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Planejamento ortodôntico- 2ª aula inf

3- profa Catarina
Ref.- Livro moyers: cap 14 ou 16

Vamos olhar tudo o que observamos e que diz respeito ao paciente no exame da clínica. São os
recursos para se chegar ao diagnóstico.

Conduta inicial:

É o espaço que a gente tomo quando recebe o paciente visando o tratamento. O paciente não
vem ao consultório se ele não achar que precisa de tratamento. Ou ele vem ao consultório
porque está vendo alguma coisa inadequada na boca ou o dentista descobre. Muitas crianças
são encaminhadas do odontopediatra. Antigamente as pessoas não vinham ao dentista tão
cedo assim. As pessoas só iam quando tinham que arrancar um dente que não conseguiam,
porque não existia informação. Então quando o paciente vem ao consultório, ou ele vem por
indicação de um dentista ou por estética. E a 1ª coisa que vamos ver quando o paciente chega
ao consultório é o exame superficial para a anamnese...

Exame superficial- anamnese

A anamnese começa desde o momento que o paciente chega no consultório. Vai anotando
tudo, as características da face, como é a deglutição, respiração etc. se chegar um paciente
com 10 anos você vai ver que na face é normal um perfil um pouco convexo, selamento labial,
boca aberta para respirar, uma bochechinha mais saliente por causa da idade... é normal
queixinho para trás. O que a gente vê num exame desse, o que é normal. Se uma criança dessa
chega com perfil reto, eu já sei que aquilo é anormal, pois naquela idade não é para ter aquilo.
Se for côncavo, pior ainda. Se ela chega sem selamento labial, tenho suspeita de respiração
bucal ou hábito de ficar com a boca aberta ou posição dentaria que impede o fechamento da
boca. Se eu já sei essas três coisas, tem 33% de chance para cada coisa. Como eu vou saber a
diferença? Com o meu exame clínico, radiográfico. Se chega uma criança de 10 anos eu sei que
ela está no 2ª período transicional da dentição mista, então é normal eu observar os caninos
trocando, pré-molares trocando... se ela fugir disso, pode ter alguma coisa anormal ou pode
ser só uma demora, mas o normal é isso. O anormal é um dente decíduo na região anterior,
um dente a mais, conoide, aí são várias suspeitas que eu vou ter: se é um supranumerário,
uma retenção prolongada, uma anquilose, de uma série de coisas que eu vou vendo no meu
paciente. A documentação de analise facial, cefalométrica/radiográfica são exames
complementares ao meu diagnóstico clínico. É tudo para eu ter certeza sobre o meu paciente.
Então nesse momento em que você vai fazer a anamnese vai fazer os exames necessários, é
para ter certeza do que você acha dentro da boca. Não é que um exame seja superior ao
outro, todos são complementares. Eu não vou pedir uma analise cefalométrica de uma criança
de 5 anos, para quê se ela não tem dente? Se ela nem tem molar em oclusão?... então par que
eu vou fazer uma coisa que eu não preciso? Então esses exames são feitos para fechar o
diagnóstico.

 Condições gerais de saúde, aspecto e atitude;


 Exame das características faciais;
 Análise da forma facial;
 Discussão de características intra-orais;
 Classificação da oclusão;
 Avaliação do espaço disponível na arcada dentária- como você faz? Saber se existe
espaço disponível na arcada dentária? Muitíssimo importante para saber se tem
espaço na arcada para alinhar os dentes. Faz analise da dentição mista e juntar com a
analise cefalometrica. Porque as vezes falta muito espaço na discrepância de modelos,
só que na teleradiografia o 1.NB e 1.NA os dentes estão jogados para trás,
verticalizados e o que acontece? Se estiver assim está errado, o correto é que ele fique
bem centralizado na sínfise. Na hora que você coloca dente para frente para ajeitar é
para ver se ganha espaço na arcada. Então quando isso acontece, aquela discrepância
negativa do modelo, vamos ver que está faltando em um e sobrando no outro.
Quando a discrepância de modelo é muito alta, normalmente não se faz extração. A
não ser que você tenha discrepância cefalométrica positiva, mas isso aqui é só para
vocês entenderem que um exame só não é definitivo para o diagnóstico e
planejamento. Mas isso aqui é feito através da análise da dentição mista.
 Estudo da relação oclusal funcional e da ATM- não adianta você só fazer o exame de
avaliação do paciente. Você tem que ver a RC, porque os contatos pré-maturos
desviam a mordida para muitos lugares. Se o diagnostico é feito em MIH, muitas vezes
dá errado. Às vezes um contato pré-maturo faz com que o paciente apresente uma
condição de classe III. As vezes não é nem esquelético, é um problema dentário
associado a um muscular que parece esquelético. Aí temos que ir atrás de saber por
que.
 Conclusão da parte de registros permanentes com a anamnese, modelos de estudo e
registros radiográficos- pega o modelinho, fotografias do paciente, telerradiografia, se
for o caso, a panorâmica que sempre se pede. Mas a tele nem sempre, só quando
precisar.

