Revista Comemorativa ao Jubileu da

Paróquia Cristo Bom Pastor

50 anos

Brasilândia – MS, 25 de junho de 2022

Diocese de Três Lagoas – MS
 Sumário e
Coordenação Paroquial

Vista aérea da atual Igreja Matriz da Paróquia Cristo Bom Pastor.

Apresentação – Padre Fábio Alves de Oliveira ............................. 3

Quando tudo começou.................................................................. 4
O pioneirismo do Padre João Tomes.............................................. 4
Festa de Nossa Senhora Aparecida, ano de 1984

O Cruzeiro, a 1ª Missa e o Sino da Igreja Matriz....................... 5 Pároco: Padre Fábio Alves de Oliveira

A Fundação da Paróquia.............................................................. 6 Diácono: Carlos Alberto dos Santos Dutra (Carlito)

As Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado.............................. 7 CPP: Maristela Castilho Leôncio da Silva e Equipe
O testemunho pastoral em tempo de missão............................. 8 CAEP: Adeliza Maria Santos Abrami e Equipe
A administração paroquial........................................................... 10 Apostolado da Oração: Inácia Martins Salazar e Equipe
O Salão Paroquial.......................................................................... 11 Animação Bíbl. Catequético: Eliana Munin Silva Pedrosa
O primeiro Pároco: Padre Tadeu Kolodziejczyk............................. 14 IAM: Dalreny Maria Dourado Junqueira e Equipe
O segundo Pároco: Padre Lauri Vital Bósio.................................. 15 Pastoral do Batismo: Lucilene Cardoso da Silva Raimundo
O Crisma e a consagração dos Santos Óleos.............................. 19 Pastoral dos Coroinhas e Cerimoniário: Lucas Nantes
A 2ª Igreja Matriz........................................................................... 20 Grupo de Oração/RCC: Rafael Cardoso Raimundo e Equipe
A atual Igreja Matriz..................................................................... 23 Pastoral do Dízimo: Huda Talayeh e Equipe
Antigas Capelas e Comunidades Rurais.................................... 25 Ministério Comunhão-MECE: José Henrique S. Almeida
As Capelas Vivas da Paróquia...................................................... 28 Ministério da Música: Edmilson José de Souza e Equipe
Visitas Pastorais e audiência com o Papa................................... 35 Setorização: Tânia Aparecida dos Santos Ozaco e Equipe
Ordenações Diaconais e envio de Seminaristas......................... 36 Pastoral litúrgica: Inácia Fernanda Costa Galdino e Equipe
A imagem peregrina de N.S. Aparecida do Rio Paraná........... 37 Pastoral da Caridade: Roseli Crepaldi e Equipe
Gincanas, Festas e Promoções...................................................... 38 Pastoral da Criança: Carmen Esmelinda Irigojen O. Galiani
Pastorais e Movimentos, Ministérios e Serviços Paroquiais.... 39 Pastoral da Saúde: Cleuza Correa Brum e Equipe
Economia Solidária e Grupo Jovem Jucec................................. 40 Coord. Cozinha: Janaina Nogueira C. e Correia e Júlio Flávio
Pastoral Indígena-Cimi e Comissão Pastoral da terra............. 41 Terço dos Homens: Nelson Gonçalves de Aguiar (Nico)
Curso e Preparação de Noivos e Pastoral do Crisma............... 42 Círculo Bíblico: Zélia da Silva Santos e Equipe
Grupo de Oração-RCC e Pastoral do Batismo.......................... 42 Expediente da Publicação
Apostolado da Oração e Animação Bíblico-Catequético......... 43
Revista comemorativa aos 50 anos da
Ministério da Música e Pastoral Litúrgica................................. 44 Paróquia Cristo Bom Pastor - Diocese de Três Lagoas/MS
Praça da Matriz, 739 Centro - Fone (67) 3546-1152
Pastoral do Dízimo e Infância e Adolescência Missionária..... 44 E-mail: paroquiacristobompastor@yahoo.com.br
https://www.facebook.com/paroquiacristobompastord3l/
Pastoral dos Coroinhas e Cerimoniário.................................... 45 Secretária Paroquial: Júlia Samyra Pereira
Texto – Pesquisa - Redação:
Círc. Bíblicos/Setorização, Past. Solidariedade, Past. Saúde.. 45 Diác. Carlos Alberto dos Santos Dutra (Carlito)
Revisão, Diagramação e Arte:
Terço dos Homens, Cozinha e Escritório Paroquial................. 47
Pe. Fábio Alves de Oliveira
Você Sabia Que... / Comissões Administrativas Paroquiais... 48 Jornalista Responsável:
Patrícia Luciana Paulino Acunha (DRT 0674/MS)
Galeria de Párocos e Administradores / Créditos................... 50 Brasilândia-MS, 25 de junho de 2022

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 hoje somos convidados a também fazer parte
desta história, conhecendo-a e interagindo com
ela. Mais que isso, tomamos nas mãos as páginas
deste jubileu reverenciando o passado e olhando
para o futuro de uma igreja em saída, cheios de
Apresentação lembranças e momentos vividos e ainda por viver;
inspirados na fé que nos anima na caminhada e
Pe. Fábio Alves de Oliveira nos é motivo de alegria e gratidão poder
celebrar...
A história da Paróquia Cristo Bom Pastor
está sendo escrita desde o tempo dos pioneiros
moradores de Brasilândia até os dias de hoje.
Nestes 50 anos de apostolado e evangelização,
muitos foram aqueles que ajudaram a manter
firme e forte a Igreja Católica que se consolidou.
A história de nossa Paróquia começou
quinze anos antes de sua criação, quando
Brasilândia ainda era apenas um povoado. Estes
campos e cerrados, habitados por índios e os
primeiros moradores que para cá vieram, eles
eram assistidos religiosamente pela Diocese de
Campo Grande, no tempo do bispo Dom Antônio
Barbosa. Nesta época, as capelinhas e oratórios
construídos nas fazendas e na sede do povoado,
tudo era atendido pelo padre João Tomes. Foi ele Padre Fábio Alves de Oliveira, atual pároco da
Paróquia Cristo Bom Pastor, de Brasilândia/MS.
que rezou a primeira missa campal no Cruzeiro,
no domingo de Páscoa, do dia 21 de abril de 1957
em Brasilândia. Nas páginas desta revista buscou-se reunir
Com a criação da Paróquia no dia 25 de cada tijolinho, cada pedacinho da história que os
junho de 1972, os trabalhos pastorais foram paroquianos ajudaram a construir. É a memória
confiados às Irmãs Missionárias de Jesus dos bons frutos de fé, esperança e caridade que
Crucificado que, durante 10 anos exerceram seu foram colhidos de uma árvore plantada há 50
apostolado consolidando a presença da Igreja em anos, quando a Paróquia Cristo Bom Pastor foi
Brasilândia. Entre as mulheres consagradas que criada, e que hoje nos enche de alegria poder estar
desafiaram o sol escaldante e a poeira das aqui celebrando o seu Jubileu de Ouro. Tudo isso
estradas, estava a irmã Abigail Dias Batista que era nos permite louvar ao Cristo Bom Pastor
coordenadora da missão, sendo que o primeiro erguendo as mãos aos Céus num clima de festa e
presidente da Comissão Administrativa da de agradecimento. Salve o Cristo Bom Pastor!
Paróquia foi o senhor Manoel Galdino de Souza.
A partir de 1982, assumiu o 1º pároco,
padre Tadeu Kolodziejczyk, membro da Congregação
da Missão de São Vicente de Paulo, que permaneceu
em Brasilândia por dois anos. O 2º pároco foi o
padre Lauri Vital Bósio, também vicentino, que
permaneceu por 26 anos à frente da Paróquia.
Após este período os párocos foram os padres
Maurício Levy da Silva, Luís Carlos Mariano, José
Moreira da Silva, e o atual Fábio Alves de Oliveira. O
diácono permanente Carlos Alberto dos Santos
Dutra, também permaneceu em vários períodos
como administrador paroquial.
Assim como os pioneiros da fé no passado Primeira igreja matriz da Paróquia Cristo Bom Pastor e fiéis reunidos
junto das irmãs missionárias de Jesus Crucificado durante a recepção ao
escreveram cheios de esperança suas ações, primeiro pároco de Brasilândia Pe. Tadeu Kolodziejczyk no ano de 1982.
através dos sacramentos, celebrações, novenas,
procissões, terços, cânticos e promoções festivas,

Quando tudo começou
A história da Paróquia Cristo Bom Pastor
começa há muitos anos atrás. Naquele tempo todo
ao sul de Mato Grosso pertencia à Diocese de
Cuiabá. Foi somente a partir da criação da Diocese
de Corumbá, em 1910, que as terras onde nasceria
depois o povoado de Brasilândia passaram a ser
atendidos por ela nova diocese. Desde então, por
50 anos a escassa população que aqui existia
recebeu os sacramentos através das desobrigas
realizadas pelos padres e missionários que uma
vez por ano percorriam esta região.
Dom Antônio Barbosa, SDB, 1º
bispo de Campo Grande que
Dom Geraldo Majela Reis, 1º
bispo de Três Lagoas que
governou a Diocese por 20 anos governou a Diocese por 3 anos
(1958 a 1978). (1978 a 1981).
Situação que perdurou até o ano de 1957
quando foi proclamada pelo papa Pio XII a criação
da Diocese de Campo Grande, cujo território foi
desmembrado da diocese de Corumbá. A área da
nova diocese abrangia a atual capital de Mato
Grosso do Sul e os municípios mais antigos do
Estado, entre eles, o município de Três Lagoas do
qual Brasilândia ainda era apenas um povoado.
Pois foi pelas mãos de Dom Antônio Barbosa
(☼1911-†1993), salesiano de Dom Bosco, primeiro
bispo da Diocese de Campo Grande, que a
pastoral da Igreja Católica se intensificou por estes
campos e cerrados, tornando-se oficialmente
presente na região.
O município de Três Lagoas se tornou
Diocese vinte anos depois em 3 de janeiro de 1978,
através da Bula Papal de Paulo VI, Sacer Praesul,
que a desmembrou da Diocese de Campo Grande.
Nesta data tomou posse o 1º bispo da Diocese de
Três Lagoas, Dom Geraldo Majela Reis, que
4
permaneceu até 8 de maio de 1981, quando foi
nomeado pelo papa João Paulo II, o 2º bispo desta
diocese, o paranaense Dom Izidoro Kosinski
(☼1932-†2017), da Congregação da Missão São
Vicente de Paulo, que tomou posse no dia 9 de
setembro de 1981 e permaneceu à frente da
Diocese até 2008. Nesta época, as capelinhas e
santuários construídos nas fazendas da região
bem como o povoado de Brasilândia era atendido
pelos ofícios religiosos ministrados pelo padre
João Tomes.
Dom Izidoro Kosinski, 2º bispo de Dom José Moreira Bastos Neto
Três Lagoas que governou a (1953-2014), 3º bispo de Três
Diocese por 27 anos (1981 a Lagoas que governou a Diocese
2008). por 3 anos (2009 a 2014).
O pioneirismo do padre João
Tomes
De origem tcheca, nascido em Frystak, o
padre João Tomes (☼1918-†1980) era um educador
e ainda muito jovem foi enviado pelos seus pais
ao Colégio Salesiano de sua cidade natal. Ele
chegou ao Brasil em 1936, com 18 anos de idade,
tendo se fixado inicialmente em Cuiabá, onde deu
continuidade a seus estudos e a vida sacerdotal
sob a supervisão de Dom Aquino Correia. Em 1948
se transferiu para Três Lagoas, onde, em 1950,
construiu a casa paroquial da futura diocese,
inaugurando a tradição das grandes procissões
religiosas, dos desfiles do patronato da Vila
Vicentina e das festas do Bom Jesus da Lapa, com
grandes leilões.
Considerada uma das mentes brilhantes
da época, foi o responsável pela construção de
inúmeros prédios, escola, salão paroquiais,
capelas e igrejas, entre elas a primeira capela da
antiga Xavantina e a igreja matriz de Brasilândia.
O padre João Tomes, como benfeitor e professor da
universidade federal de Três Lagoas,
unanimemente é tido como uma das grandes
personalidades de Três Lagoas, tendo exercido realizou os casamentos de João Garcia e Adelaide
por muitos anos a atividade de pároco da Teixeira, tendo como testemunha Antenor Fonseca
Paróquia Santo Antônio, na sede da Diocese. e Luiz Teixeira de Carvalho.

Batizados pelas Fazendas

De outra feita lá encontramos aquele Cura
d’Arns de Brasilândia, no dia 8 de dezembro de
1956 pregando na capela São Paulo que fora
construída no interior da sede da fazenda Cisalpina,
onde realizou nove batizados, entre eles, de vários
funcionários desta empresa que tinha o nome de
Cisalpina Agrícola S.A. A maioria dos que foram
batizados era de origem japonesa: Rikimatsu
Watawabe, filha de Emiko Kanashima Watawabe,
sendo que foi padrinho, o proprietário da fazenda,
Luigi Cantone e a srª. Norma Tomerelli, esposa de
um de seus funcionários, Dino Tomerelli. Neste dia
foram também batizados Hiromi, Yoshiaki, Nikiyo,
Prieto Prandi, Elza Giovanetti, Aiko Okamoto e
Elizabeth

O Cruzeiro, a 1ª Missa, e o
Sino da Igreja Matriz
Padre João Tomes e o trabalho social realizado no Patronato da Vila
Vicentina que fundou em Três Lagoas/MS

Os apontamentos do Livro de Batizado e

Casamentos daquela paróquia são testemunhas de
seu apostolado: basta deitar os olhos sobre os
registros escritos à mão, em letra cursiva digna de
um artista e mestre da ortografia, para perceber
que ele era um missionário muito dinâmico e de
espírito empreendedor. E lá o vemos em incursões
pelo interior do Estado sob a orientação pastoral
de Dom Antônio Barbosa levando os sacramentos
junto às capelas, povoados, sítios, retiros e
fazendas, aldeias e rincões dos mais distantes.

Casamentos pelas Fazendas

Nos limites territoriais do que mais tarde
seria transformado na Paróquia Cristo Bom Pastor
lá o encontramos no dia 18 de junho de 1956, na O Cruzeiro da fundação do município e local da primeira Missa campal
celebrada em 1957
sede da fazenda Boa Esperança realizando o
casamento do casal Jorge Dias e Adelina Gonçalves
Dias. Ele, com 27 anos, filho de José Dias e Maria
Três símbolos da fé marcaram os
Fernandes Dias e ela, com 16 anos, filha de Alegário
primeiros passos da Igreja em Brasilândia. O
Acunha e Aniceta Faiçal, tendo por testemunhas
primeiro, aconteceu no ano de 1957 quando o
Antenor Fonseca, um dos fundadores de
padre tchecoslovaco João Tomes, num domingo de
Brasilândia que nesta época já trabalhava para o
Páscoa, dia 21 de abril, celebrou a primeira missa
patriarca Arthur Höffig, e Luiz Teixeira de Carvalho.
campal no povoado. O fato histórico, na época,
Nesta mesma data o padre João Tomes ainda
deu-se na região mais alta da cidade. Anos depois,
5
o Cruzeiro foi transferido para mais próximo do
povoado, no local onde atualmente se encontra.
Foi ali, aos pés de uma cruz de aroeira,
madeira nobre instalada pelo fundador do
patrimônio, professor Arthur José Höffig, que deu
origem a cidade, que o local se tornou, com o
tempo, marco cultural da cidade. Naquele dia,
lembram os mais antigos, reuniu-se em torno
daquela cruz uma meia dúzia de bugres (índios
Xavante, como eram chamados os Ofaié
antigamente) que nem sabiam o que estava
acontecendo, e uma centena de moradores do
pequeno povoado, sitiantes, agricultores e
roceiros que aqui já haviam chegado e desbravado
estes cerrados e fiapos de mata atlântica que
existia ao longo dos córregos da Cabeceira
Perdida, Bom Jardim e Beleza do rio Verde.
Sino da Igreja matriz da Paróquia Igreja de Santo Antônio, de Três Lagoas,
Cristo Bom Pastor, de Brasilândia. fotografada nos anos 1960 por Feres
Zaguir.
Anos depois, com a fundação do
município em 1961 e sua emancipação em 1965, a
construção da Igreja Matriz do novo município
exigiu que se construísse ao lado da pequena
capela um estandarte de madeira que dava
sustentação a um pequeno sino de bronze ali
colocado e que servia de sinal e chamamento aos
cristãos da nova comunidade cristã que emergia.
Ao perceber que o pequeno templo não possuía
sino, instrumento tradicional de igrejas e muito
útil à época para chamar os fiéis para as reuniões,
cultos e missas, uma vez que seu badalo era
possível de seu ouvido a grandes distâncias, o
padre João Tomes tomou uma iniciativa. Numa
dessas idas e vindas ao município ele obteve por
empréstimo um sino de uma das igrejas de Três
Lagoas trazendo-o para Brasilândia. O sino
escolhido foi o da Igreja de Santo Antônio,
fundada ainda em 1914 pela comunidade
portuguesa cuja circunscrição Brasilândia
pertencia.
Sobre essa transferência nada foi
encontrado no Livro Tombo da Paróquia Cristo Bom
Pastor, uma vez que o assentamento e registro das
6
ações pastorais nesta localidade deram-se início
somente a partir de sua fundação, o que ocorreu
no ano de 1972.
Irmã Abigail Dias do Nascimento Irmã Margarida Clementina do
(E), coordenadora paroquial Nascimento, coordenadora
desde a fundação da Paróquia paroquial de 15 de janeiro de 1975
Cristo Bom Pastor, em 25 de a 23 de dezembro de 1979
junho de 1972
A fundação da Paróquia
A Paróquia Cristo Bom Pastor foi criada
oficialmente no dia 25 de junho de 1972, em
cerimônia que contou com a presença de centenas
de paroquianos e autoridades civis, militares e
eclesiásticas de Três Lagoas, Campo Grande e
região.
Consultada as partes interessadas e estudados
os limites territoriais dessa nova circunscrição, Dom
Antônio Barbosa, bispo de Campo Grande,
juntamente com o padre Ubajara Paz de Figueiredo,
o prefeito municipal, Julião de Lima Maia, as irmãs
Margarida Baptista das Dores, Cacilda Soares Ribeiro,
Zélia Lopes da Silva, Ana Ribeiro Lima, Abigail Dias
Batista, Célia Maria Simeão e Manoel Galdino de
Souza, declararam canonicamente ereta a nova
paróquia, sob a denominação de Cristo Bom
Pastor.
No documento oficial consta que naquele
dia, Dom Antônio Barbosa, após maduras
considerações, e cumpridas às disposições canônicas,
tendo em vista o crescimento da população na região de
Brasilândia houve por bem erigi-la em Paróquia,
desmembrando-a da Paróquia de Santa Luzia, de
Três Lagoas.
Aos que essa nossa Provisão virem, saudação,
paz e bênção do Senhor. Fazemos saber que, atendendo
às necessidades espirituais da recém-criada Paróquia de
Cristo Bom Pastor, de Brasilândia, havemos por bem
confiá-la ao zelo da congregação das Irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado, a qual com
verdadeiro espírito de serviço e colaboração apostólica
aceitaram assumir e desempenhar esse encargo,
constituindo-se em experiência pioneira em nossa
Diocese. E tendo a Congregação, por intermédio da
Irmã Margarida Baptista das Dores, provincial de
Goiânia apresentado para essa missão as irmãs Abigail
Dias Batista, Ana Ribeiro de Lima e Célia Maria
Simeão, com esta Provisão a elas entregamos
oficialmente o pastoreio da nova paróquia, cabendo a
irmã Abigail a coordenação. Sendo elas as legítimas
e autorizadas representantes da Igreja Diocesana
para esta querida porção do Povo de Deus que
está na Diocese de Campo Grande, que a elas
recorram, pois, os fiéis da nova paróquia para os
assuntos da Igreja, e elas realizarão pessoalmente o
ministério compatível com sua condição, e, com a
devida preparação, encaminharão ao sacerdote os casos
para as quais estritamente se requer o ministério
presbiteral, rezava o documento.

Dom Antônio Barbosa, Arthur Höffig, Adilson Alves da Silva, Fernando

Martins Mendes, Akira Otsubo e demais autoridades na fundação da
Paróquia Cristo Bom Pastor.

Irmã Geralda Ferreira da Silva,

que permaneceu coordenadora Padre Ubajara Paz de Figueiredo
paroquial de 23 de dezembro de
1979 a 20 de janeiro de 1982.
que acompanhou a Paróquia Cristo
Bom Pastor desde o seu
nascimento até a chegada do 1º
pároco.
Por dez anos a nova paróquia foi confiada
à Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus
Crucificado numa experiência pioneira na Diocese de
Campo Grande de uma paróquia sem os serviços
hierárquicos tradicionais. Verdadeiras vigárias
locais, com o apoio de sua provincial superiora,
Irmã Margarida Baptista das Dores, formaram a
primeira comunidade pastoral católica nesta terra
possibilitando aos fiéis da região congregar ao redor de
Cristo Bom Pastor e daqueles que O representam,
formando uma fervorosa comunidade de fé, de culto, de
amor e serviço fraterno.
Provisão da Cúria Diocesana de Campo Grande,
de 25 de junho de 1972
Exortamos vivamente aos nossos fiéis que
recebam e acatem com respeitosa amizade as irmãs que
vem e se estabelecer em Brasilândia, em nome do
Senhor, dando-lhes o conforto da correspondência
cordial à sua ação missionária. Que, por intercessão da
Virgem Maria, o Bom Pastor nos abençoe, conforte e
conserve no seu santo serviço. Assim seja.
As Irmãs Missionárias de
Jesus Crucificado
Tendo nas mãos, desde o dia 25 de junho
de 1972, os destinos pastorais da recém-criada
Paróquia Cristo Bom Pastor, as irmãs da
Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado,
tiveram como primeira coordenadora, a Irmã
Abigail Dias Batista. Neste período, transformadas
em verdadeiras vigárias paroquiais, lá estavam no
zelo do trabalho pastoral as irmãs Ana Ribeiro de
Lima, Célia Maria Simeão, Margarida Baptista das
Dores, Cacilda Soares Ribeiro, Zélia Lopes da Silva;
depois, entre os anos de 1975 e 1979, sob a
coordenação da Irmã Margarida Clementina do
Nascimento, as irmãs Maria Aparecida Guimarães,
Diocenísia Vieira, Geni Réia, e por fim, entre os anos
de 1979 e 1982, coordenadas pela Irmã Geralda
Ferreira da Silva, as irmãs Judith, Maria M. de Abreu,
e Maria Benedita Borasca, que permaneceram até a
chegada do padre Tadeu Kolochievjck, primeiro
pároco de Brasilândia.
Essas religiosas, desenvolveram as
atividades pastorais e sacramentais no município,
sendo assistidas por visitas regulares de diversos

