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Núcleo de Procedimentos Integrados 3- Aula 1 1

Introdução à prótese removível e componentes das PPRs


↪ O tema da aula é uma introdução à prótese parcial removível e falaremos basicamente sobre a classificação das
arcadas parcialmente dentadas.

• A prótese parcial removível (PPR ou PPRG- prótese parcial removível a grampo fundido) “substitui funcional
e esteticamente os dentes naturais em pacientes parcialmente dentados, podendo ser removidas e
posicionadas na boca sempre que necessário.”

↪ Então existem os pacientes totalmente edêntulos (sem nenhum dente na boca), os totalmente dentados e os
parcialmente dentados, que podem ter ausências em qualquer elemento dentário, e esse é o grande desafio da PPR,
cada prótese (PPR) é diferente da outra, por isso é necessária uma comunicação universal para conversar entre
dentistas, entre dentista e protético, para conseguir fazer o planejamento e o tratamento reabilitador nesses
pacientes.

Indicações da PPRG
• Extremidades livres uni ou bilaterais (ausência de suporte posterior)

↪ Na imagem ao lado vemos uma arcada de um paciente com dente de lateral a lateral e
ausência posterior bilateral, portanto é um caso que podemos reabilitar com PPR (prof.
não está entrando na questão de poder reabilitar com outros tratamentos, como
implante... Nosso assunto é PPR, mas sabemos que planejamentos existem vários, inclusive
para paciente parcialmente dentado, mas vamos abordar mais a PPR mesmo).

• Espaços protéticos múltiplos

↪ Na imagem ao lado vemos um paciente com suporte posterior, com uma área edêntula
extensa posterior, e várias ausências intercaladas. Esse paciente pode ser reabilitado com
um PPR.

• Grandes espaços protéticos


• Prótese anterior com reabsorção óssea extensa

↪ Para um paciente desse, com uma perda anterior, pode ser importante uma removível,
pois repõe não só dente perdido, mas todo aquele osso, aquele suporte de lábio, que foi
perdido com a perda dentaria. Então consegue repor isso assim como em um paciente edêntulo.

• Próteses temporárias de reabilitações complexas

↪ Às vezes um paciente necessita fazer uma cirurgia e precisa de uma prótese de


transição, então ele pode usar uma PPR como uma prótese temporária.

• Paciente com defeitos ósseos (fissuras palatinas)

↪ Sabemos que uma prótese total consegue fechar aquele defeito ósseo no palato
para esses pacientes.

• Reabilitação de pacientes idosos


• Em Odontopediatria: agenesia ou perda dentária precoce

↪ Nesses casos de Odontopediatria poderia ser uma PPR provisória.

Contra-Indicações da PPRG
• Problemas motores;
• Debilidade mental;
• Higiene bucal deficiente.
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↪ São relativas, então o paciente com problemas motores vai ter dificuldade de inserir e remover essa prótese, mas
se ele tiver alguém que auxilie ele a fazer isso, então ele pode ser apto para usar esse tipo de prótese. Ele precisa
conseguir tirar e colocar para higienizar tanto os dentes remanescentes quanto a prótese. Essa prótese tem que ser
higienizada fora da boca. Se o paciente tem dificuldade e não consegue colocar e tirar essa prótese, é um problema.

↪ Debilidade mental entra nessa contra-indicação de problemas de inserir e remover.

↪ Higiene bucal deficiente é contra-indicação para qualquer procedimento reabilitador. O paciente tem que ser
adequado, tem que ser feita a instrução de higiene oral, porque a prótese removível é um fator de retenção de
placa. Tem os grampos, o metal da prótese. Se o paciente já tem uma higienização deficiente, com a prótese em
boca vai piorar, então ele tem que estar consciente de que ele tem que aprender a escovar, a higienizar, remover a
prótese em cada refeição para limpar essa prótese na mão e reposicionar ela, se não acaba comprometendo os
dentes remanescentes.

↪ Então aqui nós temos uma fotografia com dois tipos de


próteses removíveis. Podemos ver que elas possuem
diferentes características porque os pacientes
parcialmente dentados nunca perdem os dentes no
mesmo lugar, pode ser em qualquer local da boca.