Diagnóstico:

Vou pular isso aqui ok? Não tem novidade quando se vai fazer exame clínico.

 Verificação de morfologia esquelética anormal;


 Verificação de dentição anormal;
 Tipo de oclusão;
 Verificação de função neuromuscular atípica

Tipificação do problema:

Então nós vamos tipificar o problema, em que dividimos o paciente em grupos. Eu tenho um
paciente classe II esquelética com protrusão de maxila, mais um braquifacial com (não entendi
direito que ela exemplificou...). Então a tipificação do problema é aquilo que vai fazer com que
você trabalhe de uma forma mais tranquila. Que você coloque em grupos o seu paciente para
que o tratamento dê certo. Temos que saber o que estamos fazendo para termos um
resultado. E esse resultado a gente só consegue treinando. Então o exame superficial é aquilo
que a gente vai descobrir se o paciente tem um problema ou se o problema que ele tem é
realmente um problema. Lembrar daquele exemplo dos 10 anos com o apinhamento dos
dentes, devendo explicar para a mãe que aquilo é uma condição fisiológica normal. Se isso não
se resolver sozinho aí sim temos um problema. Aí tem o profissional que vai e coloca um
aparelho. Alinha os dentes, mas quando o canino for erupcionar pode ser que ele nem consiga
sair ou reabsorva a raiz do lateral ou desvie a erupção do canino. Isso foi o profissional que
provocou por falta de informação. Então é importante saber o que é normal naquela idade. O
que é possível fazer naquela idade.

É a separação e o agrupamento de casos semelhantes para facilitar o planejamento

Como tipificar o problema?

Como se faz a divisão? Segundo o livro. Tem algumas pessoas que fazem para elas mesmas.
Mas a forma mais fácil didaticamente? Através dessas três formas:

 Através da época ideal para o tratamento- é saber se eu trato aquele problema em


uma criança de 6 anos ou se eu espero para tratar quando ela estiver com a dentição
mista ou se existe um problema que envolve tamanho de esqueleto e osso de forma
que se eu tratar com 6 anos eu melhoro alguma coisa e, mas em outros casos não,
porque eu tenho que saber o tratamento vai ser precoce, tardio (final na dentição
mista) ou se vai ser difásico, para evitar deixar o aparelho 10 anos na boca da pessoa.
Quando você sabe a época ideal para o tratamento, não existe o que fazer na boca de
uma pessoa por 5 anos, a não ser que o paciente não seja assíduo.
 Através do padrão esquelético facial- para saber que tipo de tratamento eu NÃO devo
fazer, saber quais os efeitos colaterais que eu gostaria de ter e os que não. Se eu tenho
dentes verticalizados e eu faço uma manobra para vestibularizar, mas se eles já são
vestibulariados, não posso usar uma mecânica que aumente essa vestibularização.
Então o crescimento em dolicofaciais, eu não posso usar mecânicas que extruam
molar, pois abre a mordida, até porque eu sei que a movimentação ortodôntica em
dolicos é muito fácil/rápida, o contrario do braqui, pois ele morde com mais força
impedido a movimentação dentária, pois o fio desliza menos dentro do barquete.
 Verificação para saber se o espaço presente no arco é suficiente para corrigir a má
oclusão- é para saber se precisa de espaço naquela arcada, saber se precisa de
extração. Extração dentária é necessária quando sabemos que não cabe o dente no
tamanho do osso que a pessoa tem. Se terminar o tratamento com extração é mais
difícil que terminar sem extração. Sem extrair é mais fácil, pois não tem espaço para
fechar. Ah eu não vou fazer extração, aí eu vestibularizo tudo e quando o aparelho é
tirado, volta tudinho, porque o dentista esqueceu que o paciente tem uma bochecha
com musculo, ou a língua. Então não podemos ir contra o que a natureza nos
determina, temos que nos ajustar. Então era aquilo que estávamos falando, em
relação à época ideal...

