Você está na página 1de 12

Dra.

Felícia Alexandra Soares


OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA D O JUIZADO


ESPECIAL FEDERAL DE LIMEIRA /SP

ANDRE JOSE DA SILVA, brasileiro, união estável,


tratorista, portador da cédula de identidade RG n° 48376086 -SSP/SP e
inscrito no CPF-ME n°. 330.329.848-31, residente e domiciliado na Rua
José Correa de Oliveira, n°. 378, Jardim Jordina Oliveira, Cidade
Engenheiro Coelho/SP, CEP: 131445 -390, por sua advogada e
procuradora que a esta subs creve, com escritório profissional localizado
na Rua Dez de Abril, nº. 529, Cidade de Artur Nogueira/SP, CEP: 13160 -
162, onde recebe as intimações de estilo, conforme incluso instrumento
de mandato, vem, mui respeitosamente à presença de Vossa
Excelência propor a presente:

AÇÃO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO ACIDENTE

Em face do

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO S OCIAL – INSS,


pelos motivos fáticos e de direito a seguir delineados:

PRELIMINARMENTE:

Da Justiça Gratuita:

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

O Requerente não tem condições de arcar com os


custos do process o sem com isso privar -se do necessário ao próprio
sustento, razão p ela qual, amparado pela legislação em vigor, requer
a concessão da justiça gratuita.

I – EXPOSIÇÃO FÁTICA:

O Autor conta com 37 anos de idade, tem pouco


estudo, sempre teve que trabalhar para se manter, sendo que seu
vínculo empregatício atual é junto à USINA AÇUCAREIRA ESTER S/A,
conforme CTPS em anexo.

Na empresa exerce a função de tratorista, serviço


sabiamente braçal, que exige imensa aptidão física, pela má postura ergonômica,
com flexões e torções dos membros e alta nível de carga exigida.

É uma atividade que exige grande esforço físico, além de


movimentar muito o braço e pernas, carregar muito peso de forma repetitiva, a
coluna vertebral e membros inferiores estão sempre sendo flexionadas, ou seja, os
serviços inerentes à sua função exigem absoluta força braçal, movimentos
repetitivos e bruscos, além de ter que subir em plataformas altíssimas, que exige
escalada e arqueamento dos joelhos e membros inferiores.

Sua jornada de trabalho semanal (seg/sexta) consiste em


chegar ao trabalho às 7 da manhã, faz pausa de 1 hora para refeição e descanso
das 12 às 13 horas, retornando ao trabalho e saindo novamente às 18 horas. Aos
sábados tem a mesma jornada de trabalho e muitas vezes até mesmo no domingo.

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

O trabalho necessita além de força e higidez física, muita


atenção, para evitar acidentes.

Porém o Autor está com sérios problemas na perna,


pois sofreu um acidente e acabou por fat ura-las. Ele se afastou de suas
atividades para a realização da cirurgia e para recuperação, conforme
documentação médica em anexo.

O Autor tem outros documentos que comprovam,


tanto o seu acidente, como também seu afastamento, como o Boletim
de Ocorrência e documentos expedidos pelo INSS.

Assim, o Autor foi afastado de suas funções pelo


INSS, porém está de alta desde 08 de abril de 2021, conforme
Comunicação de Decisão em anexo.

O médico ortopedista Dr. Marcelo Módena assim


definiu o quadro de saúde do Autor:

CID S72 - Fratura do fêmur.

DO DIREITO:

DA REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL

O auxílio-acidente tem previsão no art. 86 da Lei 8.213/91, o


qual estabelece que este benefício tem caráter indenizatório, sendo devido aos
segurados que apresentem redução em sua capacidade laborativa, em razão das
sequelas oriundas da consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza.

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

A esse respeito, Simone Barbisan Fortes e Leandro Paulsen,


em sua obra de direito previdenciário , esclarecem que:

“O auxílio-acidente é benefício devido quando, em


decorrência de um acidente, resultam nos segurados sequelas
determinantes da redução de sua capacidade laborativa.
Tem sua disciplina legal no art. 86 da Lei 8.213/91.

Reconhece-se sua natureza indenizatória, enquanto


compensação pela perda de parte da capacidade laborativa
e, assim também, presumidamente de parte dos rendimentos,
decorrente de um acidente.

(...)

O auxílio-acidente oferta cobertura contra o risco social


doença ou enfermidade, como determinante de
incapacidade parcial para o trabalho.

O fato gerador do benefício, portanto, é complexo, uma vez


que envolve: 1) acidente; 2) seqüelas redutoras da
capacidade laborativa do indivíduo; 3) nexo causal entre o
acidente e as seqüelas.

(...)

