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Sumário

Introdução/Prefácio.......................................................... 4
Minha História.................................................................. 6
Qual é o problema no tratamento de classe II................. 9
Conhecendo o problema na sua raiz!.............................. 14
A virada de chave na sua carreira Ortodôntica................ 19
Protocolo para a instalação do arco em AUTOLIGADOS
(avanço bilateral)..............................................................29
Protocolo para instalação do arco em CONVENCIONAIS
(avanço bilateral)..............................................................31
Twin-Force: qual tamanho comprar?............................... 34
Instalando o Twin-Force................................................... 36
Twin-force: quando remover?.......................................... 38
Seu próximo passo.......................................................... 42

Existe garantia dos resultados?....................................... 45


Produção
Produzido por
Me. Esp. Ortodontia e Implantodontia Thiago Slaviero

Co-produtor
Thiago Antunes Ribeiro da Paz
Rafael Dalzotto Araujo

Revisão por
Rafael Alberto Heidrich Lanzarin
Publicitária Amanda Letícia Baldissera

Produção Gráfica por


Designer Gráfico Alvaro José Strassburg Augusto
Publicitária Mayara Neves

Diagramação por
Designer Gráfico Alvaro José Strassburg Augusto

Arte da capa por


Designer Gráfico Alvaro José Strassburg Augusto
Thiago
Slaviero

O Dr. Thiago Slaviero é mestre e especialis-


ta em ortodontia e implantodontia. Leciona
há mais de 7 anos em universidades e cur-
sos de especialização.

Também é idealizador, criador e professor


do ORTORESOLUTIVA, seu projeto pessoal
e um dos melhores Cursos avançados para
ortodontistas do Brasil.

Seu propósito é ajudar você a ter resultados


invejáveis e ser um profissional capaz de
tratar os casos mais complexos ao mesmo
tempo em que é muito bem remunerado.
introdução/
prefácio
Geralmente, os ortodontistas têm dificuldades em men-
surar o tempo de tratamento para pacientes com má oclusão de
Classe II. Ficam à mercê desses indivíduos, que muitas vezes
nem seguem os protocolos repassados — principalmente se o
recurso utilizado for o elástico intermaxilar.
Porém, não devemos considerar apenas esse fator; tal
pensamento exime a responsabilidade do ortodontista, que
precisa tratar seus casos até o fim, independente da idade do
paciente ou de sua cooperação. A pergunta é: como ter previsibi-
lidade, agilidade e eficiência nos tratamentos?
Existe um método que, eu garanto, resolverá 3X MAIS
RÁPIDO o tratamento dos pacientes que você recebe em seu
consultório. O objetivo deste livro é entregar um passo a passo
completo da instalação de PROPULSORES MANDIBULARES,
os quais te trarão os benefícios citados acima. Além disso, con-
tarei tudo sobre o Santo Graal das técnicas de avanço mandibu-
lar.
Mas, antes de tudo, preste atenção... Todo esse conhe-
cimento, que confiarei diretamente a você, exige um detalhe: a
PRÁTICA. Sem ela, REVOLUCIONAR a maneira de tratar seus
pacientes se torna bem mais difícil.
Agora que chegou até aqui, te concedo o Santo Graal dos
tratamentos de má oclusão em Classe II! Preparado(a) para ter o
controle total dos seus casos clínicos em mãos, ortodontista?

6
MINHA
HISTÓRIA
Como a maioria dos ortodontistas,
comecei a instalar aparelhos e
tratar meus pacientes durante
a especialização (como ainda
acontece). Na época, acre-
ditava fielmente na solução
miraculosa do uso dos elásti-
cos intermaxilares. Claro, era
muito mais fácil jogar toda a
responsabilidade para o apare-
lho...
Lembro muito bem de quando um
professor me disse o seguinte:

“Para tratar a Classe II é muito simples: basta fazer expansão,


rotação de molares e usar os elásticos corretos para Classe II.”
Confesso, fiquei bem feliz. Pensei que estava no céu,
estudando uma especialidade tão moleza e que me daria tanto
dinheiro! Mas adivinha? Assim como muitos ortodontistas, eu caí
do cavalo — e não foi nada bonito.
Dois anos depois, já estava
tratando meus próprios pacientes.
Foi nesse momento que realmen-
te me dei conta da verdade: os
elásticos não funcionavam para
a grande parte dos meus trata-
mentos. E o pior… os prazos de
tempo e pagamento estavam no
fim, mas eu não havia corrigido
nada!
Foi aí que cometi outro erro
clássico: culpar meus pacientes por
não usarem os elásticos, por não