Época ideal:

 Tratamento precoce – dentição decídua: descruzamento de mordida, uma


recuperação de espaço, manutenção de espaço, uma verticalização de um dente,
presenta de supranumerário, um aparelho para dente permanente preso por um
supranumerário. Isso tudo em uma idade precoce.
 Tratamento tardio- é aquele feito na dentição mista, quando você está terminando de
trocar os dentes, já entra com uma mecânica ortodôntica.
 Tratamento difásico- eu tenho paciente classe III esquelética que está com deficiência
de maxila, no limite. E tem cruzamento dentário que não permite que a maxila cresça
como deveria crescer para a região anterior. Então eu sei que é uma coisa grave que
ele tem e naquela fase precoce eu vou descruzar aquilo ali para que a maxila cresça. Se
você não descruzar a maxila nunca vai ficar bem. Você deve dar condições da maxila
crescer para frente de uma forma adequada. Ou você puxa para frente quando é um
problema grave mesmo. Mas existem casos em que devemos esperar uma fase
posterior par ter uma resposta da fase esquelética que vimos anteriormente. O
difásico é esse que em uma fase precoce você descruza a mordida e mais tarde, numa
segunda fase se faz a parte dentária nesse paciente. Se o esqueleto não estiver
correto, os dentes não estarão nunca.

Fatores preponderantes (época ideal):

 Desenvolvimento facial através da verificação do estágio de crescimento- se eu tenho


um paciente que está no final da dentição mista eu preciso colocar um aparelho e
tenho que segurar em dente permanente ou decíduo ou em dois dentes permanentes
como o caso do disjuntor palatino, e o meu paciente está tocando o dente. De eu
colocar no decíduo, não vai passar muito tempo, pois ele vai cair e eu vou perder o
aparelho. Então não tem porque em um caso eu não esperar que aquele dente caia e
eu esperar a erupção do outro para que eu instale o aparelho. Por que que eu preciso
fazer um bocado de adaptação em um aparelho para que ele segure, podendo esperar
um tiquinho a mais de tempo e fazer um tratamento mais adequado? O paciente todo
mês cai o aparelho aí quando você vê está cheio de resina, coroa clínica curta, resina
na frente... aí vai mordendo o fio, quebra o cimento ou a resina e a banda cai. Que
tratamento é esse? Não adianta. Vai melhorar em 6 meses o que resolveria em 2
semanas.
 Desenvolvimento dentário para ver se a terapia de movimentação dentária não será
ajudada nem impedida pelo crescimento- por exemplo colocar um arco lingual num
paciente que esta erupcionando o lateral, o que acontece? Se eu coloco um arco
lingual com um mantenedor de espaço o que acontece com a dentição do paciente.
Vocês vão estudar isso porque eu vou perguntar na PROVA. É a mesma coisa dos
centrais superiores. Crescimento osseotranversal. A única época da vida que a gente
pode implementar o movimento transversal da mandíbula é nessa. Laterais crescendo
inferiores a arcada está crescendo em largura, sozinha. Se você coloca um mantenedor
lingual você impede o crescimento da criança. A mesma coisa dos centrais superiores
em que há o crescimento da maxila. Maxila é mais fácil, pois da para fazer uma
disjunção. Paciente com prótese tem que ter cuidado e acompanhar pois a arcada está
crescendo então atrapalha o crescimento. Temos que ver se o aparelho que eu vou
instalar não vai prejudicar o desenvolvimento da criança

Época ideal: Tratamento precoce

 Crescimento ativo
 Estágio de crescimento oclusal- verificar o que está acontecendo para facilitar ou
remover obstáculos de crescimento
 Tempo restante antes do estabelecimento da oclusão permanente (oclusão dos
segundos molares) - se você está longe disso e precisa fazer alguma besteirinha, você
faz. Se está perto de acontecer não é mais o precoce. Espera acontecer para fazer o
tardio
 Mecanoterapia simples: arcos funcionais, aparelhos simples de tração extra-oral, etc- é
um quadrihelice, disjuntor palatino, mantenedor de espaço.

