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1.1 – QUAL A DIFERENÇA ENTRE INTERPRETAR E TRANSFORMAR O MUNDO?

R: Interpretar o mundo está diretamente ligado ao estudo da realidade em que


estamos inseridos, e como influenciamos e fazemos parte dela. Assim, para Marx,
os filósofos apenas analisam a realidade, sem realizar qualquer intervenção na
mesma, pois para compreendê-la eles precisam estar a margem dela. A partir
disso, é necessário suprimir a filosofia para podermos transformar a realidade na
qual estamos inseridos. Portanto quando a sociedade se desenvolve, ela entra em
conflito com as relações de produção existentes, fazendo com que o as forças
produtivas se sobressaiam, gerando uma luta de classes que transformara o
mundo e as relações sociais existentes.

1.2 – DE UM EXEMPLO DE ´´INTERPRETAÇÃO DO MUNDO`` (COSMOVISÃO).

R: O Marxismo é uma cosmovisão, uma forma completa de ver a existência,


explicando de maneira própria e completa o universo que vivemos e as relações
nela existente. De acordo com essa visão, os operários tudo produzem, portanto, a
eles tudo pertence. Dessa forma cabe a eles tomar para si os meios de produção e
o governo, suprimindo a burguesia e seus meios de hegemonia e manutenção de
poder.

1.3 – O QUE SERIA ´´TRANSFORMAÇÃO`` DO MUNDO, TAL COMO ESTA IDEIA E


PRÁTICA VAI SER PERSEGUIDA POR MARX E SEUS INTERLOCUTORES NO
FILME?

R: Segundo Marx, as transformações da sociedade aconteceriam devido às lutas


entre as diferentes classes sociais. Ao se desenvolverem, as forças produtivas
entram em conflito com as relações de produção existentes, resolvendo-se em
favor das forças produtivas. Dessa forma, há a transformação da sociedade, pois
surgem relações de produção novas e superiores, amadurecidas intrinsicamente
nas sociedades antecedentes e que se ajustam melhor ao crescimento contínuo
da capacidade produtiva da sociedade.

2– NO TEXTO MANIFESTO COMUNISTA, PARTE ll, MARX E ENGELS EXPÕEM O


QUE OS COMUNISTAS DEFENDEM COMO MEDIDAS OBJETIVAS DE UM
PROGRAMA POLÍTICO CONFORME O PENSAMENTO COMUNISTA.

2.1 – RESUMA O ESSENCIAL DESTA PARTE ll

R: Os interesses dos comunistas, se misturam com os interesses do proletariado.


A maior diferença está no fato dos interesses coletivos se sobressaem quando
comparados aos interesses individuais. Além disso, os interesses do são comuns
independente da nacionalidade. O objetivo imediato dos comunistas é a tomada
dos meios de produção por parte do proletariado, derrubando a supremacia
burguesa e conquistando o poder político, mantendo-o em suas mãos. O maior
inimigo do comunismo é a propriedade privada, pois é a principal causa de
desigualdade, mantendo o diretamente ligado ao acúmulo de propriedades e
capital. A retenção desse capital não cria condições básicas para o proletariado,
muito pelo contrário, garante a burguesia uma posição privilegiada, estando no
topo da pirâmide social, prestigiando uma classe que não contribui com a
produção e o desenvolvimento da sociedade. Assim, o comunismo não priva
ninguém da capacidade de se apropriar de parte dos produtos sociais, apenas
suprime o poder de subjugar o trabalho dos outros através dessa apropriação.

2.2) Os comunistas defendem a centralização do poder e dos meios de produção na


mão do proletariado. Cobrança de impostos, centralização dos serviços públicos. Além
de que o trabalho e a educação obrigatórios para todos os cidadãos. União dos
trabalhos agrícolas e industrial e fim da distinção entre campo e cidade, educação de
qualidade para crianças e abolição do trabalho infantil.

3.1) Segundo Marx, as classes são um fenômeno social formado por interesses
econômicos em comum, sugerindo assim que as classes surgem a partir de conflitos
entre os detentores dos meios de produção e os que não detêm. Elas surgem através
da divisão social do trabalho e desaparecem a partir do momento que não existem
mais divisão entre elas e os cidadãos alcançaram igualdade entre si. O que mantem
as classes vivas e sustenta sua existência é a diferença social que existe entre a
população. Por exemplo, nas sociedades Feudais, existia uma diferença baseada no
acúmulo de terras, o senhor feudal ocupava o topo, e a partir de suas funções, e sua
importância dentro do funcionamento da comunidade aliado a retenção de terra outras
classes como clero, nobre e militares iam ocupando outros espaços privilegiados. Com
o passar do tempo e a diminuição na diferença de poder entre as classes, o
feudalismo entrou em decadência.