7
padres que, de tempo em tempo, vinham até a
Paróquia Cristo Bom Pastor atender os fiéis de
Brasilândia e a então capela de Santa Rita no
distrito de Xavantina, pertencente nesta época à
Brasilândia. Entre eles, encontramos os padres
José Faralosse, Nicolau Hames (†20.fev.2008),
Ubajara Paz de Figueiredo, Nilvo Floriano Pase,
Antônio do Carmo Ribeiro, Hermes, Ernesto, Tomaz,
Ariento, Blásio Shimitz, Manuel Eduardo Iglesias, José
Carlos de Lima, entre outros que celebraram,
ministraram sacramentos e contribuíram na
evangelização da paróquia nos seus primeiros
anos.
O primeiro Batizado
O primeiro batizado realizado na nova
Paróquia aconteceu no dia 4 de junho de 1972 e foi
ministrado à Dalvina Aparecida Alves, nascida em
7 de setembro de 1967, filha do senhor Celso Alves
e Maria Pereira Alves, tendo como padrinhos José
Patrício Filho e Luzia Thereza da Silva, e sendo o
mesmo presidido pela irmã Abigail Dias Batista.
Neste mesmo ano, consta no Livro Tombo da
Paróquia ter acontecido 18 batizados no Distrito
de Xavantina, na fazenda Compadre, realizados
pelo padre Galileu Martins.
O batismo de número 1.000 lançado no
Livro de Batismos da Paróquia foi realizado em 28
de março de 1975 e foi ministrado à Viviane de
Araújo, filha de Aparecido de Araújo e Maria
Andrade de Araújo, tendo como padrinhos José
Batista Pinto e Gracinda Célia Batista Pinto. Nos
cinco primeiros anos da instalação da Paróquia,
até o ano de 1977, foram realizados 1.549
batizados.
O primeiro Casamento
O primeiro casamento realizado na Paróquia
Cristo Bom Pastor aconteceu em 24 de julho de
1972, uniu o casal Lourival da Silva e Neusa dos
Santos; ele, filho de José Luiz da Silva e Antônia
Maria da Conceição, e ela, filha de José Antônio dos
Santos e Emília Teodora, ministrado pela irmã
Abigail Dias Batista. Durante os seis primeiros anos
da instalação da paróquia, de 1972 a 1978, foram
realizados 329 casamentos, período em que, ao
consultar o Livro Tombo da paróquia
encontramos nomes conhecidos de antigos
moradores, alguns deles já saudosos:
José Sanches Castilho e Consuelo Garcia
Sanches; Germino Pereira dos Santos e Aureliana
Dutra Pereira; Vicente Borges dos Reis e Niderci
8
Maria Morais dos Reis; Eliazel Paes de Oliveira e
Jurandira de Oliveira; Alfredo Goulart e Josefina de
Souza Goulart; Mário Cherante e Maria Bielof
Cherante; Pedro Takizawa e Anizia Nunes Pereira;
Aparecido Lopes da Silva e Josefa Ribeiro de Almeida;
Filadelfo Basso e Maria Aparecida Pereira Basso;
Agmon Fernandes e Ercília Fernandes; Julião de Lima
Maia e Neuza Paulino Maia; Edvaldo Mingante e
Elmira Maria de Jesus; Antônio Benedito de Souza e
Fidelcina de Souza Brito; Antônio Fernando Dias e
Balbina Ribeiro de Moraes; Manoel Galdino de Souza
e Adelaide Rosa de Souza, e tantos outros pioneiros
da fé que figuraram como padrinhos de batizado
e casamento nestes tempos primeiros.
Testemunho pastoral em
tempo de missão
Sobre o trabalho dessas irmãs em Brasilândia
basta deitar os olhos sobre o livro Tombo da
paróquia para encontrarmos no ano de 1974 uma
avaliação realizada pelo padre Ubajara Paz de
Figueiredo e que foi apresentada no Conselho
Diocesano de Pastoral, da Arquidiocese de
Campo Grande/MT sobre a experiência realizada
pelas irmãs da Congregação das Missionárias de
Jesus Crucificado instaladas em Brasilândia. Em
razão da riqueza e profundidade da análise
apresentada, transcrevemos as reflexões e lições –
sempre atuais – que o padre missionário, padre
Ubajara, nos brindou a todos:
Paróquia de Brasilândia: uma experiência em
realização. Tudo começou com um pedido da
população para a instalação de um serviço
indispensável, que era o atendimento médico. A
prefeitura havia construído um Posto de Saúde,
mas para o seu funcionamento era exigido o
serviço de uma enfermeira. Essa situação é que
motivou os entendimentos entre o prefeito
municipal e as Irmãs Missionárias de Jesus
Crucificado com o fim de se conseguir uma irmã
enfermeira.
Como o atendimento pastoral também
estava insuficiente, surgiu a ideia de uma
comunidade religiosa assumir e coordenar os
serviços pastorais para o desenvolvimento da fé
em Brasilândia. Foi quando o bispo diocesano
Dom Antônio Barbosa formalizou o pedido à
Provincial das irmãs Missionárias propondo a
criação de uma Paróquia que seria confiada a elas.
E foi o que, de fato, aconteceu no dia 25 de junho
de 1972.
Irmãs da Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado: Ignês,
Rita, Nair e Zélia. Desde 1959 participando da história da Igreja em
Três Lagoas e região. (Fotografadas em 2009 pelo Jornal do Povo).
religiosas, testemunha e reconhece a missão peculiar da
mulher na vida eclesial hoje.
Por fim o padre Ubajara exalta a eficácia
do planejamento e acompanhamento da ação pastoral
realizado pelas irmãs (...). A experiência pastoral de
Brasilândia é uma auspiciosa evolução, digo,
constatação de quanto a ação pastoral planejada se
torna mais articulada, orgânica e envolve a
participação da comunidade. Com acento para a ação
pastoral como instrumento do cultivo da vida a vocação
religiosa, sobretudo no concernente ao processo de
formação permanente e à necessidade de se autenticar
diariamente a opção por causa do Reino, uma vez que o
povo precisa conseguir ler o sinal.

Irmã Nair Cardoso

Trata-se de uma experiência pioneira em toda a Ribeiro, membro da
Diocese e, por conseguinte, de um trabalho pastoral Congregação da Irmãs
Missionárias de Jesus
cujos métodos estão sendo elaborados a partir desta Crucificado, coordenadora
realidade diária. O bispo e a coordenação diocesana de da Comissão Pastoral da
pastoral a encaram com muito carinho, otimismo e Terra-CPT, no ano de
1985 acompanhou de perto
esperança, sobretudo por ser uma experiência o apoio da Igreja e das
pioneira na Diocese (...). Tudo oferece pistas para uma Pastorais Sociais da
Dioceses de Três Lagoas
reflexão muito interessante e, por certo, muito aos acampados sem-terra
enriquecedora para a atual fase de renovação em que se das margens do rio
encontra a Igreja (...). Paraná, no município de
Brasilândia, junto ao
Pessoalmente (escreve o padre Ubajara Paz acampamento Dona
América Rodrigues da
de Figueiredo) venho acompanhando a experiência Silva, no Porto João
pastoral desde o começo. E destaca que, para a André, presença forte e
combativa em favor das
Diocese constitui-se numa solução pastoral adequada causas sociais na luta dos
à população e possível para o atual momento, ribeirinhos pescadores,
garantindo-se a presença permanente de agentes agricultores, oleiros e
indígenas Ofaié, ao lado do
pastorais. O ministério pastoral que as irmãs exercem, Padre Lauri Vital Bósio,
por sua própria natureza, realizam a missão pároco da Paróquia Cristo
Bom Pastor.
evangelizadora da Igreja, o que é de suma importância
para a renovação pastoral. Isso, sobretudo se se levar em
conta que a população é acentuadamente marcada pela
religiosidade popular. Tal ministério provoca uma atitude de
desprendimento quanto a mudança de métodos de
A aceitação do povo é positiva. A experiência seleção vocacional e de formação de candidatas. A vida
comprova a necessidade prioritária da formação da
religiosa em pequenas comunidades é um tipo de
comunidade, pela descoberta e formação de líderes. Tal
pastoral que cria novas oportunidade e também
como se encontra, a experiência é um grande incentivo
exigências, sobretudo, quanto ao relacionamento
à conscientização sobre a função específica do
interpessoal, o que, de per si, já é um dado ótimo para a
ministério presbiteral, sobre a dimensão missionária da
vivência mais radical do Evangelho no apelo contido no
vocação cristã (batismal, crismal, eucarística), sobre a
Novo Mandamento. Com o mérito da solução
viabilidade da diversificação dos ministérios e sobre a
acontecer onde a caridade tem o primado (...) e,
missão da vida religiosa como manifestação da
tratando-se de comunidade religiosa aberta ao
plenitude da vida eclesial. E de forma pioneira
relacionamento com o povo, o próprio contato torna-se
assevera: Nosso século investiga o sentido da
fator primordial de promoção (e recrutamento) da
participação da mulher na transformação social,
vocação para a vida de especial consagração (...),
interrogando-se sobre seu papel específico no mundo. A
conclui o padre Ubajara Paz de Figueiredo.
Igreja, sendo para o mundo, olha essa realidade sob o
prisma que lhe é peculiar e, por meio de atitudes
concretas, como confiar paróquias às comunidades de

9

A administração paroquial
Na administração da Paróquia Cristo Bom
Pastor revezaram-se no atendimento pastoral nos
primeiros anos, além das irmãs Abigail Dia Batista
(coordenadora da Missão em Brasilândia),
Margarida C. Nascimento, Ana Ribeiro de Lima,
Maria Aparecida, diversos padres, entre eles:
Galileu Martins, Nilvo Floriano Pase, Antônio
Cristóvão Ribeiro, José Foralosso, Nicolau Hames,
Ubajara Paz de Figueiredo, Francisco Agraiate,
Constantino, Vitório, com destaque para o padre
Clemente que celebrou missa de formatura da 1ª
turma de formando das 8ª série do Ginásio no dia
27 de dezembro de 1974, entre outros que atuaram
nos primeiros anos de vida eclesial católica em
Brasilândia.
Entre os anos 1972 e 1979 são mencionados
ainda a presença de outros padres e religiosos e
religiosas que atuaram na nova Paróquia: Em
1972, as irmãs Maria Josefa, Helena e Inês Guarnieri,
de Goiânia; Ana, de Três Lagoas; Maria Moura,
Margarida, Isabel, Marta e o jovem Aristides. Em
1973 visitam a paróquia os padres: Nicolau, Blásio
Schimitti, Domingos Dompee, João Panazoll, e a irmã
Madalena.
As Primeiras Comissões Paroquiais
O trabalho pioneiro das irmãs contou com
o apoio inestimável da 1ª Comissão Paroquial que
foi empossada em 25 de junho de 1972 por Dom
Antônio Barbosa, estando composta pelos
seguintes brasilandenses: presidente- Manoel
Galdino de Souza; vice-presidente: José Garcia
Mular; 1º secretário: Oswaldo Gonçalves; 2º
secretário: Antônio Coelho Vicente; tesoureiro:
Rosalvo Pereira Barbosa; conselheiros: Tobias
Molgora, João de Abreu Lima da Silva, José Barbosa da
Silva, Aparecido Lopes da Silva e Antônio Delgado.
Consta que essa primeira comissão foi
escolhida para o período de um (01) ano, até a
realização da 1ª Festa Patronal da Paróquia em junho
de 1973. E não descuidou o documento já nesta
época de lembrar que as principais e mais
eficientes colaboradoras no trabalho da Comissão
seriam as esposas destes nossos irmãos que tão
generosamente se prestam para o serviço do
10
crescimento da Igreja de Brasilândia. Com alegria
vemos que muitos, desta primeira Comissão,
comungam ainda do convívio eclesial.
A 2ª Comissão Paroquial foi escolhida em 10
de agosto de 1975 e estava formada por:
presidente- Domingos Cristóvão Ribeiro; vice-
presidente- Donato Ferreira dos Santos; 1º
tesoureiro- Valdecy Aleixo; 2º tesoureiro- Gilvaez
Almeida Rodrigues; 1º secretário- Eliza Maria F.
Camargo; 2º secretário- Daniel Pereira Oliveira;
Conselheiros- João Paes de Lima; Manoel Galdino;
Alvino Valentim; Celestino Mathias da Silva, e
Sebastião Pereira Mendes. No ano seguinte, em 21
de agosto de 1976 tomou posse a 3ª Comissão
Paroquial, assim constituída: presidente- Domingos
Cristóvão Ribeiro; vice-presidente- Estevão
Domingos da Costa; 1º tesoureiro- Valdecy Aleixo; 2º
tesoureiro- Gilvaez Almeida Rodrigues; 1º
secretário- José Arnaldo da Silva; 2º secretário- Ilze
Matheus da Silva; Conselheiros- João Paes de Lima;
Jeferson Alves; Manoel Galdino; Lindolfo Zanoni;
Celestino Mathias da Silva; José Barbosa.
Os Desafios Pastorais
Seis anos após a criação da Paróquia Cristo
Bom Pastor, no dia 30 de maio de 1978 a
comunidade católica recebeu a visita de uma
equipe de seminaristas jesuítas do Noviciado de
Campinas-SP, que fizeram um importante
levantamento da situação religiosa do município.
Orientados pelo padre Manuel Eduardo Iglesias,
estiveram em Brasilândia os noviços: Marco
Antônio e Donizeth (que permaneceram 12 dias no
Porto João André), Gilberto e Francisco (que
estiveram 20 dias em Xavantina) e Odil e o padre
Iglesias (que permaneceram em Brasilândia e
região).
A nossa permanência aqui foi muito proveitosa
pelo conhecimento de uma realidade numa paróquia
extensa, um povo simples, de religiosidade tradicional
e aberto, hospitaleiro e desejoso de escuta da Palavra de
Deus. O relatório, por ser detalhado, configura-se
documento de inestimável valor histórico sobre a
conjuntura sócio religiosa do município nestes
anos primeiros.
Sob o olhar acurado destes missionários
podemos observar o perfil dos paroquianos:
Devoção ao Terço nas casas. Desejo acentuado do rito
do Batismo. Pedidos de bênção de casas, imagens.
Pessoas de outras dioceses vêm a este local para batizar,
fugindo dos cursos mais exigentes para pais e
padrinhos. Em relação à Catequese as professoras
demonstram boa vontade. Nas fazendas e sítios há
alguns círculos bíblicos por ocasião do Natal e reuniões e cultos espalhados em núcleos. Já tem pessoas
Campanha da Fraternidade; também rezam terço e que poderiam ser animadores dos mesmos: esposa de
novenas em suas casas. Sobre a população indígena Euclides (km 4), da Lourdes (km 5), da Felicidade (km
o relatório aponta: Na nossa visita eles falaram que 8), da Augusta (km 7). O povo é receptivo e, com uma
todos eram católicos, menos um que é crente. Sem presença maior, poderia até partir para comunidades de
contato com a Igreja. base mais facilmente do que na própria cidade.
Na capela Santa Rita no distrito de Para o restante da comunidade paroquial
Xavantina nesta época havia pouca assistência as recomendações foram: Continuar o trabalho dos
religiosa. Às vezes o padre (Antônio do Carmo Ribeiro) círculos bíblicos na cidade, sítios e fazendas. Continuar
celebra, bem como regista visita esporádica da Irmã. as celebrações nas casas por ocasião de aniversários,
Na escola possuem aulas de religião através de uma bodas, etc. (Isto tem menos rito e ajuda a situar a
professora. Seguem um método simples. Reclamam religião mais perto da vida). Durante o culto dominical
falta de padre. Rezam terços, procissões. poderiam algumas pessoas ficar com as crianças no
salão paroquial. Continuar a reunião mensal de
Para aquela área sugeriram alguns nomes
quarenta minutos com as professoras das escolas rurais.
de possíveis líderes da comunidade: Osvaldo, Otília,
Fornecer a elas orientação e subsídios simples.
Ernestina, Lúcia, Josualdo Munis e família, Profª.
Propuseram também pensar na formação de um
Cida, Isaltina, que trabalha na Casa Brasil, André,
Conselho Paroquial no qual participariam
Maria Preta, Ailton. Manter sistema de comunicação
representantes de diversas comissões pastorais e
para as celebrações através do Ginásio (Osvaldo, Lúcia,
administrativas. Seria importante que além de adultos
Maria Helena). Além das celebrações, propunham
houvesse jovens nas comissões e conselho. Realizar
reunir o povo para o terço renovado. Apoio à catequista
cursos em outros lugares evitando a centralização aqui.
e maior força à catequese atualizada; Judite, mãe de
Pensar na conveniência de dois Ministros da Eucaristia
seminarista, poderia ajudar mais; Geni, espírita, líder,
que aliviaria o trabalho das Irmãs. Para o grupo de
tem profundo sentido Cristão. Valorizar o que tem de
jovens funcionar poderia ajudar um ou dois casais
bom. Presença maior das Irmãs no lugar. animadores. Evitar uma imagem de Igreja ligada aos
Na sede do município foi encontrado: poderosos da região (por ex.: autoridades eclesiásticas
religiosidade tradicional (batismo, missas pelas almas, não utilizar avião e não se hospedar na casa do grande
bênção aos cadáveres na Igreja); pouco interesse pelo fazendeiro).
culto dominical no templo (estão habituados de antigo
Com relação ao trabalho e a situação das
a só terem missa a cada primeiro domingo do mês). Há
Irmãs registraram: O acolhimento que nos
grupos e famílias interessadas e disponíveis para
dispensaram foi insuperável (...). Na nossa convivência
círculos bíblicos, encontros e promoções paroquiais. A
sentimos o testemunho da sua dedicação. Quanto ao
Comissão Paroquial está voltada para a construção e
trabalho: para duas Irmãs o trabalho pastoral resulta
administração. Os jovens casam muito novos. Com esta
ingente (muito grande). Arcam com a
mentalidade voltada para o casamento só se consegue
responsabilidade uma casa sem empregada; recebem
reunir adolescentes para o grupo de jovens. Há
constantes visitas; visitas aos doentes, famílias, sítios,
preparação para o batizado, 1ª Eucaristia e casamento.
fazendas, organização de cursos, celebrações, aulas na
Aula de religião na Escola Estadual de 1º e 2º grau
Escola, catequese, reuniões, promoções sociais em
Adilson Alves da silva. Encontro com os professores.
benefício da construção do salão, etc. São muito
Catequese para crianças. Poucos homens participam
queridas pelo povo (...).
das celebrações (mentalidade que religião é mais para
mulheres). Audiência de Rádio Aparecida em toda a
Paróquia. O Salão Paroquial
Para a comunidade do Porto João André e
região deixaram sugestões: Não fazer preparação
para batismo na hora do culto (fazer na parte da manhã
do domingo). Ajudaria a permanência mais prolongada
das Irmãs no lugar. Precisaria de um ambulatório ou
alguém capacitado para pequenos atendimentos,
distribuição de medicamentos e orientações sobre
higiene. Dinamizar uma catequese mais atualizada.
Orientação da Diocese de Três Lagoas em relação aos
batizados. Cuidado em não excluir pessoas em situações
irregulares, mas com boa disposição. Devido às População reunida em frente ao prédio durante a inauguração do Salão
Paroquial da Paróquia Cristo Bom Pastor em 1978.
dificuldades de locomoção e distância: incentivar

11
 que retratava naquele dia o Bom Pastor, por isso foi
escolhida esta data para a inauguração. Pedindo que
O Salão Paroquial da Paróquia Cristo Bom
crie novos pastores para nossa comunidade,
Pastor foi inaugurado no dia 16 de abril de 1978 e
lembrou que Jesus Cristo foi o Bom Pastor. Que
contou com a presença das mais altas autoridades
Deus fez crescer estas ovelhas este desejo de união, de
do lugar e região, expressivas personalidades do
trabalho e de criação. Que o primeiro ato realizado no
nosso mundo social, político e religioso, dentre
Salão Paroquial será um ato principal e repousará no
elas Dom Antônio Barbosa, Bispo Diocesano de
sacrifício da Santa Missa. Com a certeza de que este ato
Campo Grande, o Prof. Arthur Höffig, o prefeito de
inspirará para o futuro, tanta concórdia, tanta união e
Três Lagoas, Ramez Tebet, o prefeito de
tanto sacrifício.
Brasilândia, Adilson Alves da Silva, além dos
membros da comissão administrativa da Igreja, Domingos Cristóvão Ribeiro, em breve
entre eles, Wilson de Arruda, Manoel Galdino, oratória, mas de profundo sentimento, agradeceu
Fernando Rufino, entre outros. a todos que colaboraram para esta realização,
reconhecendo ainda as irmãs Missionárias de
Jesus Crucificado, aos jovens professores, e em
especial ao Prof. Arthur Höffig por tudo, pois sem
dúvida nenhuma, ele foi o braço mais forte desta
realização. José Candido da Silva, presidente da
Câmara Municipal, também falou do Salão
Paroquial lembrando o levantamento do Cruzeiro
instalado no alto da cidade e marco da fundação do
povoado que foi uma doação do fundador da
cidade, local onde realizou-se a primeira missa no
dia 21 de abril de 1957 pelo padre João Tomes.
Com o calor da palavra que lhe é
característica o prefeito de Três Lagoas, Ramez
Arthur Höffig discursa durante a missa de inauguração do Salão Paroquial
Tebet proferiu sua oração numa exaltação a Deus,
de Brasilândia ao lado do vereador Domingos Cristóvão Ribeiro e demais falando de fé e de união dos homens, que a
autoridades presentes. efeméride que se comemora representa mais um
marco da cidade cumprimentando o povo pela
realização da obra. Disse ainda da união dos homens
Por muitos anos este, que foi o primeiro de Brasilândia, dos homens públicos que estão
salão construído no município, teve a finalidade construindo uma praça pública, um parque infantil e
de abrigar os principais eventos da comunidade estão trazendo a energia de Urubupungá para
religiosa e civil que aos poucos se erguia. Foi o Brasilândia.
Salão Paroquial, largamente utilizado para
realização de encontros, reuniões públicas e
privadas, assembleias gerais e sindicais, tomadas
de posse, palco de formaturas, apresentações,
bailes e festas, e demais eventos sociais e
religiosos do município.
Na ocasião, o patriarca fundador do
município lembrou que o primeiro prédio que
construiu foi uma escola e que Brasilândia era
fruto da proteção de Deus. E parabenizou a
comunidade pela realização da obra do salão
paroquial dizendo ser apenas um soldado, um
lavrador que deu um pouco de sua vida a Brasilândia e
com a proteção de Deus [em breve] entregará a cidade
uma usina de álcool que acabará com as dificuldades
econômicas da prefeitura (...), pois um dos princípios
de Democracia é dar trabalho a todos, concluiu.
Dom Antônio Barbosa, que presidiu a
Arthur Höffig e esposa, e o vereador Domingos Cristóvão Ribeiro que faz o
celebração ao lado do padre Antônio do Carmo discurso inaugural do Salão Paroquial de Brasilândia.
Ribeiro, humildemente falou, citando o Evangelho
12

Disse também que Dom Antônio Barbosa é
um enviado de Deus que muito fez pela nossa região.
Que Três Lagoas é a cidade mãe de Brasilândia e por
esta razão nós estamos torcendo por vocês. Terminou
sua oração dizendo que o reconhecimento a Dom
Antônio Barbosa vem através da graça de Deus e que
estas graças sejam também derramadas sobre estas
irmãs.
O prefeito de Brasilândia Adilson Alves da
Silva disse: o homem desde o seu primeiro estágio de
desenvolvimento sentiu que não podia viver isolado,
sentindo com a evolução a necessidade de viver em
união. E o que nós vemos aqui: uma linda e maravilhosa
obra que é o resultado da união de homens. Da união
deve partir o amor, a inteligência e a saúde. A união
com esses três princípios vem sempre beneficiar a
humanidade. Esta obra é o resultado feliz da união
desses três princípios. Brasilândia está de parabéns. E a
união da comuna em benefício da coletividade.
44 anos após a sua inauguração em 1978 o Salão Paroquial ainda resiste.
A cerimônia que foi conduzida pelas mãos
da Irmã Margarida Clementina do Nascimento
contou com a participação das irmãs Ignêz
Guarnieri, Célia de Oliveira Nunes, Maria Moura e
Regina Borges, da comunidade de Três Lagoas.
Também estavam presentes membros do
movimento jovem da paróquia que animou o
evento com uma música tocada por um de seus
integrantes e cuja letra tocou o coração de todos.
Após o desatar da fita inaugural pelo prefeito
Adilson Alves da Silva, o bispo Dom Antônio Barbosa
e os presentes se dirigiram até a Sala de Reuniões
onde foram descerradas as fotos do Papa Paulo VI
e de Arthur Höffig. Após a missa de inauguração
foi oferecido aos convidados um churrasco na
fazenda Santa Mercedes.
Durante a noite, o Salão Paroquial já foi
placo de um show com algumas enquetes apresentadas
pelo grupo jovem da paróquia, seguindo-se uma
brincadeira dançante. Ao lado da irmã Margarida,
compunham a Comissão Paroquial na época, os
senhores: Domingos Cristóvão Ribeiro e Gilvaez de
Almeida que, no dia 7 de maio daquele ano de 1978
foram até Três Lagoas para receber das mãos do
primeiro bispo da Diocese, Dom Geraldo Majela
Reis, a quantia de cento e dezoito mil, novecentos e
um cruzeiros que fora ofertada pelos católicos alemães
para concluir a construção do Salão Paroquial.
A despedida das Irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado
Com a posse do primeiro pároco de
Brasilândia, padre Tadeu Kolodziejczyk, as Irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado encerraram
suas atividades apostólicas na Paróquia Cristo
Bom Pastor. No dia 17 de janeiro de 1982 lavraram
a seguinte despedida no Livro de Tombo da
comunidade:
Desde o ano de 1972, Dom Antônio Barbosa,
bispo de Campo Grande, confiou à Congregação das
Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado a recém-criada
Paróquia Cristo Bom Pastor. Após 10 anos de trabalhos
apostólicos sendo acompanhado de revisões e avaliações
chegou o momento desta paróquia ser entregue ao seu
primeiro vigário, padre Tadeu Kolodziejczyk. Todo o
trabalho aqui desenvolvido foi em vista atender as
necessidades desta igreja local e prepará-la para receber
um sacerdote. Nós nos sentimos felizes e agradecemos
a Deus com o povo de Brasilândia por este
acontecimento.
As missionárias entregando a responsabilidade
desta paróquia deixam para a casa paroquial alguns
móveis e utensílios. Deixando Brasilândia,
continuamos unidas ao povo e disponíveis a trabalhos
pastorais desta igreja quando solicitadas. Apesar das
nossas limitações, procuramos atender as necessidades
deste povo e pedimos perdão por aquilo que não
pudemos corresponder. Somos operárias com Deus.
Pela equipe de animação da microrregião de Três
Lagoas. Assinado: Irmã Maria Benedita Borasca.
13

