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A autora nasceu em Lisboa, na Maternidade Alfredo da Costa, a 5 de abril de 1956.

Ensinou na Faculdade de Letras do Porto e tem um doutoramento sobre Emily Dickinson. É


autora de mais de duas dezenas de livros de poesia e livros infantis Prémio Literário
Correntes d'Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o Grande Prémio de
Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. Prémio Literário Vergílio Ferreira 2021
De Margarida para Todos: 08:56 AM

As principais áreas de interesse da poetisa são a literatura inglesa e norte-americana, a


literatura comparada e os estudos feministas. O feminismo e a luta pela igualdade de
género são bastante visíveis nos seus poemas, quando este invoca a filha, pretendendo
com isso que a fantasia, o amor e os sonhos sejam superiores ao estereótipo da mulher e
do seu papel social. Ana Amaral tem como características usar nos seus poemas situações
do quotidiano e, considera que a criação dos seus poemas é uma mistura de prazer e
angústia. O seu vocabulário é simples, mas, no entanto complexo, devido á sintaxe invulgar
e a alguns significados subentendidos e com duplo sentido.

Além disso, a poesia de Ana Luísa Amaral aborda diversos temas, normalmente ligados a
aspetos do "eu", aos sonhos, alegrias e frustrações comuns a todas as pessoas.

O tema do poema é o sonho de Deus. O poema aborda, então, as temáticas do sonho e da


realidade. Após tanto tempo a pensar e a observar o mundo, Deus estava desgastado, e
adormeceu. Era agora a vez dele de sonhar. Sonhou com paisagens calmas, tranquilas e
simples. Ao acordar, continuou exausto e cansado, porque se apercebeu do quanto a
paisagem sonhada por ele era diferente da realidade.
Assim, o último verso “só em sonho” mostra que o sonho era melhor que a realidade,
porque era um cenário utópico que ainda não existia.

Inicialmente o sonho é-nos apresentado como a mola do futuro, pois é o sonho que nos
projeta para o mesmo além da nossa realidade.
Desta forma, sonhar é mais importante do que realizar o sonho. porque uma vez realizados
os sonhos transformam-se em realidade permitindo assim o progresso. É então, necessário
inventar e alimentar novos sonhos.

O poema relaciona-se com a obra "Mensagem", uma vez que ambos retratam o sonho
como um ideal que ainda não foi atingido.

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