↪ Então aqui a gente tem uma arcada com várias


ausências intercaladas. Ao lado é um outro tipo de perda
parcial. E com isso, as próteses também tem diferentes
formatos.

Objetivo da aula
• Relembrar a classificação das arcadas parcialmente dentadas.
o Classificação Funcional;
o Classificação de Kennedy.

↪ Então, no caso aqui não é relembrar, mas explicar a classificação das arcadas parcialmente dentadas quanto a
classificação funcional e a classificação de Kennedy.

↪ Porque isso é importante? Por que quando pega um paciente parcialmente


dentado, por exemplo, nessa condição, preciso me comunicar, por exemplo, com o
protético e saber qual o planejamento que eu vou fazer. Então nessa comunicação, é
um paciente parcialmente dentado com qual característica? Ele tem ausência posterior
bilateral com perdas intercaladas. Com quantas perdas? Três perdas. Então a
classificação vem para facilitar essa comunicação dentista x protético e entre os
dentistas.

Classificação das arcadas parcialmente dentadas


↪ Inicialmente vamos falar da classificação de Kennedy. Então, classificação das arcadas parcialmente dentadas.
Qual o objetivo dessa classificação?

• Finalidade didática, que é ensinar;


• Sistematização do tratamento, então eu sei que um determinado tipo de classe, por exemplo, classe I, classe
II, que possui características similares, vai direcionar o tratamento com um tipo de grampo, um tipo de
planejamento diferente do que na classe III, por exemplo.
• Comunicação entre profissionais, como falado anteriormente – dentista x protético, dentista x dentista.
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Classificação ideal
↪ Então como seria essa classificação ideal?

• Permitir visualização imediata do tipo de arco;


• Diferenciar dento-suportada de dentomucossuportada;
• Ser universalmente aceita;
• Obter bases mecânicas de planejamento;
• Simples e lógica.

↪ A classificação ideal tem que ser uma que


permita a visualização imediata do tipo de arco.
Então, por exemplo, têm aqui quatro fotografias
de modelos, quando olho esse primeiro modelo,
eu sei que é uma classe I de Kennedy. Como eu
sei que é uma classe I de Kennedy? Ela tem
extremidades livres bilaterais, então ausência
posterior bilateral. Então, tem ausência posterior bilateral.

↪ Nesse segundo caso, já tem uma classe II de Kennedy. Por quê? Porque a perda dentária posterior, a extremidade
livre posterior, é unilateral.

↪ Então, isso facilita a comunicação e permite a visualização imediata do caso que vai tratar. Então, permite a
visualização imediata do tipo de arco e com isso, também vai diferenciar se é uma prótese dentossuportada e
dentomucossuportada, que já vai ser explicado, por que é importante, porque para uma prótese dentossuportada, o
planejamento é diferente de uma prótese dentomucossuportata. A classificação vai facilitando até o planejamento
que a gente vai fazer essa prótese.

↪ A classificação ideal precisa ser universalmente aceita, então o que a gente fala no Brasil quanto à classificação de
Kennedy desses arcos é igual ao que se fala na Europa, igual ao que se fala nos EUA. É universal. Não é só na UERJ
que se fala essa linguagem. Em todos os locais se fala a mesma língua.

↪ Além disso, essa classificação precisa obter bases mecânicas de planejamento. Toda prótese tem uma
biomecânica de funcionamento dessa prótese, desde a prótese fixa até a prótese removível e ela precisa ser simples
e lógica.

Classificação funcional
Relacionada ao tipo de SUPORTE

• Dentussuportada
• Dentomucossuportada
• Mucossuportada (prótese total)

↪ Então, a gente tem a classificação funcional, que é de acordo com o tipo de suporte da prótese, e temos também
a classificação de Kennedy, que vai falar das classes faladas anteriormente.

↪ Então, quanto ao tipo de suporte, a prótese pode ser dentossuportada, dentomucossuportada ou


mucossuportada.