O primeiro pároco: Padre
Tadeu Kolodziejczyk
No ano de 1981, Dom Geraldo Majela Reis
completou 75 anos, sendo-lhe concedida pelo
papa João Paulo II, a renúncia da obrigatoriedade
de continuar dirigindo os trabalhos pastorais na
Diocese de Três Lagoas. Em seu lugar assumiu a
Diocese o bispo Dom Izidoro Kosinski, membro da
Congregação da Missão de São Vicente de Paulo, que
tomou posse no dia 9 de setembro de 1981.
Com a chegada do novo bispo, Brasilândia
ganha também seu primeiro pároco, o padre Tadeu
Kolodziejczyk, membro da Congregação da Missão de
São Vicente de Paulo, vindo do estado do Paraná,
que tomou posse no dia 17 de janeiro de 1982 e
permaneceu em Brasilândia por dois anos.
O padre vicentino Tadeu Kolodziejczyk
nasceu na Polônia no dia 27 de agosto de 1932 e
ordenou-se sacerdote em 24 de junho de 1956.
Chegou ao Brasil em 1957, tendo atuado em
diversas paróquias do Sul e Centro Oeste
brasileiro (Ibaiti/PR, 1964; Santo Antônio da
Patrulha/RS, 1970; Brasilândia/MS, 1982; Tomás
Coelho/PR, 1986, entre outras).
Por ocasião de sua posse consta que a irmã
Missionária de Jesus Crucificado, Aparecida
Guimarães, que havia sido transferida de
Brasilândia para a Prelazia de Coxim, retornou à
Paróquia Cristo Bom Pastor para auxiliar a irmã
Geralda que coordenada os preparativos da
recepção aos convidados juntamente com as irmãs
Nair e Judith que aqui permaneciam.
Padre Geraldo Valenga faz a leitura durante a posse padre Tadeu
Kolodziejczyk ladeado por Dom Izidoro Kosinski e Dom Ladislau
Biernaski, no Salão Paroquial de Brasilândia.
14
Durante o apostolado do padre Tadeu em
Brasilândia ele revelou-se um fiel e bom amigo da
comunidade, participando ativamente religiosas
da igreja celebrando em fazendas e sítios,
tornando-se muito amigo da família do sr. José
Ferreira da Silva, onde sempre foi muito bem
recebido celebrando ali por diversas vezes. Da
mesma forma participava das festas comunitárias
e atividades do cotidiano que envolviam a
pequena vila que emergia. Homem alegre e
amante de pescarias, seguidamente era convidado
por moradores para acampar na beira dos rios da
região, o que sempre aceitava com a satisfação de
um bom apreciador da atividade, lamentando
muito quando voltava para casa sem trazer um
bom pescado.
Irmã Geralda e Irmã Nair Ribeiro Cardoso acompanham a chegada do
padre Tadeu, 1º pároco de Brasilândia em 1982.
Ao final de sua permanência, resumiu o
perfil da comunidade que entregou ao segundo
pároco que aqui chegou em 1984, com as
seguintes palavras: a realidade do Mato Grosso é bem
diferente do Sul do país. O povo parece não ter
compromisso (...), por isso é difícil manter o horário
(...). Ninguém tem compromisso para confessar, casar
na igreja, etc. Só exigem o batizado. Por isso, o padre
que não faz o que o povo quer é [tido] como brabo.
Também é uma desculpa dos que nunca pisaram na
igreja (...). Segundo o padre Tadeu, os lugares mais
difíceis para atingir as pessoas é o Porto João André,
onde não existe zelador (na Capela), nem comissão.
Xavantina, depois de anos, começou com uma
Comissão, mas falta catequistas (...). As distâncias
enormes - queixa-se -, obrigam quase o atendimento
[somente] pelas fazendas. (...). Enfim, com espírito
novo, as futuras missões, e o começo feito, será mais
fácil construir o Reino de Deus nas terras
brasilandenses, concluiu o padre Tadeu
Kolodziejczyk ao despedir-se de Brasilândia.
Padre Tadeu faleceu no dia 30 de janeiro de
1996, sendo sepultado em São Miguel Tomás
Coelho, na cidade de Araucária/PR. Após sua
morte, foi homenageado tendo seu nome conferido
a ruas nas cidades de Santa Rita do Pardo/MS,
onde se encontra a Escola Especial Agripino Costa
Lima; em Campo Largo/PR, no distrito de
Ferraria, e na cidade de Araucária/PR, entre
outras.
O segundo pároco: Padre
Lauri Vital Bósio
Em 1984 foi nomeado para a Paróquia
Cristo Bom Pastor, seu segundo pároco, o padre
Lauri Vital Bósio, também da Congregação da
Missão São Vicente de Paulo, que administrou a
paróquia por 27 anos, até o ano de 2010, animando
e consolidando a presença da hierarquia da Igreja
junto à comunidade católica local.
Sobre a biografia deste padre, assim
registrou a Imprensa por ocasião do recebimento
do título de Cidadão Brasilandense concedido ao
pároco em abril de 1999 pela Câmara Municipal
de Brasilândia: Natural de Campo Mourão, Paraná, o
padre Lauri Vital Bósio nasceu no dia 21 de fevereiro
de 1955. É filho do casal Artemiro e Nair e tem como
irmãos: Laurice, Artenor, Luiz, Narte José, Marco
Antônio, Márcia Aparecida e Clistenes Natal, que
também é padre vicentino. Seus estudos tiveram início
no Grupo Escolar Marechal Cândido Rondon e Colégio
Santa Cruz, em Campo Mourão-PR. Ingressou no
Seminário Menor São Vicente de Paulo em Araucária-
PR em agosto de 1968, onde estudou até o ano de 1976,
concluindo o 2º grau e a Filosofia.
Em 1977 entrou para a Congregação da
Missão dos Padres Vicentinos de São Vicente de Paulo,
cursando a teologia no Studium Theologicum, em
Curitiba, até o ano de 1980. Enquanto estudante,
ao fazer exames médicos, foi constatado que era
portador de uma doença rara na época: distrofia
muscular, tendo dificuldade no andar, subir
escadas, etc. E para ser ordenado sacerdote,
precisou de uma licença especial do Santo Padre, o
papa João Paulo II, e que foi concedida. Foi
ordenado pelas mãos de Dom Domingos Gabriel
Wisniewski, que no ano de 1999 foi bispo de
Apucarana/PR, cidade de residência de seus pais.
Padre Lauri foi pároco na Paróquia de
Sant’Ana de Abranches em 1981, e na Paróquia
Nossa Senhora das Graças, da Barreirinha nos
anos 1982 e 1983, ambas em Curitiba-PR. Por fim,
atendendo ao convite do bispo Diocesano de Três
Lagoas, Dom Izidoro Kosinski, que foi seu superior
no tempo de seminário, veio para Brasilândia
chegando aqui no dia 5 de fevereiro de 1984,
quando tomou posse como pároco, sendo no
mesmo ano nomeado pelo bispo como Vigário
Geral da Diocese, para substituí-los nas suas
ausências, cargo que ocupou enquanto
permaneceu na diocese.
Uma trajetória de apostolado e
evangelização
Padre Lauri Vital Bósio permaneceu em
Brasilândia como Pároco de 5 de fevereiro de 1984
a 8 de março de 2010. Foram 26 anos de um longo
Apostolado e Evangelização, como ele mesmo
escreveu contando a sua trajetória de vida,
história que foi o próprio rosto da Paróquia Cristo
Bom Pastor. Cheguei com o seminarista Atílio Benka
para assumir a paróquia no dia 5 de fevereiro de 1984.
Bênção ao 1º Posto de Saúde construído pelos ribeirinhos da barranca do
rio Paraná, pela Associação ARABAP no Porto João André em 1985.
Ao assumir a paróquia, padre Lauri
chegou acompanhado do então seminarista Atílio
Benka, quando passou a atender além da
comunidade da Igreja Matriz, o Distrito de
Xavantina elevado a município com o nome de
Santa Rita do Pardo. Nos idos 1986 começou um
atendimento especial ao Distrito Debrasa, e houve
um grande avanço com a construção da capela
São José Operário, que se tornou uma
comunidade bem atuante com a organização de
seu Conselho Administrativo e Pastoral.
A partir de 1984 dedicou-se à comunidade
da Barranca do rio Paraná com o apoio aos
ribeirinhos e a associação ARABAP- (Atingidos
pela Barragem da Usina de Porto Primavera) que
iniciava suas atividades. No Porto João André, em
15
1985, com a ajuda da comunidade dos oleiros e o
grande apoio do médico Dr. Elsias Nascentes
Coelho Neto (Dr. Cici) foi construído o primeiro
Posto de Saúde da barranca.
No plano social, também deu apoio para a
fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais
e fortalecimento da comunidade do distrito
DEBRASA. Em 1986 quando surgiu no Porto João
André o Acampamento dos Sem Terra América
Rodrigues, padre Lauri deu total apoio à
Comissão Pastoral da Terra-CPT. Com a chegada
do missionário do CIMI Carlito, juntamente com
Dom Isidoro Kosinski, o pároco também deu apoio
incondicional à comunidade indígena Ofaié
Xavante.
No plano espiritual, ao longo da barranca
do rio Verde e Paraná, padre Lauri atendia a Capela
Nossa Senhora das Graças, do Porto João André, a
Capela Nossa Senhora Aparecida, do Iate Clube,
depois com o surgimento da Capela Senhor Bom
Jesus, nas imediações da Balsa para Pauliceia,
também lá prestava assistência religiosa.
Incansável, lá estava o padre Lauri,
inicialmente com uma camioneta, do tempo do
padre Tadeu Kolodziejczyk, primeiro pároco, depois
com um fusquinha 84, e depois com um jipe niva
soviético 4x4, de cor vermelha, adquirido com o
auxílio financeiro dos católicos alemães da
entidade coirmã Adveniat. O novo pároco
percorria as estradas empoeiradas no tempo seco
e enlameadas no tempo das chuvas, celebrando
pelas comunidades das fazendas: Boa Esperança,
Jatobá, Café Compadre, Jesuítas, Santa Verginia e
Santa Encarnação, onde foram realizadas Missões
Populares pregadas pelos Missionários
Vicentinos desde agosto de 1984.
Mais tarde passou também a atender
pastoralmente às fazendas: Santa Sofia, São Judas
Tadeu, Pinheiro, Horto Rio Verde, Califórnia, Vista
Alegre, Modelo e fazenda Matter, em Santa Rita do Padres Lauri e Tadeu diante da camioneta D-10, primeiro veículo da
Pardo. Na fazenda Almeida do saudoso Dr. Anísio paróquia adquirido em 1974; padre Lauri e o seminarista Atílio Benka,
diante do veículo fusca, adquirido em 1984, e padre Lauri no interior do
Gomes de Almeida e dona Áurea Marques em alguns veículo russo da Lada, o Jeep Niva 4x4, adquirido em 1991 na antiga
anos foram realizados diversos Retiros da RCC estrada do Porto João André no período das chuvas.
(Renovação Carismática Católica), comunidades
que passaram a ser atendidas mensalmente,
Enquanto pároco coordenou a construção
sendo que na fazenda Almeida a capela obteve a
de duas Igrejas Matriz, a primeira iniciada no ano
introdução do Santíssimo Sacramento.
de 1989, liderada pelo casal Maria de Fátima Sevilla
Da mesma forma, todos os anos era Barbosa e seu esposo o saudoso Isaac Honorato
realizada pelo padre Lauri uma missa alusiva ao Barbosa que foram responsáveis pela realização de
início da safra do plantio da cana de açúcar, diversos eventos entre eles a Festa dos
celebração festiva que ocorria nas dependências Motoristas com o objetivo de angariar fundos para
da empresa Destilaria de Açúcar e Álcool, no construir a nova Igreja matriz.
distrito Debrasa. No ano de 1994 esta celebração
ocorreu no dia 9 de maio.
16

Na sede da Fazenda Almeida, Dr. Anísio Gomes de Almeida e sua esposa
dona Áurea, padre Lauri, padre Adilson e integrantes da Renovação
Carismática Católica-RCC em 2009
Em 1986 surgiu no Porto João André o
Acampamento dos Sem Terra América Rodrigues.
Com a chegada do missionário do CIMI, Carlos
Alberto dos Santos Dutra, popular Carlito deu-se
apoio à Comunidade Ofaié Xavante. Passamos a
atender a Capela Nossa Senhora das Graças, do Porto
João André; Nossa Senhora Aparecida, do Iate
Clube; depois surgiu a Capela Senhor Bom Jesus,
nas imediações da Balsa para Pauliceia. Com o
alagamento da represa da Usina de Porto
Primavera desapareceram, surgindo depois a vila
do Reassentamento Novo Porto João André.
Dom Izidoro Kosinski e padre Lauri Vital Bósio visitam os índios Ofaié na
barranca do Rio Paraná em Brasilândia no ano de 1987.
Visitávamos as fazendas Boa Esperança,
Jatobá, Café Compadre, Jesuítas, Santa Verginia e
Santa Encarnação onde foram realizadas Missões
Populares pregadas pelos Missionários
Vicentinos em agosto de 1984. Mais tarde incluiu-
se o atendimento pastoral às fazendas: Santa
Sofia, São Judas Tadeu, Pinheiro, Horto Rio
Verde, Califórnia, Vista Alegre, Modelo e Fazenda
Matter, em Santa Rita do Pardo. Na fazenda
Almeida do saudoso Dr. Anísio Gomes de Almeida
e Áurea Marques em alguns anos foram realizados
diversos Retiros da RCC, assim surgiu o
atendimento mensal para esta Comunidade, que
já tinha uma Capela própria com a introdução do
Santíssimo Sacramento.
Essa tônica de presença junto às
comunidades se fazia presente também por
ocasião das visitas pastorais realizadas por Dom
Izidoro Kosinski, bispo da Diocese de Três Lagoas a
quem a Paróquia Cristo Bom Pastor pertencia.
Uma delas, ocorrida de 15 a 21 de maio de 1989,
registrou a imprensa na época a extensa
programação que era cumprida todos os anos
pelo bispo que pertencia a Congregação de São
Vicente de Paulo:
Dia 15, às 19 horas, palestra na Escola
Estadual Adilsom Alves da Silva; dia 16 e 17,
visita à comunidade de Santa Rita do Pardo (nesta
época ainda pertencente à Paróquia Cristo Bom
Pastor, de Brasilândia); dia 18, às 9 horas, visita ao
Hospital Dr. Júlio César Paulino Maia; às 19 horas,
palestra na Escola Adilson Alves; dia 19, pela
manhã, visita aos doentes, e à tarde, encontra com
os indígenas Ofaié Xavante no acampamento na
Barranca do Rio Paraná; à noite missa na Igreja
matriz em Brasilândia;
Dia 20, visita à comunidade do Iate Clube
Rio Verde – Capela Nossa Senhora Aparecida,
com celebração de missa às 19 horas; dia 21, visita
à comunidade Debrasa com celebração de missa
na capela São José Operário; às 17 horas encontros
com jovens e crismandos no Salão Paroquial da
Igreja matriz; às 19 horas, encerramento da visita
pastoral com missa de despedida concelebrada
pelo bispo Dom Izidoro Kosinski e padre Lauri
Vital Bósio, pároco de Brasilândia.
Homem de estudo e engajamento, de
oração e práxis comprometida com o próximo,
ousou adentrar os sertões e os cerrados
revertendo a incerteza e o desamor. Homem
franco e sem rodeios, amigo e generoso, de peito
aberto, incontinente, sempre criou espaço para o
diálogo, na sociedade e na Igreja. Por vezes
enfrentou embates, sendo rejeitados por alguns.
Teve mais acertos do que erros. Mas soube
renovar-se a cada experiência e isso prolongou-
lhe a vida.
Sempre sorridente, e contando piadas, lá
estava ele mostrando a todos, ao mesmo tempo, o
rosto sofrido de Deus, na condição de pobre e
excluído das rodas sociais. Como um verdadeiro
17
discípulo. Mesmo entre os fazendeiros e
empresários abastados, nunca deixou de
profetizar com o chamamento à conversão, à
prática da justiça e ao perdão.
Com o afastamento do padre Lauri, por
motivo de saúde, em abril de 2010, a Paróquia
passou a ser administrada pro tempore, durante
três meses, pelo diácono permanente Carlos Alberto
dos Santos Dutra, popular Carlito. Diácono
permanente na comunidade, foi ordenado no dia
31 de março de 2001, no Domingo de Páscoa pelas
mãos de Dom Izidoro Kosinski. Residente em
Brasilândia e atuando como missionário do CIMI
desde 1986, por 15 anos foi Ministro da Palavra e da
Comunhão, do Batismo, Exéquias e assistência ao
Matrimônio, auxiliando o pároco de Brasilândia no
trabalho pastoral, sobretudo, das comunidades
rurais, ribeirinhos e indígenas. Também foi
secretário da Forania da Diocese de Três Lagoas e
do Conselho Diocesano de Pastoral da Diocese;
assessor teológico das pastorais sociais e
coordenador diocesano da pastoral indígena na
Diocese.

Padre Lauri Vital Bósio fotografado no ano 2000: em meio aos altos e
baixos do desafio pastoral, sempre de bem com a vida.

A Diocese deve ter orgulho de tê-lo

acolhido no seio de sua pastoral, da qual foi
coordenador diocesano por vários anos e membro
de seu tribunal eclesiástico. Sempre disposto a
estender a mão de forma acolhedora, transformou
a Casa Paroquial, que estava sempre de portas
abertas, num ambiente alegre e acolhedor.
Verdadeiro peregrino da fé e das
necessidades últimas, para além de suas
limitações físicas. Junto aos acampados do Rio
Verde e Paraná, ribeirinhos, sem-terra ou
indígenas, lá estava ele, com limitações de Padre Maurício Levy da Silva na Igreja Matriz da Paróquia Cristo Bom
Pastor no ano de 1999
movimentos, por causa da distrofia muscular
degenerativa que lhe perseguiu durante toda a
vida, sempre animando a todos na caminhada em
busca de terra, paz, pão e liberdade.

O bispo D. Moreira e o diácono Carlito (administrador da Paróquia) na

posse do padre Maurício Levy da Silva ocorrida em 2010

Batizado na Capela Nossa Senhora das Graças realizado pelo ministro do

batismo Carlito em 1998 no Porto João André.

18
 Após esse período aconteceu a posse do
novo pároco de Brasilândia, sacerdote diocesano,
padre Mauricio Levy da Silva, que ocorreu no dia 18
de julho de 2010 pelas mãos do novo bispo da
Diocese Dom José Moreira Bastos Neto que havia
chegado à Diocese em 2009 tendo falecido cinco
anos depois, em 2014. Entre maio de 2014 e abril
de 2015, a Diocese viveu um período de vacância,
quando foi administrada pelo padre Altair Ferreira,
até ser nomeado para a Diocese de Três Lagoas o
atual bispo, Dom Luiz Gonçalves Knupp. Em
Brasilândia, com a transferência do padre
Maurício para a Paróquia Santo Antônio, de Três
Lagoas, o padre Luiz Carlos Mariano, vindo de
Santa Rita do Pardo tomou posse em 11 de
fevereiro de 2012 na Paróquia Cristo Bom Pastor
permanecendo até 16 de dezembro de 2016
quando a paróquia no ano seguinte recebeu o
novo pároco, padre José Moreira Silveira.
Fazendas e Comunidades atendidas pelo
Padre Lauri (1984 a 2010)
De configuração rural a Paróquia Cristo
Bom Pastor desde que foi criada plantou raízes em
santuários e capelas de devoção que foram sendo
construídas em fazendas e sítios, cujos fiéis de
maioria católica, formava o tecido social e
religioso do município nestes tempos primeiros.
Padre Lauri Vital Bósio, desde que chegou, não
mediu esforços para se fazer presente nestes
lugares ermos e muitas vezes de difícil acesso para
levar os sacramentos e a Palavra de Deus a todos
os cantos do município.
Por mais de duas décadas, este padre
vicentino, a despeito de sua deficiência física que
foi se agravando ao longo dos anos e que o
impedia muitas vezes de caminhar, marcou
presença em toda a extensão do município de
Brasilândia: fazenda Almeida e fazenda Santa
Odila; fazenda São José (Olívio Cobianco); Porto
João André, na capela Nossa Senhora das Graças.
No Iate Clube Rio Verde, a capela Nossa Senhora
Aparecida, e a capela Senhor Bom Jesus. Na
margem dos rios Verde e Paraná há o registro que
ele celebrou no km 9 na casa do senhor Antônio e
dona Lia no dia 30 de agosto de 1997; residência
do senhor José Medina e dona Antônia; residência
de dona Felicidade Antunes da Silva e seu esposo
Otílio Rodrigues da Silva, ambos saudosos, entre
outros.
No distrito de Xavantina esteve presente
durante todo o seu apostolado celebrando e
animando a Capela Santa Rita, depois
transformada em paróquia e fazendas da região:
fazenda São Judas Tadeu, do senhor Odair Sala e
dona Mariza, distante 40 km de Santa Rita do
Pardo; fazenda Mater, fazenda Santa Vergínia,
entre outras. No distrito Debrasa, celebrações na
capela São José Operário e fazendas vizinhas,
como a fazenda Sofia, distante 8 km dali. Também
a linda capela construída na fazenda Modelo. E no
Horto Rio Verde, na fazenda que lá existia
distante 90 km da Igreja Matriz, terras que,
depois, foram adquiridas pela empresa Chanflora
e que também era assistida pela Paróquia Cristo
Bom Pastor com a realização de missas e
batizados.
O Crisma e a consagração
dos Santos Óleos
O ano de 1999 foi um ano especial para
Brasilândia. E não era para menos. A Paróquia
Cristo Bom Pastor, naquele ano havia sido
escolhida para a realização da Missa da
Consagração do Sacramento Crisma e Bênção dos
Santos Óleos. A solenidade reunia a expressão do
povo católico da Diocese de Três Lagoas e foi
presidida pelo bispo Dom Izidoro Kosinski. O dia
era 30 de março e o presbitério da igreja matriz
estava repleto de padres, diáconos e ministros da
comunhão. Fizeram-se presentes em Brasilândia,
na verdade, todos os padres da Diocese, sendo
que da cidade de Três Lagoas estiveram
presentes: padre Valério Utel, da Paróquia Santo
Antônio; padre José Mauro de Marco, da Paróquia
Nossa Senhora Aparecida; padre Itamar Simões
Filho, da Paróquia Santa Luzia, e padre Lourenço
Mika, da Paróquia Santa Rita de Cássia.
Coral dos Cantores de Deus durante a Missa dos Santos Óleos na
Paróquia Cristo Bom Pastor em 1999
19

