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Nome: Amanda Talavera, Elizete Ribeiro de Souza, Nathalia Becker e Yasmin Valiente.
Por que escolheu atuar nessa área? “Durante a experiência em UTI pediátrica, recebia muitas
crianças com necessidades especiais, gastrostomia, traqueostomia, estomas, alguns com feridas
e a falta de manejo correto com as estomias e feridas me deixavam incomodada e em certos
momentos não conseguia atender essas necessidades, me sentia limitada e o que me levou a
escolher a área, foi a necessidade de melhorar a qualidade dos cuidados com os pacientes com as
estomias”.
Como sua formação ajudou nas competências desta área? As competências anteriores ajudaram
muito. Em todas as especialidades é necessário conhecer o paciente, seu histórico e entender a
gravidade da situação. Exames, histórico clínico, gravidade das feridas, o que levou o paciente a
ter aquela estomia, tudo isso é importante. Na minha experiência anterior, tive contato com
crianças ostomizadas e com feridas, isso ajudou muito na prática da especialidade. Aprendi a
analisar e diferenciar cada caso, desenvolvendo então, o melhor cuidado para o paciente de
acordo com suas necessidades. Então o conhecimento prévio e a formação que tive ajudaram
demais.”
Tem legislação específica nessa área? Você conhece e consegue falar um pouco sobre? Sim,
existem algumas. Tem a legislação que regulamenta a prática do enfermeiro no cuidado com as
feridas, cuidados com a traqueostomia, e gastrostomia. E muitas outras. Não vou saber os
números e nomes delas, mas no Cofen tem todas lá. Tem uma resolução que permite o
enfermeiro abrir seu próprio consultório tendo as especialidades. Existem inúmeras resoluções
permitindo a atuação do enfermeiro na área.”
Quais cursos realizou para poder exercer nessa área? Quantos tempo durou o(s) curso(s) para
especialização? “Especificamente, são ininterruptos. Você nunca para de estudar quando escolhe
essa especialidade, quando se fala de curativos, se fala de tecnologia e a tecnologia está sempre
evoluindo. Participo de uma comunidade anti lesões, desde de 2020. Atualmente fiz curso de
atualização em cuidados com feridas cirúrgicas. Estou sempre participando de cursos,
congressos, palestras, sempre procurando aprimorar meus conhecimentos. E pretendo fazer
muitos outros cursos na área. A partir do momento que você escolhe uma profissão, ela requer
uma vida ininterrupta de estudo, por quê? A cada dia que passa novas coisas surgem no
mercado, então precisa estudar sobre elas, saber como usar e inovar os conhecimentos. A
faculdade é só o começo, vocês vão continuar estudando pro resto da vida. Assim espero!”
Quais as principais atividades como enfermeiro nessa área? “Estomaterapeuta cuida das
estomias, sejam elas de alimentação (gastrostomia, jejunostomia), respiratórias (traqueostomia)
ou de eliminação (colostomia, ileostomia), cuida das feridas e das incontinências. Também
cuidamos de drenos, cateteres e fístulas."
No seu ponto de vista, na nossa região essa é uma área com muita demanda? “Sim. Tem muita
demanda, mas poucos especialistas na área. Algumas pessoas não sabem que existe a
especialidade, e por isso não há muita procura, mas tem muita demanda.”
Quais os pontos positivos e negativos dessa área? “Temos muitos pontos positivos! A
autonomia de exercer a especialização, podemos atuar em muitos lugares sendo
estomaterapeuta, prevenindo as feridas e melhorando a condição de vida e é uma área que traz
muita recompensa, muita gratidão. Os pontos negativos, o desconhecimento das pessoas da
importância do cuidado do enfermeiro estomaterapeuta, e a adesão do paciente ao tratamento
também se tornam um desafio. Houve um caso de uma paciente, ela é vizinha do meu colega de
trabalho (na clínica) e ela teve uma lesão, uma ferida. Meu colega indicou a clínica e disse pra ela
ir lá e marcar uma consulta comigo. Ela não quis ir, foi ao hospital, e lá quem atendeu ela foi um
vascular, que também é muito amigo meu. Ele indicou a clínica e ela foi lá fazer a consulta. Então,
as pessoas têm esse ‘preconceito’, digamos assim, acreditam que o enfermeiro não vai poder
ajudar, e no caso dela, eu era a única opção. Acredito que esse seja o maior ponto negativo da
área. Não só da estomaterapia, mas da enfermagem em geral.”
Qual é o maior desafio na sua opinião sobre essa área? “Quebrar os paradigmas que todos
tratam feridas (conceito social inclusive), mostrar que o enfermeiro é o especialista nessa área. A
pessoa com lesão ou ferida deve se conscientizar que precisa fazer a sua parte para o bom
processo de cicatrização.”
Se sente satisfeito com a remuneração da profissão? “Não, não vou mentir. Somos pouco
reconhecidos pelas funções atribuídas ao enfermeiro. Nossa profissão tem uma importância
gigantesca na área da saúde e geralmente não somos reconhecidos por tais atos, tanto
financeiramente como no próprio ambiente de trabalho e na própria sociedade. O enfermeiro é
visto como um ‘subnível’ do médico, é o profissional abaixo dos médicos. Então não, não me
sinto satisfeita com a remuneração e nem com o reconhecimento que temos como
profissionais.”
