Campanhas Publicitárias

Figura 1- «Absolut Art» (1986)

Obra de arte presente

Apesar deste retrato da bebida que foi
usado como campanha publicitária ter sido
feito mesmo pelo artista Andy Warhol, vê-se
perfeitamente os traços característicos do
pintor que estão presentes também em obras
como Marilyn Monroe, de 1967, Zebra, de
1983 e Michael Jackson, de 1984. A edição
de Warhol é mais uma original da Absolut
Vodka numa edição limitada que contêm
aproximadamente 4 milhões de garrafas. Foi
desenvolvida em conjunto com a Fundação
Andy Warhol. Em 1986, Andy Warhol foi o
primeiro artista a criar uma obra de arte
original para Absolut, dizendo: "Eu amo a
garrafa , eu quero fazer alguma coisa ... " A Figura 2- As garrafas originais que Warhol desenhou
Absolut Vodka mais tarde lançou uma edição para a campanha Absolut Warhol em 1986 Photo: A
Fundação Andy Warhol para as Artes Visuais, Inc.
limitada da garrafa Andy Warhol.
 A garrafa recria e comemora a própria garrafa que
Warhol - que iniciou a sua carreira como ilustrador
comercial - desenhou em 1986 para o famoso anúncio
"Absolut Warhol". A colaboração lançou a Coleção de Arte
Absolut da marca, e marcou o início do seu contínuo apoio
à arte contemporânea.

De 1986 a 2004, a marca encomendou cerca de

850 obras de arte (algumas das quais foram
posteriormente utilizadas em anúncios impressos) a
artistas de renome, incluindo Keith Haring, Nam June
Paik, Rosemarie Trockel, Ed Ruscha, Annie Leibovitz,
Damien Hirst, e Thea Djordjadze. Figura 3- A garrafa Andy Warhol
Absolut Vodka de edição limitada

Marca
ABSOLUT VODKA, é uma marca de vodka, de
uma bebida branca alcoólica, de origem sueca fundada
em 1879 por L.O. Smith na pequena cidade sueca de
Åhus. Que revolucionou a fabricação de vodka por meio
do processo de destilação contínua. Na sua icónica
garrafa inspirada em boticário, tem uma forte assinatura e
destaca-se como a segunda marca líder mundial de vodka
premium e a oitava maior marca de bebidas espirituosas. Tem uma gama em constante
crescimento e é um produto básico em bares, restaurantes e casas em todo o mundo.
Absolut tem orgulho no grande papel que tem e esforça-se como colaborador cultural,
unindo forças com inovadores e artistas de renome para ajudar a definir e redefinir o
mundo em que vivemos. Um líder da revolução do cocktail e uma plataforma de
progressão social.
 Figura 4- Campanha feita pela agência J Walter Thompson Russia para
a empresa Lipton (data não encontrada)

Obra de arte presente

“A Persistência da
Memória”, Salvador Dalí de
1931.
A Persistência da Memória
(1931) é uma das pinturas
mais icónicas e reconhecidas
do Surrealismo.
Frequentemente referenciada
na cultura popular, a pequena
tela (24x33 cm) é por vezes
conhecida como "Relógios em
Fusão", "Os Relógios Suaves"
e "Os Relógios em Fusão". A
pintura retrata um mundo de
sonho no qual objetos comuns
são deformados e exibidos de
forma bizarra e irracional:
Figura 5- A Persistência da Memória, 1931
relógios, objetos sólidos e duros
parecem inexplicavelmente
amolecer e derreter na paisagem desolada. Dalí pinta a sua visão fantasiosa de uma
forma meticulosa e realista: integra sem esforço o real e o imaginário para "sistematizar
a confusão e assim ajudar a desacreditar completamente o mundo da realidade".
Quando Dalí pintou A Persistência da Memória, a sua prática artística foi guiada pelo
peculiar "metódo paranoico-crítico". Desenvolvida pelo artista em 1930, a técnica
baseia-se na paranoia autoinduzida e nas alucinações, com base em teorias da
psicanálise, para facilitar uma obra de arte.

A Marca
A Lipton, é uma marca britânica de chá, da propriedade
da Unilever. Lipton era também uma cadeia de supermercados
no Reino Unido, mais tarde vendida à Argyll Foods, após a
empresa vender apenas chá. A empresa tem o nome do seu
fundador Sir Thomas Lipton. As bebidas prontas a beber
Lipton são vendidas pela "Pepsi Lipton International", uma
empresa detida conjuntamente pela Unilever e pela PepsiCo.
 Figura 6- Campanha feita pela agência Lowe/Ssp3 Colômbia para a empresa Renault (data não encontrada)

Obra de arte presente

Inspiração em obras como “Dora Maar com
Gato”, de Pablo Picasso (1941), “Busto de mulher
com chapéu com flores”, de Pablo Picasso (1942).
Dora Maar com Gato de Pablo Picasso foi pintada
em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, um
período difícil, uma vez que a França estava, nessa
altura, ocupada pela Alemanha Nazi. A pintura
retrata Dora Maar, amante de Picasso, sentada
numa cadeira e há um pequeno gato sentado sobre
os seus ombros. Embora este seja um tema
simples para uma pintura, tem a honra de ser um
dos quadros mais caros do mundo. Este retrato
particular é um dos muitos que Picasso pintou
durante a sua relação de dez anos com Dora Maar,
que começou quando Picasso tinha cinquenta e
cinco anos de idade.