↪ Mucossuportada é sempre o paciente totalmente edêntulo. Então, o paciente que vai ser tratado na clínica de
pacientes edêntulos, que tem ausência de todos os dentes, tanto superior quanto o inferior, é mucossuportado. Essa
prótese vai ser apoiada somente por mucosa.

↪ O paciente parcialmente dentado é diferente. Ele tem ausência em diversos pontos da boca. Então, essa prótese
não vai ser somente mucossuportada, apoiada somente em mucosa. Ela também vai ser apoiada no dente e
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dependendo da extensão dessa perda, do local dessa perda, essa prótese pode ser dentossuportada ou
dentomucossuportada.

Dentossuportada

• Transmissão das forças


• Dentes -> Ligamento periodontal -> Osso alveolar

↪ Então, o que seria uma prótese dentossuportada? Na prótese


dentossuportada, a transmissão das forças mastigatórias sobre essa
prótese se dá no sentido dos dentes para o ligamento periodontal para o
osso alveolar. Na figura, temos um paciente com uma prótese parcial
removível e essa prótese é dentosuportada porque existe dente
posterior e anterior a essa ausência protética e a carga mastigatória
nesse tipo de prótese funciona durante a mastigação no sentido dos
dentes para o ligamento periodontal desses dentes pilares e daqui vai
para o osso alveolar.

↪ Dúvida: se fosse uma prótese fixa, ela pode levar a sobrecarga funcional desses dentes onde os grampos estão
apoiados? Professora: esse tipo de prótese removível funciona como se fosse um tipo de prótese fixa, então a
prótese fixa geralmente ela também é dentosuportada porque você tem dentes pilares adjacentes a falha
suportando aquela prótese. Então são esses dois dentes pilares que recebem a força mastigatória, aqui é o mesmo
raciocínio de uma prótese fixa, esses dois dentes pilares adjacentes a ausência vão receber essa carga mastigatória.
Aluna: então se for um espaço prótetico muito grande eu posso levar a essa sobrecarga funcional? Professora:
depende, vamos ver aos poucos, porque de repente não classifico como dentosuportada, classifico como
dentomucossuportada.

↪ Então nesse caso funciona como se fosse uma fixa no sentido de que a carga mastigatória é transferida dos dentes
para o ligamento periodontal e daí vai para o osso alveolar.

Dentomucossuportada

↪ Já na prótese dentomucossuportada se tem uma ausência, uma


extremidade livre, podendo ser unilateral ou bilateral. E aí a perda
dentária extensa, por exemplo, na anterior, ela acaba se enquadrando
um pouco na dentomuco. Mas vamos focar no que geralmente acontece
em pacientes que possuem extremidades livres, podendo ser uni ou
bilateral. A força mastigatória nesses casos é direcionada tanto para o
dente que é o pilar dessa prótese quanto para o rebordo que está
embaixo da base dessa prótese. Porque aqui a gente tem um movimento
como se fosse uma gangorra, porque eu tenho extremidade livre, então
essa prótese ela movimenta um pouquinho para posterior, então a força
mastigatória direcionada no sentido dos dentes, tanto no dente pilar
como no rebordo, via ligamento periodontal e aqui via fibromucosa e vai
para o osso alveolar.

↪ Dúvida: existe esse tipo de prótese para substituir um elemento dentário? Porque a aluna pensou que sempre vai
ser melhor usar esse tipo de aparelho do que fazer uma ponte fixa porque vai desgastar dois dentes hígidos.
Professora: planejamento existem vários, por exemplo, o paciente tem uma ausência e do lado dessa ausência está
com dois dentes hígidos, a primeira opção qual seria? Tratamento que você poderia oferecer para o seu paciente?
Implante. Pode usar removível? Pode, nenhum planejamento está errado, também pode ser. Mas aí você vai colocar
que no implante, tem osso? Qual medicação que o paciente toma? Qual a condição sistêmica? Não pode implante,
qual segunda opção? Tem prótese PPR e a fixa, se o paciente diz que não quer nada removível na boca de jeito
nenhum então a opção é a fixa mas orienta ele que precisa de uma gengiva saudável… Na questão do implante, pode
fazer enxerto? Pode fazer levantamento de seio? Vai indo até acabar as opções aí, mas as três são opções de
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tratamento corretas. Mas dá dó de preparar dois dentes saudáveis para substituir um, que bom que hoje em dia
temos um implantodontia muito avançado, antes não tinha essa opção!

