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3- profa Catarina
Ref.- Livro moyers: cap 14 ou 16
Vamos olhar tudo o que observamos e que diz respeito ao paciente no exame da clínica. São os
recursos para se chegar ao diagnóstico.
Conduta inicial:
É o espaço que a gente tomo quando recebe o paciente visando o tratamento. O paciente não
vem ao consultório se ele não achar que precisa de tratamento. Ou ele vem ao consultório
porque está vendo alguma coisa inadequada na boca ou o dentista descobre. Muitas crianças
são encaminhadas do odontopediatra. Antigamente as pessoas não vinham ao dentista tão
cedo assim. As pessoas só iam quando tinham que arrancar um dente que não conseguiam,
porque não existia informação. Então quando o paciente vem ao consultório, ou ele vem por
indicação de um dentista ou por estética. E a 1ª coisa que vamos ver quando o paciente chega
ao consultório é o exame superficial para a anamnese...
A anamnese começa desde o momento que o paciente chega no consultório. Vai anotando
tudo, as características da face, como é a deglutição, respiração etc. se chegar um paciente
com 10 anos você vai ver que na face é normal um perfil um pouco convexo, selamento labial,
boca aberta para respirar, uma bochechinha mais saliente por causa da idade... é normal
queixinho para trás. O que a gente vê num exame desse, o que é normal. Se uma criança dessa
chega com perfil reto, eu já sei que aquilo é anormal, pois naquela idade não é para ter aquilo.
Se for côncavo, pior ainda. Se ela chega sem selamento labial, tenho suspeita de respiração
bucal ou hábito de ficar com a boca aberta ou posição dentaria que impede o fechamento da
boca. Se eu já sei essas três coisas, tem 33% de chance para cada coisa. Como eu vou saber a
diferença? Com o meu exame clínico, radiográfico. Se chega uma criança de 10 anos eu sei que
ela está no 2ª período transicional da dentição mista, então é normal eu observar os caninos
trocando, pré-molares trocando... se ela fugir disso, pode ter alguma coisa anormal ou pode
ser só uma demora, mas o normal é isso. O anormal é um dente decíduo na região anterior,
um dente a mais, conoide, aí são várias suspeitas que eu vou ter: se é um supranumerário,
uma retenção prolongada, uma anquilose, de uma série de coisas que eu vou vendo no meu
paciente. A documentação de analise facial, cefalométrica/radiográfica são exames
complementares ao meu diagnóstico clínico. É tudo para eu ter certeza sobre o meu paciente.
Então nesse momento em que você vai fazer a anamnese vai fazer os exames necessários, é
para ter certeza do que você acha dentro da boca. Não é que um exame seja superior ao
outro, todos são complementares. Eu não vou pedir uma analise cefalométrica de uma criança
de 5 anos, para quê se ela não tem dente? Se ela nem tem molar em oclusão?... então par que
eu vou fazer uma coisa que eu não preciso? Então esses exames são feitos para fechar o
diagnóstico.
Diagnóstico:
Vou pular isso aqui ok? Não tem novidade quando se vai fazer exame clínico.
Tipificação do problema:
Então nós vamos tipificar o problema, em que dividimos o paciente em grupos. Eu tenho um
paciente classe II esquelética com protrusão de maxila, mais um braquifacial com (não entendi
direito que ela exemplificou...). Então a tipificação do problema é aquilo que vai fazer com que
você trabalhe de uma forma mais tranquila. Que você coloque em grupos o seu paciente para
que o tratamento dê certo. Temos que saber o que estamos fazendo para termos um
resultado. E esse resultado a gente só consegue treinando. Então o exame superficial é aquilo
que a gente vai descobrir se o paciente tem um problema ou se o problema que ele tem é
realmente um problema. Lembrar daquele exemplo dos 10 anos com o apinhamento dos
dentes, devendo explicar para a mãe que aquilo é uma condição fisiológica normal. Se isso não
se resolver sozinho aí sim temos um problema. Aí tem o profissional que vai e coloca um
aparelho. Alinha os dentes, mas quando o canino for erupcionar pode ser que ele nem consiga
sair ou reabsorva a raiz do lateral ou desvie a erupção do canino. Isso foi o profissional que
provocou por falta de informação. Então é importante saber o que é normal naquela idade. O
que é possível fazer naquela idade.
Como se faz a divisão? Segundo o livro. Tem algumas pessoas que fazem para elas mesmas.