8
seguirem minhas instruções. Me confortava pensando que fiz o
melhor possível, que agi corretamente e que só não deu certo
pela falta de colaboração dos outros.
Hoje, não me orgulho nem um pouco disso, mas fui sur-
fando nessa onda, até ver colegas mais experientes realmente
tratando seus casos do início ao fim... E o mais impressionante
era que eles tratavam na origem do problema: a mandíbula. En-
tão, nesse momento, parei e pensei:

“Eu preciso ser melhor, sei que posso oferecer


algo melhor para meus pacientes. Não quero
mais ser igual a todo mundo!”
Tenho certeza que, assim como a sua história foi (ou é)
cheia de aprendizado, a minha também passou a ser quando
resolvi dar um “basta” nas falsas promessas que me eram feitas.
Desse dia em diante, resolvi aprender a fundo tudo que podia
sobre os propulsores mandibulares.
Na minha opinião, estamos falando do melhor método
para resolver uma Classe II, seja em crianças ou adultos (quan-
do possível). Além de solucionar o problema na mandíbula —
que é onde ele se encontra na maioria das vezes — passei a
resolvê-lo muito mais rápido do que antes.
Mais que isso, passei a tratar meu paciente do começo
ao fim! Pude finalmente oferecer um tratamento honesto, res-
ponsável, com previsibilidade e resultado, sem depender da sua
colaboração. Claro, também ganhei nome, reconhecimento…
Comecei a ser valorizado pelo meu trabalho, e isso refletiu tanto
profissionalmente quanto financeiramente.
Já que está lendo este livro e esta história, tenho certeza
que você também almeja isso. Então, continue! Eu te mostro o
caminho para chegar lá e, com o nosso trabalho em conjunto,
garanto que vai dar certo.

9
QUAL É O PROBLEMA
NO TRATAMENTO DA
CLASSE II?
POR QUE, APESAR DE COMUM, ERRAMOS
TANTO NESSE TRATAMENTO?
A má oclusão de Classe II representa um dos problemas mais
comuns na prática ortodôntica, apresentando uma Incidência de

42% na população brasileira.

É nítido que, se extrapolarmos para a situação clínica, a maioria


dos pacientes que iremos tratar serão aqueles de Classe II.

Como característica mais básica dessa má oclusão,


temos a presença de uma retrusão mandibular. Vemos também
muitos relatos de que a discrepância esquelética de Classe
II não se autocorrige com o crescimento; assim, o tratamento
ortodôntico visando corrigir a discrepância esquelética entre as
bases ósseas torna-se necessário.

A questão é que os ortodontistas de modo geral ainda


acreditam fielmente na utilização dos elásticos de classe II para
estes tratamentos, mas é uma realidade cada vez mais visível
de que esses elásticos não funcionam como deveriam. Sendo
assim torna-se inadmissível. Assim, torna-se inadmissível que
não se saibam utilizar manobras específicas para este tratamen-
to além do uso dos elásticos intermaxilares.

11
{ LEMBRE-SE QUE A MAIOR ORIGEM
DA CLASSE II É MANDIBULAR!
{
Existem alguns questionamentos sobre a causa da classe
II ser por protrusão maxilar, normalmente a protrusão maxilar
aumenta a altura facial, por que a implantação obliqua do nariz
associada por uma rotação anti-horária do Plano Palatino (que é
o responsável por criar a protrusão maxilar) aumenta a altura fa-
cial e impede o selamento labial passivo. Porém, como podemos
ver na relação abaixo, apenas 5% das classes II são originarias
por protrusão maxilar, sendo a grande parte oriunda da retração
mandibular:

- 5% protrusão maxilar
- 40% protrusão e retrusão Md
- mais de 50% retrusão mandibular

12
70%
DEFICIÊNCIA
MANDIBULAR

13
Como falei anteriormente, a má oclusão de Classe II
incide em cerca de 42% da população brasileira. Na maioria das
vezes, a falta de cooperação do paciente no uso dos elásticos
prolonga muito mais o tratamento.
Com os propulsores, você para de depender do paciente
e consegue resolver com efetividade e agilidade uma situação
que atinge quase metade dos brasileiros. Posso usar o meu
próprio consultório como exemplo: a verdade é que 70% dos
pacientes que atendo precisam tratar a Classe II.
Já resolvi casos que levariam 1 ano em apenas 4 meses!
Cerca de 3x mais rápido do que o normal, apenas trocando os
elásticos pelos propulsores.
É muito provável que você também tenha resultados as-
sim… desde que aprenda a usar esse aparelho corretamente e
saibas as técnicas adequadas.