Jovem Maicon Barbosa e o padre Lourenço Mika (Maycol) durante a Missa
dos Santos Óleos em 1999
O diácono Pedro Barbosa da Silva e Roseli Barbosa em 1999
Da cidade de Água Clara, padre Kurian
Melayathu Joseph, da Paróquia Sagrado Coração de
Jesus; da cidade de Aparecida do Taboado, padre
Abílio Dantas Barbosa Neto, da Paróquia Nossa
Senhora Aparecida; da cidade de Cassilândia,
padre João Altino Barbosa, da Paróquia São José;
da cidade de Chapadão do Sul, padre Maurício
Levy da Silva, da Paróquia São Pedro Apóstolo; da
cidade de Paranaíba, padre Carlos Enrique dos
Santos e padre Edilson Paes Landim de Farias, da
Paróquia Santana; da cidade de Santa Rita do
Pardo, padre Gerson Antônio da Silva, da pró-
Paróquia Santa Rita; da cidade de Selviria, padre
Roque Gabriel, da Paróquia São João Batista. Com
a ausência somente do padre Diomar Serafim, da
Paróquia Senhor Bom Jesus, da cidade de
Inocência, a celebração contou também com a
presença dos diáconos permanentes: Pedro Barbosa
(☼24.ago.1926-†05.abr.2013), Jorge Silva
(☼20.fev.1931–†27.ago.2016), Gerson de Oliveira
Ramos e Walter Aparecido Ribeiro (☼30.mar.1934–
†19.abr.2021), além de ministros e ministras
extraordinários da comunhão.
A comunidade estava em festa e a Igreja
superlotada. O Coral dos Cantores de Deus, mais uma
vez destacou-se com hinos alusivos ao evento e o povo
fiel participou louvando e testemunhando a grandiosa
missa, lembrou o Jornal de Brasilândia. A
20
coordenadora Maria de Fátima Servilla Barbosa fez
a abertura e o acolhimento dos fiéis e convidados:
Irmãos e irmãs, com alegria e animados pela fé, nossa
comunidade paroquial, acolhe o bispo, todos os padres,
ministros, ministras e os diáconos em nossa Diocese.
Aconteceu então, após a renovação dos
compromissos sacerdotais, que todos os
sacerdotes receberam um estojo (kit) contendo os
óleos que foram abençoados pelo bispo para
serem ministrados nas suas Paróquias: o óleo dos
enfermos, o óleo dos catecúmenos e o óleo da
Crisma. Os Santos Óleos, explicou Dom Izidoro,
comunicam aos cristãos a graça multiforme do Espírito
Santo, daquele que fez de Jesus o ungido por excelência.
Após a cerimônia, durante o dia os padres se
encontraram na fazenda de propriedade de Janete
Vannuchi e o almoço foi servido na fazenda
Almeida, de propriedade do casal Dr. Anísio
Gomes de Almeida e sua esposa, dona Áurea.
Durante a reunião de planejamento
pastoral, ocorrida também naquele ano, as
atividades dos movimentos e pastorais
apresentaram o seguinte quadro das pastorais e
serviços da paróquia: Catequese (inscrições em
fevereiro, e início dos encontros em março);
Liturgia (ensaio de cantos todos os sábado; curso
de Formação em janeiro, e Missa e Celebrações aos
domingos as 7 e 19 horas); Jovens (reuniões todos
os domingos às 17 horas); Casais (curso de noivos
anual, em março); Apostolado da Oração (reunião
mensal e missa na 1ª sexta-feira do mês, as 19
horas); RCC (grupo de oração todas as quintas-
feiras as 18:30 horas); Batismo (curso todo o 1º
domingo do mês); Dizimo (atividade permanente
e contínua); Círculos Bíblicos (novena, semanal;
terço e missa, mensal; e reunião, anual); Conselho
Administrativo (festas, quermesse, leilão e almoço ,
a cargo do CSAP e CPP); e Conselho de Pastoral
(formação geral aos paroquianos ao menos a cada
dois meses). O que mostra o ritmo intenso do
apostolado e evangelização realizado na Paróquia
Cristo Bom Pastor na época, o que persistiu nos
anos seguintes até os dias atuais.
A segunda Igreja Matriz
Até a chegada do padre Lauri, no ano de
1984, a primeira igreja matriz da paróquia,
construída ainda pelo padre João Tomes em 1963,
manteve-se firme e permanecia sempre lotada de
fiéis, tornando-se aos poucos pequena demais
para a comunidade de maioria
predominantemente católica. Isso até o dia 29 de
setembro de 1994 quando a igreja matriz ameaçou
de cair: uma tesoura de madeira que dava
sustentação ao telhado rachou, ameaçando a
parede lateral da igreja de ruir. No dia seguinte,
rapidamente foi transferida o mobiliário da igreja
para o salão paroquial para, em seguida, fazer a
demolição da primeira igreja matriz, o que
ocorreu no mês de outubro. A partir desta data a
igreja começou a funcionar no salão paroquial.
Mesmo antes de se fazer a transferência da
igreja para o salão paroquial já se pensava na
construção de um templo maior e que pudesse
abrigar a todos. Sobre a construção da nova Igreja
Matriz, o pároco escreveu: Considerando que no De pé: José Aparecido Perez, Dirceu, Sebastião Diogo, Carlos Amorim,
Osvaldo Silva, José Vicente. Agachados: Isaac Honorato Barbosa,
Distrito Debrasa e Santa Rita do Pardo já se Valdeires Bento dos Santos (Piacatu), Édson Okamoto e Raimundo Pedro
mobilizavam para construí suas respectivas Capelas, que compunham a 1ª Comissão de Reconstrução da Igreja Matriz em 2001
Brasilândia não poderia ficar atrás. E no ano de 1989,
formou-se um grupo de pessoas interessado em
construir uma nova Igreja, liderados por Maria de Durante a construção desta igreja, que
Fátima Servilla Barbosa e seu esposo o saudoso Isaac durou quatro anos e onze meses para ser
Honorato Barbosa ((☼26.jan.1946–†12.fev.2010). concluída, uma segunda comissão de construção
Instalada em 23 de setembro de 1990 a 1ª somou-se no trabalho. No dia 27 de setembro de
Comissão de Construção foi coordenada por Maria 1992 lá estava coordenadora Maria de Fátima
de Fátima Servilla Barbosa, tendo ao seu lado: Servilla Barbosa animando aos paroquianos a
Miriam Nogueirol dos Santos (1ª secretária); Alcides continuar os trabalhos: José Ferreira da Silva (1º
Servilha (2º secretário); Selma Regina Miranda secretário); Marlei Ferrari Costa (tesoureira);
Pereira (tesoureira); Marlei Ferrari Costa (2ª Alessandra Oliveira (2ª tesoureira); Magda Ester
tesoureira), e os Conselheiros: Pedro Basso, José Bueno de Carvalho (1ª secretária); Vanderlei de Souza
Ferreira da Silva, Osvaldo Silva, Serafina Souza, Silvia Oliveira (2º secretário), e os Conselheiros: Valdinei
Souza Santos, e Vanderlei Souza Oliveira. A partir de Rodrigues Oliveira, Pedro Basso, Alcides Servilha, João
então passou-se a fazer promoções e festas para Garcia Martinez, Geracina de Oliveira, e Silvana
dar início à edificação da nova Igreja. Entre as Martins.
muitas promoções e quermesses pró-construção
da Igreja matriz, há o registro de uma festa
promovida no dia 30 de junho de 1990 com a
apresentação de quadrilhas de jovens e casais,
com direito a troféu e prêmios aos mais de 40
casais que participaram da brincadeira.
O Alcides (da ACIABRA) estava impossível
animando a festa, escreveu o jornal na época.
Leiloava até chapéu de roceiro. Falou muito e cansou,
sendo substituído pelo locutor Nelson Pedretti que
também deu a sua excelente colaboração. A
coordenadora do evento, Maria de Fátima Servilla
Barbosa, a Drª Selma Regina Miranda Pereira,
médica local e a Profª. Miriam Nogueirol dos Santos,
Igreja matriz durante realização de missa dominical no ano de 2000
da Comissão Organizadora, agradeceram a
generosidade do povo brasilandense. Voz
corrente durante a quermesse era de que desta vez E assim, passo a passo, etapa por etapa,
a Igreja sai. Nos próximos dias, foi anunciado ano a ano, com os recursos da própria
durante o evento, deverá ser escolhido o projeto a ser comunidade, campanhas, festas, leilões e sempre
submetido à Cúria Diocesana no início de agosto. Entre com esforço e sacrifício e a dedicação da comissão
as ideias apresentadas destacava-se o projeto do e da comunidade, é que o sonho se tornou realidade e
Pedrão: um templo em forma de triangulo com o vértice hoje está sendo possível com as bênçãos de Deus fazer
voltado para o infinito. Quem já viu o desenho garante acontecer esta inauguração para que o Povo de Deus
que será um verdadeiro cartão de visitas da cidade.
21
tenha um lugar para melhor louvar a Deus que é o padre Clístenes Natal Bósio, pároco da Paróquia Santa
Senhor da Vida. Rita de Cássia, de Três Lagoas, foram os enviados de
Deus para esta missão, testemunhada pelas demais
personalidades e autoridades do segmento da nossa
sociedade que estiveram presentes, participando da
Missa da Bênção e inauguração da matriz, Bênção da
parede e Bênção do Altar da Igreja Católica. Houve
vários cânticos animados. A Igreja ficou majestosa que
já se transformou em cartão postal da Cidade
Esperança.

Notícia da Inauguração da Igreja Matriz da Paróquia Cristo Bom Pastor

no dia 27 de agosto de 1995

Igreja matriz construída em forma de chalé e paroquianos a sua frente em

dia de procissão no ano de 2000

A vida paroquial seguiu animada tendo à

frente o Conselho Paroquial (CAP) escolhido no
dia 14 de outubro de 1998 formado por:
presidente- Anísio Gomes de Almeida; vice-
Placa inaugural da Igreja Matriz Cristo Bom Pastor, descerrada no ano de
1995 presidente- Isac Honorato Barbosa; 1ª secretária-
Maria de Fátima Servilha Barbosa; 2º secretário-
Veio, então, uma ideia brilhante de se fazer
Ovídio Lopes de Oliveira; 1º tesoureiro- Carlos
uma missa campal ao lado de um campo de
Amorim de Assis; 2º tesoureiro- Valdeires Bento dos
futebol para a tarde ter um torneio de futebol
Santos. E os conselheiros: Osvaldo Silva; Moisés
especificamente num dia de domingo do mês de Thomé; José Vicente de Lima; Hélio Augusto da Silva;
agosto, pois dificilmente chovia. Este evento foi Laércio Duarte Ephigênio; Adelino Barbosa; Áurea
chamado de Festa dos Motoristas, com o objetivo de Marques de Almeida; Francisca Castilho Leôncio;
angariar fundos para construir a nova Igreja Cristina Aparecida Servilla Barbosa e Mirian Cristina
Matriz. Com a primeira festa foram construídas as do Vale.
sapatas de concreto para receber a estrutura
metálica com uma altura de 15 metros e a largura
das paredes de 15 metros igualmente. Desta forma
foi surgindo como se estivesse saindo da terra a
nova Igreja. A cada ano era feita uma etapa com a
arrecadação da referida festa. A construção foi
evoluindo ano a ano: estrutura metálica, depois
sua cobertura, as paredes, o piso, o presbitério; e
assim, já em 1995, a Igreja monumental em forma
de um chalé foi inaugurada.
A inauguração da nova Igreja Matriz
aconteceu no dia 27 de agosto de 1995 e contou
com a participação do povo que superlotou a
Igreja. O presidente da celebração, Dom Izidoro
Kosinski, bispo Diocesano, tendo como concelebrante, Igreja matriz destruída por um vendaval ocorrido no dia 24 de setembro de
2001
padre Lauri Bósio, pároco local; padre João Altino
Barbosa, pároco da Paróquia São José, de Cassilândia;
22
 A majestosa obra, que teve início em 12 de
setembro de 1990, infelizmente, depois de pronta,
no dia 24 de setembro do ano de 2001 aconteceu
um desastre da natureza: um vendaval colocou a
Igreja nova no chão. A tragédia só não foi maior
porque tudo aconteceu quando a Igreja estava
vazia.
A atual Igreja Matriz
Lançamento da pedra fundamental da nova Igreja realizada no dia 23 de
junho de 2002, na presença do bispo diocesano, pároco, diácono e membros
da Comissão.
Logo após a destruição da igreja começou
um novo desafio aos paroquianos: se reunir e
planejar a nova reconstrução do templo que o
vento derrubou. Sob a coordenação inicial do
pecuarista Valdeires Bento dos Santos, e o servidor
público Paulo César Galiani, os trabalhos foram
iniciados no mês de novembro de 2001
E com muito sacrifício e dedicação de muitas
pessoas da comunidade, a igreja matriz foi
reconstruída, sendo finalmente concluída, sob a
liderança do Dr. Anísio Gomes de Almeida eis que hoje
está pronta a atual Igreja, que já se avista na belíssima
Praça da Igreja Matriz, conclui o padre Lauri em seu
relato de despedida da comunidade em 2010.
A Comissão de Reconstrução da Nova Igreja
Matriz CCI foi escolhida no dia 24 de outubro de
2001 tendo como presidente executivo, Valdeires
Bento dos Santos; vice-presidente, Carlos Amorim de
Assis; 1º secretário, Jorge Luiz da Silva; 2º secretário,
diác. Carlos Alberto dos Santos Dutra; 1º tesoureiro,
José Carlos Santin; 2º tesoureiro, Paulo César Galiani;
e os conselheiros: Osvaldo Silva, Raimundo Pedro de
Souza, João Pedro de Souza, João Garcia Martinez,
Teófilo Gregório Rodrigues Neto, José da Silva Alves,
Moisés Aristeu Thomé, Maria de Fátima Servilla
Barbosa, e Fábio de Toledo da Silva Leite.
A Igreja caída não foi recuperada devido a
laudos técnicos do CREA e Corpo de Bombeiros
que deram perda total para o prédio. Então partimos
para a ideia de uma nova Igreja, conta ele, onde
simultaneamente foi solicitado a várias empresas
orçamento para aproveitamento dos materiais que
havia caído, onde nenhuma [empresa] se pronunciou
manifestando interesse. Foi quando a própria
Comissão decidiu ela mesmo fazer o aproveitamento dos
materiais e foi acertado com José da Silva para fazer o
desmanche e a ampliação do Salão Paroquial onde
passou a ser a sede provisória da Igreja por cerca de dois
anos durante a construção da nova Igreja, explicou a
coordenação.
Entre as campanhas de arrecadação de
fundos para a reconstrução da Igreja, foi
registrado pela imprensa o evento realizado no
dia 8 de dezembro de 2001, na sede da Associação
Atlética Brasilandense-AAB, o Baile do Ano,
animado pela Banda Clave de Sol. A campanha teve
continuidade no dia seguinte, com a realização no
recinto de DR Leilões, do Sindicato Rural de
Brasilândia-SRB, de um almoço beneficente,
seguido de leilão de animais, tudo realizado com
o objetivo de angariar fundos para que a
comunidade católica pudesse reerguer o seu
tempo destruído por uma tempestade no mês de
setembro.
Maquete apresentada pela 1ª Comissão de Construção da 2ª Igreja em 2002
Foram feitas várias reuniões para decidir o
modelo da nova Igreja, sem nunca chegarem a um
consenso. Os membros da Comissão, Valdeíres dos
Santos e Paulo César Galiani, na época, juntamente
com Valdivino dos Santos, chegaram a confeccionar
uma maquete e apresentá-la ao vigário da
Paróquia, padre Lauri Vital Bósio, com um modelo
semelhante à Igreja matriz da cidade de Dracena,
do vizinho estado paulista: Foi aprovado por todos,
menos pelo padre dizendo que aquilo era antigo,
comentou Valdeíres.
Um novo projeto finalmente foi aprovado
com a interveniência do bispo diocesano D. Izidoro
23
Kosinski e do Conselho Diocesano de Pastoral CDP,
que logo contou com o apoio do engenheiro Dr.
André Obinata, da cidade de Três Lagoas que,
gentilmente, doou o projeto inicial da obra. O
projeto para a fundação e acompanhamento da
construção do prédio foi doado pelo engenheiro
de Brasilândia Dr. Mehdi Talayeh.
E, assim, no dia 10 de outubro de 2002 se
deu o reinício da construção da nova Igreja matriz
de Brasilândia, graças ao esforço de diversos
profissionais e colaboradores, que contou entre
eles, também com os préstimos da engenheira
Rosemeire Aparecida Ventura Ribeiro, de Três
Lagoas, que providenciou os cálculos da parte
estrutural da obra, serviço graciosamente doado à
comunidade. Em que pese divergências da
presidência da Comissão com o pároco local, seis
meses depois, a obra se encontrava com a
fundação concluída, as paredes já respaldadas e as
lajes concluídas, faltando só a torre, a cobertura, o
piso e acabamentos, sendo que o custo dos materiais
com as doações (...) mão de obra de seis meses (...) e
ampliação da Igreja provisória totalizara o montante
aplicado por esta Comissão num período de obra de seis
meses, com sua paralisação em 10 de março de 2003,
no valor de R$ 82.576,90.
Dom Izidoro Kosinski, bispo Diocesano e o Coordenador Anísio Gomes de
Almeida vistoriando a obra de construção da nova Igreja em 2006
No dia 7 de setembro de 2003 a antiga
Comissão fez a entrega dos documentos e
trabalhos sem deixar dívidas para a paróquia, e
ainda com um saldo a receber de R$ 5.253,00. Este
foi o último balancete apresentado por esta
Comissão ao padre e ao Conselho Administrativo
da paróquia que foi representado pelo conselheiro
Mauro Alves Oliveira Júnior. Participaram nesta
reunião 21 integrantes da Comissão e para a
conferência dos documentos participou o amigo
do pároco, Paulo Lima Menezes (in memoriam), da
cidade de Dracena.
No dia 17 de agosto de 2003 tomou posse
o Novo Conselho Administrativo Paroquial CAP em
24
substituição à comissão de construção da Igreja que
foi extinta, tendo sido empossados os novos
representantes: presidente- padre Lauri Vital
Bósio; presidente Executiva- Maria de Fátima
Servilha Barbosa; Tesoureira- Miriam Cristina do
Vale; Secretária- Yukari de Souza Tadano da Costa;
Conselho fiscal- Antônio José da Silva, Aparecido
Lopes de Almeida, Cristiane Aparecida Servilla
Barbosa, Mauro Alves de Oliveira Júnior.
Entre as diversas promoções realizadas
para angariar recurso para a construção da nova
Igreja, a imprensa noticiou o realizado no dia 19
de março de 2006, na sede o DR Leilões, e que foi
organizado por uma equipe de voluntários formada
pelo pecuarista Anísio Gomes de Almeida, Waldemar
Firmino de Campos e Silvério Francisco de Oliveira,
sendo que o almoço contou com a ajuda de voluntários
e 95% das mercadorias foram doadas, as únicas
despesas que tiveram foram com a carne para o
consumo e as bebidas. Estima-se que no almoço
estiveram aproximadamente 800 pessoas e a
arrecadação total do Leilão foi em torno de R$ 20 mil
reais, além da doação de janelas, portas, sacos de
cimento (115) sacos de cal e cinco metros de piso, entre
outros.
Da mesma forma realizaram-se inúmeras
promoções coordenadas por grupos de serviços e
pastorais cuja renda era totalmente revertida para
a construção da nova igreja matriz. Registre-se
neste jubileu, com gratidão o desprendimento e
generosidade do chá beneficente (do dia 3 de abril
de 2005) e feijoada (do dia 12 de junho de 2005)
promovidos pela srª. Maria Ferreira Santos Bueno e
srª. Aparecida Ferreira dos Santos.
O legado de Padre Lauri
Construída com muito sacrifício e
dedicação de pessoas da comunidade, eis que
finalmente acabou pronta aquela, que hoje é a
atual Igreja Matriz, na belíssima Praça que
recebeu o nome de Praça Anísio Gomes de Almeida.
Um dos grandes legados que padre Lauri deixa a
todos é ter sido guia espiritual de um povoado
que, durante praticamente três décadas, elevou-se
a condição de cidade. Promovendo e destacando
lideranças, fomentando a solidariedade e
fraternidade entre seus primeiros munícipes.
É pai espiritual de milhares aos quais
batizou, deu a primeira comunhão, confessou e
casou, orou pelos seus enfermos a aconselhou.
Brincou e sorriu, irou-se e contrariou interesses
também. Foi um ministro de Deus na condição
humana que está sempre se aperfeiçoando, para
no final da vida encontrar-se com o Pai. E ele
assim o fez. Nunca, entretanto descuidando dos
jovens, dos idosos, da comunidade solidária,
pastoral da criança, apostolado da oração, entre
tantas pastorais e movimentos que criou e
incentivou. Ele também esteve ao lado dos menos
favorecidos, como os sem-terra e povos indígenas,
através da CPT e do CIMI. Com um carisma
pessoal e de fácil comunicação, dedicou-se por
inteiro à causa do Evangelho na integralidade
levando-o a todos os rincões da Diocese de Três
Lagoas, de Brasilândia à Xavantina (hoje Santa
Rita do Pardo).
Igreja Matriz da Paróquia Cristo Bom Pastor em construção.
No seu relato, padre Lauri relembra que a
inauguração da nova Igreja matriz foi, sem
dúvida, o coroamento de esforços e generosidade
da comunidade que muito colaborou para que o
templo que hoje acolhe a todos os paroquianos.
Desde o corrimão para o presbitério doado pelo
casal Eliza Angelieri e Narciso Sutiro, da fazenda
Mater e por diversas vezes acolheu o bispo Dom
Izidoro Kosinski na bela capela da propriedade...
Logo após a inauguração já encontramos a
realização do 1º casamento na nova igreja que
aconteceu no dia 28 de abril de 2007 unindo Luís
Ávila da Silva e Graciana Batista Pinto. Digno de
registro também é a realização neste templo no
dia 28 de maio de 2007, da primeira missa do
padre Rogério Gomes, ele que havia sido ordenado
no mês anterior (dia 14 de abril) na catedral da
Diocese de Três Lagoas.
Antigas Capelas e
Comunidades Rurais
Desde as suas origens a Igreja Católica em
terras brasilandenses teve configuração rural. E as
capelas de devoção foram nascendo
acompanhando a formação das fazendas, dos
sítios e finalmente o aglomerado humano que
formava o povoado. Quando das desobrigas, os
padres e missionários que vararam estes cerrados
e matas, valeram-se muito destes espaços
privados dedicados a fé da população que aqui
morava. Algumas dessas capelas permaneceram
fortemente ligadas à pastoral da Igreja por desejo
de seus proprietários tornando-as local de
encontro reservado ao público em geral.
Capela Santa Rita no Distrito de Xavantina, construídas nos anos 1963.
Padre Antônio, do Carmo Ribeiro celebrando na Capela de Santa Rita, no
distrito de Xavantina, tendo à frente o prefeito de Brasilândia, à época,
1980, Fernando Mendes.
Capela Santa Rita (de Xavantina)
Entre as capelas mais antigas de
Brasilândia, pode ser lembrada, a Capela Santa
Rita, localizada no então distrito de Xavantina,
hoje município de Santa Rita do Pardo. Mesmo
antes da fundação da Paróquia Cristo Bom Pastor,
ocorrida em 25 de junho de 1972, aquela Capela
foi atendida regularmente pelas irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado. Contando com
a participação do padre Antônio do Carmo Ribeiro a
pequena capela manteve-se até o ano de 1989
quando o distrito de Xavantina emancipou-se
transformando-se no município de Santa Rita do
Pardo
Foi nesta época que na visita pastoral que
Dom Izidoro Kosinski realizou ao novo município
de Santa Rita do Pardo que foi realizada missa e
bênção da pedra fundamental que deu início a
construção da nova igreja matriz construída em
frente da antiga capela. A comunidade,
entretanto, permaneceu sendo atendida
25
espiritualmente pelo padre Lauri Vital Bósio, de
Brasilândia, desde 1984 até a criação da Paróquia
Santa Rita naquele município, o que ocorreu no
dia 13 de janeiro de 2001. Os saudosos Sr. Celeste
(Celestino Matias da Silva) e dona Galdina Ferreira de
Jesus contavam que seu casamento ocorrido no
ano de 1932 havia acontecido na antiga capela de
Xavantina.
Ponto alto das celebrações naquele
distrito, depois município, era a festa de Santa
Rita, padroeira do lugar, que acontecia todos os
anos no dia 22 de maio. No ano de 1997 a festa
ocorreu, como de costume, com celebração na
capela de missa festiva e batizados; depois,
bênçãos dos veículos e procissão até ao pequeno
santuário erguido na residência da srª. Rita
Morena, onde foi realizada as honras à padroeira e
um grande almoço oferecido a todos os presentes.
Procissão em honra a Santa Rita de Cássia, vendo-se o padre Lauri, o
diácono Carlito (ao fundo), Rita Morena e Comunidade de Santa Rita do
Pardo, nesta época, 1997, ainda pertencente à Paróquia de Brasilândia
Capela de Santa Rita no distrito de Xavantina em 1990
Capela Nossa Senhora de Fátima
(Mutum)
Em comunidades rurais comemorar o dia
do santo padroeiro do lugar é sempre motivo para
festas, celebrações e atividades sociais e
26
esportivas. E foi o que aconteceu no dia 20 de maio
de 2000, dia dedicado à Nossa Senhora de Fátima
que a comunidade do Assentamento Mutum
comemorou esse dia com grande alegria.
Quem recorda da história desta capela é
um dos colaboradores do evento, seu Antônio
Loures Telles, popular Gaúcho: Essa é a primeira festa
que nós estamos concretizando; este evento era um
sonho que a gente pensou há muito tempo. Desde
quando instalei neste local, isso em 1993, já pensava em
criar uma comunidade, e hoje, graças a Deus e a Nossa
Senhora de Fátima, que é a nossa padroeira, nos
proporcionou esta maravilha.
Antiga sede da Capela Nossa Senhora de Fátima, no Assentamento
Mutum.
O assentamento [que dista da sede do
município de Brasilândia cerca de 160 km], disse
Telles: é federal e 80% da área pertencem à Brasilândia
(...) quando organizamos essa igrejinha, o padre veio e
pelo motivo que no município e região não tinha uma
Igreja, o Pároco designou esse nome para esse
assentamento.
Foi um pedido do padre, Jesudhas
Jesuadimai Fernando MMI (Missionários de Maria
imaculada), que atuou como pároco entre 1992 e
2003 em Ribas do Rio Pardo/MS que atendia
aquela comunidade. Entre as lideranças do lugar
que faziam parte da comissão organizadora da
festa estavam a Profª. Tânia Maria Carollo da Rocha,
Ubirajara Maura; Antônio Telles, Luzia Machado,
Francisco Capelinha, e J da Silva Souza, entre
outros.
Desde a criação desta comunidade, devido
a distância da sede do município de Brasilândia,
ela foi sempre atendida pelo padre da Paróquia
Nossa Senhora da Conceição, de Ribas do Rio
Pardo, até os dias atuais, estando vinculada à
Arquidiocese de Campo Grande.