Daria uma dica ou um conselho para nós sobre a profissão? “Se apropriem da profissão de
vocês! Saibam quais são suas competências, estudem elas, entrem no site do cofen, vejam as
resoluções novas, tenham consciência dos direitos e deveres de vocês. A enfermagem é uma
profissão nobre e que deve ser respeitada, então lutem por isso! Como profissionais, vocês verão
muitas injustiças com os enfermeiros, e cabe a vocês mudarem isso. Se impor não é algo fácil,
mas é necessário. Então lutem pelo respeito de vocês e dos colegas.”
b) Apontar as principais características da área de atuação do enfermeiro entrevistado
A Estomaterapia é especialidade exclusiva do enfermeiro, as áreas de atuação são o
cuidado de paciente com estomias, feridas e incontinência urinaria e anal. Existem vários
tipos de estomia como a traqueostomia, uma estomia respiratória feita quando é
necessária uma abertura na traqueia, outro exemplo seriam as gastrostomias, que são
realizadas para introdução da alimentação e precisa de cuidados específicos. Há estomias
intestinais e as estomias urológicas. Independente de qual estoma seja, precisam de
cuidados especiais e muito específicos, é necessário que haja um acompanhamento
enquanto o paciente estiver ostomizado e orientações para o autocuidado, isso é
privativo do enfermeiro estomaterapeuta. Ele também é capacitado para cuidar de
diversos tipos de feridas, tanto feridas agudas ou crônicas. O estomaterapeuta é quem
cuida das feridas cirúrgicas, traumáticas, queimaduras, úlceras, úlceras neuropáticas,
lesão por pressão, lesão por fricção, dermatites associadas à incontinência, dentre outras
situações que podem produzir lesões na pele de outras naturezas e que precisam de
atenção específica e especializada.
c) Analisar a área de atuação do Enfermeiro segundo a legislação do COFEN. Buscar se há
legislação específica da área.
I – Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações
ao que está estabelecido nos artigos:
Histórico Familiar: doenças cardíacas paternais, um dos filhos veio a falecer de ataque do
miocárdio.
Histórico Pessoal: Passou por dois procedimentos cirúrgicos para retirada de duas hérnias
inguinal direita e esquerda. Uso de medicamentos: Enalapril, Hidroclorotiazida.
Nega alergias. Não tabagista. Reside com a esposa, saneamento básico e água filtrada.
Segundo ele ingere 3 litros de água por dia. Evacua uma vez ao dia na parte da manhã.
Dorme em torno de 9/10 horas por dia.
Faz 4 refeições ao dia com pausa de 4h entre uma refeição e outra.
Exame físico: consciente e orientado, pele corada rosada e macia, bem hidratada, sem
lesões na pele, sem cicatrizes, couro cabeludo íntegro com ausência de seborreia e
alopecia, boa distribuição de pelos, pupilas isocóricas, audição prejudicada do lado
direito, conduto auditivo limpo, nariz sem anormalidades, não apresenta desvio de septo,
vias nasais sem obstruções, boa higiene bucal, arcada dentária incompleta, faz uso de
prótese dentária, pescoço sem gânglios linfáticos palpáveis.
Tórax com ausência de lesões e abaulamentos, simétrico e com expansibilidade. AP: MV +
s/RA. Padrão respiratório eupneico. Abdome globoso, RHA+, som timpânico nos quatro
quadrantes, sem dor a palpação, sem lesões.
Aparelho genitália masculino com boa higiene e distribuição de pelos.
MMSS e MMII sem edemas, não apresenta paralisia ou paresia, movimento de marcha
normal e mantém a estabilidade do corpo, perfusão regular, com alteração de calor, dor e
rubor no membro inferior direito, sem coágulos de sangue presente.
Não sedentário realiza caminhadas todos os dias, tem boa disposição e bom humor.
Teoria de Jean Watson (1979): Teoria do cuidado transpessoal, Relação entre saúde,
doença e comportamento humano.
-Dor crônica, relacionada a agente lesivo conforme evidenciado por dor intensa no
membro inferior esquerdo.
• Usar estratégias terapêuticas de comunicação para reconhecer a experiência de dor e transmitir
a aceitação da resposta do paciente a ela.
• Oferecer à pessoa alívio ideal da dor, com uso de analgésicos prescritos se for necessário.
• Instituir e modificar medidas de controle da dor por meio de uma avaliação constante da
experiência de dor.
• Monitorar a satisfação do paciente com o controle da dor, a intervalos específicos.
• A identificação correta do paciente com pelo menos dois dados explícitos em sua
identificação como, nome completo e data de nascimento;
• Utilização dos 8 certos sendo eles: Medicamento, paciente, dose, via de administração,
horário, tempo de infusão, validade dos medicamentos e abordagem certos.
• Padronização institucional de abreviaturas;
• Conciliação medicamentosa na admissão do paciente e sempre que necessário;
• Conhecimento sobre histórico de alergia e sinalização dessa informação em todas as
etapas do cuidado;
• Legibilidade da prescrição médica ou prescrição digitada e uso de um sistema eletrônico
com padronizações e barreiras de segurança;
• Validação da prescrição pelo profissional farmacêutico;
• Sistema de distribuição por dose unitária;
• Encorajamento do paciente e familiar para participarem desse processo, indagando a
equipe sobre informações a respeito do medicamento que será administrado.
• Estar com a prescrição sempre em mãos no ato da preparação.
• Evitar que pacientes com mesmo nome ou nomes parecidos ocupem a mesma
enfermaria.