Incidência no Brasil

42%
Nos meus pacientes

70%
14
CONHECENDO O
PROBLEMA NA
SUA RAÍZ
TRATAMENTO DA CLASSE II:
PROTOCOLO CLÁSSICO
Primeiro de tudo, deve-se pensar na idade do paciente:

- Crianças: ortopedia.

- Adultos: ortodontia ou cirurgia.

Se há uma classe II de até 3mm, sempre pensaremos em


tratar sem extração, pois em 80% dos casos há rotação de molar
superior sobre o eixo da raiz palatina, o que reduz o espaço no
arco e faz com que haja essa classe II de 3mm.
Quando corrigimos essa rotação, corrigimos também a
Classe II entre 1,5mm a 2mm. O restante do tratamento pode ser
sugerido com a utilização de elásticos ou realização de desgas-
tes.

- Se há uma classe II maior do que 3mm e menor que 7mm, não


podemos descartar a possibilidade de extrações com perda de
ancoragem e término em classe II completa.

- Se há uma classe II de 7mm, normalmente o tratamento é re-


alizado com extração de primeiros pré molares superiores, com
ancoragem máxima superior e retração da bateria anterior (200 a
250g de cada lado).

- Se há uma classe II maior do que 7mm, há uma grande proba-


bilidade do caso ser cirúrgico.

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TRATAMENTO: COMO ERA
As más-oclusões de Classe II, não são todas semelhantes,
suas etiologias não são necessariamente iguais, seus prognós-
ticos não são idênticos e tampouco necessitam do mesmo pro-
tocolo de tratamento. Portanto como nos deparamos com diver-
sas opões para tratá-las. Portanto, nos deparamos com diversas
opões para tratá-las. Até a década de 70, empregavam a mesma
terapia (AEB e/ou extração) na correção da má oclusão Classe II.
Isso acontecia independente do diagnóstico estrutural e do perfil
tegumentar, que não era devidamente valorizado naquela época.

TRATAMENTO: COMO É
Considerando a estética facial como primordial na tomada
de decisões a respeito do tratamento da classe II, passarei um
breve resumo sobre as condutas mais utilizadas com base na
literatura atual. Primeiramente para isso, precisamos levar em
consideração a magnitude dessa classe II e também a idade do
paciente.

17
UM BREVE RESUMO

EXPLICANDO A TABELA ANTERIOR


Levando em consideração a severidade do problema e
a idade, podemos ter algumas alternativas para tratar nossos
pacientes:

CRIANÇAS:
1- Para tratar crianças com classes II de 1/4 va-
mos aguardar, pois sabe-se que o leeway
space disponível na troca dos molares
decíduos pelos pré-molares perma-
nentes podem resolver a oclusão
sem que haja qualquer tipo de
esforço por parte do ortodontis-
ta.

2- Já em crianças com 1/2


classe II ou mais, o ideal é partir
para um aparelho ortopédico fun-
cional de avanço mandibular como
por exemplo um BIONATOR ou SN
(simões network) da Wilma Simões.

18
JOVENS E ADULTOS:
1- Quando migramos para pacientes jovens ou adultos, passa-
mos a ter três opções de tratamento dependendo da complexi-
dade. Em classes II de 1/4 pode-se confiar fielmente nos elásti-
cos de classe II (desde que o paciente utilize).

2- Já quando falamos de 1/2 Classe II ou 3/4 de classe II, nos


jovens e adultos, dependendo das condições periodontais e
inclinações dentárias que veremos mais a frente neste e-book,
podemos utilizar um propulsor mandibular (aparelho funcional
fixo), ou em casos mais limítrofes, a exodontia (na minha opi-
nião, optaria por distalização, pois assim, mesmo que se distali-
ze mas mantendo os pré-molares, mantém-se também o suporte
ósseo maxilar, o que da base para os tecidos e músculos, dimi-
nuindo portanto as linhas de expressão facial conforme o pacien-
te vai envelhecendo)

3- Por fim, em uma classe II


completa, se o paciente for
jovem, dependendo novamente
das condições que veremos
a frente, pode-se optar pelo
propulsor mandibular. Porém
em 99,9% dos casos de adul-
tos com essa complexidade de
maloclusão a saída está na exo-
dontia ou na cirurgia ortognática.

