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3.1) Segundo Marx, as classes são um fenômeno social formado por interesses
econômicos em comum, sugerindo assim que as classes surgem a partir de conflitos
entre os detentores dos meios de produção e os que não detêm. Elas surgem através
da divisão social do trabalho e desaparecem a partir do momento que não existem
mais divisão entre elas e os cidadãos alcançaram igualdade entre si. O que mantem
as classes vivas e sustenta sua existência é a diferença social que existe entre a
população. Por exemplo, nas sociedades Feudais, existia uma diferença baseada no
acúmulo de terras, o senhor feudal ocupava o topo, e a partir de suas funções, e sua
importância dentro do funcionamento da comunidade aliado a retenção de terra outras
classes como clero, nobre e militares iam ocupando outros espaços privilegiados. Com
o passar do tempo e a diminuição na diferença de poder entre as classes, o
feudalismo entrou em decadência.
4) De acordo com Jessé Souza, a meritocracia no Brasil não existe. Pois não há
mérito individual que não seja construído socialmente. Portanto há quatro grandes
classes no Brasil. Os muito ricos e endinheirados, a classe média, a nova classe
trabalhadora emergente, e o novo proletariado, que são os trabalhadores
precarizados. Tais classes são reproduções do privilégio, e não há muita transição
entre elas.
5) De acordo com Cristina Costa, ´´Marx parte do princípio de que a estrutura de uma
sociedade reflete a forma como os homens organizam para produção social de bens,
que englobam dois fatores fundamentais: as forças de produção e as relações de
produto. ``. Isto é, as forças constituem as condições materiais, os funcionários o
ambiente de trabalho. Já as relações de produção são como essas forças se
relacionam. Forças produtivas e relações de trabalho fazem parte de todo o histórico
produtivo social em que estão inseridos, tais como leis, religião, família, leis, e valores
sociais. O modo de produção germânico, o asiático, o comunal primitivo, o feudal e o
capitalista são exemplos de modo de produção.
6.1) Sim, pois os problemas dos trabalhadores vão muito além de mal remuneração. É
preciso mudar toda a estrutura na qual eles estão inseridos, para que haja uma
melhora na qualidade de vida. Precisamos alterar toda a política, economia e a
sociedade em si. Essa possibilidade só poderá ser considerada através de uma
renovação total, com mobilização social e das autoridades, buscando pessoas
realmente interessadas em contribuir para uma melhora e no desenvolvimento social.
7.1) Frei Betto se intitula socialista convicto, pois desde muito cedo participou de
projetos de esquerda que visam melhora da sociedade. EM entrevista à Folha de São
Paulo, o teólogo associa o socialismo ao paraíso, mostrando que é necessário o
resgate aos ideais esquecidos, minimizando os desastres capitalistas. O socialismo
precisa de mobilização social, com pressão em cima das autoridades. O Frei Betto
afirma que o governo é como uma ´´Panela de pressão``, só funciona quando é
exercida uma pressão. Ele também propõe políticas apartidárias para melhorar a
sociedade, visando uma união de diferentes ideologias para melhorar o Brasil.
7.2) O Frei Betto acredita que além das classes sociais, há as questões ambientais
ocasionadas pelo pós-capitalismo, justamente pelo fato de nem os mais ricos, a classe
alta da sociedade conseguir se esquivar das consequências destrutivas para o
planeta. Segundo o ele, ´´A natureza viveu muitos anos sem a nossa incomoda
presença``. Assim, ele propõe que é preciso evitar dois grandes problemas: a
confessionalização da política feita por milicianos e a partidarização da religião
(misturar política com religião). O atual sistema, capitalista, nunca conseguiu políticas
ambientais efetivas sem a alteração do seu conceito base. Assim, dificilmente o
socialismo seria o sucessor do capitalismo, pois há muita diferença entre os dois
modelos. Há também o atraso da questão tecnológica, afastando a possibilidade do
socialismo chegar a um poder de fato.