Lembranças de Antigas
Capelas
Entre as capelas que já não existem mais
podem ser lembradas: a Capela Santa Bárbara que
existiu no bairro conhecido como Gleba Seca, na
Cabeceira Perdida; a Capela São Paulo que existiu
nos anos 1950 na fazenda Cisalpina, e a Capela do
Senhor Bom Jesus, localizada nas margens do rio
Verde.
Capela Santa Bárbara
Capela Santa Bárbara nos anos 1960 e nos dias atuais (2008) em ruínas.
Esta capela foi construída, provavelmente
no tempo dos antigos missionários e do padre João
Tomes e tinha sede no Sitio Igrejinha do saudoso sr.
Manoel Claudino da Silveira. Local muito
frequentado pelos habitantes da região
denominada Cabeceira Perdida, também foi
utilizada como sala de aula das crianças que ali
viviam e frequentavam a Escolinha da Colônia.
Consta que entre as atividades pastorais
realizadas no interior da Capela da Gleba Seca
(como era conhecida) há o registro de celebrações,
encontros de catequeses ministrados pelas irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado e que, no dia 5
de outubro de 1981, o bispo D. Geraldo Magela,
realizou celebração eucarística nesta capela.
O nome Santa Bárbara atribuído a esta
capela tem origem num fato ocorrido no ano de
1963, quando uma jovem foi atingida por um raio
às portas desta capela-escola e que lhe ceifou a
vida. Segundo o morador João Brito de Souza,
tratava-se da pequena Isolina Sarãn, que, com
medo do temporal dormia no colo da irmã mais
velho, Rosinha. E que, infelizmente se foi, de uma
maneira tão brusca e que, com certeza, foi acordar
ao lado maior Mestre dos mestres, Jesus.
Entre os outros demais atingidos, é
lembrado o nome de quem milagrosamente
sobreviveu: Joaquim Liberato, que ficou com
marcas no corpo e queimaduras nas mãos e nos
pés. O morador ainda recorda outros nomes,
também de sua família: Juvêncio Brito, meu pai,
que faziam parte daquela comunidade. Lembro-
me ainda de seu Eugênio Sarãn e dona Glória,
mãe da pequena Isolina. Seu Liberato e dona
Nenê, os pais do Joaquim Liberato e seu Manoel
Rocha, que vive aqui em Brasilândia com seus 80
e poucos anos.
Um registro no livro tombo da Paróquia
Cristo Bom Pastor menciona que realização de
visitas pastorais, e de catequese, das Irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado a esta capela e
igualmente a realização de missas por padres
itinerantes de Três Lagoas e Campo Grande, que
visitavam a região nos primeiros anos de
evangelização, a partir de 1957 quando foi
realizada a primeira missa campal na sede do
município de Brasilândia e depois com a criação
da Paróquia em 1972 e a chegada das irmãs para
coordenar os trabalhos religiosos no lugar.
Capela do Senhor Bom Jesus
Capela Senhor Bom Jesus, próxima a Balsa de Pauliceia no ano de 1998.
Sobre a Capela do Senhor Bom Jesus sabe-se
que ela foi inaugurada em 28 de setembro de 1997
e estava localizada no km 10 da estrada municipal
na margem direita do rio Verde. Foi uma das
últimas capelas da comunidade católica da região
à montante do Porto João André. Foi idealizada e
construída na propriedade rural do Sr. Luís
Braulino e dona Antônia, carinhosamente
conhecida como dona Tunica.
A última missa que aconteceu nesta
pequena capela foi no dia 12 de junho de 1998. Ela
não chegou a completar um ano de existência e o
sonho de dona Elisa Angeliere Sutiro, da fazenda
Mater, que gentilmente doou a imagem do Bom
Jesus para a Capela, literalmente foi levado pelas
águas, para a tristeza de todos que assistiram
indignados, porém pacientes, a demolida da
capelinha por exigência da CESP.
Segundo o padre Lauri Vital Bósio, pároco
na época, esta capela ficava ao lado do bar do Luiz,
nas margens do Rio Paraná. O proprietário do bar
foi indenizado, mas a Igreja sequer foi procurada
para falar do assunto. Quem construiu a barragem
foram eles [a CESP] e não nós. Se estão mudando o
27
povo, tem que mudar também as capelas pertencentes à
Igreja, desabafou o padre. Afinal, eu estava
1-Capela São José Operário
tranquilo atendendo as comunidades e não pedi para
construírem a Barragem de Porto Primavera,
finalizou.

Capela do São Paulo

Sobre esta capela, seguramente uma das
mais antigas construídas no município, consta
que ela foi construída no interior da fazenda
Olímpia, do grupo Cisalpina, pelo proprietário
Luigi Cantone nos anos 1952 quando chegou a
Brasilândia vindo da Itália. Homem
profundamente religioso e amigo pessoal de
Giovanni Battista Montini, à época, Paulo VI,
mandou construir a capela que serviu de local
para celebrações, batizados e casamentos. Há
registros no livro de Tombo da Paróquia Santo
Antônio, de Três Lagoas, de serviços religiosos
prestados naquela localidade pelo padre João
Tomes neste período. Capela São José Operário, do Distrito Debrasa no ano de 2018.

Com a desativação da fazenda e a

consequente aquisição da área pela Companhia
Energética de São Paulo-Cesp, que indenizou
para fins da construção da hidrelétrica de Porto
Primavera toda a extensão dos 10.631 hectares da
fazenda, inundando toda a margem direita do rio
Paraná, também a pequena capela foi submersa
pelas águas, deixando somente a saudade dos que
ali receberam sacramentos nestes tempos
primeiros.
As Capelas Vivas da
Paróquia
Entre as capelas que se mantêm firmes e
reunindo fiéis até os dias de hoje, sendo atendidas
pelos párocos ao longo dos anos, ainda que
algumas delas esporadicamente podem ser
citadas: na fazenda Córrego Azul, (Capela São
Francisco); na fazenda Fátima (Capela Nossa
Senhora de Fátima); na fazenda Jesuíta (Capela São
José dos Jesuítas); na fazenda Limeira (Capela Nossa
Senhora Aparecida), e no distrito Debrasa (Capela
São José Operário). No perímetro urbano da
Paróquia são atendidas regularmente pelo pároco,
diácono e ministros, atualmente as capelas do
Reassentamento Porto João André (Capela Nossa
Senhora das Graças); do Assentamento Pedra
Bonita (Capela Nossa Senhora Aparecida); e do
bairro João Paulo da Silva (Capela São Vicente de
Paulo).
O distrito Debrasa se encontra distante da
sede do município 55 km e desde a criação da
antiga fazenda Debrasa e instalação da empresa
Destilaria de Álcool no ano de 1983 o povoado
católico que se instalou ao seu redor participava
somente das celebrações anuais de abertura da
temporada de safra que ocorriam anualmente na
sede da empresa, ocasião em que os serviços
religiosos eram oficiados no lugar. Isso até o ano
de 1989 quando, no dia 10 de novembro foi
implantado um cruzeiro e celebrado uma missa
no local onde a empresa havia destinado à
Paróquia Cristo Bom Pastor para a construção de
um templo.
A doação do terreno, medindo 1.140 m2, se
deu na forma de comodato por cinco anos,
vencendo esse período, cumprida a destinação
com a construção da igreja/salão paroquial e
dependências afins a comodante se obriga a transmitir
definitivamente o título de propriedade da área em
questão para a comodatária rezava o documento
assinado no dia 21 de fevereiro de 1990 pelos
senhores Maurílio Biagi Filho e Nelson Brachmann,
diretor presidente e diretor vice-presidente,
respectivamente pela empresa e Dom Izidoro Kosinski,
pela Diocese de Três Lagoas.
Quatro meses após a assinatura deste
documento, em visita pastoral do bispo diocesano
ao Distrito Debrasa, que ocorreu entre os dias 6 e
9 de junho de 1990, eis que acontece a bênção da
pedra fundamental da futura capela São José
Operário. Nomeados pelo bispo Dom Izidoro

28
Kosinski, o primeiro Conselho Administrativo de prata de casamento. Ao lado de dezenas de
ficou assim formado: José Valdenir de Melo famílias daquela localidade, a antiga capelinha
(coordenador); Raimundo Gonçalves Pereira assistiu calada a rápida ação da CESP em busca de
(tesoureiro); Neuza Maria Pereira (secretária); e os limpar a área para as águas do reservatório de
conselheiros: Clenilda Fernandes de Castro e Felipe Porto Primavera fazendo-a rapidamente
Aguilera; Inês Coimbra da Costa e João Marcomini desaparecer.
Filho (representando os Jovens); José Fernandes de
Castro e Solange Aparecida Nascimento Castro
(representando a Liturgia e Catequese).
Durante cinco anos a construção desta
capela mobilizou a comunidade católica do
distrito Debrasa, sendo que no dia 19 de março de
1995, Dia de São José, há o registro da realização de
um churrasco beneficente logo após a missa
festiva em honra do padroeiro com a entrega de
camisetas aos mirins do grupo de jovens que lá
existia. Entre as lideranças locais desta Missa na Capela Nossa Senhora Aparecida, Iate Clube Rio Verde no ano
de 1991
comunidade destacam-se os membros das
Comissões Administrativas da capela:
Contada pelos próprios moradores do
Ano de 1990- José Valdenir de Melo
Assentamento Pedra Bonita, a história da
(Presidente); Raimundo Gonçalves Pereira
comunidade Nossa Senhora Aparecida se deu fruto
(Tesoureiro); Neuza Maria Pereira (Secretária); e
de muita luta: No início houve muitas dificuldades,
os Conselheiros: Clenilda Fernandes Castro;
até mesmo de adaptação, mas tudo foi superado com a
Felipe Aguilera; Inês Coimbra da Costa; João
graça de Deus. De início, lembra, o pároco local era
Marcomini Filho; José Fernandes Castro; Solange
o padre Lauri. Então ela começou a celebrar as missas
Aparecida Nascimento Castro. Ano de 1993- nas casas das famílias; outras vezes, embaixo de
Emmanuel Messias Batista (Presidente); Natália árvores, devido não haver um centro comunitário ou
Barbosa Maia (vice-presidente); Josias Gomes de Sá capela. Também celebrava na Fazenda Almeida, que
(Tesoureiro); Raimundo Gonçalves Pereira fica bem próximo do assentamento.
(Secretária); Izilda Aparecida Trindade (2º
Secretário); e os Conselheiros: João Marcomini
Filho; Jucimar Correia da Silva; Luciano José
Lourenço; Maria José Pereira da Silva; Sônia
Augusta Marcomini; Pedro Trindade; Raimundo
Ferreira de Souza; Jair Tomaz Arruda.

2-Capela Nossa Senhora Aparecida

A Capela Nossa Senhora Aparecida sua
construção deve-se ao empenho dos fiéis católicos
do Assentamento Pedra Bonita que, depois de muito
insistir com a CESP para o ressarcimento do
patrimônio de uma das igrejinhas que ficaram A antiga Capela Nossa Senhora Aparecida, Iate Clube Rio Verde no ano de
1991.
submersas pelas águas da UHE Engenheiro
Sérgio Motta no rio Paraná, chamaram para si a
responsabilidade para edificar o seu templo com Longo tempo depois, por motivos de
o apoio do padre Luiz Carlos Mariano e uma saúde, o padre Lauri precisou ser transferido,
comissão criada para a construção da Capela. vindo a assumir o padre Maurício, dando
A origem desta capela remonta os tempos seguimento aos trabalhos pastorais da Igreja.
da Barranca do rio Paraná, quando ela ainda se Neste período o padre Maurício resolveu celebrar
encontrava lá nas proximidades do Iate Clube Rio somente na Fazenda Almeida, pelo fato de lá ter
Verde, tendo sido inaugurada no dia 6 de uma capela.
dezembro de 1980 com a participação efetiva do
fundador, Luiz Bolognesi que festejava suas bodas
29
 santa missa presidida pelo pároco à época padre
José Silveira Moreira, ou celebração da palavra
presidida pelo diácono Carlito que acompanha a
trajetória desta comunidade desde o tempo da
barranca do rio Paraná, ambos ajudando e animando
o povo a viver a fé cristã e se empenhando para o
término da obra de evangelização.

Atual Capela Nossa Senhora Aparecida em 2016 ainda em construção no

Reassentamento Pedra Bonita.

Depois, em janeiro de 2012, o padre

Maurício foi transferido para a cidade de Três
Lagoas, vindo a assumir a Paróquia Cristo Bom
Pastor, o padre Luiz Carlos Mariano. Este, se
deparando com toda a dificuldade da
comunidade, resolveu realizar promoções, Fiéis da Capela Nossa Senhora Aparecida, do Assentamento Pedra Bonita
celebram o dia da padroeira em 2017
almoços beneficentes, com leilões de gado para
arrecadar fundos para a construção de uma capela
no assentamento. Nesta época foi realizada uma
votação para definir qual seria o nome do
3-Capela Nossa Senhora das Graças
padroeiro ou padroeira da comunidade, sendo
que foi escolhida Nossa Senhora Aparecida.

Padre Lauri e a comunidade da Capela Nossa Senhora das Graças no

Padre Maurício Levy da Silva, Bispo Dom Luiz Gonçalves Knupp, padre antigo Porto João André no ano de 1986.
Luís Carlos Mariano, e membros da Comissão de Construção da Capela N.
S. Aparecida no ano de 2015

No dia 8 de maio de 2015, a comunidade

teve a graça de receber o bispo Dom Luiz Gonçalves
Knupp e também o padre Maurício Levy da Silva no
local, acompanhado do padre Luiz Carlos Mariano,
que estiveram no local que estava sendo
preparado para dar início a obra da capela. E
assim, com muita fé, empenho e união das pessoas
do Assentamento Pedra Bonita, Santa e Santa
Emília, a capela Nossa Senhora Aparecida foi
sendo construída. E no dia 12 de outubro do ano
seguinte foi realizada a 1ª missa na capela pelo
Dom Izidoro Kosinski em visita à comunidade da Capela Nossa Senhora
padre Luiz Carlos Mariano, quando foi lembrado das Graças, no antigo Porto João André no ano de 1986.
pela comunidade que a capela não está totalmente
concluída, mas é realizada uma vez por mês a
30
 A Capela Nossa Senhora das Graças existiu
no Porto João André e era uma das mais
procuradas igrejas da região. Era um dos templos
mais antigos de Brasilândia, e estava localizado na
margem direita do rio Paraná, no lado Sul Mato-
grossense. Considerada verdadeiro marco
histórico da configuração deste município,
mereceu tratamento à altura de ser comparada ao
patrimônio cultural deste município. Mantida
graças à liderança da srª. Maria Conceição Gomes,
popular Maria Baixinha, oleira e liderança
comunitária do lugar, esta comunidade de fé
composta de ribeirinhos, pescadores, agricultores
e oleiros que ali viviam desde a década de 1940,
sua inauguração data dos anos 1960, sendo
anterior a própria fundação de Brasilândia.
Naquele porto, hoje submerso pelas águas
da hidrelétrica da CESP, Engenheiro Sérgio Motta
(Porto Primavera), a Capela Nossa Senhora das
Graças, que lá existia, foi transferida para o
Reassentamento Novo Porto João André,
construído pela concessionária elétrica paulista e
para onde foram transferidos também parte dos
ribeirinhos oleiros e pescadores que viviam na
margem direita dos rios Paraná e Verde.
A nova Igreja do Reassentamento Novo Porto João André construída
pela CESP fotografada em 2010.
A conquista dessa Igreja, entretanto, não
foi algo pacífico. Teve a participação decisiva da
popular de Maria Baixinha, que era presidente da
Associação ABARROS que reunia os moradores de
toda a barranca do Rio Paraná. Prova de sua firme
posição em defesa dos ribeirinhos, em abril de
2004, ela entregou um pedido por escrito ao
governador do Estado, na época, José Orcírio
Miranda dos Santos, o Zeca do PT, onde falou de
sua luta: Escrevo esta carta na certeza de que o Senhor
vai atender o nosso pedido. Moramos em Brasilândia e
fazemos parte do Reassentamento Porto João André.
Faço parte de uma Comissão de Moradores que há
tempo vem lutando para que o nosso pedido seja
atendido. No dia 3 de fevereiro desse ano (2004)
encaminhamos uma carta dirigida à Presidência da
Companhia Energética de São Paulo-CESP
reclamando da demora na construção do prédio da
nossa Igreja que até hoje ainda não foi construída.
Nossa comunidade é formada por oleiros que foram
transferidos das margens do rio Paraná para esse local,
depois da inundação da barragem de Porto Primavera
(Engenheiro Sérgio Motta). As promessas da CESP já
duram três anos e já andamos cansados e as obras ainda
nem começaram.
Em tom coloquial e amistoso ela prossegue
a sua reivindicação: No reassentamento todos me
conhecem. Sou a Maria da Conceição Gomes, mais
conhecida por Maria Baixinha. E também admiro o
nosso governador Zeca e o presidente Lula, por isso
tomo coragem de escreve mais essa carta, agora dirigida
ao meu governador, do meu partido o PT, pois sempre
estive do lado dele. Dá uma força para nós, governador.
Que inicie logo a construção da nossa Igreja. O senhor
nem sabe do nosso sofrimento. A nossa comunidade,
desde que foi reassentada, depois da inundação de
nossas casas, terras e olarias, até hoje, ainda não
pudemos fazer uma missa, celebrar uma novena dentro
do nosso templo. A gente ainda sente saudade da nossa
igrejinha lá no Porto João André, que foi destruída.
Maria baixinha, o barro e a vida
Maria baixinha, carinhosamente chamada
tinha o nome de Conceição, em homenagem à
Virgem. Seguindo o exemplo da Mãe de todos os
homens, nunca foi de esmorecer na vida. Esteio da
casa, lado a lado com o marido, criou os filhos e
muitas vidas que já se foram. Sempre no acalanto
do rio, rio que corre, corre sempre em direção ao
mar. Sempre sonhando e avançando, mas nunca
se esquecendo de alimentar seus filhos.
Foi das margens desse rio que ela
conquistou o sustento, lá no Porto João André,
quilômetro abaixo, quilômetro acima, sob a poeira
da estrada. Mas não de uma forma qualquer: seu
trabalho tinha algo de divino e construtor.
Amassou a terra, fazendo-a florescer; pisou a
terra, fazendo-a frutificar; molhou a terra,
fazendo-a tornar-se sólida. Moldou um a um cada
tijolo, com zelo, paciência e arte, que construiu um
povoado, uma vila, uma cidade.
Palma da mão preciosa, rosto cansado,
mas o olhar sempre avante. De sábia existência,
experiência de anos. Sua fala, perto, mansa, e seus
conselhos que alcançavam longe. Tão suaves e
profundos como a brisa, como a mareta no casco
do barco de um pescador. De outras vezes erguia
a voz áspera, a guerreira, para defender seus
direitos e os sonhos do seu povo.
31

Dona Maria Baixinha, e sua comunidade do Porto João André no ano de
2006
Como legítima liderança dos fracos e
alquebrados, lá estava a timoneira com
envergadura e espanto, a clamar pelos que foram
arrancados, sorrateiros de seus lares, levados para
outros lugares. Ela nunca desanimou, lutando
continuou. É exemplo para a juventude. Dedo em
riste, com voz firme, protestou quando preciso.
Abriu uma clareira no céu, de esperança e vida
nova. Para ribeirinhos e oleiros deu a maior prova,
pescadores e seus ranchos.
Oh, meu Deus quanta saudade. Profetisa
em sua fé tinha um sublime amor na Mãe de todas
as mães, porque a Mãe de Jesus. Sempre a ela
confiou, sua vida, sua Cruz, corajosa. Avó zelosa
nos deixou. Mas suas palavras ficaram;
ensinamentos que guardaram os antigos e os
novos hoje celebram a partida da guerreira e
anciã. Lá se vai à guardiã, dos que ficam, dos que
choram; fundadora da esperança, de João, de
Augusto, de André e todos nós, que acenam em
despedida: Vá com Deus Ó Conceição! Aperto no
coração, volta ao barro, olha a maromba, e, aquele
todo Luz, que te fez, logo vem ao teu encontro. Vai
te acolher. Vá, ó Conceição. Siga-O pela mão.
32
Dom Izidoro, bispo da Diocese de Três Lagoas, com fiéis ribeirinhos na
Capela Nossa Senhora da Graças, do Porto João André no ano de
1999.
Dia 21 de março de 1998, o bispo de Três
Lagoas. D. Izidoro Kosinski, em companhia do
padre Lauri Vital Bósio, ministrou o sacramento do
Crisma a um grupo de 20 jovens e adultos,
rezando Missa junto àquela animada comunidade.
Solidário com o sofrimento dos ribeirinhos, o
padre confia no milagre: que o inferno semeado pela
CESP seja transformado em céu para os ribeirinhos,
oleiros e agricultores. Em outras palavras, que o
assentamento garanta aos ribeirinhos o espaço teologal
necessário à livre manifestação de sua fé, brutalmente
subtraída de seus altares.
Finalmente foi comemorado no dia 29 de
março de 2007 a entrega oficial das chaves da nova
igreja do Reassentamento Novo Porto João André,
sendo que a primeira missa foi celebrada naquela
comunidade no dia 7 de abril daquele ano,
permanecendo atendida pelo padre Lauri Vital
Bósio e o diácono Carlito que acompanhou aquela
comunidade desde a barranca do rio, desde então,
até os dias de hoje. Registre-se ainda que, dez
meses antes, mesmo sem estar concluída a igreja,
aconteceu no dia 17 de junho de 2006 o casamento
dos noivos Célio Benedito Pires e Gisele da Silva
Ravanhani naquela capela.
4-Capela São Vicente de Paulo
A capela São Vicente de Paula em 2015, ainda em construção no Bairro
João Paulo da Silva.
 Esta capela foi idealizada pelo antigo
pároco, da congregação vicentina, padre Lauri
Vital Bósio. A obra teve início pelo estímulo e
apoio do padre Luiz Carlos Mariano que,
regularizou o terreno e coordenou as obras de
edificação do templo localizado num dos
primeiros núcleos habitacionais instalados no
município, no bairro João Paulo da Silva. Sobre a
história desta capela consta que o pedido de
doação de um terreno para sua construção foi
requerido pela primeira vez ainda em 1997 pelo
então vereador Lauro Cano.
A doação do terreno aconteceu e estava Padre Lauri e a primeira Capela da Comunidade São José dos Jesuítas, na
Fazenda Jesuíta no ano de 1994.
localizada na Av. José Pedro da Costa. Entretanto,
devido à falta de condições da igreja e da
comunidade em edificar o prédio da capela no
prazo determinado, a doação perdeu a legalidade
e a Paróquia perdeu a doação, só conseguindo
adquirir o terreno onde atualmente se encontra,
na rua Hermenegildo Silva, no bairro João Paulo
da Silva, comprando-o da Prefeitura, depois de ter
sido acionada judicialmente por um cidadão
brasilandense que denunciou favorecimento à
igreja católica exigindo o desfazimento da doação.
Hoje a Capela São Vicente de Paulo é uma atuante
comunidade que exerce fervoroso apostolado
mantendo celebrações, terços e novenas,
coordenados pela ministra Zélia da Silva Santos e
Capela da Comunidade São José dos Jesuítas, na Fazenda Jesuíta no ano de
um grupo de colaboradoras. 2010