Mas a forma mais fácil didaticamente? Através dessas três formas:
Época ideal:
Crescimento ativo
Estágio de crescimento oclusal- verificar o que está acontecendo para facilitar ou
remover obstáculos de crescimento
Tempo restante antes do estabelecimento da oclusão permanente (oclusão dos
segundos molares) - se você está longe disso e precisa fazer alguma besteirinha, você
faz. Se está perto de acontecer não é mais o precoce. Espera acontecer para fazer o
tardio
Mecanoterapia simples: arcos funcionais, aparelhos simples de tração extra-oral, etc- é
um quadrihelice, disjuntor palatino, mantenedor de espaço.
Na dentição mista qualquer condição pode ser tratada desde que não haja impedimento de
crescimento normal dos dentes. Exemplo dos laterais inferiores e centrais superiores ou
colocar um mantenedor com uma sela acrílica que ocupa a região de erupção dos PMs, o
dente fica preso. A má oclusão não deve ser tratada antes da dentição permanente, por que
(ela falou muito rápido e não consegui entender)? Porque eu não espero um pouco para
colocar só depois? Pois o tratamento é mais rápido, é um sucesso. A pessoa tem menos tempo
de cadeira.
Dente supranumerário é raro que não cause problema na oclusão, principalmente se for
anterior. Se for na região posterior ele fica lá em baixo e pode não atrapalhar em nada, mas na
região anterior tem menos osso é mais fino é tudo mais complicado ok?
Isso aqui acontece muito: fecham diastema muitas vezes com aparelho e quando tira, abre de
novo. Se for falta de dente, na hora que mastigar o dente vai para frente e abre o espaço. Às
vezes o tratamento é fechar o espaço e às vezes o tratamento é estético. Depende das
posições das raízes também.
Na dentição permanente não tem contraindicação. Todas as maloclusões podem ser tratadas,
em adultos jovens com saúde periodontal, se é só orto, ótimo. Se for orto e outra coisa
(cirurgia, prótese, estética...) é mais frequente.
Os cuidados devem ser com a DP e os dentes perdidos. Atualmente com o implante, faz até
um tratamento melhor que a orto, para fechar um espaço, mesmo com as placas, mesmo com
aquilo tudo, é melhor o implante. As vezes é um dente perdido e você vai e põe um aparelho
para fechar, é melhor uma reabilitação com implante.
Fatores limitantes: é aquilo que pode ser problema do paciente, da oclusão ou muscular. Não
depende nem do paciente e nem de você. Os problemas esqueléticos devem ser levados em
consideração. os fatores dentários também. Tudo o que o paciente tem você vai ver. Quando
você faz a anamnese e faz o diagnóstico para fechar, temos que ver se é possível fazer aquilo
ou não. Quais as características que vão facilitar ou dificultar o tratamento. Os problemas de
crescimento, discrasias, podem impedir o seu tratamento. Às vezes conseguimos fazer um de
compromisso, conversando com o paciente sobre. Mas é um fator limitante enorme a ser
considerado. Os dentários envolvem o tamanho dos dentes em relação ao perímetro do arco.
Variação do número de dentes, se tem a mais ou a menos. Estética. Desarmonia entre os arcos
(discrepância entre as larguras dos dentes superiores e inferiores, aí é necessário fazer
stripping nos dentes (slice nos decíduos) para que você diminui o tamanho do de baixo para
encaixar no de cima ou aumentar em largura os superiores). Os danos musculares são coisas
que não dependem da gente, as vezes se usa contenção permanente, mas temos que
encontrar recursos para evitar que isso afete no tratamento. E ao dentista, como já falamos:
aptidão, treinamento, atitude e adesão aos métodos inadequados. O desenvolvimento
biológico bucal, a resposta à terapia, todas são características que atrapalham no crescimento.
Relacionadas à natureza ortodôntica: relação com o paciente, relação entre os pais e o
paciente, se você não tem apoio dificilmente o paciente responde ao tratamento e o sucesso
depende da cooperação dele. Habilidades técnicas inadequadas, ausência de técnica adequada
para tratamento de compromisso, treinamento insuficiente.
Cuidados:
Doença periodontal;
Dentes perdidos
Fatores limitantes:
Variação da morfologia;
Revelação do padrão de crescimento;
Resposta à terapia ortodôntica;
Natureza do crescimento em si (local, forma, direção e tempo)
Cooperação do paciente:
Inexperiência profissional;
Satisfação com resultados pobres;
Habilidades técnicas inadequadas;
Falta de treinamento suficiente
Funcional;
Esquelética;
Você trata primeiro o problema esquelético ou minimiza. Se eu deixar uma criança dessa assim
imagina quando ficar na dentição permanente. Então o tratamento precoce é feito quando é
necessário e na outra, quando você resolveu parte do problema esquelético vai partir para
ajeitar os dentes mal posicionados. Isso é o tratamento difásico: faço o tratamento preventivo
nele e depois termino.