Portanto, se de um acidente qualquer ou de uma doença


profissional ou do trabalho (equiparadas a acidentes do
trabalho) resultar lesões que, consolidadas, forem
determinantes de sequelas que impliquem redução da
capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente
exercia, tem-se configurada a situação ou risco determinante
da concessão do auxílio-acidente.”

No mesmo sentido, Carlos Alberto Vieira de Gouveia


esclarece sobre o auxílio-acidente:

É o benefício (indenização) previdenciário devido ao segurado


que, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente
de qualquer natureza, resultar em sequela definitiva, a qual
implique em redução da capacidade laborativa para o
trabalho que habitualmente desempenhava. (sem grifos no
original)

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

Em complemento, Ivani Contini Bramante disciplina:

E o auxílio-acidente é devido nas hipóteses de


consolidação das lesões depois da percepção de do
auxílio-doença, no caso de incapacidade parcial e
permanente.

[...]

O aspecto social do auxílio-acidente é a compensação ao


segurado pela perda da capacidade plena para trabalho
em razão do acidente.

Neste sentido, o fato gerador acidente é facilmente


comprovado pelo BOLETIM DE OCORRÊNCIA anexo aos autos, emitido em
23/07/2020, que refere que o Sr. André sofreu acidente de trânsito (colisão em outro
veículo com a moto que dirigia), que lhe acarretou sequelas nos membros inferiores,
mais especialmente o fêmur

Por este motivo, o Demandante gozou de benefício por


incapacidade até 08 de abril de 2021, data em que supostamente recuperou
sua aptidão para o trabalho.

Ainda, cumpre salientar que o nível do dano não interfere


na concessão do auxílio-acidente, o qual será devido ainda que mínima a lesão,
conforme entendimento já consolidado pelo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, veja:

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. LAUDO PERICIAL. NÃO


VINCULAÇÃO. LIVRE CONVENCIMENTO FUNDADO EM OUTROS
MEIOS DE PROVA. POSSIBILIDADE. AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO
MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. O juiz não está adstrito às
conclusões da perícia técnica, podendo se pautar em outros
elementos de prova aptos à formação de seu livre
convencimento, estando autorizado a concluir pela
incapacidade laborativa fundado no conjunto probatório
produzido nos autos e nas particularidades do caso concreto.
Precedentes. 2. O tema trazido nas razões de recurso especial
_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

já foi enfrentado pela Terceira Seção desta Corte, no


julgamento do REsp 1.109.591/SC, pelo rito estabelecido pelo
art. 543-C do CPC, sendo consolidado o entendimento de que,
para a concessão de auxílio-acidente, é necessário que a
sequela acarrete a diminuição da capacidade laborativa do
segurado, ainda que em grau mínimo. 3. Ficou incontroverso
que a lesão decorrente do acidente de trabalho sofrido pelo
autor deixou sequelas que provocaram o decréscimo em sua
capacidade laborativa. Assim, é de rigor a concessão do
benefício de auxílio-acidente, independentemente do nível do
dano e, via de consequência, do grau do maior esforço. 4.
Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp
309593 / SP, Relator Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 20/06/2013, DJe 26/06/2013, com grifos acrescidos)

Aliado a isso, Castro e Lazzari estabelecem que:

[...] para a Previdência Social, o dano que enseja o direito ao


auxilio-acidente é o que acarreta perda ou redução na
capacidade de trabalho (redução esta qualitativa ou
quantitativa), sem caracterizar a invalidez permanente para
todo e qualquer trabalho.

Ou seja, para concessão do benefício de auxílio-acidente


somente a mera redução da capacidade laboral já é suficiente (independente do
grau de redução).

Nesse aspecto, sabia a Autarquia Previdenciária, quando da


cessação do auxílio-doença por acidente de trabalho, que o Demandante
apresentava limitação laboral na época.

Logo, diante da limitação do potencial laboral do Autor, resta


configurado seu direito à concessão do benefício de auxílio-acidente, nos termos
do art. 86 da Lei 8.213/91, desde quando houve a cessação do auxílio-doença,
consoante a inteligência da jurisprudência do TRF da 4ª Região:
_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. LAUDO PERICIAL. AUXÍLIO