Tratamento na 1ª dentição: o que pode ser tratado:

 Distoclusões de natureza esquelética;


 Mordidas abertas devidas a hábitos de pressão de língua ou sucção de dedos;
Contraindicações (trat. na 1ª dentição):

 Falta de segurança de que os resultados serão mantidos;


 Um melhor resultado pode ser obtido, com menos esforço, em uma outra época;
 Imaturidade social da criança

Na dentição mista qualquer condição pode ser tratada desde que não haja impedimento de
crescimento normal dos dentes. Exemplo dos laterais inferiores e centrais superiores ou
colocar um mantenedor com uma sela acrílica que ocupa a região de erupção dos PMs, o
dente fica preso. A má oclusão não deve ser tratada antes da dentição permanente, por que
(ela falou muito rápido e não consegui entender)? Porque eu não espero um pouco para
colocar só depois? Pois o tratamento é mais rápido, é um sucesso. A pessoa tem menos tempo
de cadeira.

Dente supranumerário é raro que não cause problema na oclusão, principalmente se for
anterior. Se for na região posterior ele fica lá em baixo e pode não atrapalhar em nada, mas na
região anterior tem menos osso é mais fino é tudo mais complicado ok?

Isso aqui acontece muito: fecham diastema muitas vezes com aparelho e quando tira, abre de
novo. Se for falta de dente, na hora que mastigar o dente vai para frente e abre o espaço. Às
vezes o tratamento é fechar o espaço e às vezes o tratamento é estético. Depende das
posições das raízes também.

Na dentição permanente não tem contraindicação. Todas as maloclusões podem ser tratadas,
em adultos jovens com saúde periodontal, se é só orto, ótimo. Se for orto e outra coisa
(cirurgia, prótese, estética...) é mais frequente.

Os cuidados devem ser com a DP e os dentes perdidos. Atualmente com o implante, faz até
um tratamento melhor que a orto, para fechar um espaço, mesmo com as placas, mesmo com
aquilo tudo, é melhor o implante. As vezes é um dente perdido e você vai e põe um aparelho
para fechar, é melhor uma reabilitação com implante.

Fatores limitantes: é aquilo que pode ser problema do paciente, da oclusão ou muscular. Não
depende nem do paciente e nem de você. Os problemas esqueléticos devem ser levados em
consideração. os fatores dentários também. Tudo o que o paciente tem você vai ver. Quando
você faz a anamnese e faz o diagnóstico para fechar, temos que ver se é possível fazer aquilo
ou não. Quais as características que vão facilitar ou dificultar o tratamento. Os problemas de
crescimento, discrasias, podem impedir o seu tratamento. Às vezes conseguimos fazer um de
compromisso, conversando com o paciente sobre. Mas é um fator limitante enorme a ser
considerado. Os dentários envolvem o tamanho dos dentes em relação ao perímetro do arco.
Variação do número de dentes, se tem a mais ou a menos. Estética. Desarmonia entre os arcos
(discrepância entre as larguras dos dentes superiores e inferiores, aí é necessário fazer
stripping nos dentes (slice nos decíduos) para que você diminui o tamanho do de baixo para
encaixar no de cima ou aumentar em largura os superiores). Os danos musculares são coisas
que não dependem da gente, as vezes se usa contenção permanente, mas temos que
encontrar recursos para evitar que isso afete no tratamento. E ao dentista, como já falamos:
aptidão, treinamento, atitude e adesão aos métodos inadequados. O desenvolvimento
biológico bucal, a resposta à terapia, todas são características que atrapalham no crescimento.
Relacionadas à natureza ortodôntica: relação com o paciente, relação entre os pais e o
paciente, se você não tem apoio dificilmente o paciente responde ao tratamento e o sucesso
depende da cooperação dele. Habilidades técnicas inadequadas, ausência de técnica adequada
para tratamento de compromisso, treinamento insuficiente.

Então somente em casos específicos é melhor para o paciente fazer um tratamento de


compromisso, definido pelas circunstâncias do caso e nunca pela habilidade do dentista.

Tratamento na dentição mista-razões para o tratamento:

 Qualquer condição pode ser tratada desde que:


o Não haja impedimento do crescimento normal dos dentes;
o A má-oclusão não possa ser tratada eficientemente na dentição permanente

Tratamento na dentição mista- o que deve ser tratado?