Qual a diferença de idade que vocês acham que tem daqui par aqui? Pelo menos uns 5 anos.
Padrão esquelético:
Analise da dentição mista e da discrepância cefalométrica que eu falei para vocês. Mas aqui a
gente vai focar só na ADM. No final da ADM a resposta vai estar num espaço abundante ou
deficiente. O que o espaço vai dizer? Se a ADM é 0 eu tenho espaço suficiente para os dentes
erupcinarem, no caso, os caninos e PM, pois eu já tenho os molares o os incisivos. Tenho que é
ter incisivo par afazer a ADM. Então o espaço suficiente é aquele que diz se vai ter espaço ou
não para a erupção dos dentes, não dá para saber a oclusão. E a linha de erupção e o
alinhamento, se não tiver outros obstáculos. Se eu tiver uma ADM deficiente não existe espaço
para que os dentes erupcionem e se alinhem, muito menos ajuste de oclusão, mas se eu tenho
uma ADM abundante, significa que eu tenho espaço na arcada. O tamanho do osso é
suficiente para que os dentes se movimentem e vão para o seu lugar, como a oclusão mandar,
eu vou ter espaço par ao ajuste molar tardio. Esse ajuste é o paciente que apresenta na
dentição mista uma oclusão de molares em topo que em um adulto já seria classe II, na analise
cefalometrica, mas na boca não trocou os 2os molares ainda e pode ser que aproveitando o
lee way space, o espaço que sobra da troca de molares decíduos e erupção de PMs, por conta
da guia de erupção dos molares, eles vão empurrando os dentes inferiores e vão mesializando
gerando o encaixe do molar superior com o inferior em classe I. então o espaço abundante é
quando existe espaço n arcada para erupção e alinhamento dos dentes e ainda o ajuste molar
tardio, que depende de outras condições. (vai cair na prova também kkk o que você usa para
fazer a dentição mista?)
O mesmo tipo de problema pode ser solucionado de formas diferentes por profissionais
diferentes. Para cada tipo de problema tem uma infinidade de tratamentos que nos vamos ver
qual o mais indicado para o nosso paciente. As vezes você faz o tratamento sem precisar de
paralelo- ortodontia interceptativa), ou um aparelho que você não precisa gastar com
laboratório, faz na clínica mesmo. Qual o mais apropriado? Vai ser aquele de acordo com o
diagnóstico feito. Se o diagnostico não for correto o tratamento não fica bom e se ele for
correto ele pode ou não ficar bom.
Qual o principal fator? Se o dentista souber ou tiver consciência/caráter ele vai saber o
que ele deve ou não fazer. Os fatores que dependem do profissional, ele deve saber.
Comparou a restauração de um aluno com a de um profissional... a formação do
profissional é o mais importante. Quando você não sabe o que aquele aparelho vai
fazer na boca o paciente você não tem a capacidade de tratar o paciente. Quando você
desconhece outros aparelhos e só sabe usar um tipo, isso também é uma incapacidade
do profissional. 95% dos tratamentos devidamente aplicados ao diagnóstico têm
sucesso... aqueles 5% são casos mais específicos.
Desconhecimento das impropriedades do aparelho;
Desconhecimento de outras aparelhagens
Sua recusa em usar outros métodos que não o seu favorito
Incompetência profissional:
Tratamento bem-sucedido:
O que é? Quais os problemas que como dentista você sabe que deve resolver? Porque o
paciente vê a estética só... tem a funcional (morder direito), estético (raiz aparecendo), saúde
periodontal, estabilidade do tratamento (manutenção do tratamento. Ex.: posição incorreta da
língua que quando eu tiro o aparelho ela empurra os dentes novamente). São essas 4 coisas
que precisam ser observadas ao final do tratamento. Tenho que observar isso e não gerar
expectativa no paciente daquilo que eu não posso fazer.
Tratamento ideal- o melhor;
Tratamento de compromisso;
Tratamento sintomático;
Esses dois últimos também são importantes, desde que se encaixem no caso.
Variáveis:
Desenvolvimento da idade;
Severidade da displasia;
A história da doença oral;
A perda dos dentes
Fator determinante:
O aspecto da má-oclusão
Se eu chego para um paciente adulto com classe III esquelética, não posso dizer que eu vou
mexer naqueles dentes e deixar numa posição legal pois eu não vou conseguir. Se o osso não
está no lugar certo, eu não consigo colocar o dente no lugar certo. Mas eu posso fazer um
tratamento de compromisso em que eu mudo a posição de alguns dentes para justificar a
posição inadequada do osso, mas eu vou ter uma boa estética, boa saúde periodontal, boa
oclusão e a estética ainda não vai estar satisfatória (acho que foi isso que ela disse).
