
estabelecido que a deformação radial do solo é insignificante. Com base no exposto,
Gsi é o módulo de elasticidade transversal médio do solo com base no comprimento
da estaca (Lsi). Por meio de integrais e derivadas, obtém-se a equação 55, por meio
da qual é determinada a rigidez do fuste da estaca.

.: Ksi = (2 π Lsi Gsi) / ln (2 rm / D0) Equação 55


Logo, para uma estaca rígida, pelo método de Randolph e Wroth, os recalques são
definidos pela equação 55.

.: Sr = Q / (Kbi + Ksi) Equação 56


Para melhor compreensão do assunto, usaremos um exemplo retirado de Knappett
(2012), com exercício resolvido do cálculo de recalques em estacas rígidas.

Uma estaca escavada com 21,5 m de comprimento e ponta (base) alargada deve ser
construída em uma unidade de argila para a qual G = 5 + 0,5z MPa, em que z é a
profundidade em metros abaixo do nível do terreno, e ν′ = 0,2. O fuste da estaca tem
comprimento de 20 m acima do alargamento e diâmetro de 1,5 m. O alargamento
tem um diâmetro de 2,5 m na base, e pode-se admitir a estaca como rígida.
Determine o recalque de longo prazo da estaca, a carga suportada pelo fuste e a
ponta da estaca sob a ação de uma carga de serviço de 5 MN (KNAPPETT, 2012).

Resolução pelo método de Randolph e Wroth:

Como a estaca possui um alargamento de ponta (under-ream), o atrito do fuste só


é levado em consideração até uma profundidade de 2D0 (= 3m) acima do topo dele.

23
UNIDADE iv | Recalque em fundações

O módulo de elasticidade transversal é 5 MPa na superfície e 13,5 MPa a 17 m de


profundidade, portanto sua média ao longo dos 17 m superiores da estaca
é G = 9,25 MPa. Dessa forma, pela Equação 55:

Ksi = (2 π 17 9,25) / ln (2 21,5 / 1,5) = 294,4 MN/m

Na ponta da estaca, D0 = 2,5 m e G = 15,75 MPa, portanto, a partir da Equação 53,

Kbi = 2 ((2,5 15,75) / (1 – 0,2)) = 98,4 MN/m

A estaca é rígida, e Q = 5 MN, portanto, a partir da Equação 56,

Sr = 5 / (98,4 + 294,4) = 0,0127 m = 12,7mm

Logo, o recalque sofrido pela estaca rígida do exemplo é de 12,7mm.

Em um grupo de estacas, os recalques são sempre maiores do que recalques


oriundos de uma estaca apenas. Esse fenômeno ocorre em virtude da interação
entre as estacas, em que o recalque de uma estaca interfere no recalque da estaca
vizinha.

Dentre as formas de prever os recalques de um grupo de fundações, estão os


métodos empíricos, os de fundações equivalentes e os numéricos. Dentre os
métodos empíricos, destaca-se o método de Fleming, no qual o recalque é
determinado pelas equações 57 e 58. O n representa o número de estacas no
elemento de fundação, sendo que o w é arbitrado com o valor de 0,5 devido ao
uso de diversos autores.

Pg = Pisolada Rs Equação 57

Rs = nw Equação 58

24
REFERÊNCIAS

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D3080: (2004) Standard Test
Method for Direct Shear Test of Soils Under Consolidated Drained Conditions., American Society for
Testing and Materials, West Conshohocken, PA: ASTM, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12131: Estacas - Prova de carga
estática - Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13208: Estacas - Ensaios de


carregamento dinâmico. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6122: Projeto e execução de


fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6484: Solo - Sondagens de simples
reconhecimentos com SPT - Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6489: Solo - Prova de carga
estática em fundação direta. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8036: Programação de sondagens


de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT,
1983.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9603: Sondagem a trado -


Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9604: Abertura de poço e


trincheira de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas — Procedimento.
Rio de Janeiro: ABNT, 2016.

BERNUCCI, L B.et al. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. 3ª edição. Rio de
Janeiro: Editora: Petrobras, 2010. 504p.

BOLTON, M.D. (1991) A Guide to Soil Mechanics., London: Macmillan Press, London1991.

BRITISH STANDARD 1377 (1990). Methods of Test for Soils for Civil Engineering Purposes,
London: British Stand ards Institution, London.

BROMHEAD, E.N. (1979) A simple ring shear apparatus, Ground Engineering, 1979, 12(5), 40–
44.

BS EN 1997-2:2007. EC7–2 (2007) Eurocode 7: Geotechnical design – Part 2: Ground investigation


and testing, BS EN 1997–2:2007, London: British Standards Institution, 2007London.

CINTRA, J. C. A.; AOKI, N.; ALBIERO, J. H. Fundações diretas: projeto geotécnico. [S.l: s.n.], 2011.

CONCIANI, Wilson et al (coord). Manual Do Sondador/ Wilson Conciani (coord.); Carlos Petrônio
Leite da Silva … [et al.]. _ Brasília : Editora do IFB, 2013. 118 p. : il. ; 23 cm.

25
Referências

GUIA DA ENGENHARIA. Ensaio SPT: aprenda como interpretar os resultados. São Paulo, 2018. v. 1.
Disponível em: http:// https://www.guiadaengenharia.com/resultado-ensaio-spt//. Acesso em: 8 nov.
2019.

GUIMARÃES, D. Fundações. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

INTERNATIONAL ORGANISATION FOR STANDARDISATION. CEN ISO/TS 17892:


Geotechnical Investigation and Testing – Laboratory Testing of Soil., Inter national Organisation
for Standardisation, Geneva: IOS, 2004.

KNAPPETT, J. A. Craig mecânica dos solos; 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

MACHADO, S. L. Mecânica dos solos II.; Universidade Federal da Bahia, 1997.

MARANGON, M. Mecânica dos solos.; Universidade Federal de Juiz de Fora, 2018.

MEIA COLHER. Fundações com tubulações: o que é e como fazer! [S.l.]: Meia Colher, 2013.
Disponível em: http://www.meiacolher.com/2015/08/fundacao-com-tubuloes--o-que-e-e-como.html.
Acesso em: 3 dez. 2019.

SCARABEL, D. Estudo da aplicação da NBR 6484-01 por construtoras de Campo Mourão e


região. 2012. 43 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, Campo Mourão, 2012.

SCHMERTMANN, J. H. (1970) Static cone to compute static settlement over sand,


Proceedings. ASCE, 1970, v. 96(SM3), pp. 1011–1043.

TORRES ENGENHARIA. Amostra Indeformada (Bloco). São Paulo, 2015. v. 1. Disponível em:
http://www.torresgeotecnia.com.br/portfolio-view/amostra-indeformada-bloco/. Acesso em: 8
nov.2019.

26

Você também pode gostar