 Perda de DD que comprometem o comprimento do arco;


 Fechamento de espaço devido à perda precoce de dentes decíduos;
 Maus posicionamentos dentários que interferem funcionalmente na oclusão;
 Supranumerários;
 Mordidas cruzadas de d. permanentes;
 Maloclusões resultantes de hábitos deletérios;
 Oligodontia (decisão de fechar espaços);
 Indicação de ortodontia para fechar diastemas inter-incisal superiores

Tratamento da dentição decídua- o que pode ser tratado?

 Classe II do tipo esquelética (tratamento difásico);


 Classe III quando o tratamento precoce é possível;
 Maloclusões devidas a dentes extremamente largos;
 Insuficiências graves ou desarmonia das bases apicais

Planejamento do tratamento na dentição permanente:

 Todas as dentições em indivíduos jovens;


 Tratamento em adultos sadios

Cuidados:

 Doença periodontal;
 Dentes perdidos

Fatores limitantes:

 Fatores individuais relacionados com o paciente;


 Fatores dentais limitantes;
 Fatores neuromusculares limitantes
 Fatores limitantes relacionados ao paciente:
 Fatores esqueléticos- acentuada displasia óssea
 Fatores dentários- variações no número de dentes; desarmonias no tamanho dentário
intra e inter-arcos;
 Fatores neuromusculares- atividades reflexas anormais: funções do lábio; pressão da
língua; deglutição atípica; falta de adaptação dos movimentos funcionais mandibulares
às interferênciasoclusais;
 Fatores limitantes relacionados ao dentista:
o Aptidão;
o Treinamento;
o Atitude;
o Adesão a métodos inadequados

Relacionados à natureza ortodôntica:

Natureza biológica do desenvolvimento biológico bucal

 Variação da morfologia;
 Revelação do padrão de crescimento;
 Resposta à terapia ortodôntica;
 Natureza do crescimento em si (local, forma, direção e tempo)

Cooperação do paciente:

 Apoio de pais e pacientes;


 O sucesso do tratamento está diretamente associado à cooperação do paciente

Ausência de opção para um tratamento de compromisso:

 Inexperiência profissional;
 Satisfação com resultados pobres;
 Habilidades técnicas inadequadas;
 Falta de treinamento suficiente

Somente em poucos casos específicos é melhor para o paciente o tratamento de compromisso


definido pelas circunstâncias do próprio caso e nunca pela habilidade do dentista

Erros comuns- problemas de espaço:

 Casos de discrepância total tratados como supervisão de espaço;


 Ideias erradas sobre o crescimento do arco dental e limitações na obtenção disponível;
 Manuseio de discrepâncias no caso de extrações dentárias/fechamento de espaços

Erros comuns: Tratamentos indevidos de classe II

Erros comuns: diferenciação do fator etiológico das mordidas abertas:

 Funcional;
 Esquelética;

Época ideal: tratamento tardio

O tardio é feito no 2º período transicional ou no final desse período ou dentição permanente


jovem onde se tem pouco crescimento facial. Já se tem um crescimento diferencial de maxila e
mandíbula. A maxila já cresceu o que tinha que crescer e agora só é a mandíbula.

 Pouco crescimento facial;


 Pouco desenvolvimento dentário (fase de erupção de caninos e pré-molares) - vocês
vão ver muita modificação na posição do alinhamento dos dentes, a característica
dessa fase é o crescimento do processo alveolar em altura. Então nessa fase do 2º
período transicional está havendo em termos de crescimento alveolar em altura. O
que está acontecendo de crescimento na boca de uma criança na idade que a gente
trata? Porque a alteração dentária está associada à esquelética;
 A mecanoterapia muda para aparelhos compostos por bráquetes de precisão para
posicionar corretamente s dentes permanentes

Época ideal: tratamento difásico

Você trata primeiro o problema esquelético ou minimiza. Se eu deixar uma criança dessa assim
imagina quando ficar na dentição permanente. Então o tratamento precoce é feito quando é
necessário e na outra, quando você resolveu parte do problema esquelético vai partir para
ajeitar os dentes mal posicionados. Isso é o tratamento difásico: faço o tratamento preventivo
nele e depois termino.

Qual a diferença de idade que vocês acham que tem daqui par aqui? Pelo menos uns 5 anos.