3.2) O sentimento de pertencimento está diretamente interligado as características e


objetivos em comum que compartilhamos. A partir do momento em que há uma luta a
se travar, que diversas pessoas veem como benéfica a participação, e estamos
subjugados a mesma condição, compartilhamos da mesma classe. Na
contemporaneidade, todas as pessoas que são assalariadas dividem os mesmos
ideais, mesmo não se sentindo pertencente, pois a partir do momento em que você
precisa se preocupar com a questão financeira, com o que vamos comer e como
vamos conseguir, pertencemos a mesma classe e compartilhamos dos mesmos
problemas.

4) De acordo com Jessé Souza, a meritocracia no Brasil não existe. Pois não há
mérito individual que não seja construído socialmente. Portanto há quatro grandes
classes no Brasil. Os muito ricos e endinheirados, a classe média, a nova classe
trabalhadora emergente, e o novo proletariado, que são os trabalhadores
precarizados. Tais classes são reproduções do privilégio, e não há muita transição
entre elas.

5) De acordo com Cristina Costa, ´´Marx parte do princípio de que a estrutura de uma
sociedade reflete a forma como os homens organizam para produção social de bens,
que englobam dois fatores fundamentais: as forças de produção e as relações de
produto. ``. Isto é, as forças constituem as condições materiais, os funcionários o
ambiente de trabalho. Já as relações de produção são como essas forças se
relacionam. Forças produtivas e relações de trabalho fazem parte de todo o histórico
produtivo social em que estão inseridos, tais como leis, religião, família, leis, e valores
sociais. O modo de produção germânico, o asiático, o comunal primitivo, o feudal e o
capitalista são exemplos de modo de produção.

6.1) Sim, pois os problemas dos trabalhadores vão muito além de mal remuneração. É
preciso mudar toda a estrutura na qual eles estão inseridos, para que haja uma
melhora na qualidade de vida. Precisamos alterar toda a política, economia e a
sociedade em si. Essa possibilidade só poderá ser considerada através de uma
renovação total, com mobilização social e das autoridades, buscando pessoas
realmente interessadas em contribuir para uma melhora e no desenvolvimento social.

6.2) As mudanças propostas por Lula, teriam um impacto significativo na sociedade.


Pela primeira vez na história, o trabalhador recebeu atenção e se tornou prioridade
para algum governante. Os filhos dos pobres tiveram oportunidade de obter
qualificação profissional, qualidade de vida, acesso à universidade, saúde pública, e
participação política. Quando se investe nas camadas baixas da sociedade, o retorno
é imediato, pois o dinheiro é reinserido na economia fazendo com que a engrenagem
funcione melhor. Não adianta só aumentar o salário do trabalhador, é preciso que o
governo crie condições para que o trabalhador se qualifique e acredite que possa
crescer na vida e no mercado de trabalho, aumentando sua eficiência e sua qualidade
de vida consequentemente.

7.1) Frei Betto se intitula socialista convicto, pois desde muito cedo participou de
projetos de esquerda que visam melhora da sociedade. EM entrevista à Folha de São
Paulo, o teólogo associa o socialismo ao paraíso, mostrando que é necessário o
resgate aos ideais esquecidos, minimizando os desastres capitalistas. O socialismo
precisa de mobilização social, com pressão em cima das autoridades. O Frei Betto
afirma que o governo é como uma ´´Panela de pressão``, só funciona quando é
exercida uma pressão. Ele também propõe políticas apartidárias para melhorar a
sociedade, visando uma união de diferentes ideologias para melhorar o Brasil.

7.2) O Frei Betto acredita que além das classes sociais, há as questões ambientais
ocasionadas pelo pós-capitalismo, justamente pelo fato de nem os mais ricos, a classe
alta da sociedade conseguir se esquivar das consequências destrutivas para o
planeta. Segundo o ele, ´´A natureza viveu muitos anos sem a nossa incomoda
presença``. Assim, ele propõe que é preciso evitar dois grandes problemas: a
confessionalização da política feita por milicianos e a partidarização da religião
(misturar política com religião). O atual sistema, capitalista, nunca conseguiu políticas
ambientais efetivas sem a alteração do seu conceito base. Assim, dificilmente o
socialismo seria o sucessor do capitalismo, pois há muita diferença entre os dois
modelos. Há também o atraso da questão tecnológica, afastando a possibilidade do
socialismo chegar a um poder de fato.

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