19
A VIRADA DE CHAVE
NA SUA CARREIRA
ORTODÔNTICA
Hoje, nosso foco de tratamento está na estética facial e na
busca pela resolutividade na origem do problema (a mandíbula).
A maneira mais prática, ágil e possível de fazer o avanço mandi-
bular com segurança é com o uso dos propulsores mandibulares.
Aí, surgem cinco perguntas, e a solução delas será a chave para
você dominar o uso desses aparelhos!

Veremos a resposta para cada uma dessas perguntas


agora, no decorrer deste e-book.

1- PROPULSORES: O QUE SÃO?


Tendo em vista os problemas de colaboração com o uso dos
aparelhos removível, a utilização de aparelhos ortopédicos fixos
foi amplamente estudada na ortodontia mundial.

Os propulsores mandibulares são os aparelhos funcionais fixos


que promovem o avanço mandibular uni ou bilateral para corre-
ção de mas oclusões de Classe II dentária ou esquelética, carac-
terizada pela retrusão mandibular.

- CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PROPULSORES

A principal indicação de qualquer tipo de aparelho que seja um


propulsor mandibular é para o tratamento da classe II esque-
lética ou dentária, provocadas por retrusão mandibular, com o
objetivo de avançar a mandíbula.

21
- O propulsor pode ser classifi-
cado tanto como um aparelho
ortodôntico como ortopédico
(20% crescimento ósseo e 80%
movimentação dento-alveolar).

- O principal efeito colateral


do propulsor é a mesialização
dento-alveolar inferior em bloco e
principalmente a vestibularização
dos incisivos inferiores (avaliar
IMPA, cortical óssea dos incisi-
vos inferiores e estruturas perio-
dontais).
Este propulsor também gera leve
intrusão e distalização do molar
superior.

- Toda vez que nós finalizamos


um tratamento com propulsor
mandibular, o tratamento é termi-
nado em Oclusão Centrica (RC
= MIH), por isso não há risco de
recidiva.

22
2- PROPULSORES: POR QUE POUCOS USAM?
Sabendo que os propulsores mandibulares são a chave
para a correção da Classe II por avanço mandibular, você já
deve ter se deparado com algumas situações:

a) Você sempre quis usar um propulsor mandibular mas nunca


conseguiu porque não lembra mais das regras de preparo dos
arcos, tem medo dos efeitos colaterais e não tem segurança
para aplicar o dispositivo, sabendo que a sua força é grande e
pode lhe gerar grandes problemas. Pois é, fique tranquilo, até
o final deste livro eu garanto pra você que conseguira, com o
meu passo a passo, instalar sem medo o seu primeiro propulsor
mandibular.

b) Você aprendeu propulsores mais clássicos, como o APM,


um propulsor mais arcaico, rígido que quebra muito e o pior,
machuca demais o paciente. Eu tenho certeza de que quando
você tentou utilizar um propulsor desses você pensou: ̈eu nunca
mais quero usar essa porcaria ̈ de tanto incomodo que teve não
é mesmo? Então seus problemas acabaram! Com o Twin force
que vou te ensinar e alguns cuidados tudo se resolve facilmente.

SERÁ QUE O
APM
MACHUCA?

c) A última situação é aquela eu que você não consegue expor o


uso dos propulsores ao seu paciente, não consegue convencê-
-lo de usar e tem muita dificuldade em vender esse dispositivo.
Acredite, depois do primeiro caso feito, você vai se animar tanto
que isso vai se tornar muito fácil!

23
3- COMO PROPULSORES ATUAM?
3.1 - NA FASE DE CRESCIMENTO.

Quando ativamos o aparelho, este tende a manter os den-


tes inferiores na posição, e a protrusão mandibular vai estimular
a musculatura a puxar essa mandíbula para trás. Ao puxar a
mandíbula para trás, vai ocorrer o estímulo para a neoformação
óssea na região posterior da cabeça da mandíbula e no ramo
mandibular.
Sendo assim, na medida em que mantemos a mandíbula
em avanço, à parte posterior do côndilo e o ramo da mandíbula
vão crescendo, até que ao removermos o aparelho e manipular-
mos o paciente de MIH para RC, não haja alteração. A principal
atuação do propulsor em fase de crescimento não é pela movi-
mentação dos dentes para anterior, apesar de gerar a vestibula-
rização destes dentes como efeito colateral, e sim pela estimu-
lação de crescimento mandibular posterior na cabeça e no ramo
da mandíbula.

20% Esquelético

24
3.2 - EM ADULTOS.

Compensação dento-alveolar (movimento dento-alveolar


em bloco). Estimula os dentes maxilares posteriores para distali-
zação em bloco e os anteriores para verticalização, e ao mesmo
tempo estimula os incisivos inferiores para vestibularização e os
dentes posteriores inferiores para mesialização em bloco.

IMPORTANTE:
A instalação do Twin- Force para estímulo
de crescimento mandibular deve limitar-se até
os 16 anos de idade no máximo! Quando passa
dessa idade é necessário avaliar requisitos como
principalmente o ângulo IMPA, cortical óssea e
biotipo facial (detalhes mais complexos que fa-
zem parte de uma aula longa de propulsores).

100% Dentário

25
4 - O SANTO GRAAL DOS PROPULSORES MANDIBULARES:

Atualmente, o propulsor de melhor


facilidade de instalação, melhores
resultados e maior conforto ao
paciente chama-se Twin-Force Bite
Corrector, e é este mesmo que vou
ensinar você a usar agora,

passo a passo.
Twin- Force Bite Corrector
Características Específicas

•Combinação de alterações esqueléticas e


dentoalveolares

•Restrição do deslocamento anterior da maxila


•Estímulo do crescimento mandibular
•Verticalização dos incisivos superiores
•Vestibularização dos incisivos inferiores

•Movimento para distal dos dentes superiores


(atenção para possível
intrusão de molares superiores)

•Movimento para mesial dos dentes inferiores


26
Componentes do TWIN-FORCE
- 2 cilindros de 15mm (molas de NiTi)

- Êmbolo na extremidade do cilindro

- Pistão

- Encaixes articulados com parafusos

- Chave de fixação

O aparelho possui 2 cilindros de 15 mm dispostos parale-


lamente e que possuem molas de níquel titânio em seu interior.
Nas extremidades de cada cilindro existe um êmbolo que mantém
a unidade ativa do aparelho (mola de níquel titânio) em seu inte-
rior. Nas extremidades livres dos êmbolos, os cilindros possuem
encaixes articulados que são utilizados para fixar o aparelho nos
arcos retangulares na mesial dos molares superiores e na distal
dos caninos inferiores utilizando parafusos e chave de fixação. O
melhor de tudo é que os propulsores Twin-Force são bilaterais, ou
seja, não existe direito e esquerdo e são fixados diretamente no
fio ortodôntico.

5 - COMO INSTALAR E TRATAR COM PROPULSORES


Agora que você ja viu alguns dos detalhes importantes
para lhe embasar com relação a indicação e caractarísticas dos
propulsores mandibulares, mesmo sabendo que os detalhes são
muitos, os casos são variados e tem diversas peculiaridades,
como prometido vou lhe passar um passo a passo para que você
possa seguir no seu consultorio, com um caso clássico, a insta-
lação de um Twin-Force Bite Corrector.
Primeiro eu preciso deixar você bem ciente do caso in-
dicado para o qual você vai utilizar essas manobras e instalar
o seu primeiro propulsor. Vou listar as características e peço a

27
gentileza de que siga essas instruções para que você possa ter
sucesso e bons resultados:

1- Paciente adolescente, de preferência entre os 12 e 14 anos


de idade que tenham todos os permanentes irrompidos, pelo
menos até os primeiros molares.

2- Paciente com maloclusão de no máximo 1/2 classe II (cuidado


com os pacientes de classe II completa, um propulsor pode ser
útil, mas precisa ser muito bem indicado e várias outros fatores,
relatados em aula, precisam ser observados com cautela).

3- Paciente com boa saúde periodontal e de preferência com


uma quantidade razoável de gengiva inserida e espessura gengi-
val razoável na vestibular dos incisivos inferiores.

4- Paciente que apresente incisivo inferior verticalizado ou re-


troinclinado, com IMPA de preferência menor do que 95 graus.

Pré-requisitos para a Instalação


•Aparelho com arcada superior e inferior colados de pre-
ferência até segundos molares. Lembre-se, para instalação do
Twin force não é necessário bandar molares superiores e muito
menos a utilização de tubos triplos como nos outros propulsores.

OBS: caso você não tenha os segundos molares, dependendo da


situação torna-se interessante bandar e instalar uma barra transpalatina nos
primeiros molares superiores para reduzir o efeito intrusivo.

•Alinhamento e nivelamento até o fio 0,19 x 0,25 aço, arco


superior e inferior. Preste muita atenção nesse detalhe! Como
o Twin-Force será preso e fixado diretamente no arco, é muito
importante que você esteja neste fio e na idade adequada de
crescimento, portanto, acelere o alinhamento e nivelamento do

28
paciente! Não esqueça que propulsores só possuem efeito de
crescimento até os 16 anos de idade

• Preste muita atenção nos efeitos colaterais mês a mês ok?

Efeitos dos Propulsores

Distalização: 1,5mm
Intrusão: 1mm

Molares Superiores

Efeitos dos Propulsores

Mesialização: 1,5mm
Extrusão: 1mm

Molares Inferiores

Efeitos dos Propulsores

Protrusão: 2mm
Inclinação: 4graus
Intrusão: 1mm

Incisivos Inferiores
29
Protocolo para
Instalação do arco
em AUTOLIGADOS
(avanço bilateral)
Faça um amarrilho conjugado com fio em
rolo 0,25mm, por baixo do fio, de pré-molar a

1
pré-molar inferior para redução do efeito cola-
teral de vestibularização. DICA: No autorizado
busque fazer essa amarração com as peças
abertas, assim você não terá dificuldade em
fechá-las depois.

Alastic corrente (médio) no arco inferior


de molar a molar para redução dos efeito cola-
teral de vestibularização. Depois de passar o

2
elástico corrente, coloque o fio 0,19x0,25 aço e
feche as haletas. Importante: de canino a canino
inferior eu sempre amarro, individualmente, com
um fio de amarrilho 0,25 de aço após o fecha-
mento da haleta, pois a força do propulsor será
grande e esta peça pode abrir, o que atrapalha-
ria toda a mecânica.

Dobra justa distal no arco inferior, se tiver


segundos molares, posicione a dobra na distal

3
do segundo molar, isso proporcionará travamen-
to para o arco e permitirá que o segundo molar
inferior mesialize junto. OBS: se você não fizer
a dobra, formará um diastema entre o primeiro e
o segundo molar, depois para fechar você pode
recidivar todo o avanço conseguido.

1 2 3

31
Protocolo para
Instalação do arco
em convencionais
(avanço bilateral)
Faça um amarrilho conjugado com fio em
rolo 0,25mm, por baixo do fio, de pré-molar a

1
pré-molar inferior para redução do efeito cola-
teral de vestibularização. DICA: No autorizado
busque fazer essa amarração com as peças
abertas, assim você não terá dificuldade em
fechá-las depois.

Insira o arco e amarre com ligadura me-


tálica de pré a pré inferior, individualmente, por
cima do fio. Esta amarração irá garantir estabi-
lidade e resistência do fio à ação do propulsor.
No caso ilustrado, observe a presença de um

2
loop na distal do canino. Coloquei esse detalhe
por dois motivos: primeiro para que você saiba
que esse pesso a passo pode ser utilizado para
outros propulsores e segundo para que você
não erre no posicionamento do loop, ele deve
ser voltado para oclusal e não para cervical. No
caso do Twin-Force, a confecção desta mano-
bra não é necessária.

33
Alastic corrente (médio) no arco inferior

3
de primeiro molar a primeiro molar por cima do
fio, sim você deve passar o alastic por cima das
peças que foram amarradas individualmente
com amarrilhos de aço.