 Trata o problema esquelético precocemente (crescimento + ativo);


 Trata dentes mal alinhados após irrupção dos dentes permanentes

Padrão esquelético:

 Feito através da análise morfológica básica e análise cefalométrica:


o Classe I: perfil facial bem equilibrado;
o Classe II: perfil retrognático- não significa que ela tem a mandíbula para trás,
significa que ela tem a maxila para frente. Dá essa impressão pois é o osso
móvel da cabeça. Mas é a maxila para frente;
o Classe III: perfil prognático- aparentemente a mandíbula esta para frente, mas
pode ser uma maxila para trás. Só a analise facial não me diz tudo, tenho que
associar com a cefalométrica. Padrão 1/2/3 não tem nada a ver com classe
I/II/III (vai cair de novo na prova).

Então eu tenho um perfil facial equilibrado, um retrognata e um prognata. Todos os pacientes


da mesma idade.
Espaço disponível: verificado através da análise da dentição mista associada à análise
cefalométrica onde saberemos como os dentes se ajustam no perfil esquelético facial

Analise da dentição mista e da discrepância cefalométrica que eu falei para vocês. Mas aqui a
gente vai focar só na ADM. No final da ADM a resposta vai estar num espaço abundante ou
deficiente. O que o espaço vai dizer? Se a ADM é 0 eu tenho espaço suficiente para os dentes
erupcinarem, no caso, os caninos e PM, pois eu já tenho os molares o os incisivos. Tenho que é
ter incisivo par afazer a ADM. Então o espaço suficiente é aquele que diz se vai ter espaço ou
não para a erupção dos dentes, não dá para saber a oclusão. E a linha de erupção e o
alinhamento, se não tiver outros obstáculos. Se eu tiver uma ADM deficiente não existe espaço
para que os dentes erupcionem e se alinhem, muito menos ajuste de oclusão, mas se eu tenho
uma ADM abundante, significa que eu tenho espaço na arcada. O tamanho do osso é
suficiente para que os dentes se movimentem e vão para o seu lugar, como a oclusão mandar,
eu vou ter espaço par ao ajuste molar tardio. Esse ajuste é o paciente que apresenta na
dentição mista uma oclusão de molares em topo que em um adulto já seria classe II, na analise
cefalometrica, mas na boca não trocou os 2os molares ainda e pode ser que aproveitando o
lee way space, o espaço que sobra da troca de molares decíduos e erupção de PMs, por conta
da guia de erupção dos molares, eles vão empurrando os dentes inferiores e vão mesializando
gerando o encaixe do molar superior com o inferior em classe I. então o espaço abundante é
quando existe espaço n arcada para erupção e alinhamento dos dentes e ainda o ajuste molar
tardio, que depende de outras condições. (vai cair na prova também kkk o que você usa para
fazer a dentição mista?)

 Abundante: espaço para alinhamento e ajuste molar;


 Suficiente: espaço suficiente para o alinhamento dentário;
 Deficiente: perímetro insuficiente para acomodar os dentes

Qual a natureza dos agrupamentos?

 Idade de desenvolvimento- o que está acontecendo naquela idade, se eu posso ou não


tratar. Se eu vou ajudar ou atrapalhar;
 Relações ântero-posteriores- classe I/II/III;
 Espaço disponível no perímetro do arco

Tipos de tratamentos disponíveis para cada tipo de problema


Qual o tratamento mais apropriado

O mesmo tipo de problema pode ser solucionado de formas diferentes por profissionais
diferentes. Para cada tipo de problema tem uma infinidade de tratamentos que nos vamos ver
qual o mais indicado para o nosso paciente. As vezes você faz o tratamento sem precisar de
paralelo- ortodontia interceptativa), ou um aparelho que você não precisa gastar com
laboratório, faz na clínica mesmo. Qual o mais apropriado? Vai ser aquele de acordo com o
diagnóstico feito. Se o diagnostico não for correto o tratamento não fica bom e se ele for
correto ele pode ou não ficar bom.