↪ Então dentomucossuportada geralmente são em extremidades livres, unilateral ou bilateral.

Classificação de Kennedy

➢Topográfica

- Mais utilizada;

- Não considera o número e nem extensão do espaço protético;

- Distribui os arcos em 4 classes (representadas por números romanos: Classe I, Classe II, Classe III e Classe
IV);

- Modificada por Applegate (modificações representadas por algarismos Arábico. Exs: Classe I modificação 1,
Classe III modificação 2…)

↪ Aquela é uma classificação funcional, e a classificação de Kennedy, que é uma outra classificação, é uma
classificação topográfica. Ela é uma classificação mais utilizada para classificar essas arcadas parcialmente
edentadas, ela não considera o número e nem a extensão do espaço protético. Distribui o arco em 4 classes
representadas por números em romano, então isso é importante, sempre que eu falo Classe I, o I é em romano…
Classe II, Classe III e Classe IV.

↪ Ela foi modificada para ser aperfeiçoada por Applegate e essas modificações são representadas por algarismos
arábicos, são por exemplo Classe I (em romano) modificação 1 (em número arábico), Classe III modificação 2 e assim
por diante..

↪ “Ah professora que negócio é esse de Classe I, Classe II que não to entendendo!” Vamos agora entender a
classificação proposta por Kennedy.

Classe I

• Desdentado posterior bilateral

↪ É aquele paciente desdentado posterior bilateral, são extremidades livres bilaterais.

Classe II

• Desdentado posterior unilateral

↪ Tenho uma extremidade livre unilateral.


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Classe III

• Espaço protético intercalar

↪ Aquele paciente que tem o espaço protético intercalar. Então ele tem o espaço protético e
tem dente anterior e posterior a esse espaço protético. Lembrando que a Classe III não
precisa ser bilateral! Nesse exemplo mostramos ausência só em um lado e ele é Classe III.

↪ Se ele perder esse molar qual classe ele vira? Classe II.

Classe IV

• Espaço protético anterior (cruzando a linha média)

↪ É um espaço protético anterior cruzando a linha média. É um paciente que tem ausência
somente anterior para ser uma Classe IV.

↪ Dúvida: Se a ausência fosse só no lateral seria III? Exato, porque não cruza a linha média e a
classe IV confunde um pouco nesse sentido. Então, geralmente os livros falam que tem que
cruzar a linha média. Então, uma ausência dentária anterior cruzando a linha média.

↪ Então, tem aqui que a classe I e classe II tem a extremidade livre, mas na
classe III e IV não tem as extremidades livres. Classifica-se a classe I e II,
funcionalmente, como próteses dentomucossuportadas pois durante os
esforços mastigatórios a força é transferida para o osso e rebordo alveolar,
tanto via fibromucosa, quanto pelo ligamento periodontal dos dentes pilares.
Na classe III e IV as próteses são dentossuportadas, não há extremidades livres,
a prótese não faz esse movimento igual na classe I e II faz, como se fosse uma
gangorra, durante a mastigação. Ela é uma prótese que tem uma retenção
basicamente dentária, nesses dentes adjacentes às ausências, então, são
próteses dentossuportadas. A força mastigatória é transmitida para o rebordo alveolar via dente e ligamento
periodontal.

↪ Dúvida: A classe III pode ser bilateral também? Resposta: pode, mas ela não precisa ser bilateral para ser classe III,
se ela tiver ausência do outro lado do arco vai ser uma modificação que será explicada mais para frente. O que vai
definir a classe é a ausência apenas de um lado.

↪ Então, aqui dentossuportada e dento-mucossuportada, na classificação funcional.


