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Seguindo a análise do compêndio do Brasil, mais especificamente o Tomo II,

que apresenta uma continuação do Tomo I, ao qual traz os capítulos sétimo e oitavo,
cujo autor é José Inácio de Abreu e Lima.
- 4.2
Partindo de uma análise estética do compêndio, ressalta-se as gravuras em preto
e branco, o brasão do Brasil Império e um retrato de Dom Pedro II, presentes na parte
inicial do livro o que remete uma aproximação do autor com o Império Brasileiro. Há
ainda nas páginas iniciais do livro, o nome do autor, sua naturalidade (província de
Pernambuco), seu cargo no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (membro
honorário), algumas de suas obras e os editores responsáveis, os irmãos Eduardo e
Henrique Laemmert.
Em relação a diagramação do compêndio, há negritos nos títulos e nos
subtítulos, o texto é escrito de forma corrida e sequencial. Como se trata do Tomo II a
obra nesta parte não tem uma devida introdução. Posteriormente a apresentação do
autor, dos editores e da imagem de Dom Pedro II, se inicia o capítulo sétimo. Há um
Índice cronológico presente na página 139, na página 170 se observa os documentos
utilizados pelo autor e na página 192 há o índice do Tomo II, totalizando 380 páginas.
- 4.4
Percebe-se que durante a obra o autor tenta criar uma proximidade com os
leitores, visando formar uma identidade política e nacional. Sua narrativa possui um
caráter ufanista, enaltecendo o discurso de grandes feitos da nação, através de uma
perspectiva que beneficia a monarquia, relatando conquistas do Império.
Sendo assim, é possível compreender a ausência das expressões da população
afro-brasileira no compêndio uma vez que esta população ainda possuía o status de
escravizada e não eram considerados cidadãos dentro desta sociedade. Ainda que ao
relatar minimamente esse grupo, percebe-se o caráter de “coloca-los em seu devido
lugar”, de subordinação e sem expressão individual, como se pode observar no trecho a
seguir:
“Entre as víctimas da revolução de 1824, que mais sensíveis foram aos
corações brasileiros, contam-se o Padre Joaquim Canéca, de
ameníssima e variada instrucção, e o Major de Henrique Dias
Agostinho Bezerra Cavalcanti, homem, ainda que preto, de nobres e
generosos sentimentos.” (ABREU E LIMA, 1843, p.43).

Pode-se concluir que...

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