Considerar fatores relacionados ao profissional /dentista:

 Qual o principal fator? Se o dentista souber ou tiver consciência/caráter ele vai saber o
que ele deve ou não fazer. Os fatores que dependem do profissional, ele deve saber.
Comparou a restauração de um aluno com a de um profissional... a formação do
profissional é o mais importante. Quando você não sabe o que aquele aparelho vai
fazer na boca o paciente você não tem a capacidade de tratar o paciente. Quando você
desconhece outros aparelhos e só sabe usar um tipo, isso também é uma incapacidade
do profissional. 95% dos tratamentos devidamente aplicados ao diagnóstico têm
sucesso... aqueles 5% são casos mais específicos.
 Desconhecimento das impropriedades do aparelho;
 Desconhecimento de outras aparelhagens
 Sua recusa em usar outros métodos que não o seu favorito

Incompetência profissional:

 Desempenho pobre: inabilidade, inexperiência, ignorância- quando você não treina;


 Imaginação pobre: adesão, inflexível determinando as regras, fórmulas e filosofias, no
ligar de um plano de tratamento diferencial e analítico- eu acho esse aparelho bom e
vou colocar em todo mundo. Não dá, tudo o que fazemos deve ser individualizado. Se
pegarmos um mesmo paciente e fizermos analises cefalometricas com outras pessoas,
cada um tem um resultado diferente. Mas essa diferença não pode ser enorme. Como
eu vou tratar o paciente é individualizado, pois cada um tem uma forma de pensar,
uma formação. É como lá na clínica.

Tratamento bem-sucedido:

O que é? Quais os problemas que como dentista você sabe que deve resolver? Porque o
paciente vê a estética só... tem a funcional (morder direito), estético (raiz aparecendo), saúde
periodontal, estabilidade do tratamento (manutenção do tratamento. Ex.: posição incorreta da
língua que quando eu tiro o aparelho ela empurra os dentes novamente). São essas 4 coisas
que precisam ser observadas ao final do tratamento. Tenho que observar isso e não gerar
expectativa no paciente daquilo que eu não posso fazer.
 Tratamento ideal- o melhor;
 Tratamento de compromisso;
 Tratamento sintomático;

Esses dois últimos também são importantes, desde que se encaixem no caso.

Variáveis:

 Desenvolvimento da idade;
 Severidade da displasia;
 A história da doença oral;
 A perda dos dentes

Tudo isso pode ajudar ou dificultar o resultado final no tratamento

Fator determinante:

 O aspecto da má-oclusão

Se eu chego para um paciente adulto com classe III esquelética, não posso dizer que eu vou
mexer naqueles dentes e deixar numa posição legal pois eu não vou conseguir. Se o osso não
está no lugar certo, eu não consigo colocar o dente no lugar certo. Mas eu posso fazer um
tratamento de compromisso em que eu mudo a posição de alguns dentes para justificar a
posição inadequada do osso, mas eu vou ter uma boa estética, boa saúde periodontal, boa
oclusão e a estética ainda não vai estar satisfatória (acho que foi isso que ela disse).

Não podemos pensar que o tratamento ideal é só estético...

Tratamento ideal:

 Estética x Saúde periodontal

Função oclusal

Estabilidade

Fator limitante:

A natureza da má-oclusão não permite um resultado ideal (ex.: XP dentárias) - se o paciente já


fez extração dentária e daí eu coloco os dentes numa posição X, vai faltar espaço para aquele
dente que ele perdeu. Ele deve ser encaminhado par uma reabilitação. As vezes precisa
mandar para uma outra área. O tratamento multidisciplinar.

Tratamento de compromisso: é aquele que mais se aproxima do ideal. O paciente deve estar
consciente do tratamento que será realizado e suas implicações. O clínico deve estar
consciência de até onde ele pode atuar e saber quando deve encaminhar o problema a um
especialista. O paciente deve saber que ele tem uma outra opção de tratamento melhor, no
caso uma cirurgia + orto. Você não pode simplesmente tratar como bem entende sem antes
explicar quais as opções. Se o paciente quiser o de compromisso você acorda com ele,
assinado. Se ele não souber que existe alguma coisa melhor ele vai seguir o que você sugeriu.
Ele vai lhe cobrar. O clínico deve saber até aonde ele pode atuar (ortodontia interceptativa) e
saber quando deve encaminhar o problema ao especialista. Se chegar no momento em que eu
acho que não consigo fazer de forma adequada, encaminha.