ACIDENTE. EXISTÊNCIA DE REDUÇÃO DA CAPACIDADE
LABORATIVA EM CARÁTER DEFINITIVO. TERMO INICIAL.
CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. 1. Segundo
entendimento pacificado no Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Recurso Extraordinário 626.489-SE, sob o regime
de repercussão geral, inexiste prazo decadencial para a
concessão inicial do benefício previdenciário. 2. São requisitos
para a concessão do benefício de auxílio-acidente: (a)
qualidade de segurado; (b) a superveniência de acidente de
qualquer natureza; (c) a redução parcial e permanente da
capacidade para o trabalho habitual, e (d) o nexo causal
entre o acidente a redução da capacidade. 3. A sequela que
autoriza o deferimento do benefício de auxílio-acidente é
aquela da qual resulta redução, ainda que mínima, da
capacidade laboral. 4. O benefício de auxílio-acidente é
devido a contar do cancelamento do auxílio-doença. 5. O
Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com
repercussão geral, a inconstitucionalidade do uso da TR. 6. O
Superior Tribunal de Justiça, no REsp 1495146, em precedente
também vinculante, e tendo presente a inconstitucionalidade
da TR como fator de atualização monetária, distinguiu os
créditos de natureza previdenciária, em relação aos quais,
com base na legislação anterior, determinou a aplicação do
INPC, daqueles de caráter administrativo, para os quais deverá
ser utilizado o IPCA-E. 7. Os juros de mora, a contar da citação,
devem incidir à taxa de 1% ao mês, até 29-06-2009. A partir de
então, incidem uma única vez, até o efetivo pagamento do
débito, segundo o percentual aplicado à caderneta de
poupança. (TRF4, AC 5000428-17.2017.4.04.7124, SEXTA TURMA,
Relatora TAÍS SCHILLING FERRAZ, juntado aos autos em
02/10/2018)

DOS REQUISITOS GENÉRICOS

De acordo com o art. 26 da Lei 8.213/91, incisos I e II, a concessão de


benefício de natureza acidentária independe de carência.

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

Ainda quanto a Lei 8.213/91, a concessão do benefício de auxílio-


acidente depende, também, da demonstração da qualidade de segurado do
Autor.

Na presente demanda, tal requisito restou plenamente demonstrado,


eis que, por meio do extrato do CNIS, observa-se que o Demandante possuía
contrato de trabalho junto à empresa USINA ESTER, de modo que, quando da data
do acidente), sua qualidade de segurado era matéria incontroversa, tanto é que
ensejou concessão de auxílio-doença na época.

DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO

Considerando a política atual de acordo zero adotada


pelos procuradores federais, o Autor vem manifestar, em cumprimento ao art. 319,
inciso VII, do CPC/2015, que não há interesse na realização de audiência de
conciliação ou mediação, haja vista a iminente ineficácia do procedimento e a
necessidade de que ambas as partes dispensem a sua realização, conforme
previsto no art. 334, §4º, inciso I, do CPC/2015.

DA PRODUÇÃO DA PROVA PERICIAL

Considerando que a prova pericial é fundamental para o


deslinde das questões ligadas aos benefícios por incapacidade e para uma
adequada análise do nexo de causalidade e da consequente incapacidade, faz-se
mister que o Médico Perito observe o Código de Ética da categoria, e
especialmente em relação ao tema, a Resolução nº 2.183/2018 do CFM, que dispõe
sobre as normas específicas de atendimento a trabalhadores. A recente resolução
abarca dois pontos fundamentais: 1) a necessidade do Perito analisar o histórico
clínico e laboral do segurado, além de seu local e organização de trabalho
(incorporando a antiga Resolução nº 1.488/98), e 2) que o perito fundamente
_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

eventual discordância com parecer emitido por outro médico, incorporando o


Parecer nº 10/2012 do CFM.

Outrossim, também deve ser observado o Manual de


Perícias do INSS (2018), que prevê em seu Anexo I diversos pareceres que se aplicam
às perícias previdenciárias, dentre os quais o Parecer CFM nº 05/2008, que
estabelece que quando houver discordância do médico perito com o médico
assistente, aquele deve fundamentar consistentemente sua decisão. Ainda, o item
2.4 do Manual ordena que “O Perito necessita investigar cuidadosamente o tipo de
atividade, as condições em que é exercida, se em pé, se sentado, por quanto
tempo, com qual grau de esforço físico e mental, atenção continuada, a mímica
profissional (movimentos e gestos para realizar a atividade, etc.)”, além das
condições em que esse trabalho é exercido.

Portanto, REQUER a Parte Autora que, quando da realização


da prova pericial, sejam observadas as referidas disposições legais, uma vez que
não apenas se tratam de normas cogentes e – portanto – vincula a atividade do
médico, sob pena de nulidade do laudo pericial, como também não cabe ao
Judiciário ser mais realista que o rei, no tocante ao Manual de Perícias editado pelo
próprio réu.

DA TUTELA PROVISÓRIA SATISFATIVA

ENTENDE O AUTOR QUE A ANÁLISE DA MEDIDA


ANTECIPATÓRIA PODERÁ SER MELHOR APRECIADA EM SENTENÇA

No momento em que for proferida a sentença, os requisitos


para concessão de tutela antecipada de urgência previstos no art. 300 do
CPC/2015 restarão devidamente preenchidos, a saber: 1) A existência de elementos
que evidenciem a probabilidade do direito; 2) O perigo ou dano ao resultado útil do
processo;

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

O primeiro requisito será preenchido com base em


cognição exauriente e nas diversas provas apresentadas no processo, as quais
demonstram de forma inequívoca o direito do Autor à concessão do benefício.