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↪ A classe IV, dependendo da extensão anterior do dente, por exemplo, perdeu de pré-
molar a pré-molar, olha a extensão dessa perda dentária... então, alguns autores classificam
como se tivesse uma alavanca anterior nesse tipo de prótese, aí classificam como
dentomucossuportada somente para facilitar o planejamento. Então, uma classe IV com
uma perda extensa anterior, deve-se pensar como se fosse uma prótese dento-
mucossuportada para planejar.

↪ Dúvida: extenso é quando passa dos incisivos, pegando canino é extenso? É, mas também varia de acordo com o
formato do rebordo, então, tem que olhar o paciente e ver. Isso é só para na hora do planejamento, se consegue
pensar que está mais para uma prótese dento-muco do que dentossuportada, planeja um pouquinho diferente em
relação a posição do apoio, dos tipos de grampo. Mas, classicamente ela é uma prótese dentossuportada.

↪ Paciente com uma ausência, uma extremidade livre unilateral, espaço protético intercalar de um lado e uma
ausência anterior, qual a classificação? Espaço protético anterior, desdentado
posterior unilateral e espaço protético intercalar (“professora não sei mais haha”).
Não é um casinho redondo mais, não é igual a classificação original de Kennedy. Os
pacientes que vamos pegar na clínica são esses pacientes aqui, geralmente a maioria
são assim, quem der sorte pega uma casse I clássica. Assim gera uma confusão, e
como é que a gente faz para classificar esse paciente?

Regras de Applegate
↪ Ai entra as regras de Applegate que são aquelas modificações que falou anteriormente. Então a gente tem
algumas regras propostas por Applegate para melhorar a classificação proposta por Kennedy. Então nós vamos
adicionar à classificação de Kennedy essas modificações propostas por Applegate.
1. Classificação após o preparo de boca

↪ Então vamos lá, a classificação de Kennedy só deve ser feita após o preparo de boca, então tem que fazer toda a
adequação do meio, avaliar se é preciso extrair dente, se vai substituir o dente X ou Y para depois classificar aquele
paciente quanto as classes propostas por Kennedy.

2. As regiões posteriores regem a classificação

↪ As regiões posteriores regem a classificação. Isso é super importante, porque se temos um paciente classe IV com
aquela ausência anterior, vamos supor de lateral a lateral, ai esse paciente classe IV perde o primeiro molar, se a
minha ausência posterior rege a classificação, ele passou a ser qual classe? Classe III, porque ele tem o espaço
protético posterior intercalado. E essa região anterior que ele tem de
ausência? É uma modificação. Então a classe IV ela não tem modificação, se o
paciente tiver ausência de um dente posterior, já muda a classificação. Então
lembrar sempre que os dentes posteriores regem a classificação.
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↪ Então nesse caso, qual é a ausência mais posterior? É essa extremidade livre aqui, então temos que esse paciente
é classe II. Modificação? Ele tem dois espaços protéticos, independente da quantidade de dentes que ele perdeu
nesse espaço protético. Então temos classe II e modificação 2.
3. As zonas edentadas agregadas às que determinam a classificação primária, indicam-se como modificação

↪ As zonas edentadas agregadas às que determinam a classificação primária, nesse caso é classe II, indicam-se como
modificação.

4. A extensão da zona “modificação” não influi, somente o seu número

↪ A extensão da modificação não influi, somente seu número. Então no caso tem duas ausências dentais, mas não
importa, temos somente uma modificação. Tem de lateral a lateral ausente, mas tem mais de uma modificação, esse
paciente é classe II modificação 2.

↪ Vamos treinar. Esse primeiro paciente já começamos com classe I


porque é ausência posterior bilateral, modificação 3. Então é classe I,
modificação 3.

↪ Esse outro paciente, a classificação de Kennedy dele é classe III,


modificação 1. A classe III não é bilateral, então ele é classe III (de um
lado ou outro tanto faz porque a ausência dentária aqui é igual de
ambos os lados) e o outro lado é modificação. É diferente da classe I
que necessariamente tem que ser bilateral, classe II e III não.