Problemas comuns:
 Má-oclusão de classe II- faz como se fosse só alinhar os dentes a solução, quando o
problema realmente é esquelético;
 Discrepância grave do tamanho de dentes e espaço disponível- ADM em que você tem
um osso que não cabe aquela ruma de dente, que você teimou e vestibularizou com o
aparelho para caber tudo. Quando tira a musculatura puxa tudo de volta. Você criou
um problema que o paciente não tinha;
 Incapacidade da musculatura da mandíbula em se adaptar a certas interferências
oclusais- às vezes um tratamento interceptativo, aparelho móvel resolve isso aí.

Tratamento paliativo: é aquele que trata mais os sintomas da má-oclusão do que dela própria-
muitas dessas coisas fazemos aqui na faculdade. São algumas coisas que vão facilitar o
tratamento lá na frente. Ex.: Incisivos superiores muito vestibularizados, o que mais acontece
de trauma? Taca a boca na borda da piscina. Muitas vezes para evitar isso, coloca os dentes
mais para trás em classe II para evitar esse tipo de situação. Coloca eles para trás, fecha o
diastema, verticaliza, tira o aparelho e numa fase posterior, no tratamento tardio, faz a
discrepância esquelética, porque naquele momento não adianta. É tipo o paliativo da prótese
com a confecção do provisório, não vai resolver para sempre, mas momentaneamente sim.

Estabilização do tratamento:

É o que você vai fazer para se ter estabilidade no final. Às vezes um aparelho de contenção
móvel, fixa... é uma série de coisas que devem ser planejadas desde o começo.

Plano de contenção: é um planejamento somente após uma avaliação precisa do provável


resultado

Existem estudo que dizem que se você quer ter dente reto, use a contenção para o resto da
vida kkk. De vez em quando use, porque os incisivos inferiores entortam por que com o passar
do tempo? Por causa dos desgastes nas cúspides, pois quando mais forte a mordida a DV vai
diminuindo e a mandíbula vai indo para frente. Aí os dentes vão sendo empurrados para
frente.

Planejamento de tratamento na 1ª dentição: decídua:

 Condições que devem ser tratadas;


 Mordidas cruzadas anterior e posterior- nunca são auto corrigíveis, então tem que
tratar sempre e quando mais cedo melhor;
 Perda precoce de dentes resultando em perda precoce de dentes resultando em perda
de espaço no arco- se você está vendo que a perda daquele dente foi recente e o
permanente está para erupcionar e ela está com oclusão normal, não tem o que tratar
com aparelho, a não ser que você veja que ali está perdendo espaço. Mas só porque
está perdendo eu vou por um mantenedor? As vezes nem precisa. Quando você vê
que a ADM é crítica aí você faz;
 Retenção indevida de dentes decíduos- desvia a guia de erupção dos outros dentes;
 Dentes mal posicionados que interferem na função normal de fechamento
mandibular;
 Todos os hábitos que causam função anormal e que podem alterar o crescimento-
hábito de língua com o dedo, devemos conversar com o paciente. A gente mostra para
ele o problema que isso leva aos dentes, indicando varias formas alternativas para se
evitar o hábito.
Esses dois últimos são feitos sem aparelho na boca

Condições que podem ser tratadas- mas nem sempre deve: as disto oclusões posicionais, as
classes II de posição, disto oclusão de natureza esquelética, quando vai fazer o difásico. Ex.: o
paciente é classe II e você tem um pouquinho de retrusão de mandíbula e protrusão de maxila.
Você põe o aparelho para minimizar os problemas, mordida com hábito de sucção de dedo,
não é colocando um bocado de gancho na boca da criança que eu vou resolver aquilo, é
conversando, você vai ver se a criança precisa do aparelho ou psicólogo, ajuda dentro de casa,
na escola...

Contraindicações para o tratamento: falta de segurança nos tratamentos. Eu vou por aparelho
numa criança pequena para ela perder toda semana? E a mãe reclama todo mês que tem que
gastar direto com um aparelho novo, adianta isso? Não. Você primeiro resolve o tratamento
esquelético e depois o dentário. Dente é uma consequência, não é a causa. Se você trata o
dente e tira o aparelho, o problema volta. O melhor resultado pode ser mantido depois e a
imaturidade social da criança- a criança pode ter todos os problemas do mundo, mas a família
pode pagar, só que mesmo assim ela não é capaz de fazer esse tratamento, ela vai arrancar,
vai brincar com o aparelho, então não adianta, pois ela não tem maturidade para fazer um
negócio desse.

Razões para o tratamento: remover obstáculos ao crescimento normal da face: Manter ou


restaurar a função normal

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