No que concerne ao perigo ou dano ao resultado útil do


processo, há que se atentar que o caráter alimentar do benefício traduz um quadro
de urgência que exige pronta resposta do Judiciário, tendo em vista que nos
benefícios previdenciários resta intuitivo o risco de ineficácia do provimento
jurisdicional final.

Ademais, após a cognição exauriente, também serão


preenchidos os requisitos para deferimento da tutela antecipada de evidência,
com base no art. 311, inciso IV, do CPC/2015.

Sendo assim, é imperiosa a determinação sentencial para


que a Autarquia Ré implante o benefício de forma imediata.

DO PEDIDO

EM FACE AO EXPOSTO, REQUER a Vossa Excelência:

1) O recebimento e o deferimento da presente petição


inicial;

2) O deferimento da Gratuidade da Justiça, pois o Autor


não tem condições de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu
sustento e de sua família;

3) A não realização de audiência de conciliação ou de


mediação, pelas razões acima expostas;

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

4) A produção de todos os meios de prova, principalmente


documental, testemunhal e pericial. Com relação à última, REQUER seja observada
a Resolução nº 2.183/2018 do CFM;

6) O deferimento da antecipação de tutela, com a


apreciação do pedido de implantação do benefício em sentença;

7) O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA,


condenando o INSS a conceder e implantar o benefício de auxílio-acidente ao
Autor, a contar do dia imediatamente posterior à cessação do auxílio-doença NB
707.361.867-2, em 08/04/2021, pagando as parcelas vencidas e vincendas,
monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros
legais e moratórios, incidentes até a data do efetivo pagamento, respeitando-se a
prescrição quinquenal;

8) Em caso de recurso, ao pagamento de custas e


honorários advocatícios, eis que cabíveis em segundo grau de jurisdição, com fulcro
no art. 55 da Lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei 10.259/01.

9) Como indicação de provas requer seja designada data


para a perícia judicial e requer sejam respondidos os seguintes quesitos pelo médico
perito judicial:

ROL DE QUESITOS PARA PERÍCIA JUDICIAL:

Vem a parte Autora, com fulcro no artigo 465, § 1º, III, do CPC, apresentar quesitos
próprios, a serem respondidos pelo Perito Judicial na presente ação.

1) De acordo com os fatos trazidas aos autos, o Sr. André é acometido de


limitações ortopédica oriunda de acidente de trânsito. Nesse sentido, diga o(a)
Dr(a). Perito(a) qual o quadro de enfermidades que sofre/sofreu o Segurado?

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com
Dra. Felícia Alexandra Soares
OAB-SP 253.625
________________________________________________________________________

2) Diga o Dr. Perito, se é possível considerar que após o período de incapacidade


decorrente do acidente (reconhecido pelo Perito do INSS na ocasião),
permaneceram sequelas que ensejam alguma limitação (diminuição/redução do
potencial laborativo), ainda que em GRAU MÍNIMO, em decorrência da
consolidação das lesões oriundas do acidente sofrido?

3) Tendo em vista a profissão do Periciando (tratorista), na sua opinião qual é a


porcentagem de redução da capacidade laboral do Sr. André após o acidente
ocorrido no ano de 2020.

4) Comparando-se a situação do Sr. André com a de outros profissionais que não


possuam as mesmas sequelas que ele, pode-se dizer que o Autor se encontra em
paridade de condições na disputa por uma vaga no mercado de trabalho?

5) Tendo em vista a sua especialidade médica e as peculiaridades do quadro


clínico da parte Autora, este(a) Dr(a). Perito(a) se considera apto(a) a analisar todas
as patologias diagnosticadas (ou de provável diagnóstico) no presente caso?
Entendendo que “não”, de qual campo de atuação médica seria indicada a
realização de perícia, em relação às patologias não avaliadas por este(a) Perito(a)?

Termos em que, R. e A. esta com os documentos que


a instrui, dando-se à presente o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para efeitos
fiscais e de alçada.

Pede deferimento.

Artur Nogueira, 26 de julho de 2021.

Dra. Felícia Alexandra Soares


OAB/SP: 253.625

_____________________________________________________________________________________________
Rua Dez de Abril, nº. 529, Artur Nogueira/SP, CEP: 13160-162
Telefone: (19) 3827-1833/ 97403-9747
e mail: feliciaa.soares@gmail.com

Você também pode gostar