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Cápitulo 6. Uma viagem pela célula. CONCEITO 6.1, pag 94. . Jane B.

Reece - Biologia de
Campbell, 10ª Edição (Artmed).

Para estudar as células, os biólogos utilizam microscópios e ferramentas da bioquímica Dr.


Haifan Lin, na entrevista antes deste capítulo, destaca que estudar o trabalho interno das
células é muitas vezes a primeira etapa na realização de empolgantes descobertas biológicas.
Mas como estudar as células, que normalmente são muito pequenas para serem visualizadas a
olho nu? Microscopia O desenvolvimento de instrumentos que ampliam as per  cepções
humanas permi ram a descoberta e o estudo ini  cial das células. Os microscópios foram
inventados em 1590 e aperfeiçoados durante os anos 1600. As paredes celulares foram
visualizadas pela primeira vez por Robert Hooke, em 1665, enquanto observava em um
microscópio células mor  tas da cor ça de carvalho. Porém, foram necessárias as
ma  ravilhosas lentes produzidas por Antoni van Leeuwenhoek para visualizar células vivas.
Imagine o espanto de Hooke quando visitou van Leeuwenhoek em 1674 e um mundo de
microrganismos – que seu anfitrião chamou de “animalún  culos muito pequenos” – lhe foi
revelado. Os primeiros microscópios utilizados por cientistas no Renascimento, assim como os
que você provavelmen  te usa no laboratório, são todos microscópios ópticos. No microscópio
óptico (MO), a luz visível é passada através do espécime e então através de lentes de vidro. As
lentes refratam (dobram) a luz de modo que a imagem do espéci  me é aumentada à medida
que é projetada para dentro do olho ou de uma câmera (ver Apêndice D). Três parâmetros
importantes na microscopia são a magnificação, resolução e contraste. A magnificação é a
proporção entre o tamanho da imagem do objeto e o seu tamanho real. Os microscópios
ópticos podem magnificar com eficácia até cerca de mil vezes o tamanho real do es  pécime;
em magnificações maiores, detalhes adicionais não podem ser visualizados com clareza. A
resolução mede a ni dez da imagem; é a distância mínima na qual dois pon  tos podem ser
separados e ainda serem distinguidos como dois pontos. Por exemplo, o que se parece a olho
nu uma es  trela no céu pode ter resolução de estrelas gêmeas com um telescópio, que tem
capacidade de resolução maior do que o olho. Similarmente, utilizando técnicas-padrão, o
micros  cópio óp co não consegue definir detalhes menores do que 0,2 micrômetros (mm) ou
200 nanômetros (nm), desconsi  derando a magnificação (Figura 6.2). Um terceiro parâme  tro,
o contraste, é a diferença de brilho entre as áreas claras e escuras de uma imagem. Métodos
para aumentar o con  traste incluem a coloração ou a marcação de componentes celulares
para que se destaquem visualmente. A Figura 6.3 mostra alguns tipos diferentes de
microscopia; estude essa figura à medida que você for lendo esta seção. Até recentemente, a
barreira da resolução impediu que biólogos celulares usassem a microscopia óptica padrão
para estudar as organelas, estruturas envoltas por membranas dentro das células eucarióticas.
A observação dessas estru  turas com qualquer detalhe exigiu o desenvolvimento de um novo
instrumento. Nos anos 1950, a microscopia eletrônica foi introduzida à biologia. Em vez de
usar luz, o microscó  pio eletrônico (ME) concentra um feixe de elétrons através de um
espécime ou sobre sua superfície (ver Apêndice D). A resolução está inversamente relacionada
ao comprimento de luz (ou elétrons) que um microscópio utiliza para formar a imagem e feixes
de elétrons possuem comprimentos de onda muito mais curtos do que a luz visível. Os
microscó  pios eletrônicos modernos podem teoricamente alcançar uma resolução de 0,002
nm, embora na prá ca eles normal  mente não consigam resolver estruturas menores do que
cerca de 2 nm. Ainda assim, isso representa uma melhoria de cem vezes em relação ao
microscópio óptico.

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