Dobra justa distal no arco inferior, se tiver se-


gundos molares, posicione a dobra na distal do
segundo molar, isso proporcionará travamento
para o arco e permitirá que o segundo molar
inferior mesialize junto.
*OBS: se você não fizer a dobra, formará um diastema
entre o primeiro e o segundo molar, depois para fechar
você pode recidivar todo o avanço conseguido.
4

34
Twin-force:
qual tamanho
comprar?
Existem apenas dois tamanhos de Twin-Force disponíveis
no mercado. Para escolher qual se encaixa melhor no seu caso,
de uma forma simples, basta medir em máxima intercuspidação
a distância entre a entrada do tubo do primeiro molar superior
e a distal da peça do canino inferior. É importante destacar que
existem detalhes específicos que podem fazer com que escolha-
mos uma variação de tamanho diferenciada, como sempre cada
caso é um caso. Mas de uma forma geral, a dica está ai:

Medida menor Medida maior ou


que 27mm igual a 27mm

tamanho pequeno tamanho padrão

36
instalando
o Twin-force
4 passos simples
1 Escolha o tamanho ideal do propulsor para o seu caso
(entre small ou standard).

2
Fixe inicialmente no arco superior, na mesial dos
primeiros molares. Lembre-se de apertar bem o pa-
rafuso para que o dispositivo não solte!

3
Pedir para o paciente projetar a mandíbula para
frente, assim você terá mais facilidade para posicio-
nar o dispositivo no arco inferior, fixando a extremi-
dade no fio, na distal da peça do canino.

4
Após instalado deve ficar uma relação de topo a
topo (nem sempre isso acontece, depende de cada
caso especificamente.

{IMPORTANTE{
Posicionar o parafuso de fixação voltado para oclusal, para
facilitar a inserção e remoção da chave de fixação.

É importante também deixar claro que todo o protocolo elucidado neste livro
se refere a instalação e avanço bilateral, ou seja, apara correção da maloclusão de
Classe II bilateral. Fica portanto aqui também uma dica: caso você queira corrigir
uma classe II unilateral, alguns detalhes devem ser observados, mas o principal é
que qualquer propulsor híbrido (com molas) como este, deve ser utilizado bilateral-
mente, mesmo que a correção seja de um lado só.
38
Twin-force:
quando remover?
Para parar de utilizar o propulsor, quando houver a corre-
ção da maloclusão, remova o dispositivo e manipule a mandíbula
em posição de relação cêntrica (RC), não deve haver nenhuma
recidiva. Caso haja necessidade, busque uma relação molar so-
brecorrigida (1 a 2 mm da relação de Classe I).

- Deve ser feita uma contenção ativa com elásticos de clas-


se II integral por um período médio de 3 meses, esse é um dos
detalhes mais importantes para se ter sucesso com o uso de qual-
quer propulsor mandibular!

- Pode-se observar uma mordida cruzada anterior na remo-


ção do TFBC. Essa situação tende-se a normalizar durante a fase

- -
de contenção ativa com o uso dos elásticos de Classe II

Elástico de Classe II
A dica que não pode faltar, sempre depois de remover o
propulsor não esqueça da contenção ativa com elástico de Clas-
se II, de preferência um 5/16 médio por um período médio de 3
meses, podendo variar de paciente para paciente. Esse detalhe é
muito importante! Se você esquecer o elástico, haverá recidiva e
o tratamento com certeza não será satisfatório.

40
O
CONHECIMENTO
É SAGRADO,
A PRÁTICA...
tRANSFORMADORA!
Espero que este livro digital possa te ajudar a vencer seus
medos e dificuldades envolvendo o uso de propulsores mandibu-
lares! Sei que, assim como eu, você pode ter saído da especial-
ização imaginando que os elásticos fariam todo o trabalho e que
não havia necessidade de aprender algo a mais.
Mas esquecemos que, na ortodontia, nunca é exagero
aprender mais ou buscar modos de refinar seus casos, de trazer
conforto e satisfação para o paciente. Afinal, é para eles que atu-
amos… O resultado que entregamos a cada um diz muito sobre
nós mesmos e a qualidade do nosso serviço.
Nunca é tarde para aprender uma técnica nova, especial-
mente quando ela te trará previsibilidade e confiança nos trata-
mentos. Quero que, além de tudo, você termine a leitura motiva-
do(a) a fazer mudanças na sua vida.
Lembre-se de como eu transformei meu método de tra-
balho e todos os resultados positivos que conquistei a partir dis-
so. O que antes era frustrante e até complexo, agora é simples…
E o mesmo pode acontecer com você!
Então, confie no seu potencial. Não desista e não deixe
de praticar, mas, acima de tudo, nunca se acomode: continue
sempre aprendendo e agregando valor ao seu trabalho para ir
cada vez mais longe como ortodontista.