Figura 7- “Busto de mulher

com chapéu com flores”, de Figura 8- “Dora Maar com Gato”, de Pablo
Pablo Picasso (1942) Picasso (1941)
A Marca
O Groupe Renault também
conhecido como o Renault Grup e
legalmente Renault S.A. é um fabricante
multinacional de automóveis francês
estabelecido em 1899. A empresa produz
uma gama de automóveis e carrinhas, e no
passado fabricou camiões, tratores, tanques,
autocarros/autocarros, motores de aviões e
de aviões. De acordo com a Organisation
Internationale des Constructeurs d'Automobiles, em 2016 a Renault era o nono maior
fabricante de automóveis do mundo em volume de produção. Até 2017, a Aliança
Renault-Nissan-Mitsubishi tinha-se tornado o maior vendedor mundial de veículos
ligeiros.
Com sede em Boulogne-Billancourt, perto de Paris, o grupo Renault é composto
pela marca Renault e filiais. A Renault é conhecida pelo seu papel no desporto
automóvel, particularmente nos ralis, Fórmula 1 e Fórmula E. E o seu trabalho inicial na
modelação de curvas matemáticas para carroçarias de automóveis foi bastante
importante na história da computação gráfica.
 Porque utiliza a Publicidade obras de Arte?
A arte é uma das mais antigas formas de expressão, sendo que fala muito sobre
a comunidade, a cultura e os povos pelos quais foi criada. Já a publicidade também
existe há muito tempo, embora sob formas mais simples. Há vestígios desde a Roma
antiga até ao Egipto, e antes disso, o papiro era utilizado para exibir mensagens de
vendas e slogans de campanhas políticas. A utilização de arte na publicidade remonta
inicialmente às pinturas rupestres e de parede onde estas eram utilizadas na exibição
artística de publicidade comercial.
Assim, o desejo por esta forma rudimentar de publicidade de marca desenvolveu
um quadro para uma bela relação simbiótica entre aqueles que têm necessidade de
uma imagem pública e com orçamentos a pagar, e aqueles que são abençoados com o
talento criativo para a construir, mas têm necessidade de dinheiro. Não é então
surpreendente que esta relação de Arte e Publicidade tenha sido uma relação intrincada
que transformou as duas formas dinâmicas ao longo dos anos, e tenha resistido ao teste
do tempo para continuar a influenciar uma à outra ainda hoje.
A compreensão da função e da motivação por detrás destas duas formas de
expressão é crucial para compreender como funcionam em conjunto e o porquê, assim
como de que forma é que ambas as expressões beneficiam.
A arte é definida como "a aplicação da habilidade criativa e imaginação humana,
tipicamente numa forma visual como, a pintura ou a escultura, produzindo obras a serem
apreciadas principalmente pela sua beleza ou poder emocional". A publicidade também
é uma aplicação de habilidade, e é definida como "a atividade ou profissão de produzir
publicidade para produtos ou serviços comerciais". O fator diferenciador é que a arte é
um processo naturalmente criativo nascido do puro desejo de expressão, enquanto que
a publicidade é um processo calculado criado com um objetivo final específico em
mente. Alguns podem argumentar que fazer arte é uma decisão calculada e, no mundo
comercial de hoje, as linhas entre os dois podem definitivamente ser bastante confusas.
Contudo, vista por si só, a arte sempre foi mais sobre o processo e a publicidade
mais sobre o resultado final. Portanto, quando combinados, os dois trabalham
lindamente em conjunto, com a arte a desempenhar o papel de facilitar a inspiração na
elaboração de anúncios, e os anúncios a fornecerem uma direção focalizada para a
arte.
Olhando para trás, houve alguns exemplos históricos de anunciantes que se
aperceberam do papel inestimável da arte e tentaram aproveitar o seu poder, ou até
certos anúncios excecionais que se tornaram arte em si. Já no século XIX, a arte foi por
vezes selecionada tendo em mente um determinado objetivo publicitário.
Parece que a relação entre estas duas formas criativas e inovadoras vai muito
para além do esperado. Embora à superfície, parecem ter motivações e objetivos muito
diferentes, uma força semelhante de desejo de idealização e exploração impulsiona
ambas. Os artistas proeminentes da história em todo o mundo contribuíram de alguma
forma para a comercialização da criatividade e, como resultado, ajudaram a permitir
uma maior acessibilidade e apreciação da arte. Talvez o papel mais importante que a
arte desempenha seja um papel qualitativo que garante que alguém tem algo
substancial a retirar e a considerar cada vez que vê um novo anúncio. A interação
dinâmica entre as duas profissões (artista e o anunciante) permite que novos métodos
nasçam, perspetivas em camadas se desenvolvam e que maiores colaborações
aconteçam. Limitar o propósito de qualquer um dos processos individuais ou isolar
qualquer um deles só nos vai levar para trás na evolução da Arte e da Publicidade.
Finalmente, é crucial apreciar cada forma no seu próprio contexto cultural e histórico
para compreender que o elo comum fundamental entre ambas é o facto de ambas se
inspirarem ativamente na experiência inevitável e inescapável de ser humano.