↪ Exemplo de baixo, classe II, modificação 3.

5. A classe IV não apresenta modificação

↪ Como falado anteriormente, a classe IV não apresenta modificação, porque, se ele perde
um dente posterior aqui, esse dente posterior vai reger a classificação, é sempre o dente
mais posterior que rege a classificação, então a classificação dele muda, então na classe IV
nunca tem modificação. Se ele perde um dente mais posterior, essa região anterior vira uma
modificação.

↪ Dúvida: fica tipo classe II, modificação I? Sim, se for uma extremidade mesmo.

6. Se o 3° molar estiver ausente, este não deve ser considerado na classificação

↪ Se o terceiro molar estiver ausente, ele não entra na classificação, então por exemplo, paciente extraiu o 18 e 28,
“ah, o paciente é classe I de kennedy, tem todos os outros dentes”, não, ele não é nada, não vai entrar na
classificação, ele não vai repor aquele dente.

↪ Então se o terceiro molar estiver ausente ele não deve ser considerado na
classificação.
7. Se o 3° molar estiver presente, este deve ser considerado na classificação

↪ Se o terceiro molar estiver presente, este deve ser considerado na classificação.


Então, por exemplo, o paciente tem o 18 mas não tem o 48, eu vou repor o 48 dele,
então considero o 18 na classificação.

↪ Dúvida: Isso considero também independente se foi extraído ou não (fala do exemplo de só ter um terceiro
molar)? Mas então, pode ter sido extraído ou o paciente não tem, mas esse paciente não vai ser reabilitado, ele não
é nada, tem pessoas que não tem o terceiro molar, extraiu. Vai reabilitar esse paciente por causa dessa ausência do
terceiro molar? Se não for reabilitar, não considera. Se for reabilitar, vai considerar.

8. Se o 2º molar ausente não for resposto, este não deve ser considerado

↪ A mesma coisa o segundo molar. Se o segundo molar não for reposto, este não deve ser considerado.
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↪ Vamos supor esse paciente aqui, classe II (porque tem ausência de segundo
molar) modificação 2. Mas de acordo com antagonista, a gente percebeu que
da para finalizar esse caso em arco curto, não vamos repor esse segundo molar
perdido inferior. Então, a classificação vai mudar porque não vai repor esse
segundo molar. Então ele vai passar de classe II modificação 2 para classe III
modificação 1 e por que isso é importante? Porque ele vai passar de
dentomucossuportado para dentossuportado, isso para prótese parcial
removível é muito bom. Ele vai deixar de ter aquela gangorra na região
posterior para ter uma prótese dentossuportada, apoiada basicamente no dente, sem extremidade livre. Então se a
gente não for repor aquele segundo molar, ou terceiro molar, por exemplo, ele não entra na classificação.

↪ Dúvida: Professora está supondo que nesse planejamento, vamos supor que ele não tem o antagonista (segundo
molar) para sustentar os superiores, uma pp, a pp dele vai de primeiro molar a primeiro molar, para que vai colocar
mais um dente aqui embaixo? Finaliza no primeiro molar. Não são todos os casos, mas está dando um exemplo.
Geralmente sempre tem que ter um antagonista, mas cada caso tem que ser avaliado individualmente. Nos casos
em que um segundo molar ou terceiro molar não vão ser repostos, ele não vai ser considerado para a classificação
de Kennedy.

↪ Então sempre tem que considerar se vai reabilitar ou não aquela região. Se não vai repor dente na prótese
removível, não considera isso para classificar. Por que não vai repor? Depende do caso. Não está falando que
sempre vai ser assim. Geralmente a gente reabilita, coloca implante.

↪ Essas são as regrinhas de Applegate que vieram para melhorar essa classificação de Kennedy, porque a
classificação geralmente não vem com aqueles casos prontos, classe I (“ah, só ausência posterior bilateral”), sempre
tem perdas intercaladas e essas perdas são as modificações que para classificar, devem seguir essa regrinha de
Applegate.

↪ Não vai conseguir entrar na aula de componentes, vai ficar para o dia 09/11.

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