42
SEU PRÓXIMO PASSO
Com os conhecimentos que eu te entreguei você já deve ter per-
cebido o quanto pode estar perdendo TEMPO e DINHEIRO por
não utilizar os propulsores mandibulares, em especial o
Twin-Force Bite Corrector.
Porém, a verdade é que existem outros tipos de propulsores
mandibulares adequados para cada caso em específico.

Se você quer conhecer de forma detalhada cada tipo de propul-


sor para atender até os casos mais complexos de Classe II sem
sentir medo ou insegurança, é hora do seu
PRÓXIMO PASSO!
No meu curso de propulsores mandibulares você terá acesso a
vídeo-aulas com exemplos reais de casos clínicos, onde eu mos-
tro na prática o que dá certo e o que não dá certo no tratamento
da Classe II com propulsores.

Você vai ter em suas mãos todo o conhecimento necessário


para dominar essa prática e alcançar os 4 pilares do sucesso na
ortodontia:

{ {
Flexibilidade
Agilidade
Previsibilidade
Segurança
Estes são os 4 pontos essenciais para você exercer uma orto-
dontia de excelência, tornar-se referência e, consequentemente,
alavancar os seus lucros.
43
COMO FUNCIONA O CURSO?

O meu objetivo é transformar ortodontistas comuns em


profissionais de alta performance. Por isso, chegou a
hora de pôr fim à sua insegurança!
Neste Curso, você aprenderá a tratar a Classe II por avan-
ço mandibular com confiança, agilidade e habilidade
— seja em pacientes jovens ou mais velhos. Você pode
conferir mais detalhes de como ele funciona abaixo.

Perguntas frequentes e suas respostas:


Como poderei acessar o Curso?

Após o pagamento ser aprovado, você receberá automa-


ticamente os dados de acesso em seu e-mail cadastrado. No
cartão, isso acontece de maneira imediata, mas pode levar
até três dias úteis com boleto bancário. A minha dica é: espe-
re esse prazo e, se o e-mail realmente não chegar, entre em
contato com a minha equipe de suporte.

As aulas são todas online?

Sim, todas as aulas são gravadas e disponibilizadas através


da Hotmart: a maior plataforma online de cursos do Brasil,
muito conceituada nos meios digitais e totalmente segura.

44
Posso fazer o download das aulas?

Sim, você pode fazer o download das aulas e assistir


através de seus dispositivos móveis. Para isso, precisa instalar o
aplicativo da Hotmart Sparkle e acessar sua conta; depois, é só
baixar e assistir todo o conteúdo off-line.

Quais são as formas de pagamento?

Você poderá realizar o pagamento de formas diferentes.


Por exemplo: no cartão de crédito, parcelando em até 12 vezes,
através do Paypal ou pelo boleto bancário. Lembrando que o
pagamento por boleto precisa ser à vista.

Por quanto tempo terei acesso ao Curso?

Você terá 12 meses de acesso ilimitado às aulas e ao


material do Curso. É tempo suficiente para ver e rever quantas
vezes quiser ou achar necessário. Assim, você poderá aprender
no seu próprio tempo — mesmo com a rotina de trabalho e, pos-
sivelmente, de estudo.

Tenho outras dúvidas. E agora?

Caso ainda tenha alguma dúvida referente ao Curso de


Propulsores Mandibulares, você pode entrar em contato com a
equipe de Suporte pelo WhatsApp: +55 (45) 9 9814-6004 ou, se
quiser, é só clicar aqui [colocar hiperlink] para ser direcionado à
conversa.

45
EXISTE GARANTIA
DOS RESULTADOS?
Através dos 5 módulos e bônus exclusivos, eu trago
casos reais com todos os históricos de tratamento
para que você veja detalhadamente o comportamento
pós-instalação. Você irá aprender, de maneira guiada,
a instalação e todas as correções necessárias das
técnicas que ensino.

Comigo, é sua satisfação ou seu dinheiro de volta.


Se você sentir que o Curso não te trouxe nenhum
benefício real, pode acionar a garantia completa de 7
dias. Eu devolvo 100% do seu dinheiro.
Sem ressentimentos ou burocracia!

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mais sobre!

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