Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
↪ Vamos começar falando um pouco sobre o planejamento. Parece que dá um pouco de desespero o planejamento,
em todo planejamento protético. Veremos/sentiremos isso na pratica quando nos formarmos e tivermos sozinhos
nos nossos consultórios com nossos pacientes confiando na gente em casos de planejamento extenso. A
responsabilidade é grande para o planejamento protético.
↪ É no lobo frontal do cérebro que está a parte ética, parte de raciocínio, de domínio da
emoção... É no lobo frontal que vamos fazer o planejamento, principalmente o
planejamento nosso, que envolve muita responsabilidade com o paciente. Então é
exatamente ali no lobo frontal que acontece.
↪ Nós vamos estudar 7 casos, onde vamos associar tudo isso que vimos nos esquemas do
professor Shillinburg, do computador, nós vamos buscar associar clinicamente e vamos
aprofundar um pouco.
Caso 1
↪ Essa imagem é bem interessante pois praticamente continua um raciocínio
criado na aula anterior, onde se questionava se poderia ser feita uma prótese
parcial removível.
↪ Esse paciente chegou com uma PPR provisória, vemos o grampo 0.9 de orto,
mais conhecida na clinica e no RJ como perereca. Obviamente não vamos tratar
por esse apelido de “perereca”. É uma prótese provisória.
↪ Quanto maior... tem o canino do lado direito e tem provavelmente segundo ou terceiro molar.
Exame clínico + Raio X
Modelo de estudo
Enceramento diagnóstico
↪ Então, vai ao modelo, faz o enceramento diagnóstico, tem antecipação, vai visualizar proporção de dentes,
número de pôntico, tamanho de pôntico, vai fazer toda essa avaliação. Se vai ter que desgastar canino, se a ponta do
canino está muito grande, como está mapeado no slide no modelo, o canino que pode desgastar ou não, tudo isso
vai avaliar previamente no modelo no enceramento diagnóstico.
Planejamento
↪ Nesse caso, como é um planejamento de prótese parcial fixa, não vai considerar implante, não vai considerar
removível. Porém, na clínica, deve dar opções ao paciente. Vamos supor que o paciente pode fazer as quatro
opções, vai planejar as quatro opções, e explicar as quatro opções, pontos positivos e pontos negativos e deixa o
paciente junto a escolher com a gente, porque ele vai saber o que pode ser feito nele, o que ele vai ganhar de
prejuízo, o que ele vai ganhar de lucro, e quanto vai custar isso. Em cima das opções o paciente vai decidir qual quer
e juntos vocês irão traçar o plano de tratamento. É uma maneira bem simples e que diminui muito o risco, quando
você diminui risco aumenta a possibilidade de felicidade e sucesso.
Parâmetros fundamentais!
1. Estética;
2. Conforto do prótese;
3. Poder aquisitivo;
↪ Em parâmetros fundamentais eu tenho que avaliar a estética, conforto da prótese, poder aquisitivo, condição dos
dentes, posição e periodonto.
Biomecânica do caso!
1. Lei de Ante;
↪ Biomecânica do caso com os mesmos parâmetros, lei de Ante, lei das Vigas e condição dos dentes, como que
estão posicionados e como está o periodonto, se está sadio ou não.
↪ Nesse caso aqui, o que acontece? Eu tenho Lei de Ante, Lei das Vigas e condição dos dentes. Nesse caso eu tenho
3 pônticos.
Núcleo de Procedimentos Integrados 3- Aula 4 4
Definição do planejamento?
↪ Nesse caso, para continuar o raciocínio, o que eu tenho? Nesse caso aqui, o que nós vimos quando tem uma fixa
de 5 elementos? Ante: diz que é uma prótese desfavorável; Vigas: diz que é uma prótese que vai receber uma flexão
muito grande (isso no caso de prótese fixa)
↪ Então nesse caso eu fico, também, entre uma prótese removível e um implante.
↪ Esse caso em questão, se o paciente tiver condição, ai pede tomografia, panorâmica, para avaliar o implante
também e passa para ele as três possibilidade: prótese parcial fixa (desgasta dente), prótese removível (remove, tem
grampo) e o implante (preserva os dentes, mas tem que fazer uma cirurgia para o implante que é mais caro).
↪ Nesses casos, vai ampliar o planejamento para dar opção ao paciente. Lembrando sempre que vai avaliar os
parâmetros não separados e sim todos juntos.
CASO 02
↪ Hoje nós temos a possibilidade de um planejamento digital também, que facilita demais para o paciente.
Núcleo de Procedimentos Integrados 3- Aula 4 5
↪ E também mostrando um planejamento digital com implantes, que facilita também para o paciente perceber
como fica ali o trabalho.