5-Capela São José dos Jesuítas

6-Capela Nossa Senhora de
A capela São José dos Jesuítas está localizada Fátima (Fazenda Fátima)
na Fazenda Jesuíta e foi construída na época da
instalação da fazenda com o incentivo do
patriarca Sr. Arthur Höffig, católico fervoroso e Roda o moinho do tempo e cá estamos no
grande incentivados na criação de capelas nas ano de 1976 contando com a presença do
fazendas que era proprietário. Inicialmente padre Nilvo Pase, missionário lá do Rio Grande do
construída de madeira, por muitos anos foi o local Sul, juntamente com as irmãs Margarida e Abigail,
de encontro daquela comunidade de fé formada da congregação das Irmãs de Jesus Crucificado,
pelos funcionários e seus familiares que viviam que administravam a Paróquia Cristo Bom Pastor,
nas colônias daquela fazenda e a fazenda córrego visitando a capela Nossa Senhora de Fátima, para a
Azul localizada ao seu lado. Segundo o padre alegria dos moradores do lugar.
Lauri foi no ano de 1994 que o trabalho pastoral
Mais um passo no relógio do tempo e, no
teve início na região com a implantação de um
dia 21 de abril de 1983, encontramos novamente a
grupo de fiéis que se dedicavam à Catequese e a
comunidade da Capela Nossa Senhora de Fátima em
preparação para o Batismo.
festa. O senhor Arthur Höffig, presente ao evento,
A capela, depois foi reformada e edificada
fazia frente nas homenagens à padroeira da
em alvenaria, tendo à frente o casal de animadores
fazenda. Nestes dias após a missa, a propriedade
daquela comunidade, Indalécio e Andréia. A nova
sempre servia um delicioso almoço onde todos
capela foi reinaugurada no dia 29 de maio de 2010,
eram convidados.
estando até os dias atuais reunindo aquela
comunidade com celebrações mensais regulares
sendo atendida pelos serviços religiosos da
paróquia.
33

Nova Capela Nossa Senhora de Fátima, na fazenda Fátima,
reinaugurada em 2021.
Para a comunidade daquela época, a data
foi por demais marcante. Isso porque, depois de
um dia de graça e congraçamento, sete dias após,
a sombra da tristeza haveria de cobrir o rosto de
familiares, empregados e amigos do proprietário.
Morria no dia 28 de abril daquele ano, vítima de
um trágico desastre de avião, o benfeitor Prof.
Arthur Höffig.
A fazenda Nossa Senhora de Fátima,
entretanto, sobreviveu ao tempo, sendo renovada
a cada família de novos administradores e
funcionários que chegavam e continuavam o
sonho plantado há tantos anos pelo fundador do
lugar. E capelinha, depois de suportar o vento e a
ação da chuva e do sol, aos poucos foi
despedindo-se daqueles tempos áureos vividos.
A antiga Capela Nossa Senhora de Fátima, na fazenda Fátima,
fotografada por HoRa Hofig Ramos.
Mas quando, tudo parecia perdido e, antes
que a última taboa de suas paredes beijasse o solo
que abençoou, eis que mãos de toque divino e
braços de solidariedade a ampararam e a
levantaram. Toda nova, maravilhosa, a nova
Capela devolvia ao lugar a dignidade e santidade
que o tempo não havia roubado do coração de
seus filhos. Pelas mãos de um artífice de coração
doce chamado João, um homem generoso e
contando com a colaboração de uma equipe e
comunidade trabalhadora, a padroeira do lugar,
34
hoje, passados 64 anos, novamente brilha. É
reinaugurada, consagrada e celebrada a Capela
Nossa Senhora de Fátima. E tudo isso num dia muito
especial. Na mesma data do aniversário do
bisneto do Sr. Arthur Höffig, que completava 18
anos, o jovem José Victor Schultz Hofig Ramos, eis
que é festejada a reinauguração desta Capela, na
presença da família Höfig Ramos, funcionários e
amigos que, na presença do padre Fábio Alves de
Oliveira, o diácono, o seminarista e equipe de
animação de canto, celebraram naquela
comunidade.
7-Capela N. S. Aparecida (Faz.
Limeira)
8-Capela São Francisco (Fazenda
Córrego Azul)
Capela São Francisco sendo reinaugurada pelo padre Fábio Alves de
Oliveira na Fazenda Córrego Azul em fevereiro de 2021.
Visitas Pastorais e Audiência
com o Papa
Desde o tempo do bispo Dom Antônio
Barbosa, quando a Paróquia Cristo Bom Pastor
pertencia à Diocese de Campo Grande, passando
depois à Diocese de Três Lagoas, com Dom Geraldo
Majela Reis, primeiro bispo da diocese, as visitas
pastorais eram acontecimentos locais que
reuniam grande número de fiéis e se tornavam
fortes momentos de evangelização. Da mesma
forma as visitas de missionários, padres e
seminaristas de outras dioceses que pelo menos
uma vez por ano percorriam as estradas do
município e celebravam nas comunidades
reunidas em torno de suas capelas no ambiente
rural que formava a paróquia local.

Grupo de padres Vicentinos do estado do Paraná acompanhados do bispo
Dom Izidoro Kosinski em visita ao pároco de Brasilândia no ano de 1999.
Entre as visitas mais antigas há o registro
de que no dia 5 de outubro de 1989 a Paróquia
Cristo Bom Pastor recebeu a visita da Irmã
Domingas Garro, da Ciudad del Pescador, de Lima,
Peru, que se reuniu com lideranças do movimento
popular e círculos bíblicos.
Marcante foram também as visitas
pastorais que, durante os 27 anos que esteve à
frente da Diocese de Três Lagoas, Dom Izidoro
Kosinski realizou em Brasilândia. Obedecendo
rigidamente um roteiro, todos os anos ele
realizava: palestra aos alunos das escolas
estaduais Adilson Alves da Silva e distrito
Xavantina (depois Santa Rita do Pardo); missa nas
fazendas Mater, capela São José Operário;
encontro com a comunidade indígenas, desde o
tempo que se encontravam acampados na
barranca do rio Paraná.
Outra visita importante aconteceu no dia 8
de novembro de 1999 quando um grupo de
religiosos da congregação Vicentina descendentes
de poloneses vindos de várias localidades do
estado do Paraná chegaram a Brasilândia. E lá
estavam eles tomando chimarrão e churrasqueando à
vontade, escreveu o jornal da época: o padre Pedro
Gielinski, da Capela de Curiúva; padre Albino
Czanoski e padre Eduardo Wrobel, de São Gerônimo;
padre Leopoldo Klemba e o padre Luiz Carlos Oliveira,
ambos de Ibituva que estavam acompanhados pelo bispo
da Diocese de Três Lagoas, Dom Izidoro Kosinski que
também é vicentino e fez o seminário na mesma
localidade. O jornalista registrou na ocasião que no
instante em que os visitávamos, estavam fazendo
limpeza de ouvido no bispo D. Izidoro usando um
estranho pavio de vela e que disseram ser excelente para
limpar o cérebro. Brincalhões, relembraram os velhos
tempos e trocaram experiências, concluiu a matéria
do jornal local.
No ano de 2003, durante o ano do Jubileu
dos 25 anos da Diocese de Três Lagoas, a Paróquia
Cristo Bom Pastor recebeu a visita dos padres da
Congregação da Missão, Província do Sul,
representada pelos padres Simão Valenga,
provincial; Odair Miguel, Arno Longo, Jorge Morkis
e Francisco Mazur. Também visitaram a
comunidade os irmãos Redentoristas Ernesto
Coelho e Antônio Roberto; padre Albino; e Klemens,
responsável pelos projetos da Ação Adveniat no
Brasil, em companhia do bispo D. Izidoro Kosinsk;
padre Atílio Benka (que celebrou durante a
Semana Santa); padre Gerson Antônio dos Santos,
que atuou em Santa Rita do Pardo; e os padre
Vicentinos Eduardo Wróbel, Pedro Donatti, José
Moreira, Vilson Longo, Antônio Mika que,
acompanhados pelo pároco local participaram do
encontro dos padres da Diocese, evento que ocorreu
na fazenda Santa Vergínia, no município de Santa
Rita do Pardo.
Evento marcante vivido pela Paróquia
aconteceu durante a visita do Papa João Paulo II à
Campo Grande/MS, oportunidade em que
Brasilândia escolheu os dois representantes local
que iriam ter audiência com o Papa e participar da
Missa realizada no dia 17 de outubro de 1991.
Dona Pierina Cardoso foi a escolhida para receber
das mãos do sumo pontífice a comunhão. Padre
Lauri, na época, concelebrou com dezenas de
padres a missa que foi presidida pelo Papa. A
catequista Profª. Lúcia Barbosa Lima foi a
escolhida para o encontro com o Papa que se
reuniu com os leigos em Campo Grande.
Ordenação Diaconal e Envio de
Seminaristas
O grande idealizador da implantação do
ministério diaconal na Diocese de Três Lagoas foi
o padre Nicolau Hammes (☼1942-†2008). Após
vários contatos com Dom Antônio Barbosa, então
bispo diocesano, foram realizadas as primeiras
ordenações de diáconos permanentes na Diocese.
Os primeiros diáconos foram João Garcia Bernardes,
Pedro Barbosa da Silva (☼24.ago.1926-†5.abr.2013)
e Jorge Silva (☼20.fev.1931-†27.ago.2016) em
cerimônia ocorrida no dia 2 de setembro de 1973
na matriz do Sagrado Coração de Jesus.
Dois anos depois, no dia 5 de janeiro de
1975 receberam a ordem, pelas mãos do mesmo
bispo, os diáconos Antônio Vasconcelos e José
Manoel da Silva Filho, do distrito de Arapuá, na
35
igreja São João Batista. No dia 13 de março de 1977 desenvolveu trabalho pastoral junto às favelas e a
foi a vez da ordenação do diácono Afonso Donato comunidade eclesial da Vila Vargas e Morro da Cruz,
de Oliveira, em cerimônia realizada na igreja Nossa em Posto Alegre/RS. Nesta época desenvolve trabalhos
Senhora Aparecida. Naquele mesmo ano, no dia ecumênicos entre pastores das igrejas metodistas e
27 de novembro, receberam a ordem diaconal evangélicas de confissão luterana no atendimento aos
Alberto Trannin e Rikio Yamakami, na igreja Santa menores de rua.
Luzia.
A Paróquia Cristo Bom Pastor, de
Brasilândia, no mês de dezembro de 1997, teve a
oportunidade de receber o jovem Itamar Simões
Filho que realizou por três meses estágio pastoral
em Brasilândia, presenciando depois, no dia 16 de
agosto do ano seguinte, sua ordenação diaconal
realizada pelas mãos de Dom Izidoro Kosinski que
impôs suas mãos também sobre o diácono Joaquim
Ferreira ordenado na mesma ocasião. O neófito
sacerdote Itamar depois de ordenado sacerdote
ainda rezou sua primeira missa em Brasilândia,
junto à comunidade que o havia acolhido no seu
Dom Izidoro Kosinski, padre Lauri e Diáconos da Diocese de Três Lagoas
trabalho pastoral aqui realizado. celebram em 2002 a ordenação diaconal de Carlos Alberto dos Santos
Dutra na Paróquia Cristo Bom Pastor.
O primeiro diácono permanente de
Brasilândia foi ordenado no ano de 2002 no dia 31
de março. Neste dia o ministro da comunhão Concluído os estudos teológicos, declina do
Carlos Alberto dos Santos Dutra, popular Carlito, foi sacerdócio e ingressa no Conselho Indigenista
ordenado pelas mãos do bispo Dom Izidoro Missionário, CIMI dedicando-se ao trabalho pastoral
Kosinski, em cerimônia realizada no espaço anexo junto aos indígenas. Deixa o Rio Grade do Sul e, atua
ao salão paroquial onde a Igreja realizava suas inicialmente nas Diocese de Dourados e Jardim,
celebrações durante o período de construção da passando a partir de 1986 a atuar na Diocese de Três
nova Igreja matriz. Estiveram presentes à Lagoas, participando a integrar a Coordenação
cerimônia, além dos padrinhos do diácono, o casal Diocesana de Pastoral, como Ministro, na celebração da
Isac Honorato Barbosa e Maria de Fátima Servilla palavra das comunidades e celebração do batismo,
Barbosa, o celebrante, o padre Lauri Vital Bósio; e os exéquias e matrimônios na Paróquia Cristo Bom
diáconos Joaquim Ferreira, Walter Aparecido Ribeiro, Pastor, em Brasilândia/MS, onde fixou residência.
Alceu Rosa de Oliveira, e Jorge Silva.
Durante a cerimônia foi distribuído aos
presentes uma pequena biografia do ordenado
lembrando que o neo-diácono Carlito é filho de pais
católicos praticantes e teve sua formação sempre ligada
aos ambientes religiosos. Ainda muito jovem participou
do grupo Legião de Maria, sendo admirada por todos a
sua permanência entre os fundadores deste movimento
de apostolado de oração. A exemplo da mãe, dona Laura,
participou ativamente da organização pastoral, a partir
das Missões Populares, na Paróquia de sua cidade
natal, Cacequi/RS, que fez brotar oito comunidades
eclesiais de base e dezenas de ministérios, da Eucaristia
Padre Rogério (de Três Lagoas) e a missa de envio dos seminaristas de
e da Palavra, num trabalho de descentralização dos Brasilândia na Paróquia Cristo Bom Pastor realizada em 2015.
sacramentos.
Aos 19 anos decide ser padre, ingressando no
Seminário Diocesano de Pelotas/RS, onde inicia seus Passados treze anos, um evento marcante
estudos filosóficos e, posteriormente, em Porto no campo das vocações aconteceu quando, no dia
Alegre/RS, os estudos teológicos. Funda o Grupo de 22 de fevereiro de 2015, a Paróquia Cristo Bom
Jovens Bacurau e prepara estes jovens e a si mesmo, o Pastor celebrou a missa de envio dos candidatos
próprio Crisma. Sob a orientação espiritual do então brasilandenses ao ministério sacerdotal: Victor
vice-presidente da CNBB, D. Jayme Chemello, Henrique Ramos Silva, filho de Gilberto da Silva e
36
Solange Costa Ramos Silva; Heleno Pedrosa da Silva bênção àquela santa, protetora dos pescadores e
Júnior, filho de Heleno Pedrosa da Silva e Eliana ribeirinhos das águas e da sorte.
Munin da Silva Pedrosa; e Marcos Eduardo Costa
Brasil Júnior, filho de Marcos Eduardo Costa Brasil e
Samanta Pereira dos Santos.
Na mensagem lida em homenagem aos
seminaristas foi também lembrado o nome do
primeiro jovem da comunidade que foi enviado
ao Seminário Teológico de Campo Grande, o
brasilandense Luilson Augusto Gomes Siqueira, que
na época se encontrava no primeiro ano de
Filosofia. Neste dia comemorou-se também o
aniversário de 11 anos de vida sacerdotal do
padre Luís Carlos Mariano, pároco de Brasilândia,
sendo que a celebração teve a participação do
padre Rogério Gomes, reitor do Seminário de
Teologia e responsável pelas vocações na Diocese
de Três Lagoas, e do diácono Carlito, da Paróquia
Cristo Bom Pastor.
Na atualidade a Paróquia Cristo Bom
Pastor partilha a alegria de ver prosperar a
vocação de dois seminaristas que permanecem
firmes na caminhada rumo ao sacerdote: André
Tales dos Santos Dias, filósofo, cursando o 2º ano de
teologia; e Victor Henrique Ramos da Silva formado
em filosofia e teologia.

Imagem de Nossa Senhora Aparecida em celebração de batizado no Iate

A imagem peregrina de N. S. Clube Rio Verde, em Brasilândia/MS fotografada em 1998.

Aparecida das margens do rio

Paraná
A história desta imagem começa quando o
caudal do rio Verde ainda corria livre e
encontrava-se com a fartura das águas do rio
Paraná cuja margem direita banhava as terras do
município de Brasilândia. E lá estava ela olhando
para aquelas estradas que contornavam as curvas
dos rios, irrigadas pelas águas que garantiam o Imagem de Nossa Senhora Aparecida presente durante a celebração de
batizado no Iate Clube Rio Verde. Na foto, de 1998: Elenice e dona Maria
sustento de famílias, o lazer dos turistas e o Petelinkar, o ministro da eucaristia Paulo Menezes e um anjo sobre o altar.
cultivo da fé.
Doada pela família de seu Luiz Bolognesi,
proprietário do Iate Clube Rio Verde, a imagem Nos anos 1990, com a aproximação das
imponente e majestosa de Nossa Senhora águas da destruição, como foi classificado o
Aparecida, que media 1,5 metros de altura, enchimento do lago da hidrelétrica de Porto
conferia àquele lugar a religiosidade que emanava Primavera que represou as águas do rio Paraná e
de uma comunidade de moradores ribeirinhos e Verde, as propriedades de suas margens foram
visitantes e que depositavam suas preces e ação de indenizadas, os posseiros foram alojados em
graça na capela ali erigida. Padre Lauri Vital Bósio, reassentamentos e olarias e comerciantes do Porto
por muitos anos, presidiu a celebração eucarística João André, transferidos para longe do rio que
naquela capela e também no interior do Iate em lhes dava força e vida, pela concessionária elétrica
missas campais, sempre dando graça e rogando Companhia Energética de São Paulo-CESP.

37

Família da dona Antônia e seu José Medina no ano de 1995 junto a
imagem de Nossa Senhora Aparecida que permaneceu no Salão Paroquial
de Brasilândia.
Foi nesta época que a imagem de Nossa
Senhora Aparecida que se encontrava no Iate
Clube Rio Verde foi doada à Paróquia Cristo Bom
Pastor e trazida pelo pároco local, padre Lauri Vital
Bósio para o recinto da igreja matriz de
Brasilândia. Por um longo período (dez anos) a
imagem da padroeira do Brasil permaneceu no
Salão Paroquial, para visitação dos fiéis, sendo
sobre ela depositadas flores e preces por graças e
intenções alcançadas pelos paroquianos devotos.
No ano de 2007, de comum acordo com o
bispo Dom Izidoro Kosinski e o padre Rogério Gomes,
o pároco de Brasilândia doou a imagem à igreja
matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de
Três Lagoas, tendo sido recebida, no dia 24 de
agosto que a colocou num distinto local de acesso
àquele templo dedicado à padroeira dos
pescadores, dos negros e os mais humildes dos
brasileiros. A antiga imagem que se encontrava
naquela paróquia foi transferida para o Centro
Diocesano de Pastoral, onde se encontra
entronizada no pátio daquele local de encontro e
oração de Três Lagoas.
Gincanas, Festas e Promoções
Celebrações festivas sempre
acompanharam a caminhada da Igreja em
Brasilândia, sobretudo quando eram motivadas
com fins de angariar recursos para a manutenção
e da obra da evangelização e, no curso dos 50 anos
38
da paróquia, por duas vezes, com o fim de obter
fundos para a construção da igreja matriz.
Desde a criação, portanto, a base de
manutenção da paróquia foi a realização de
promoções para arrecadar fundos. Tal motivação
deu causa a realização de grandes festas,
sobretudo na fase em que a implantação da
devolução do Dízimo ainda era incipiente. Entre
os eventos de maior notoriedade estão a Festa dos
Motoristas, a Festa do Padroeiro Cristo Bom Pastor, a
Festa de São José, a Festa de Santa Rita, entre outras.
Festa dos Motoristas
A Festa dos Motoristas teve início no ano de
1987 e era festejada entre os meses de junho e
agosto, com o objetivo de obter recursos para as
obras de construção da Igreja Matriz da Paróquia.
A brilhante ideia, como bem lembrou o padre Lauri
Vital Bósio, na época, tinha no seu roteiro uma
missa campal ao lado de um campo de futebol para a
tarde ter um torneio de futebol especificamente num dia
de domingo do mês de agosto, pois dificilmente chovia.
A partir de sua 3ª edição (nos anos de 1989 e 1990
não foram realizadas) tornou-se uma festa
tradicional e passou a ser realizada no sitio do
Cafezinho de propriedade do Sr. José Mineiro.
Em 1992, durante a 4ª edição da festa, que
ocorreu no dia 26 de julho, o palco foi o Sítio
Cafezinho e contou com procissão e bênção dos
veículos, coroação da rainha da festa que elegeu a
jovem Marta Ferrari, sorteio de novilha e, na
sequência, o tradicional leilão de gado. Tudo para
arrecadar recursos para a construção de igrejas e
capelas da paróquia Cristo Bom Pastor. A 5ª
edição da festa, ocorrida em 8 de agosto de 1993
coroou a jovem Patrícia Martins rainha do evento.
Entre as festas memoráveis que marcaram
este evento encontramos a 7ª edição realizada
naquele ano de 1995 no sítio Beleza do Rio Verde,
km 7 da rodovia MS 395. A festa teve início com
uma missa campal realizada em frente à Casa
Paroquial seguindo em procissão motorizada da
Praça da Matriz até a entrada do sítio ocasião em
que foi realizada a bênção dos veículos. Lembram
os mais antigos que o carro da paróquia com o
andor de São Cristóvão era conduzido pelo
pároco que ia abrindo o cortejo tendo à frente uma
camionete com a filmadora para registrar o
evento.
Estavam nesta ocasião no carro andor os
pais do padre Lauri, Sr. Artemiro Bósio e a Srª Nair
Gallon Bósio, que vieram da cidade de Capitão
Leônidas Marques-PR para prestigiar a festa.
Durante a tarde houve jogos de futebol,
churrasco, bebidas, só em latinha, pastelão, maçã
do amor, venda de bonés comemorativos e o
grande leilão de gado com quase 30 cabeças com
sorteio de uma novilha e uma antena parabólica.
Patrícia e Regiane; Luzia e Magda, respectivamente Princesas e Rainhas
da 8ª (1999) e 9ª (2000) Festa dos Motoristas da Paróquia.
Esta festa, escreveu o padre Lauri no livro
de Tombo da Paróquia: é mais uma conquista graças
ao esforço, dedicação e amor da Srª Maria de Fátima
Servilla Barbosa, coordenadora da Comissão de festas e
construção da Nova Igreja matriz; do Sr. Isac Honorato
Barbosa, tesoureiro da Paróquia, enfim, de todos os
membros da Comissão de construção e do conselho
Administrativo que deram a sua parcela de colaboração
e de todos os voluntários que se dedicaram com
generosidade. Que o Senhor da vida os abençoe
eficazmente, concluiu.
No ano seguinte, 1996, a Festa dos
Motoristas coroou a rainha do evento, a jovem
Andreia Amaral; no ano de 1998, foi a vez da jovem
Maria Cristina. E em 1999, a 8ª edição reservou a
jovem Patrícia Martins o grau de princesa da festa.
Muito concorrido este evento que se tornara
tradicional na paróquia, mobilizava pessoas de
toda a região, imprensa e autoridades que se
faziam presentes. No ano de 1998, o radialista
Cidimar, de Três Lagoas, foi o locutor que animou
o evento.
Pastorais e Movimentos,
Ministérios e Serviços Paroquiais
Entre as diversas Pastorais e Movimentos,
Ministérios e Serviços que a Paróquia implantou ao
longo de seus 50 anos de existência, algumas delas
cristalizaram-se no tempo e hoje são somente
lembranças. A maior parte delas, entretanto,
permaneceu firme e ativa, readaptando-se e
renovando seus quadros com o passar dos anos;
buscando ser fiéis aos seus objetivos e propósitos
para as quais foram criadas.
Pastoral Rodoviária
Padre Miguel Staron e seu caminhão-capela que desde 1994 celebrou a
Missa dos Motoristas no Auto Posto Roledo, em Brasilândia.
Todos os anos em Brasilândia, desde de
1994, tornou-se tradição na Paróquia a realização
de uma missa dirigida aos caminhoneiros que era
presidida pelo padre Miguel Staron, vinculado à
Congregação da Missão Província do Sul, de
Curitiba/PR, e que percorria o Brasil, passando
por Brasilândia e celebrando durante uma noite
no pátio de posto de combustíveis. O posto
escolhido em Brasilândia era sempre o Auto Posto
Roledo e reunia um considerável número de
motoristas e também moradores do centro da
cidade.
Durante a chamada Missa dos Motoristas o
padre que a preside divulga a devoção à Nossa
Senhora da Estrada, distribuindo, ao final das
celebrações, decalques, pôster e selinhos adesivos
com a imagem da santa. O serviço pastoral era
realizado um caminhão-capela onde, abrindo a
porta traseira do furgão, surgia o altar, as caixas
de som, o microfone, os folhetos da celebração, as
folhas de cânticos e os demais assessórios
preparados para fins religiosos.
Uma maravilha de cenário que ia ao
encontro da fé de todos que ali se encontravam
unindo pessoas de diversas partes, que se
encontravam na estrada, e os moradores da
cidade uma vez por ano, relembrou o padre Lauri,
grande incentivador deste serviço gratuito
oferecido aos mais de 1.600 postos de
combustíveis espalhados pelo Brasil e onde a
Pastoral Rodoviária realizava o seu apostolado.
39