Tratamento ideal:
Função oclusal
Estabilidade
Fator limitante:
Tratamento de compromisso: é aquele que mais se aproxima do ideal. O paciente deve estar
consciente do tratamento que será realizado e suas implicações. O clínico deve estar
consciência de até onde ele pode atuar e saber quando deve encaminhar o problema a um
especialista. O paciente deve saber que ele tem uma outra opção de tratamento melhor, no
caso uma cirurgia + orto. Você não pode simplesmente tratar como bem entende sem antes
explicar quais as opções. Se o paciente quiser o de compromisso você acorda com ele,
assinado. Se ele não souber que existe alguma coisa melhor ele vai seguir o que você sugeriu.
Ele vai lhe cobrar. O clínico deve saber até aonde ele pode atuar (ortodontia interceptativa) e
saber quando deve encaminhar o problema ao especialista. Se chegar no momento em que eu
acho que não consigo fazer de forma adequada, encaminha.
Problemas comuns:
Má-oclusão de classe II- faz como se fosse só alinhar os dentes a solução, quando o
problema realmente é esquelético;
Discrepância grave do tamanho de dentes e espaço disponível- ADM em que você tem
um osso que não cabe aquela ruma de dente, que você teimou e vestibularizou com o
aparelho para caber tudo. Quando tira a musculatura puxa tudo de volta. Você criou
um problema que o paciente não tinha;
Incapacidade da musculatura da mandíbula em se adaptar a certas interferências
oclusais- às vezes um tratamento interceptativo, aparelho móvel resolve isso aí.
Tratamento paliativo: é aquele que trata mais os sintomas da má-oclusão do que dela própria-
muitas dessas coisas fazemos aqui na faculdade. São algumas coisas que vão facilitar o
tratamento lá na frente. Ex.: Incisivos superiores muito vestibularizados, o que mais acontece
de trauma? Taca a boca na borda da piscina. Muitas vezes para evitar isso, coloca os dentes
mais para trás em classe II para evitar esse tipo de situação. Coloca eles para trás, fecha o
diastema, verticaliza, tira o aparelho e numa fase posterior, no tratamento tardio, faz a
discrepância esquelética, porque naquele momento não adianta. É tipo o paliativo da prótese
com a confecção do provisório, não vai resolver para sempre, mas momentaneamente sim.
Estabilização do tratamento:
É o que você vai fazer para se ter estabilidade no final. Às vezes um aparelho de contenção
móvel, fixa... é uma série de coisas que devem ser planejadas desde o começo.
Existem estudo que dizem que se você quer ter dente reto, use a contenção para o resto da
vida kkk. De vez em quando use, porque os incisivos inferiores entortam por que com o passar
do tempo? Por causa dos desgastes nas cúspides, pois quando mais forte a mordida a DV vai
diminuindo e a mandíbula vai indo para frente. Aí os dentes vão sendo empurrados para
frente.
Condições que podem ser tratadas- mas nem sempre deve: as disto oclusões posicionais, as
classes II de posição, disto oclusão de natureza esquelética, quando vai fazer o difásico. Ex.: o
paciente é classe II e você tem um pouquinho de retrusão de mandíbula e protrusão de maxila.
Você põe o aparelho para minimizar os problemas, mordida com hábito de sucção de dedo,
não é colocando um bocado de gancho na boca da criança que eu vou resolver aquilo, é
conversando, você vai ver se a criança precisa do aparelho ou psicólogo, ajuda dentro de casa,
na escola...
Contraindicações para o tratamento: falta de segurança nos tratamentos. Eu vou por aparelho
numa criança pequena para ela perder toda semana? E a mãe reclama todo mês que tem que
gastar direto com um aparelho novo, adianta isso? Não. Você primeiro resolve o tratamento
esquelético e depois o dentário. Dente é uma consequência, não é a causa. Se você trata o
dente e tira o aparelho, o problema volta. O melhor resultado pode ser mantido depois e a
imaturidade social da criança- a criança pode ter todos os problemas do mundo, mas a família
pode pagar, só que mesmo assim ela não é capaz de fazer esse tratamento, ela vai arrancar,
vai brincar com o aparelho, então não adianta, pois ela não tem maturidade para fazer um
negócio desse.