Caso 03
↪ Um outro caso que foi feito somente de canino a canino em um arco que é
mais plano. Então, se eu tenho as linhas semelhantes na tangência do incisivo,
entre o canino, e do canino na distal do canino se eu tenho forças semelhantes,
nesse caso aqui está bem parecido, eu vou utilizar para confirmar a prótese
provisória. Utilizando a prótese fixa provisória, estando tudo ok, eu posso
prosseguir utilizando somente os caninos, caso contrário vou ter que preparar
os primeiros premolares. Para eu determinar se vou ficar com o canino ou com
o pré, utilizei a fixa da parte provisória para auxiliar o planejamento.
Núcleo de Procedimentos Integrados 3- Aula 4 6
Caso 04
↪ Então, nessa imagem é possível observar o trabalho todo em uma única estrutura,
um trabalho encaixado, sem nenhuma mobilidade.
necessidade de fazer nenhum tipo de levantamento de dimensão vertical. A dimensão vertical foi a dimensão
normal, original da paciente. O que foi feito foi a diminuição do tamanho do dente, que ela tinha muita extrusão.
Mas, a DVO não foi mantida, ela tinha a dimensão que foi preservada, ela não tinha perda de dimensão.
↪ Dúvida sobre a região posterior: Na arcada inferior, chegou a fazer alguma complementação de alguma coisa para
poder diminuir a carga oclusal anterior? Esse caso não está concluído nessa aula, mas, embaixo foi colocado uma
PPR num primeiro momento e depois foi feita avaliação para implante, mas, ela teve estabilidade mantida com alta
no primeiro momento.
Caso 05
↪ Numa foto lateral não parece ter tanto problema como na foto
frontal, mas ausência de pré-molares, uma restauração metálica fundida
no primeiro molar, uma coroa de acrílico no segundo pré.
↪ Modelos
↪ O que foi observado aqui nesse trabalho? O paciente não tinha o lateral, o canino ocupou o lugar do lateral. Então
foi feito preparado de coroa total, o canino esteticamente foi transformado em lateral e o canino como pôntico, os 2
pré-molares e molares.
Núcleo de Procedimentos Integrados 3- Aula 4 9
Caso 06
↪ Paciente com próteses provisórias.
↪ (1) Foto com contraste para a gente ver toda a noção da proporção. (2) Tiramos o pôntico do lateral, temos
somente os retentores. (3) Tiramos a provisória e agora determinamos que temos a raiz do lateral, preparo de coroa
total com núcleo metálico fundido em um central e o outro dente vitalizado.
↪ Porque optou-se por uma estrutura única? Primeiro, esse caso optou-se
por fazer um tipo de núcleo onde foi feito parte metálica e parte cerâmica
pura na parte coronária, um estrutura híbrida, entre cerâmica e núcleo.
Podemos ver na figura da esquerda. Como era um núcleo não todo
metálico, ficou-se com alguma desconfiança que se nós colocássemos uma
coroa total única no lateral, coroa total única no central e um central com
pôntico em cantiléver no lateral, pudesse ter problema no retentor e ele
viesse a deslocar a parte cerâmica da parte metálica e perder aquela coroa.
Então, optou-se por fazer uma única estrutura porque ela vai trabalhar com o corpo único protegendo o lateral
daquele pôntico e não sobrecarregando um único central segurando o cantiléver. Agora, teremos um outro central
segurando, inclusive o outro esplintado nesse lateral protegendo o núcleo.
Caso 07
↪ E o último caso, um caso clássico de pilar intermediário,
que vimos no laboratório.
_______________________________________________________________________________________________
↪ (Então foram duas aulas, uma parte mais teórica que está no capítulo 7 do Shillingburg, depois um enfoque mais
clínico tentando associar)
↪ Lembrando que o planejamento é uma coisa que é avaliada, complexa e que tem que ser avaliado vários
parâmetros e trazendo o paciente para a discussão e dando opção ao paciente. Se isso for feito, a chance do sucesso
é grande. Se começar a negligenciar coisas, a chance de surpreender durante o tratamento é grande, e a pior coisa
que pode existir é ser surpreendido durante o tratamento, que o paciente percebe.
↪ Então, função do profissional é antecipar problemas, apresentá-los antes pra que quando começar a ocorrerem
avisarmos “olha, lembra aquilo que te falei? Aconteceu” se acontecer. Se não acontecesse, nenhum problema, mas
se acontecer lá na frente você já explicou para ele e aí não tem problema nenhum, sua confiança não será abalada,
pelo contrário, ela vai ser aumentada.