Grupo de Economia Solidária
Padre Luís Carlos Mariano e o grupo das pioneiras operárias da Economia
Solidária, no ano de 2013.
Este grupo de serviço foi criado na
Paróquia com o nome de Operárias de Santa
Terezinha de Menino Jesus, graças ao esforço de um
grupo de mulheres coordenadas pela srª. Regina
Maria Mancussi Rodrigues que, a partir de 1994,
com o apoio do padre Lauri Vital Bósio reuniam-se
numa sala do Salão Paroquial para confeccionar
artesanato. Dona Maria Inês da Silva, que assumiu
a coordenação do grupo após a saída da srª.
Regina, recorda dos pomponzinhos que faziam, o
trabalho com cerâmica, linhas e crochê. Lembra com
carinhos das colegas Maria Rosa Rodrigues da Silva,
dona Leonor Bonatti, a Helena, e uma mocinha nova
que não recorda o nome. Do grupo que atuava
ainda no ano de 2011 ainda são lembradas as
artesãs: Francisca Castilho Leôncio, Jurema Lopes
Pereira (Mazinha).
Juventude Unida com Esperança em
Cristo-JUCEC
Consta que o grupo de jovens denominado
Juventude Unida com Esperança em Cristo - JUCEC
nasceu no ano de 1983 na véspera da chegada do
segundo pároco, padre Lauri Vital Bósio, em
Brasilândia. Grande incentivador da participação
da juventude nas atividades da Paróquia Cristo
Bom Pastor, abriu espaço para que o grupo de
jovens liderados pelo então estudante Irineu de
Souza Brito começasse a se organizar e realizar
suas atividades e eventos dentro da igreja e fora
dela.
O nome JUCEC, lembra o fundador do
grupo jovem, teve origem na Capital paulista
40
onde Irineu de Souza Brito residiu por dois anos e
onze meses, período em que participou na
Paróquia de Piraporinha, em Santo Amaro, na
estrada do M’Boi Mirim. Ao retornar a Brasilândia,
ele que já participava ativamente na Liturgia e
equipe de Canto, da Paróquia Cristo Bom Pastor,
teve a iniciativa de criar este Grupo de Jovens, que
começou com 12 participantes, basicamente
formado por seus colegas de escola, do 2º
Magistério da Escola Estadual Adilson Alves da
Silva, onde estudava; foi no dia 23 de julho de
1983.
Jovens do Grupo JUCEC durante encontro do Dia Nacional da Juventude,
reunidos em Paranaíba/MS no ano de 2000.
Era um grupo pequeno, mas muito ativo na
paróquia, e que além da liturgia e cantos, participava
das procissões e eventos. Um desses eventos, lembra,
foi uma quermesse para arrecadar fundos para a
paróquia, deu para as despesas de uns cinco meses.
Participavam do JUCEC nesta época, os jovens de
Brasilândia: Leontina Gonçalves, Inácia Salazar,
Verônica Hippler, Rose Mônica Hippler, Roberto
Hippler, Lúcia (irmã do Madeira), Liliane (do seu
Ademarzinho), Isa (do Saulo), Wilson (do Eliazel),
recorda Irineu Brito. Nestes anos iniciais
participou como membro atuante do JUCEC o
jovem Marcos Vicente Joaquim que chegou a ocupar
a presidência da entidade.
O Grupo JUCEC realizou em setembro de
1996 o 1º Baile da Juventude na cidade. No mês
seguinte, em 27 de outubro, lá estavam os
integrantes do grupo Juventude Unida com
Esperança em Cristo-JUCEC, celebrando o Dia
Nacional da Juventude. Neste dia estiveram
presentes aproximadamente 250 jovens dos
grupos Alicerce, JUSCC, CJAC, de Três Lagoas;
JUAC, de Santa Rita do Pardo; JUAC, de Arapuá,
e JUCEC de Brasilândia. Após as palestras,
tiveram início as gincanas, onde teve várias
provas que foram realizadas pelos jovens, em
clima de muita paz e união. Nós, os coordenadores e
jovens do Grupo JUCEC, agradecemos de coração,
gratidão fraterna a todos e ao padre Lauri.
 O grupo Juventude Unida Acenando a Cristo-
JUAC em Santa Rita do Pardo foi criado em
janeiro de 1994 com o apoio dos jovens do JUCEC,
de Brasilândia e contava inicialmente com a
participação de 13 jovens e o incentivo do padre
da paróquia Cristo Bom Pastor que até a criação
da Paróquia Santa Rita prestava atendimento
àquele município. Entre os eventos mais antigos
realizados pelo JUCEC consta que no dia 25 de
fevereiro de 1979 os jovens participaram de um
encontro de oração e aprofundamento que
aconteceu na fazenda Santa Maria, de
propriedade da família Basso e foi coordenado
pela irmã Geni Reia.
Pastoral Indígena - CIMI
O Conselho Indigenista Missionário-CIMI,
órgão da Igreja Católica, anexo à Conferência dos
Bispos do Brasil-CNBB esteve presente na Diocese
de Três Lagoas, mantendo a partir de 1986, um
agente de pastoral indigenista, coordenador das
atividades na Paróquia Cristo Bom Pastor e
atuando na promoção e defesa da vida e dos
interesses da comunidade indígena Ofaié
Xavante, pequeno grupo remanescente dos
antigos caçadores e coletores da margem direita
do rio Paraná que sempre viveram no município.
Padre Lauri reunido com integrantes do CIMI-MS, CPT-MS e Dom
Izidoro Kosinski na Diocese de Três Lagoas em 1987
O CIMI em Brasilândia foi presença social
decisiva da Igreja que prestou apoio à
comunidade Ofaié a soerguer-se das cinzas e
resgatar sua autoestima, respeito e um pedaço de
seu antigo território tradicional de onde foram
retirados no ano de 1978, retornando em 1986 com
o apoio desta entidade e seu coordenador, o
missionário Carlos Alberto dos Santos Dutra
(popular Carlito).
O CIMI manteve suas atividades em
Brasilândia até o ano de 2001, durante o período
em que o padre Lauri Vital Bósio, grande
incentivador das causas e doutrina social da
Igreja, sob a orientação de D. Izidoro Kosinski,
manteve na Diocese de Três Lagoas uma
coordenação diocesana da Pastoral Indígena,
submetida à Coordenação Regional do CIMI, de
Campo Grande/MS, que tinha à frente na época
os missionários Olívio Mangolin, Nereu Schneider e
Maucir Pauletti.
Comissão Pastoral da Terra-CPT
O trabalho pastoral junto aos lavradores e
comunidade rural dos sem-terra teve início na
paróquia nos anos 1980 quando o jovem Chico
Brambatti, integrante da Comissão Pastoral da
Terra, órgão ecumênico vinculado a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, passou a
atuar na Diocese, trabalho este intensificado a
partir da chegada do bispo Dom Izidoro Kosinski à
Diocese. Nesta época consta que no dia 29 de
novembro de 1980 este agente de pastoral foi até a
barranca do rio Paraná, na comunidade do Porto
João André tendo iniciado o trabalho de
levantamento da situação das famílias ribeirinhas
que seriam desapropriadas pela construção da
barragem de Porto primavera, sob a
responsabilidade da CEP.
Nos primeiros anos o trabalho foi
acompanhado pela irmã Missionária de Jesus
Crucificado, Geralda Ferreira da Silva que
administrava a paróquia na época. Desde em tão
a presença da Igreja, através da CPT participou
ativamente na organização e mobilização dos
ribeirinhos. Esteve ao lado da comunidade, por
exemplo, quando da construção do primeiro
Posto de Saúde no porto realizado pelos membros
da Associação dos Ribeirinhos atingidos pela
Barragem de Porto Primavera-ARABAP, em 1985,
já na presença do pároco Lauri Vital Bósio que
abençoou a obra.
Depois, quando da transferência dos
agricultores sem-terra do acampamento Dona
América Rodrigues da Silva, de Três Lagoas para
as margens do Rio Paraná, em Brasilândia, a
presença forte e combativa da CPT, através da
irmã Nair Ribeiro Cardoso, manteve-se solidária
junto aos acampados e também prestando apoio
aos demais ribeirinhos, pescadores, oleiros e
indígenas que ali habitavam.
Cursos e Preparação de Noivos
Os primeiros cursos de noivos foram
realizados na paróquia no tempo das irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado, entre elas a
irmã Maria Aparecida Guimarães, sendo que nesta
época os casamentos eram assistidos por elas.
41
Como o registrado em março de 1980, quando a
Irmã Margarida realizou o casamento cujos noivos
foram preparados no Curso de Noivos ministrado
pelos professores Manuel, José Arnaldo da Silva,
Francisco Aparecido Lins e sua esposa Eurides
Palhares Lins, Luciana Moraes e a Irmã Geralda,
sendo que após as palestras, havia sempre a
entrega de Certificado de Participação.

Pastoral da Criança
A Pastoral da Criança teve início na
Paróquia a partir do ano de 1999 quando no dia 10
de maio o padre Lauri Vital Bósio, seu grande Padre Luiz Carlos mariano e um grupo de participantes da pastoral da
incentivador, em reunião ocorrida na Capela São Criança no ano de 2012.

José Operário, no distrito Debrasa, garantiu o

surgimento do primeiro grupo que foi
coordenado pela Srª Aparecida Conceição de Lima
Dias, popular Cida da Horta. Faziam parte de sua
equipe, na época Izilda Clarice Trindade, Natalgiza
Fuais Crispim, Nair dos Santos Sá. Depois, a partir
de 2011 integraram o grupo a colaboradora,
assistente social Cássia Regina Pianni de Souza, e as
líderes Elisa Cornaccini e Shirlei Golfeta de Souza.
Na sede da paróquia o grupo foi
efetivamente fundado seis anos depois, no dia 22
de março de 2007 numa reunião onde estavam
presentes as senhoras Josefa Ribeiro de Almeida,
Maristela Castilho Leôncio da silva, Maria das Dores
Pinto Galdino, Odete Noronha da Silva, Drª Ana
Maria Tamashiro, Carmen Esmelinda Irigojen Olmedo
Galiani, e Maria Estela Berton Campos. O grupo a
partir de então firmou-se até os dias atuais com a
missão de zelar, cuidar e acompanhar a criança desde
a sua gestação, nascimento, crescimento, e
desenvolvimento físico, psíquico e espiritual através da
mística, vida em plenitude. Em cada mês é realizada o
dia da Festa da Vida, quando é feita a pesagem das
crianças, marca registrada da Pastoral da Criança
desde que foi fundada nacionalmente em 1984 pela Drª
Zilda Arms em Floristópolis-PR.
Naquele ano receberam formação
específica da Pastoral da Criança como líderes:
Vera Lúcia Gomes, Micaely Amorim, Odete Noronha
da Silva, Rosa Maria Barbosa Rodrigues, Jeferson
Rodrigues Ferreira, Sara Maria Diogo de Souza,
Roberta Rodrigues, Maria Marta Cruz, Maria das
Dores Pinto Galdino, Maria Aparecida Nunes Jesus. E
os apoiadores: Regina Célia Zogheib Bertonha, Carlos
Amorim de Assis. Registre-se ainda dona Maria Inês
da Silva, que iniciou como brinquedista e, depois,
tornou-se atuante liderança da pastoral, e a Drª
Maria Aparecida Marques, pediatra que prestou
apoio ao trabalho da Pastoral da Criança de 2007
a 2008 no núcleo de Brasilândia.
O trabalho teve continuidade a partir de
então com as líderes: Angelina Ribeiro de Assis,
Jacinta Martins Salazar, Paulo César Galiani, Maria
das Dores Damasceno Santos, Neusa Cipriano da
Silva, Ana Carolina Irigojen Galiani, Inácia Martins
Salazar, e a fisioterapeuta Mirele Oliveira Martos,
entre outros. A pastoral da Criança permanece em
atividade nos dias atuais na Paróquia Cristo Bom
Pastor sob a coordenação da assistente social
Carmem Esmelinda Irigojen Olmedo Galiani.
Grupo de Oração - RCC
O Grupo de Oração da Renovação
Carismática Católica-RCC plantou raízes na
Paróquia Cristo Bom Pastor ainda no tempo do
padre Lauri Vital Bósio, quando o grupo era
coordenado pelo casal Mavilde e Reinaldo.
Sobre as atividades realizadas ao longo do
tempo pela RCC são dignas de registro as
palestras dirigidas aos jovens e adolescentes
proferidas no ano de 1994 pelo ministro da
comunhão Reinaldo, abordando a temática do sexo
e das drogas. Da mesma forma as experiências de
oração que eram realizadas na fazenda Almeida,
animadas pela equipe (Ercílio e Rui) de
Jacarezinho/SP; também os encontros com o
Alaor, de Campo Grande/MS que em 1995
assessorou o retiro da RCC na fazenda Almeida
durante o Carnaval. Também o Betinho, de
Agudos/SP, em 1996, entre outros, nestes tempos
primeiros de um RCC que aos poucos foi se
consolidando na paróquia a partir de 2010 sob a
coordenação do casal Mavilde e Reinaldo, depois
com Leonardo Dutra Dias Júnior. E atualmente sob
a coordenação de Rafael Cardoso Raimundo.

