Em ponto inicial, é importante referir a influência da microscopia ótica na
atividade experimental, já que sem esta não seria possível a observação das células vegetais e animais alvo de estudo e análise. Este tema, cujo surgimento remonta, em base, à primeira descrição de células a partir da observação de cortiça, em 1665, às mãos de R, Hooke, possui séculos de evolução contínua, durante os quais se aprimoraram técnicas de microscopia, com o progresso e evolução do microscópio ótico, bem como os conhecimentos do que se toma hoje em dia como a unidade básica da estrutura e funcionamento de seres vivos, a célula. Este conceito relaciona-se com a elaboração da Teoria Celular, por M. Schleiden e T. Schwann, no ano de 1839, quando ambos, em fruto da evolução da microscopia, recorrendo a microscópios óticos relativamente arcaicos em comparação aos dos tempos atuais, conseguirarn enquadrar o conhecimento tido até então acerca dos seres vivos com os novos conceitos decorrentes destas novas observações a uma ampliação revolucionária para a época. Esta teoria, fulcral para o campo da Biologia e estudo dos seres vivos dita que as células são a unidade básica da estrutura e funcionamento dos seres vivos, que todas as células resultam de células préexistentes, isto derivado da observação detalhada da divisão celular em tecidos e seres unicelulares, e que, em último ponto, as células representam a unidade básica da reprodução, sendo estas responsáveis pela transmissão da informação genética ao longo das gerações.
A microscopia ótica, com recurso ao MOC, dividido em partes mecânica e
ótica, temas alvo de estudo anterior, fornece uma imagem virtual, invertida, simétrica e maior que o objeto, isto resultante de uma observação derivada de processos de refração dupla, em lentes, de raios luminosos provenientes de uma devida parte do MOC (fonte luminosa), que leva à inversão e simetria da imagem. Isto provoca a projeção da imagem das objetivas para as oculares, tornando a imagem virtual. Esta é também ampliada, pois sendo a função de um microscópio, neste caso, ótico composto, a ampliação de um objeto de forma a possibilitar uma observação detalhada de partes cujo visibilidade a olho nu é nula ou praticamente nula, sendo isto possibilttado pelas objetivas e oculares, ambas referidas anteriormente. Porém, em termos atuais, a microscopia eletrónica, com recurso ao microscópio eletrónico de transmissão, tem «reinado" no que toca à responsabilidade pelos avanços mais recentes no campo da Biologia e outros cujo recurso à ampliação seja necessário, pois a microscopia eletrónica, tomando vantagem em virtudes mais modernas, permite uma ampliação superior à microscopia ótico, chegando aos valores de 0,1 nanómetros, ou seja lxl(1lo metros.
Passando as influências da microscopia na atividade laboratorial e
retornando ao estudo das oélulas, a preparação para a observação destas foi também devida às técnicas de coloração, de imersão e de irrigação. As técnicas de coloração, num tema geral, referem-se à aplicação de corantes ou soluções de cor sobre as preparações a observar, cada um atuando de uma forma específica, de forma a proporcionar uma perceção mais detalhada e rigorosa dos constituintes celulares cuja observação era possível. Nesta atividade experimental utilizou-se a solução de azul de metileno, cuja função assenta na coloração específica do núcleo das células e possibilitação da observação da parede celular em células eucarióticas vegetais e da membrana celular em células eucarióticas animais