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Industrialização da Região Sudeste

Momentos depois da independência do Brasil, a economia do país concentrava-se


principalmente na região Sudeste, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo com
a produção massiva de café na região, levando à ascensão cafeeira e o reajuste na economia
regional baseada na monocultura, no latifúndio e no trabalho escravo que perdurou mesmo após
a abolição da escravatura em 1888. Em pouco tempo, a produção cafeicultura tornou-se o
principal produto da economia nacional, impulsionando a estruturação política, economia e social
do estado de São Paulo com o desenvolvimento das ferroviárias, das quais deve-se destaque a
Rodovia Anchieta e a estrada de Ferro Santos. Da construção dessas importantes vias surgiu o
ABCD paulista, vindo do nome das quatro cidades que constituíam o Estado de São Paulo,
sendo: Santo André (A), São Bernardo do Campo (B), São Caetano do Sul (C) e Diadema (D).
São Paulo também se destaca na época pela construção de diversos portosTodo esse
desenvolvimento atraiu brasileiros de outros estados e imigrantes europeus a se mudarem para
região em busca de emprego, dentre os quais se destacam italianos, espanhóis, alemães, russos
e austríacos, que chegaram transformando as relações de trabalho, antes escravagistas, para a
mão-de-obra assalariada e impulsionando a construção das primeiras fábricas paulistas. A região
de Belo Horizonte também concentrava um grande polo industrial, principalmente no que diz
respeito as reservas minerais do Quadrilátero Ferrífero, financiadas pelos ganhos agropecuários
e hortifrutigranjeiros da região. O desenvolvimento do transporte favoreceu o desenvolvimento
industrial e econômico de toda o sudeste e também do Brasil. Alienado ao crescimento das
indústrias e à evolução dos transportes ocorreu, simultaneamente, o aumento populacional
gerando um maior fluxo de mercadorias e de matéria prima.

A expansão comercial contribuiu para uma integração entre os estados que integram a região.
Uma das principais e mais importantes etapas do processo industrial e econômico foi a
implantação das empresas fabricantes de veículos automotores, na década de 50, que
impulsionou a construção de rodovias, a criação delas contribuiu para uma maior integração entre
os entes da região e também com outros estados e que mais ainda favoreceu o processo de
povoamento. Em pouco tempo as rodovias superaram as ferrovias, tanto é que as ferrovias atuais
continuam com a mesma extensão do período da produção de café

O governo nacional neste período constituiu-se de grandes fazendeiros de café existentes na


região sudeste, que conduziram o país até o que mais lhes agrada e ia de encontro aos seus
próprios interesses. A favelização e os problemas ambientais decorrentes da urbanização sem
planejamento (destruição das matas ciliares, impermeabilização dos solos, poluição hídrica,
atmosférica e visual) são enfrentamentos que ainda estão muito distantes de serem resolvidos e
mesmo as cidades médias já estão passando por esses problemas.

Em menor proporção, as áreas rurais do Sudeste também sofreram essas alterações, através do
processo de urbanização, que compromete os ecossistemas agrícolas e os remanescentes de
mata nativa. A precarização das relações trabalhistas também alcançou o campo, principalmente
para os trabalhadores temporários, também conhecidos como volantes.

Referências Bibliográficas:

1. https://brasilescola.uol.com.br/brasil/industrializacao-regiao-sudeste.htm?
utm_source=pocket_mylist
2. https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Brasil/
regiaosudeste_historia2.php?utm_source=pocket_mylist
3. https://brasilescola.uol.com.br/brasil/historia-economica-regiao-sudeste-ciclo-cafe-
industrializacao.htm?utm_source=pocket_mylist
4. https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/CafeEIndustria/Imigracao
5. https://consorcioabc.sp.gov.br/o-grande-abc

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