42

Pastoral do Batismo
Desde o seu nascedouro a Paróquia
Cristo Bom Pastor encontrou no sacramento
do Batismo a porta de entrada para o templo
da fé e do sentimento de pertença à Igreja de
Jesus Cristo. Foram, portanto, os pioneiros
evangelizadores que, percorrendo os campos e
cerrados desta terra, levaram através do
Batismo a alegria e esperança à Igreja que
nascia. E lá estavam as pioneiras irmãs
missionárias de Jesus Crucificado, primeiras
coordenadoras da Pastoral do Batismo. Depois
da permanência das irmãs Geralda e Judite
como animadoras, passados dez anos, a
missão continuou a partir de 1982 com dona
Galdina Ferreira de Jesus, Silvério, depois dona
Jurandira Geraldo de Oliveira, conhecida como
dona Juranda; passando o legado ao seu
Osvaldo Silva (coordenador em 2010), com a
colaboração da senhora Geracina de Oliveira.
No ano de 2013 E em tempo recente, Grace
Hernandes e seu esposo Edi Carlos até janeiro de
2016, quando mudaram-se de Brasilândia.
Então, no ano de 2016, o pároco Luís
Mariano faz o chamado para a
coordenação do batismo a Senhora
Lucilene Cardoso da Silva Raimundo em que
se encontra até presente data.
Apostolado da Oração
O movimento do Apostolado da Oração
nasceu numa primeira sexta-feira do mês durante
uma celebração eucarística no dia 7 de maio de
1994, data de sua fundação. No mês seguinte, no
dia 11 de junho, dia do Sagrado Coração de Jesus,
o padre Lauri Vital Bósio promoveu a entrega das
fitas aos participantes, dando início os trabalhos
deste movimento que passou a reunir-se
mensalmente e participar da celebração
eucarística em honra do Sagrado Coração de Jesus
toda a 1ª sexta-feira do mês, e que mantém o
grupo unidos ao longo dos vinte anos de criação
até os dias atuais.
Depois de permanecer por muitos anos
sob a coordenação da senhora Zélia da Silva Santos,
a atual coordenadora do Apostolado é a srª. Inácia
Martins Salazar. Estiveram à frente do movimento
ao longo dos anos, desde as primeiras
coordenadoras: Regina Mancussi; Raimundo Pedro
de Souza; Ana Carolina (Baiana); Ana; Leonor;
Francisca Castilho Leôncio; Leda Galdino; Josefa
Ribeiro de Almeida (Mocinha); Eliana Munir da Silva
Pedrosa; Marlei Ferrari; Cleuza Correa Brum; Maria
Inês da Silva; Aparecido Lopes da Almeida; Jacinta
Salazar.
Padre Luís Carlos Mariano e os integrantes do Apostolado da Oração
durante a missa do Sagrado Coração de Jesus em 2015.
Ministério da Comunhão – MECE
Os Ministros Extraordinários da
Comunhão e Exéquias – MECEs originário na
paróquia existem desde a sua criação, sendo que
os primeiros foram as Irmãs Missionárias de Jesus
Crucificado, quando receberam pelas mãos do
bispo Dom Antônio Barbosa a imposição para
administrar a comunhão nas celebrações, o viático
aos enfermos, e realizarem as exéquias.
Na sequência dos anos, este ministério
recebeu dedicada atenção da igreja promovendo a
formação dos leigos que a ele se sentiam
inclinados a prestar esses serviços à Igreja. No mês
de junho de 1997 há o registro de um curso de
formação de ministros da Comunhão e da
Palavra, realizado na Paróquia Santa Rita, de Três
Lagoas, onde participou o Sr. Francisco Dias Neto e
dona Francisca Castilho Leôncio. No ano seguinte
foram nomeados ministros da comunhão
Francisca, Carlito e Lourdes Mendonça de Jesus, Maria
de Fátima Servilha Barbosa, e Paulo Lima de Menezes.
Por muitos anos, entre 2010 e 2018 a
coordenação dos MECEs ficou a cargo da Srª
Marlei Ferrari da Costa. A partir a chegada do
padre Fábio Alves de Oliveira, a equipe deste
ministério passou a ser coordenada pelo ministro
José Henrique dos Santos Almeida. Nos últimos anos
mais ministros se somaram aos mais antigos das
Paróquia: Zélia da Silva Santos (Capela S. Vicente de
Paulo); Vilma Joaquim da Silva; Tereza Jesus de Castro
(Capela N.S. Aparecida, Pedra Bonita); Luiz
Gilmar Justino; Leonardo Dutra Dias Júnior; Carmen
Esmelinda Irigojen Olmedo Galiani; Geracina
Gonçalves de Oliveira. Somando a estes os mais
novos: Airton Rodrigues de Jesus; Elenice Silva
43
Petelinkar Pires (Capela N.S. Aparecida, Pedra
Bonita); Elisabete Alves de Almeida; Iodete Martins
Rodrigues; Janaina Nogueira Corrêa e Correia; Júlio
Flávio Corria; Maurício Alves da Silva Honório, entre
outros.
Animação Bíblico Catequética
A antiga e simplesmente chamada de
Catequese, hoje recebe o nome de Animação Bíblico-
Catequética, e sua caminhada pode ser festejada
desde o trabalho pioneiro das Irmãs Missionárias de
Jesus Crucificado que formaram os primeiros
grupos que implantaram ao longo dos anos que se
seguiram a ação pastoral que abriu as portas
àqueles que receberam a 1ª Eucaristia e que
também foram preparados para o sacramento do
Crisma.
Entre as primeiras comunhões realizadas e
cujos registros e a memória nos permitem lembrar
pode ser citado o apostolado catequético de dona
Augusta, no Porto João André, à sombra das
mangueiras, no ano de 1979; também o catecismo
realizado no ano de 1994 na fazenda Rio Verde,
quando nove crianças receberam este sacramento.
Na semana seguinte foi a vez de outras nove
crianças que, na capela São José Operário, foram
formadas pela dedicação e zelo da srª. Natália que,
pacientemente os preparou.
Entre os catequistas antigos
contemporâneos das irmãs e os que se seguiram
são merecedores de homenagem as senhoras:
Galdina Ferreira de Jesus; Josefa Ribeiro de Almeida;
Elizabete; Cleonice Ferreira; Marlei Ferrari da Costa,
desde 1985; Zélia da Silva Santos; Ana Cláudia
Hellinger (Horto Rio Verde, em 2006); Carmen
Esmelinda Irigojen Galiani; Eliana Munin Silva
Pedrosa; Francisca Castilho Leôncio; Magda Monteiro
de Jesus; Margarete Hippler; Maria de Fátima Servilha
Barbosa, desde 1994); Mário Nelson da Silva; Mirian
Nogueirol dos Santos, a partir de 1990
coordenadora; o pioneiro Osvaldo da Silva ; Silvia
Souza; o Vadivino dos Santos, que foi coordenador;
Vânia Maria da Silva, Silvana, entre outros. Hoje a
equipe de Animação Bíblico-Catequético é
coordenada pela ministra Eliana Munin Silva
Pedrosa.
Ministério da Música
O Ministério da Música nasceu na
Paróquia Cristo Bom Pastor com o nome de Grupo
de Animação tomando forma a partir de uma
observação realizada pelo pároco Lauri Vital Bósio
no ano de 1994. Foi durante uma celebração, no
44
início daquele ano, quando o padre pediu que as
missas fossem mais organizadas e que os cânticos
fossem acompanhados com instrumentos
musicais para melhorar a participação do povo.
A partir de então surgiu uma Equipe de
Animação e Liturgia coordenada pela Srª. Maria
de Fátima Servilha Barbosa. Assim, a celebração das
missas começou a ganhar mais empenho e
animação, o que fez o padre, de público,
parabenizar toda a equipe pela disponibilidade.
Em especial com a transformação que o ministério
passou até o surgimento do grupo Os Cantores de
Deus que animou a comunidade durante anos,
participando de eventos dentro e fora da igreja,
animação em capelas, sítios, fazendas e
apresentações públicas.
Grupo de Animação e Liturgia ‘Os Cantores de Deus’ no ano de 1995
Com a chegada do padre Mauricio Levy da
Silva em 2010 a equipe do Ministério da Música
passou a ser coordenada pelo músico Edmilson
José de Souza, da RCC, permanecendo até os dias
atuais.
Pastoral Litúrgica
Inicialmente vinculada ao Grupo de
Animação e Liturgia, criado ainda no tempo do
padre Lauri Vital Bósio que chegou na paróquia em
1984, a Equipe de Liturgia tornou-se
independente com a chegada do padre Maurício
Levy da Silva, em 2010, tendo como coordenadora
a jovem Margarete Hippler. Depois, com a chegada
dos párocos que o sucederam: Luiz Carlos Mariano
e José Moreira Silveira, assumiu a coordenação a
jovem Inácia Fernanda Costa Galdino e uma
dinâmica equipe.
Pastoral do Dízimo
A preocupação com a manutenção das
atividades religiosas através do dízimo começou
a ser pensada e estruturada a partir dos encontros
promovidos desde o tempo das irmãs
Missionárias de Jesus Crucificado e na sequência,
pelo padre Lauri e seu apostolado de duas décadas
como pároco local. Implantado em nível
diocesano no ano de 1988, o Dízimo na Paróquia
contou nos seus passos iniciais com a inestimável
colaboração do senhor Celestino Matias da Silva por
vários anos e também do senhor Salvador
Monteiro. A partir do ano de 2010 com a chegada
do padre Maurício Levy da Silva à Paroquia Cristo
Bom Pastor a coordenação passou à srª. Eliana
Munin da Silva Pedrosa. Anos depois a
coordenação passou a senhora Aparecida Borges
da Silva Gregio e da senhora Maria da Conceição
Lopes, carinhosamente chamada de Mazinha;
depois, esta pastoral foi coordenada pelo senhor
Nelson Gonçalves de Aguiar (popular Nico) e sua
esposa. Na atualidade a Pastoral do Dízimo está
sob a coordenação da srª. Huda Talayeh e seu
esposo Antônio Pereira.
Infância e Adolescência Missionária-IAM
O grupo que compõe o trabalho junto à
Infância e Adolescência Missionária tem o carisma
proposto pelas Pontifícias Obras Missionárias-
POM, que atuam em todo o mundo e são
formados geralmente por 12 crianças que,
simbolicamente lembram os doze apóstolos, aos
quais Jesus confiou a missão de evangelizar até os
confins do mundo.
Dom José Moreira e equipe da IAM de Brasilândia em 2011
Pastoral trazida para Diocese pelas mãos
da Irmã Zeli em 2011, no tempo do bispo D. José
Moreira Bastos Neto, esta missão, na foi confiada à
Paróquia Cristo Bom Pastor, tendo como primeira
coordenadora a senhora Zélia da Silva Santos, que
coube a ela o pioneirismo de ter iniciado este
trabalho na comunidade. Incentivada pelo padre
Maurício Levy da Silva participaram das primeiras
formações também a senhora Dolores sendo que a
IAM contava com a colaboração dos adolescentes
Heleno, Vinícius Brito, Victor e Lucas (popular
Japa). A IAM firmou-se, depois, com o padre Luís
Carlos Mariano, passando a ser coordenado pela
assistente social Dalreny Maria Dourado Junqueira
que permanece até os dias atuais. Entre as
atividades realizadas há o registro, no ano de
2015, da realização da 3ª Jornada da IAM, onde
estavam presentes os coordenadores desta
pastoral: Beatriz Marin, Lucas Ferreira e os
assessores Vinícius Brito e a Ir. Izabel Cristina (de
Três Lagoas).
Pastoral dos Coroinha e Cerimoniário
Esta pastoral teve início na paróquia por
uma iniciativa do padre Lauri, organizando-se,
entretanto, sob a coordenação de da jovem Ana
Carolina Rodrigues Gualdi. Sobre esta pastoral se
encontra no Livro de Tombo da paróquia a
seguinte máxima: Segundo o manual do Coroinha
ele deve cumprir o PACS – Pontualidade,
Aplicação, Consciência e Silêncio. Na atualidade
responde pela pastoral o jovem Lucas Nantes.
Integram o grupo diversos jovens da comunidade.
Círculos Bíblicos / Setorização
A atividade dos Círculos Bíblicos na
paróquia data desde a sua criação em 1972 e foram
responsáveis pela mantença da fé nos grupos de
família transformadas muitas vezes em
verdadeiras igrejas domésticas que se reuniam
torno de capelinhas de devoção piedosa e
popular. Formada por grupos de família próximas
que se reuniam por afinidade e amizade com o
passar dos anos multiplicavam-se a cada ano com
realização de missões populares e visitas de
missionários que visitavam a paróquia
incentivando essa prática de evangelização.
Frutificaram, assim diversos grupos
espalhados por todos os bairros da cidade e
também na zona rural onde moradores de sítios e
fazendas que não dispunham de capela reuniam
em torno de suas capelinhas domésticas para
rezar e prestar homenagem aos santos padroeiros
de cada lugar. Entre os grupos mais antigos que
ainda são lembrados estão o Círculo Bíblico Nossa
Senhora das Graças, um dos primeiros criados no
bairro Thomaz de Almeida (COHAB) que era
coordenado pelo sr. Raimundo Pedro de Souza e que
se reuniu desde a sua fundação em 1989 até o ano
de 2019, interrompido pelo início da pandemia.
Com o passar do tempo e o surgimento de
outros grupos o Círculo Bíblico passou a ser
organizado pela paróquia com o rosto de uma
pastoral e que passou a ser coordenada pela srª
Zélia da Silva Santos, cabendo a ela organizar as
45
celebrações, sobretudo de encerramento de
novenas, campanha de fraternidade e via-sacra,
entre outras que reunia todos os círculos bíblicos
numa linda missa onde eram partilhados os
gestos concretos que cada grupo havia realizado.
A parti de 2018 a Diocese de Três Lagoas
implantou na sua circunscrição o modelo da
Setorização, de certa forma buscando reunir os
antigos Círculos Bíblicos com novos Grupos de
Oração e Grupos de Famílias que foram
incentivados a se formar. Com a assessoria das
irmãs Gracianas, o pároco Fábio Alves de Oliveira
promoveu a divisão da paróquia em setores
geográficos que dinamizou os encontros das
famílias de cada bairro, motivando-as aos
encontros, fazendo reviver os momentos fortes de
oração e celebração da vida entre as famílias.
Assim, coordenada pela srª Tânia Aparecida dos
Santos Ozaco, o trabalho realizou-se com a
participação do padre, diácono e ministros, que
passaram a realizar celebrações nestes setores.
Pastoral da Solidariedade
A prática da caridade faz parte da tradição
da igreja sendo uma de suas virtudes teologais. E
ajudar os pobres sempre foi uma das
preocupações da igreja local. Desde o tempo das
irmãs missionárias há registros da realização de
promoções com este fim específico. O chamado
Natal dos Pobres, por exemplo, promovido pela
paróquia todos os anos era realizado. E, de modo
especial, a partir do ano de 1978, quando o
município comemorou no dia 8 de dezembro a
inauguração a luz elétrica na cidade que coincidiu
com a Festa da Imaculada Conceição, com vigília
de oração e missa realizada no salão Paroquial
totalmente iluminado.
A coordenação deste serviço chamado
inicialmente de Pastoral da Caridade, por muito
tempo esteve a cargo da srª. Cindileia Hippler e a
srª. Margarete Hippler, membro do movimento
RCC. Com o tempo, sob a coordenação da srª.
Vilma Joaquim Silva, se aprimorou e organizou um
grupo para melhor atingir seus objetivos.
Atualmente essa pastoral, em sintonia com as
diretrizes da CNBB e pastorais sociais da Diocese,
recebe o nome de Pastoral da Solidariedade, tendo
por objetivo ser uma presença solidária na vida
das pessoas, através de gestos concretos,
fundamentando-se na prática libertadora de Jesus
Cristo.
Sob a coordenação da srª. Roseli Crepaldi e
uma equipe, o grupo se propõe, junto com toda a
46
comunidade, servir de forma organizada a promoção
humana e cristã, ofertando oração, doação de alimentos,
roupas e itens de limpeza e higiene aos irmãos mais
necessitados e que estejam em situação de emergência e
sem condições dignas de vida.
Pastoral da Saúde
As motivações no campo da saúde datam
do berço de fundação da paróquia que teve início
em 1972 quando as irmãs missionárias de Jesus
Crucificado passaram atuar decisivamente neste
setor da promoção humana.
Um dos expoentes da ação pastoral da
saúde foi o testemunho da irmã Diocenísia,
carinhosamente chamada de irmã Dió, que era
enfermeira, e trabalhou até julho de 1978 em
Brasilândia. Naquele mesmo ano a irmã Maria
Aparecida Guimarães deixava Brasilândia, depois
de permanecer cinco anos, sendo transferida para
a Prelazia de Coxim.
A
Paróquia
contou nos
anos iniciais
também com o
testemunho
profissional da
Irmã Célia
Maria Simeão,
que era
enfermeira e
parteira e que
trouxe ao
mundo muitos brasilandenses, num tempo em
que o município não dispunha de hospital e o
atendimento médico e os partos eram realizados
em casa por aquela serva de Deus, a qual a
comunidade tem muito a agradecer a esta
verdadeira médica missionária nestas terras.
Com o passar dos anos, após a
inauguração do posto de saúde no Porto João
André e o hospital municipal Júlio César Paulino
Maia, seguindo-se a criação do Sistema Único de
Saúde a missão da Pastoral da Saúde teve
continuidade com as atividades realizadas pelas
srª Cleuza Correa Brum, atual coordenadora, e uma
equipe de colaboradores voluntários.
Terço dos homens
O grupo de oração Terço dos Homens teve
início no ano de 2019 incentivado pelo padre Luís
Carlos Mariano. O responsável por congregar os
homens da paróquia foi o Sr. Genevaldo Laurêncio
de Oliveira que permaneceu até a chegada do
padre Fábio Alves de Oliveira, quando a
coordenação passou ao Sr. Nelson Gonçalves de
Aguiar (Nico). Após a pandemia, o grupo retornou
sob a coordenação do jovem Lucas Nantes.
Zeladoras e Coordenação da Cozinha
Desde a criação da paróquia diversas
pessoas colaboraram prestando serviços na Casa
Paroquial, seja na condição de caseiras,
arrumadeiras, cozinheiras e que foram se
revezando com o tempo. Algumas delas em
alguns anos chegaram a acumular a função de
zeladora da Igreja e com o trabalho na casa do
padre. Entre os nomes mais antigos há o registro
da senhora Joana Rosa da Silva e sua filha Marilene,
que foram zeladoras da Igreja, Casa e Salão
Paroquial a partir da chegada do padre Tadeu
(1982); Depois, já com o padre Lauri, começa a
trabalhar a senhora Gerusa Alves da Silva, que foi
funcionária da Casa Paroquial por três anos (1985-
1988); no ano de 1995, trabalharam ali as senhoras
Cláudia Aparecida Corte e Fátima Aparecida de Melo
(1995-1996); neste período (1996) também
trabalharam Luciana Patrício, Rosiane Bernardino
e Rosa Maria Monteiro dos Santos na Casa
Paroquial. No ano de 1999, a zeladora da igreja era
a senhora Cleide Cordeiro de Lima e Silva; e em 2008
a funcionária era Vermilda Ramos da Silva.
Atualmente é a srª Janaina Nogueira Corrêa e
correia e seu esposo Júlio Flávio Correia.
Grupo de colaboradores na Cozinha no Salão Paroquial em 1998.
Escritório Paroquial
Após a criação da Paróquia, somente com
o passar dos anos os serviços administrativos da
paróquia começaram a ser implantados. Após o
trabalho pioneiro das irmãs Missionárias de Jesus
Crucificado que coordenaram o trabalho pastoral
por dez anos, com a chegada do primeiro pároco,
padre Tadeu, organizou-se um escritório
paroquial onde diversos fiéis colaboradores e
funcionários prestaram apoio e relevantes
serviços à paróquia.
Durante o período de construção das
igrejas matriz, sob a coordenação do padre Lauri
Vital Bósio, o Escritório Paroquial funcionou numa
sala do Salão Paroquial dividindo espaço com o
escritório que a Pastoral Indígena (Cimi) na época
havia organizado. Segundo os registros do Livro
de Tombo da paróquia, trabalharam no Escritório
Paroquial: Solange Dias, a ministra Natalina
Almeida dos Reis e a jovem Mônica Regina Mendes,
em 1995; Maria Lúcia Martins (1995-1996);
Elisângela Barbosa Caetano (1996); e a senhora
Magda Monteiro de Jesus que atuou por mais de
uma década auxiliando o padre Lauri, também
como seu motorista, em razão da deficiência física
do padre que se asseverou com o tempo; sucedeu-
lhe a senhora Geracina Gonçalves de Oliveira, e a
atual Júlia Samyra Pereira.
Pastoral da Comunicação
Esta Pastoral iniciou no mês de agosto de
2018, com a criação do Boletim Informativo
Mensal ‘O Bom Pastor’. Sob a coordenação do
Padre Fábio de Oliveira, o informativo foi
produzido pela jornalista Patrícia Luciana Paulino
Acunha e contou com a colaboração da
comunidades e pastorais da Paróquia. Foram
produzidas 15 edições, com impressão em média
de 400 exemplares. A última edição circulou em
novembro de 2019.
Diante da Pandemia do Coronavírus, a
Paróquia Cristo Bom Pastor através da Pastoral da
Comunicação criou em 26 de março de 2020 a
Página do Facebook Paroquia Cristo Bom Pastor
3l, no intuito de transmitir as celebrações e outras
atividades ligadas à Paróquia nas redes sociais.
Nos últimos dois anos, foram transmitidas mais
de 100 atividades, entre elas, Missa, Novenas,
Orações e Reflexões via Facebook. A Pastoral da
Comunicação agradece a todos os voluntários e
colaboradores na produção de conteúdo e de
transmissão de informações relacionadas à
Paróquia Cristo Bom Pastor.
Ministério Jovens Sentinela da Manhã
Criado em 2014, o ministério jovem
Sentinelas da Manhã, vinculado ao movimento da
Renovação Carismática Católica-RCC, manteve-
se atuante na Paróquia até 2018.
47

Ministério Jovem Sentinelas da Manhã, em 2016
Você sabia que...
Seu Celeste (Celestino Matias da Silva) e
sua esposa Galdina Ferreira de Jesus dedicaram-
se à Igreja desde a celebração da primeira missa
campal realizada em 1957 em frente ao Cruzeiro
da fundação de Brasilândia? Depois da criação da
Paróquia, em 1972, dona Galdina permaneceu
ajudando as Irmãs Missionárias de Jesus
Crucificado nas celebrações, curso de batismo,
catequese, preparação aos noivos, assistência
religiosa aos velórios. E seu Celeste atuou como
um dos pioneiros na Pastoral do Dizimo.
Você sabia que...
Participaram da ordenação episcopal de
Dom Antônio Majela Reis, 1º bispo nomeado para
Três Lagoas, o casal de paroquianos de
Brasilândia, seu Estevão Domingos da Costa e
sua esposa dona Antônia? Eles viajaram de
ônibus, acompanhado da irmã Margarida até a
cidade de Mariana-MG onde participaram da
cerimônia ocorrida no dia 27 de março de 1978.
48
Você sabia que...
Durante a visita pastoral do bispo
diocesano de Três Lagoas, Dom Izidoro Kosinski,
realizada no dia 27 de outubro de 1995, ele
realizou missa na residência do casal José Medina
e dona Antônia, na barranca do rio Paraná,
oportunidade em que compareceram mais de 30
pessoas?
Você sabia que...
O programa de rádio Expressão da Fé
Católica foi criado no ano de 2012 pelo padre Luís
Carlos Mariano sendo apresentado por ele e
membros da comunidade católica desde então,
indo ao ar na Rádio FM Cidade, de Brasilândia?
Você sabia que...
Durante o afastamento por motivo de
saúde do padre Lauri Vital Bósio, no mês de maio
de 2010, organizou-se na paróquia um grupo
chamado Voluntários de Cristo, que se
encarregava da limpeza da igreja? Este grupo era
formado pelos fiéis: Aidê de Souza Dias, Cleuza
Correa Brum, Creuza da Silva Soares, Josefa Ribeiro de
Almeida, Neusa Santos Oliveira, Osvaldo Antônio
dias, Sebastiana Tavares Alves, Isabel Alves da Silva,
Rita dos Santos Ferreira, dona Amélia e Edna Rodolfo.
A todos o nosso agradecimento.
Você sabia que...
Durante uma palestra realizada no dia 11
de janeiro de 1979 pela Irmã Zélia Lopes da Silva
sobre os serviços na Igreja foi pedido aos
presentes para indicar nomes para compor a nova
Comissão Administrativa da Paróquia? Na ocasião,
os mais votados, após consultados, todos se
recusaram a aceitar o cargo. Então, após cinco
minutos de silêncio, o Sr. Gilvaez de Almeida deu
o seu Sim, sendo aclamado presidente ao lado de
Antônio Coelho Vicente, Agostinho da Silva e
Onofre de Souza Oliveira.
************************************************
Na festa dos 50 anos
da Paróquia Cristo Bom
Pastor, a comunidade saúda
e agradece o carinho e as
bênçãos do nosso atual
bispo diocesano Dom Luiz
Gonçalves Knupp que desde
o dia 2 de maio de 2015
permanece firme à frente da
nossa Igreja nos cumulando de ânimo e coragem
evangélica. Obrigado pelo seu Sim.
 Comissões Administrativas Paroquiais - Matriz
Ano Presidente e ºe º º e º Secretário Conselheiros
Vice-Presidente Tesoureiro
Ma oel Galdi o Rosalvo Pe ei a Osvaldo Go çalves / á t io Coelho To ias M lgo a; Jo o de á eu Li a da Silva; Jos Ba osa
de Souza / Jos Ba osa Vi e te da Silva; ápa e ido Lopes de ál eida; á t io Delgado.
Ga ia Mula

Ma oel Galdi o ál ides C epaldi I a Fe a des Ba osa / Lu ia a Filadelfo Basso e esposa; Ped o Pe ei a e esposa; Joa ui
de Souza / Pe ei a Mo ais Fe ei a de Souza e esposa; áu elia o Ruiz Lopes e esposa
Vi e te Bo ges
dos Reis

Is ael Rai u do No ato Be edito Vi e te / Be a di o de Li dolfo Silvest e; Ra u do No ato; Moa i Fe ei a da

Vas o elos / de Souza Cast o Silva; Olí pio de Cast o; á a ias Pe ei a Pa di .
á t io Flo io
álves

Do i gos Valde álei o / Jos á aldo da Silva / Ilza Matheus Jo o Paes de Li a; Ma oel Galdi o de Souza; Jeffe so
C ist v o Ri ei o Gilvaez ál eida da Silva álves da Silva; Li dolfo )a o i; Ped o Pe ei a; Celesti o
/ Estev o Rod igues Matias da Silva; Jos Ba osa.
Do i gos da
Costa

Do i gos Fe a do Ro e to Jos á aldo da Silva / Osvaldo de Jos Ped o; Du vali o Ca doso; Jos Fe ei a da Silva;
C ist v o Ri ei o Rufi o / Estev o Jesus Sussi Li dolfo )a o i; Jos Ba osa.
/ Jos Luiz de Do i gos da
Godo Jú io Costa

Gilvaez de á t io Coelho ágosti ho da Silva; O of e de Souza Olivei a.

ál eida Vi e te
Rod igues

Jos Vi e te de Li a; Valo Medi a; Jos Ba osa; Jos Qui i o Costa; Jos de ál eida Ro ha; á t io Ma ti ez Sa hes; I i eu de Souza B ito;
Ped o Ma ti s Salaza ; Ma ia de F ti a Se vilha Ba osa; Estev o Do i gos Costa.

Do i gos Do izeth Ca doso Luiz Lopes da Costa / á aldo Ga ia Mau í io Fe i i; Jos Melo de Ca valho; Ped o Basso;
C ist v o Ri ei o / I i eu Gaiotti Osvaldo Silva; F a is o ápa e ido Li s; Filadelfo Basso
/ Elsias Nas e te
Coelho Neto

Ma oel Paulo / Ma os Vi e te Neuza Joa ui / Ma ia de F ti a Osvaldo Silva; Jos Melo de Ca valho; Jo o Vi e te de

Ma a L. Costa Joa ui / Jos Masso Gaiotti Souza; ) lia Te ezi ha Luzzi S hio; Isa Ho o ato Ba osa.
Sa tos Pi to Ri ei o

Osvaldo Silva / Jos Ca los Gil a áfo so da Silva e Jos Eliazel Paes de Olivei a Filho; Va de lei Pa tale o
Isa Ho o ato Rodolfo ápa e ido Pe ez
Ba osa

á ízio Go es de Ca los á o i de Ma ia de F ti a Se vilha Ba osa / Osvaldo Silva; Mois s Tho ; Jos Vi e te de Li a; H lio
ál eida / Isa ássis / Valdei es Ovídio Lopes de Olivei a áugusto da Silva; La io Dua te Ephig io; ádeli o
Ho o ato Ba osa Be to dos Sa tos Ba osa; áu ea Ma ues de ál eida; F a is a Castilho
Le io; C istia e ápa e ida Se vilha Ba osa; Mi ia
C isti a do Vale

Ma ia de F ti a Mi ia C isti a do Yuka i de Souza Lada o da Costa á t io Jos da Silva; ápa e ido Lopes de ál eida;
Se vilha Ba osa Vale C istia e ápa e ida Se vilha Ba osa; Mau o álves de
Olivei a Jú io .

Ro e to Mag o Ma ga ete Hipple Gil e to da Silva / Regi a Ma ia V ia Ma ia da Silva; Sola ge C. Ra os Silva; ád ia a

Pe ei a / Jos / Luiz Gil a Ma ussi Rod igues ápa e ida Nu es; E iva á a Butzi; Paulo C sa Galia i;
Ma ia F a is o Justi o Ca e E.J. Galia i; Ed Ca los He a dez; G a e Mei e B.
He a dez; Elia a Mu i ; Huda Tala eh; á t io Pe ei a;
) lia da Silva Sa tos; Ma lei Fe a i Costa; Cleuza Co a;
Mavilde Cata i o G. da Silva.

Rafael Ca doso Nelso Go çalves ádeliza Ma ia Sa tos á a i V ia Ma ia da Silva; Valdi Bli i; Huda Tala eh; á t io
Rai u do / de águia Ni o Pe ei a.
I dal io da
Costa Rod igues.

ádeliza Ma ia Nelso Go çalves V ia Ma ia da Silva Valdi Bli i; Sil a a Dias; Huda Tala eh; á t io Pe ei a.
Sa tos á a i / de águia Ni o
I dal io da
Costa Rod igues.

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 Galeria dos Párocos e Administradores Paroquiais

Crédito das Fotografias

Padre Lauri Vital Bósio; Diácono Carlos Alberto dos Santos Dutra; Jornal de Brasilândia; padre Clistenes Natal Bósio; Valdeires Bento dos Santos; Neuza Paulino
Maia; José Mattos; Antônio Arcanjo dos Santos; Jornal Dia a Dia; Jornal da Cidade; José Francisco Marques Neto; Humberto Rulli Júnior; Biblioteca IBGE; Donizete
Medina; Site da Diocese de Três Lagoas; Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado; José Cláudio Cruz; Internet/Facebook; Cortesia de membros da
Comunidade, Pastorais, Movimentos e Serviços da Paróquia Cristo Bom Pastor, de Brasilândia/MS.

Bibliografia
Depoimentos dos Paroquianos da Paróquia Cristo Bom Pastor, de Brasilândia/MS; DUTRA, C.A.S. História e Memória de Brasilândia/MS, vol. 2 – Patrimônio e vol.
5 - Poderes, Brasilândia, 2021; http://arquidiocesedecampogrande.org.br/nossa-senhora-imaculada-conceicao-ribas-do-rio-pardo/ acesso em 10.Dez.2015;
http://perfilnews.com.br/morre-um-dos-padres-mais-antigos-de-tres-lagoas/ acesso em 23.Jul.2019; http://www.cidademorenanoticias.com.br/colunas/ver/208 .
https://www.institutocisalpina.org/historia.html ; Jornal da Cidade, 12 a 24.Fev.2004, e 20 a 27.Mar.2006; Jornal de Brasilândia, 23-31.Mai.1989; 26.Nov. a 06.Dez.1994;
10.Jul.1990; 28.Ago.à 3.Set.1995; 21.Out. a 03.Nov.1996; 4 a 11.Abr.1999; Jornal Dia a Dia, 22 a 28.Jul.1998; 12 a 18.Mai.1999; 10 a 16.Nov.1999; 19 a 27.Nov.2001; Livro
Tombo da Paróquia Cristo Bom Pastor, 13 de julho de 1972; Revista Atualidades Forenses e Interioranas. Três Lagoas: Edição Especial. n° 32, abril/maio/1978; Vida
Diocesana, Três Lagoas/MS, nº 5, 26.ago.1979.

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