Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Florbela Espanca (1894-1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos
importantes na literatura portuguesa. Foi uma das primeiras feministas de Portugal.
Sua poesia é conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional, onde o
sofrimento, a solidão e o desencanto estão aliados ao desejo de ser feliz.
Na obra poética de Florbela Espanca, o amor é visto de uma forma arrebatadora e a busca pelo mesmo é desenfreado
tornando-se necessidade vital, o qual gera um prazer de viver amando constantemente. Florbela neste soneto faz uma
alusão ao tempo presente, dando voz a um Eu consciente em relação à fugacidade do tempo e por isso, utiliza a
temática da expressão carpe diem para exigir o seu direito de amar, como é perceptível no seguinte trecho:
“ Eu quero amar, amar perdidamente!”
Tem-se no soneto a representação de um Eu feminino livre das imposições sociais a proporção em que expressa sua
vontade de poder amar várias pessoas sem ter que se prender a alguém:
“Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Como se sabe a primavera poder ser usada como metáfora da juventude. Assim pode se fazer uma leitura dos versos
florbelianos da seguinte maneira: é imprescindível aproveitar a juventude, enquanto somos jovens.
Florbela Espanca ao usar tal expressão já mencionada, argumenta e se posiciona de forma contrária a afirmação de que o amor tem que ser
eterno:
“Quem disser que se pode amar alguém
Portanto, pode-se afirmar que o poema Amar traz a representação de uma mulher sensual, erótica, que exterioriza através do poema suas
inquietações no que diz respeito às limitações dadas a mulher em seu contexto: