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Aula 04

História e Geografia do Maranhão p/ TJ-MA (Oficial de Justiça) Com


Videoaulas - Pós-Edital
Sergio Henrique
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SUMÁRIO

00. Bate Papo Inicial. ......................................................................................................... 2


1. Império do Brasil - Guerras da Independência ................................................................ 3
2. Batalha do Jenipapo....................................................................................................... 6
3. Balaiada ......................................................................................................................... 7
4. Cronologia dos Principais acontecimentos do Império do Brasil ..................................... 9
5. Período Republicano - Republicanismo inexpressivo no Maranhão .............................. 10
6. A junta governativa (18/11/1889-17/12/1889) ............................................................ 12
7. Governo de Pedro Augusto Tavares ................................
............................................. 13
8. Vitorianismo ................................................................................................................ 14
9. Cronologia dos Principais acontecimentos da República .............................................. 20
10. Exercícios ................................................................................................................... 21
10.1. Referências usadas nos Comentários das Questões .............................................................. 45
11. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 47
12. Considerações Finais. ................................................................................................. 50

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00. BATE PAPO INICIAL.


Olá, amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente. Nesta aula
continuaremos o estudo dos Aspectos Históricos do Estado do Maranhão, agora abordando os
principais acontecimentos do Período Imperial e Republicano. Estudar as aulas anteriores é
fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar aqui. Leia com
atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos poucos, o conteúdo básico vai ficar
retido na sua memória. Claro que, para isso, é muito importante você fazer suas próprias
anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você escolhe. O
importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e
procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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1. IMPÉRIO DO BRASIL - GUERRAS DA INDEPENDÊNCIA


A Independência do Brasil foi marcada por uma série de eventos ocorridos entre 1822 e
1824, num contexto de conflitos regionalizados. A influência de Portugal sobre o Brasil era mantida
pelas guarnições em portos estratégicos. Parte da estratégia portuguesa era retomar o controle do
Brasil e impedir a independência de sua colônia mais importante. Aquelas regiões que estavam
mais ligadas a Portugal, como Piauí, Maranhão, Pará e Bahia, foram coagidas por tropas lusitanas
em resistência à emancipação. Aconteceram campanhas militares nessas localidades e os
combates contra as forças que não aderiram à independência estenderam-se até 1824.
Esses fatos, por seu lado, contrariam algumas representações mitológicas acerca da
emancipação política “pacifica e harmoniosa”. Quando das tentativas recolonizadoras das Cortes
de Lisboa, iniciadas em 1820 com a Revolução Liberal do Porto, muitas regiões nordestinas
sublevaram-se contra a preponderância de D. Pedro, sendo focos desta resistência as províncias da
Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará, igualmente dizimadas pela repressão militar do Rio de Janeiro.
Neste contexto específico, outros fatores devem ser levados em conta, sobretudo a
subordinação dos proprietários de terras e escravos regionais aos grandes negociantes
portugueses que, uma vez expulsos, os privaria de recursos. O caráter abertamente belicoso da
consolidação da independência não deve ser relegado a segundo plano, mas sim articulado a uma
estrutura mais complexa que incluía até mesmo as difíceis condições do reconhecimento
internacional da soberania do Brasil, os conflitos oriundos da hegemonia do Sudeste e a luta contra
a manutenção de certos interesses lusitanos. Dessa perspectiva ressaltaria a necessidade de
imposição da hegemonia do Sudeste sobre as demais regiões, bem como a da reprodução do
funcionamento de um Estado autoritário ou de um projeto autoritário de Império. 1
Na Bahia ocorreram episódios de grande conflito, durando de 19 de fevereiro de 1822 e
com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu
povo, terminou pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, durante a Guerra
da Independência do Brasil.
Na então Província do Piauí, tradicional produtora de gado, a burguesia comercial e mesmo
os proprietários de terras, estavam ligados à Metrópole, inclusive por laços de sangue. A adesão à
Independência do Brasil foi proclamada na vila de Parnaíba, ao passo que no interior e na capital
estava sob o controle das tropas do Exército português. As tropas brasileiras foram inicialmente
derrotadas na batalha do Jenipapo, em 13 de março de 1823. Mas outras localidades, entretanto,
manifestaram a sua adesão à Independência, alcançando a vitória quando tropas se deslocaram
para apoiar a resistência portuguesa na vila de Caxias, no Maranhão.

1
MENDONÇA, 2010.

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À época, o Maranhão era uma das mais ricas províncias da América Portuguesa. O intenso
tráfego marítimo com a Metrópole, justificado pela maior proximidade com a Europa, tornava mais
fácil o acesso e as trocas comerciais com Lisboa do que com o restante da colônia. Os filhos dos
comerciantes ricos estudavam em Portugal. A região era conservadora e avessa aos comandos
vindos do Rio de Janeiro. Foi da Junta Governativa da Capital, São Luís, que partiu a iniciativa da
repressão ao movimento da Independência no Piauí.
Mas, lentamente os brasileiros foram conquistando o apoio de várias cidades e povoados
maranhenses, e aos poucos, os portugueses foram sendo derrotados. Contudo, a capital, São Luís,
permanecia controlada pelos portugueses. Enviada do Rio de Janeiro, uma frota comandada pelo
Lord inglês Thomas Cochrane, que era provavelmente o melhor guerreiro de mar do Ocidente,
sendo contratado para comandar a Armada Imperial brasileira. No Brasil, oficialmente é um herói
nacional, apesar dos contrapostos no Maranhão.
Lord Thomas Cochrane, após fundar a Marinha chilena e garantir a independência do país
em uma audaciosa ação naval na costa do Pacífico, foi convidado por Dom Pedro I, em 1823, a
comandar a nova Marinha brasileira, sob a patente de “primeiro-almirante”, recebendo duas vezes
mais do que no Chile. Com o uso de subterfúgios e enganações, a sua marca registrada, ele proveu
inestimável apoio naval para as vitórias brasileiras na Bahia, em Pernambuco, Pará e Maranhão.
Em abril de 1823, o lord Cochrane deixa o porto do Rio de Janeiro no comando de 6 navios,
bloqueia o porto de Salvador e entra na Bahia apenas uma vez, à noite. Com os navios às escuras,
se aproxima de barcos portugueses ancorados no Unhão e começa a abalroar os navios.
Surpreendidos e sem ver de onde vem o ataque, os portugueses tentam fugir. Em 3 meses, a Bahia
é integrada ao Império do Brasil. Com os 4 navios que lhe sobraram, dirige-se ao Maranhão e ao
Pará. Lord Cochrane blefa. Ele aproximou-se de São Luís fingindo ser reforços portugueses e
conseguiu desembarcar seus homens e aprisionou alguns chefes militares portugueses. Usando-os
como reféns, conseguiu conquistar o controle da cidade. São Luís, a capital provincial e tradicional
reduto português, finalmente bloqueada pelo mar e ameaçada de bombardeio pela esquadra de
Lord Cochrane, foi obrigada a se render, aderindo à Independência em 28 de julho de 1823.
Com sua audácia e boas estratégia, Lord Cochrane desempenhou um papel importante na
Independência do Brasil. Mas não foi pago. Fazendo jus à fama, saqueia o Tesouro de São Luís, leva
o dinheiro “para pagar os marujos”, e bombardeia a cidade. Como seu próprio pagamento não está
quitado, ao partir para a Inglaterra, leva com ele uma fragata da Armada Imperial. Por isso, a sua
fama em São Luís não é das melhores.2
No Estado do Grão-Pará, a burguesia comercial e os grandes proprietários de terras estavam
estritamente ligados à metrópole, de tal modo que foram os últimos a aderirem à Independência.

2
MAXWELL, 2016.

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A adesão do Pará é importante historicamente para o país que finalmente passou a estar
livre do domínio dos portugueses e também para os paraenses que começaram a estabelecer a
criação de uma identidade do povo do estado que sempre esteve muito isolado do restante do
Brasil. Quando resolveu aderir a independência do país, o estado do Pará, passou a ter um
sentimento mais forte de pertencimento a sua terra. Com isso o estado deu o primeiro passo para
a formação de uma identidade mais forte de pátria.3

3
DONATO, 1987.

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2. BATALHA DO JENIPAPO
Aconteceu em março de 1823, no então vilarejo do Campo Maior, no Piauí, e faz parte de
uma série de conflitos que eclodiram após a declaração da Independência em 1822. O governo
português visava à manutenção de seus territórios no norte do país – especialmente nas áreas que
hoje correspondem aos estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Em janeiro de 1823, Manuel de Sousa
Martins, o futuro Visconde de Parnaíba, aderiu à Independência e assumiu a presidência da Junta
do Governo do Piauí. Isso fez com que o major João José da Cunha Fidié, que recebera da coroa
portuguesa a ordem de preservar os territórios ao Norte do país, deslocasse suas tropas para a
região. Em 13 de março, um grupo de aproximadamente 500 sertanejos mal armados enfrentou as
tropas do major Fidié. A batalha durou cerca de cinco horas. Estima-se que 200 sertanejos
morreram no embate; as tropas de Fidié, embora vitoriosas, saíram do conflito enfraquecidas e
foram derrotadas em Caxias, no Maranhão, em julho do mesmo ano.
A Batalha do Jenipapo teve um papel muito importante para garantir a Independência do
Brasil e manter a unidade nacional, uma vez que o governo português pretendia, após o 7 de
setembro, manter, pelo menos, a parte norte do Brasil como colônia. A Coroa portuguesa
fracassara graças à Batalha do Jenipapo, entre tantas outras lutas ocorridas em províncias do Norte
e Nordeste, estava consolidada a Independência do Brasil.4

4
ORIÁ; LEGISLATIVA, 2019.

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3. BALAIADA
O Período Regencial, compreendido entre 1831 a 1840, isto é, entre a abdicação de D.
Pedro I e o golpe da maioridade de D. Pedro II, foi marcado por grande instabilidade, causada pela
disputa entre os grupos políticos para o controle do Império e também por inúmeras revoltas, que
assumiram características bem distintas entre si.
No Maranhão, o processo de reconhecimento da independência política não acontecera de
forma pacífica. Apesar do Sete de Setembro, a realidade das camadas sociais mais humildes não se
modificara. Prosseguiam excluídas e afastadas do poder político e econômico. Durante o Período
Regencial, a província maranhense foi marcada por disputas entre duas correntes políticas que,
conforme prática frequente naquela época, se revezavam no poder. As tentativas dos grupos para
permanecerem no poder, impondo suas ideias com intensidade e virulência, levou o Maranhão a
se transformar em um palco onde aconteciam disputas políticas e eleitorais.
A Balaiada rearticulou os grupos dirigentes que até então vinham se enfrentando no
Maranhão. Naquele momento, a sociedade maranhense estava dividida, basicamente, entre uma
classe baixa, composta por escravos e sertanejos, e uma classe alta, composta por proprietários
rurais e comerciantes. A Balaiada foi uma reação e uma luta dos maranhenses contra injustiças
praticadas por elites políticas e as desigualdades sociais que assolavam o Maranhão do século XIX.
A origem da revolta remete à confrontação entre duas facções, os Cabanos (de linha conservadora)
e os chamados “bem-te-vis” (de linha liberal). Eram esses dois partidos que representavam os
interesses políticos da elite do Maranhão.
Até 1837, o governo foi chefiado pelos liberais, mantendo seu domínio social na região. No
entanto, diante da ascensão de Araújo de Lima ao governo da província e dos conservadores ao
governo central, no Rio de Janeiro, os cabanos do Maranhão afastaram os bem-te-vis e ocuparam
o poder. Os enfrentamentos entre “bem-te-vis” e “cabanos” agravaram-se após a votação da
chamada Lei dos Prefeitos, que aconteceu durante o governo regencial do político “regressista”
Pedro de Araújo Lima, de 1838 a1840. A lei concedia autonomia local aos presidentes das
províncias, pois ganhavam o privilégio de nomear os prefeitos municipais com poderes que
incluíam o de autoridade policial.
Essa mudança dá início à revolta em 13 de dezembro de 1838. O fato com que se costuma
marcar o início da revolta ocorreu quando Raimundo Gomes, um vaqueiro que administrava a
fazenda do Padre Inácio Mendes (bentevi) passava pela vila do Manga levando uma boiada para
ser vendida em outra localidade. O subprefeito da vila, José Egito, cabano e adversário político de
Padre Mendes, baixa uma ordem para o recrutamento de alguns homens que acompanhavam
Gomes e também para a prisão do irmão do vaqueiro. Reagindo, Raimundo Gomes assalta a cadeia
e foge para Chapadinha. Irrompidas as agitações populares concentradas, num primeiro momento,

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na coluna de Raimundo Gomes, o aparecimento de manifestações em outras regiões passa a ser


frequente. Delas tentará se aproveitar o partido bentevi. Entretanto, o movimento, ampliando-se,
seja no raio de ação geográfica, seja no quantitativo dos que a ele vieram trazer a sua participação,
não possuía as características simplistas de mais um pronunciamento de políticos desejosos de
poder. Nesse sentido, vale lembrar a participação de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira,
construtor e vendedor de balaios, daí ser chamado 'Manuel Balaio', nome que passaria ao
movimento, bem como a do preto Cosme, que se colocou à frente de três mil negros rebolados. 5
O sucesso da invasão dá a chance de ocupar o vilarejo como um todo. Enquanto a rivalidade
transcorria e aumentava, Raimundo Gomes e Manoel Francisco do Anjos Ferreira levam a revolta
até o Piauí, no ano de 1839.6
Os balaios se movimentavam atacando fazendas e libertando escravos. Enfrentamentos se
espalham alcançando as províncias vizinhas do Piauí e do Ceará. Batalhas renhidas são travadas,
com os rebelados conseguindo algumas vitórias. Em 1839, tomaram a Vila de Caxias, a segunda
cidade do Maranhão em importância, organizando um Conselho Militar, resultado de uma
assembleia entre seus líderes que admitiu elementos “bem-te-vis” da cidade.
Os negros escravos que fugiram das fazendas na ocasião dos conflitos, se aliaram aos
“balaios”, que lutavam contra as injustiças sociais reinantes. Eram pessoas do povo, homens livres
e pobres, como vaqueiros, artesãos, lavradores, negros, mestiços e escravos que enfrentaram a
ordem dominante, representada por setores como o dos grandes proprietários agrários regionais.
A ação que efetivaram foi uma resposta à violência da sociedade escravagista. As principais causas
da Balaiada estão ligadas à pobreza da população da província maranhense, bem como sua
insatisfação diante dos desmandos políticos dos grandes fazendeiros da região.
A repressão atuou violentamente contando com recursos enviados pelo governo imperial.
Os redutos foram invadidos e combates aconteceram corpo a corpo. Os momentos derradeiros da
Balaiada foram marcados pelas rivalidades entre os líderes balaios, por traições, deserções,
prisões, torturas e assassinatos atestados nos registros produzidos pelas forças oficiais. Em 1841,
um decreto imperial concedeu anistia aos revoltosos sobreviventes. Contudo, em 13 de maio de
1841, o futuro Duque de Caxias diria: "Não existe hoje um só grupo de rebeldes armados, todos os
chefes foram mortos, presos ou enviados para fora da Província” 7.

5
MENDES JUNIOR; RONCARI; MARANHÃO, 2019.
6
SILVA, 2008.
7
ABI-RAMIA, 2016.

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4. CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DO IMPÉRIO DO BRASIL

Chegada da Família Real portuguesa no Brasil: 1808


Revolução do Porto: 1820
Independência do Brasil: 1822
Guerra da Independência no Maranhão / Batalha do Jenipapo: 1823
Abdicação de D. Pedro I: 1831
Período Regencial: 1831 a 1840
Revolta da Balaiada: 1838 a 1841
Golpe da Maioridade de D. Pedro II: 1840
Guerra do Paraguai: 1864 a 1870
Abolição da Escravatura: 1888
Proclamação da República: 1889

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5. PERÍODO REPUBLICANO - REPUBLICANISMO INEXPRESSIVO NO


MARANHÃO
Em primeira hora, o modo pelo qual as aspirações por liberdade, igualdade e fraternidade
despertadas pela Abolição da Escravidão e o fim da Monarquia foram imediatamente frustradas
pela clivagem social e racial da cidadania no país.
O movimento republicano no Maranhão é muito tardio e apenas ganhou vulto entre os
setores mais expressivos da elite após a Lei Áurea de 13 de maio de 1888. As promessas jamais
cumpridas de indenização aos senhores pela expropriação da mão de obra escravizada e os
projetos malogrados de imigração estrangeira foram um motivo político bastante sedutor à causa
da liberdade dos brancos. Não espanta que as notícias conhecidas acerca de conferências
republicanas em São Luís datem já do derradeiro ano de 1889, nas quais, por vezes, manifestantes
populares penetravam, sobretudo ex-escravos, em defesa da Monarquia e da Princesa Isabel, “a
redentora”.
Indignado com os protestos populares que irrompiam nas conferências republicanas que se
realizavam no Hotel França em São Luís, o celebre poeta Joaquim de Sousa Andrade, o
Sousândrade, em 1889 replicava: “Por medo da República que não quer escravos, assinou-se o
decreto popular da abolição; os lutadores abolicionistas eram todos armados pela República – e
desgostosos depois vemos voltarem-se eles contra ela; até os que por ela foram libertos,
tripudiando insensatos dão morras a República!... É a crucificação eterna dos salvadores”.
Vale observar que no chamado Alto Sertão, porção sul do Maranhão, pouco integrado ao
centro administrativo litorâneo até meados do século XX, concentravam-se as cidades e vilas de
maior agitação republicana local. O historiador Alberto Ferreira, ao analisar as condições sociais de
emergência do movimento republicano no Maranhão, destaca que “os sertanejos reivindicavam
maior atenção dos governantes, mas estes priorizavam as regiões agroexportadoras objetivando
equilibrar as finanças da província. Por outro lado, as constantes trocas de presidentes devem ter
contribuído para que algumas solicitações não fossem atendidas. O certo é que o Alto Sertão
pouco se beneficiou das medidas modernizadoras (navegação a vapor, estradas, engenho central,
fábricas têxteis) implementadas na província na segunda metade do século XIX. Nesse contexto, foi
o sertão um campo propício para a germinação das ideias republicanas. Seus partidários
conheciam os modelos de República implementados na França e nos Estados Unidos. Porém, sua
motivação maior era o federalismo, a busca de autonomia, como uma maneira de reação à
hegemonia política da parte norte da província”.
Quando a Junta Provisória Republicana assumiu o poder, no dia 18 de novembro de 1889,
instalou-se um clima de insegurança e repressão política. Disse o terceiro vice-governador do
Maranhão republicano, Barbosa de Godóis, em sua “História do Maranhão”: trêfega e irrequieta,

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longe de consagrar os ânimos, para que todos cooperassem no regime que se inaugurava,
precedeu com exclusões, numa terra em que não passavam uma meia dúzia os republicanos
históricos e procurou aproveitar-se da eventualidade que lhe pusera o governo nas mãos, para
atirar-se à faina de formar elementos políticos que servissem aos planos de domínio de um só dos
seus membros, que tinha pretensão a chefe do partido. Acorde com esse pensamento, a polícia
cometida na própria capital a pessoas as menos idôneas para exercerem-na, por conhecida falta de
critério, tratou aí mesmo de se impor pelo medo, efetuando prisões a torto e a direito, castigando
com palmatoadas as pessoas do povo d’um e outro sexo e raspando-lhe à navalha as sobrancelhas
e metade do cabelo na cabeça. Ninguém se reputava seguro numa tal emergência, em que a
liberdade individual estava em perigo permanente. Não houve escala de violência que a junta não
tocasse, chegando até a tentar deportações e fuzilamentos e isto sem que houvesse o menor
indício que fosse de resistência a nascente forma de governo. A República, logo nos seus primeiros
passos, sofrera, portanto, com aquele governo coletivo, a influência perniciosa de uma impressão
verdadeiramente desgraçada, aliando-se seu advento na Província à prática de tropelias em ordem
a gerarem no espírito popular a ideia de que o novo regime, em vez de garantir a ordem e os
direitos dos cidadãos, fazia periclitar a primeira e investia contra os segundos.
Ora, mesmo entre as classes dominantes os 29 dias do primeiro governo provisório foram
vivenciados como um período de grande insegurança social. O recurso abusivo da violência policial,
prisões e torturas criaram um clima de pavor e ameaça à liberdade individual. Nem mesmo as
mulheres escapavam das agressões justificadas como medidas necessárias à preservação da
novíssima República. Tamanho autoritarismo fora em parte motivado pelo grande protesto de ex-
escravos monarquistas, cerca de quatrocentas pessoas, em 17 de novembro, contra o jornal
republicano O Globo, propriedade de Paula Duarte, e que, no dia anterior, anunciara a derrocada
do Império. Decretos de fuzilamento e deportação foram expedidos com o fito de intimidar a ação
populista dos monarquistas junto ao povo. A contenda às portas do teatro São Luís, que virou um
misto de fato, boato e finalmente piada, pertence a essa conjuntura turbulenta que marcou
profundamente a memória política maranhense do advento da República como um período de
terror e violência.8

8
JESUS, 2012.

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6. A JUNTA GOVERNATIVA (18/11/1889-17/12/1889)


Só três dias após o ato da Proclamação da República pelo marechal Deodoro da Fonseca no
Rio de Janeiro, é que o comandante do Exército em São Luís, o coronel João Luís Tavares, resolveu
agir, já que o presidente do Maranhão, Tito Augusto Pereira de Matos, por acomodação ou medo,
não sabia o que fazer. O militar, no dia 18 de novembro, para manter a tranquilidade social e
restabelecer a governabilidade, reuniu a tropa, nas primeiras horas da manhã, declarando a
Adesão do Maranhão à República. Em seguida, em cumprimento às ordens recebidas do Rio de
Janeiro, nomeou a Junta Provisória Governativa para responder não mais pelos destinos da
Província, mas de um dos vinte Estados Unidos da República do Brasil.
Mais tarde, às 11 horas, em solenidade simples, rápida e sem a presença do povo, que
assistia passivamente e sem entender o que acontecia no palácio, onde a Junta Governativa,
presidida pelo coronel João Luís Tavares, tomava posse.
Como tudo aqui continuava a ocorrer com atraso, só a 22 de novembro uma passeata de
estudantes desfilou pela cidade em regozijo ao novo regime. Posteriormente, no dia 30, as ruas de
São Luís também assistiram manifestações populares, organizadas pelo poeta Joaquim
Sousândrade, que endereçou uma mensagem de saudação ao marechal Deodoro com estas
singelas palavras: “Paus d’arco em flor. Viva a República”.9

9
BUZAR, 2013.

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7. GOVERNO DE PEDRO AUGUSTO TAVARES


Com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, Pedro Augusto Tavares
Júnior foi nomeado primeiro governador do Maranhão sob o novo regime. Deixando o Rio de
Janeiro, assumiu a chefia do Executivo maranhense no dia 17 de dezembro, em substituição à
junta governativa que havia assumido o poder local em 18 de novembro, presidida pelo tenente-
coronel João Luís Tavares e composta pelo capitão-tenente Cândido Floriano da Costa Barreto,
tenente Augusto Frutuoso Monteiro da Silva, tenente-coronel Francisco Xavier de Carvalho, João
Lourenço da Silva Milanez, José Francisco de Viveiros e Francisco de Paula Belfort Duarte.
Uma de suas primeiras medidas foi determinar a dissolução da Câmara Municipal de São
Luís e a criação em seu lugar da Junta Municipal, para gerir os negócios e interesses do município.
A Junta Municipal foi composta por Francisco de Paula Belfort Duarte (presidente), Augusto
Olímpio Gomes de Castro, José da Silva Maia, Manuel Bernardino da Costa Rodrigues e Joaquim de
Sousa Andrade. Além dessa, outras medidas foram tomadas, como a nomeação de Alexandre
Colares Moreira Júnior para o cargo de inspetor do Tesouro Público do Estado e a declaração de
nulidade dos atos estabelecidos pela junta que o antecedera.
No campo religioso, declarou a liberdade de culto e demitiu religiosos de cargos públicos.
Por essas duas determinações, sofreu forte oposição do jornal religioso Civilização, fundado pelo
monsenhor e futuro deputado federal João Tolentino Guedelha Mourão. Os líderes ligados ao
jornal criticaram tais medidas e notificaram o governo provisório no Rio de Janeiro, que
determinou que fossem revertidas. Por não concordar com a determinação, o governador pediu
exoneração e em 3 de janeiro de 1890 foi substituído por Eleutério Frazão Muniz Varela.
Após a passagem pelo governo do Maranhão, Tavares Júnior voltou sua atenção para a
política fluminense. Nomeado governador do estado do Rio de Janeiro, Francisco Portela tentava
sem êxito compor alianças com lideranças conservadoras, liberais e republicanas, apoiando-se no
governo federal chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca. Com a renúncia de Deodoro e a
posse de Floriano Peixoto em 23 de novembro de 1891, republicanos e monarquistas formaram
uma coalizão com o objetivo de forçar a renúncia de Portela. Nesse contexto, dissolveram o
Legislativo estadual, revogaram a Constituição estadual de 1891, e convocaram para janeiro de
1892 eleições para uma nova Assembleia Constituinte estadual. Pedro Augusto Tavares Júnior foi
um dos representantes eleitos. Participou dos trabalhos de elaboração da Constituição fluminense
de 9 abril de 1892 e foi reeleito deputado estadual para a legislatura 1892-1894. Fez parte da
Comissão de Verificação de Poderes e foi eleito para a Comissão de Guarda da Constituição e das
Leis e dos Poderes.10

10
CARNEIRO; LOPES; OLIVEIRA, 2010.

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8. VITORIANISMO
A oligarquia sempre teve papel central em termos de articulação dos processos políticos,
apresentando um caráter tradicional, em função do qual a estrutura de representação e de
intermediação de interesses se fundou nas diversas expressões históricas do patrimonialismo
estatal, sendo o sistema de participação caracterizado, sobretudo, pelo clientelismo político. Em
função desse tipo de dominação, as relações estabelecidas historicamente no Maranhão entre a
sociedade e o Estado sempre conferiram a este um papel mais ativo do que reativo à primeira,
tendo a articulação dos grupos sociais se dado sempre de forma subordinada à instância estatal. 11
Neste contexto de prevalência oligárquica, surgiu o chamado vitorinismo, que é a
denominação para o aspecto político e a manutenção do poder instrumentalizada por Vitorino de
==12cf25==

Brito Freire, num período entre 1947 e 1964. De modo significativo, todos os governadores eleitos
nesse período seriam correligionários de Vitorino indicados por ele. Sendo este um período político
de características mandonistas.12
Vitorino de Brito Freire nasceu na fazenda Laje da Raposa, em Pedra (PE), no dia 28 de
novembro de 1908, filho de Vitorino José Freire, proprietário rural e pecuarista, e de Ana de Brito
Freire. Seus pais descendiam de tradicionais famílias rivais que disputavam o comando político no
interior do Estado.
A sua história política começa bem cedo. Antes de terminar o ginásio, Vitorino Freire voltou
a Pernambuco, matriculando-se inicialmente no Internato Rio Branco e em seguida no Ginásio
Pernambucano, em Recife. Ingressou em 1928 na Faculdade de Direito de Recife sendo nomeado
no mesmo ano, por solicitação do presidente estadual Estácio Coimbra (1926-1930), oficial-de-
gabinete do secretário de Agricultura Samuel Hardmann.
Aderindo ao movimento que resultou na Revolução de 1930, Vitorino Freire não pôde
concluir o curso superior. Embora sem atuar junto aos irmãos Carlos e Caio de Lima Cavalcanti,
chefes civis do movimento em Pernambuco, integrou o grupo de 17 homens que, tendo à frente o
capitão Antônio Muniz de Faria, ocupou em 4 de outubro de 1930 o quartel da Soledade, depósito
de armas e munições da 7ª Região Militar. A ação foi decisiva para a vitória da revolução em
Pernambuco, pois possibilitou aos rebeldes a distribuição de armamentos aos voluntários civis e
militares identificados com sua causa. Vitorioso o movimento, Vitorino foi comissionado no posto

11
GUILHON, 2018.
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de primeiro-tenente, seguindo para o Rio de Janeiro, onde integrou o gabinete do ministro da


Viação e Obras Públicas, José Américo de Almeida.13
Em 1932, Vitorino Freire passou a servir na Diretoria de Meteorologia do Ministério da
Agricultura, cujo titular era Juarez Távora. Ao eclodir em São Paulo a Revolução Constitucionalista,
em julho de 1932, lutou ao lado das forças legalistas sob o comando do general Valdomiro Lima
até a rendição dos revoltosos em 2 de outubro. Em 1934, quando Gustavo Capanema assumiu a
pasta da Educação e Saúde, foi nomeado segundo-oficial do Departamento Nacional de Saúde
Pública.14
Vitorino Freire exercia esse cargo quando, em 18 de julho de 1934, foi nomeado secretário
do interventor federal no Maranhão, o capitão Antônio Martins de Almeida, que havia conhecido
durante a Revolução Constitucionalista. Durante a gestão desse interventor (29/3/1933 a
22/7/1935) ocorreram várias violências policiais em São Luís contra seus adversários políticos. A
Associação Comercial da cidade chegou a decretar uma greve do comércio em represália à prisão
de seus diretores no quartel da Força Pública. Segundo seus adversários, Vitorino passou nesse
momento a comandar um bando denominado “Papai Noel”, especializado em surrar os opositores
do governo. 15
Vinculando-se ao Partido Social Democrático (PSD), do Maranhão, na época uma
agremiação de âmbito estadual, Vitorino foi incumbido de organizá-lo para as eleições estaduais
de 1935. Em julho desse ano, a Assembleia Constituinte maranhense elegeu para o governo do
estado Aquiles de Faria Lisboa, candidato das Oposições Coligadas — formadas pelo Partido
Republicano (PR) e a União Republicana Maranhense (URM) — que derrotou o candidato
pessedista Tasso de Miranda.16
Vitorino seguiu então para o Rio, reintegrando-se ao Ministério da Educação e Cultura.
Regressaria ao Maranhão, porém, no ano seguinte para apoiar o movimento desencadeado pela
URM, a qual, rompendo a aliança com o PR, aliou-se ao PSD e à Liga Eleitoral Católica e conseguiu
que a Assembleia estadual promovesse a deposição de Aquiles Lisboa e solicitasse a intervenção
federal no estado. Em 14 de junho de 1936, o major Roberto Carneiro de Mendonça foi nomeado
interventor no Maranhão. Por indicação de Getúlio Vargas, no dia 18 de julho a Assembleia elegeu
Paulo Ramos, que, com a implantação do Estado Novo (10/11/1937), seria nomeado interventor

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federal. Durante sua permanência à frente do governo do Maranhão, Paulo Ramos obteve de
Getúlio a garantia de que Vitorino não interferiria na política do estado, o que de fato aconteceu. 17
Em dezembro de 1936, Vitorino Freire passou a exercer, no Rio, o cargo de oficial-de-
gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.
No início de 1945, com o enfraquecimento do Estado Novo, os partidos políticos se
reorganizaram em termos nacionais com vistas às próximas eleições para a presidência da
República e para a Assembleia Nacional Constituinte. Seguindo para o Maranhão, Vitorino foi um
dos organizadores do novo PSD naquele estado. Passou em seguida a promover a candidatura
oficial de Eurico Dutra à presidência da República e a liderar a oposição a Paulo Ramos, contrário a
esse candidato. Diante da violenta oposição desencadeada contra seu governo, Paulo Ramos
exonerou-se do cargo de interventor, sendo substituído no mês de março por Clodomir Cardoso. 18
Candidato à Constituinte na legenda do PSD, Vitorino foi eleito em dezembro de 1945, no
mesmo pleito em que Dutra foi escolhido presidente da República. Por indicação de Vitorino, em
seguida à sua posse Dutra nomeou Saturnino Belo interventor no Maranhão. Antes de assumir seu
mandato, Vitorino foi oficial administrativo do gabinete do ministro da Educação e Saúde Clemente
Mariani.19
Durante os trabalhos da Assembleia Constituinte, Vitorino empenhou-se na aprovação de
uma emenda de autoria do deputado udenista Manuel Novais propondo que fosse prevista na
Constituição a defesa e o desenvolvimento do vale do rio São Francisco. Aprovada a emenda foi
constituída a Comissão do Vale do São Francisco, que tempos depois seria responsável pela
construção da usina hidrelétrica de Paulo Afonso.20
Com a promulgação da Carta de 18 de setembro de 1946 e a transformação da Constituinte
em Congresso ordinário, Vitorino Freire continuou a exercer seu mandato de deputado federal.
Durante a campanha para as eleições suplementares de 1947, renunciou ao mandato para
concorrer ao Senado. Essa campanha foi marcada por grave divergência entre os pessedistas
maranhenses, surgida quando o diretório do partido indicou Genésio Rego como candidato a
governador do estado. Vitorino, Saturnino Belo e Sebastião Archer não aceitaram essa indicação e
afastaram-se do PSD, propondo a candidatura de Sebastião Archer. Vitorino organizou então a
seção maranhense do partido Proletário do Brasil (PPB), que acolheu um grupo considerável de
dissidentes do PSD e, em 19 de janeiro de 1947, elegeu Sebastião Archer governador e Vitorino
Freire senador. Passadas as eleições, o PPB se reorganizou, dando origem ao Partido Social

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Trabalhista (PST). Desinteressando-se da nova agremiação, Vitorino reaproximou-se do diretório


regional do PSD.21
Segundo José Ribamar Caldeiras, esses fatos mostram que nesse momento Vitorino Freire
conquistou o poder político no Maranhão, “iniciando então uma política de características
mandonistas — que denominou vitorinismo —, que cobriu todo o período 1947-1964, grosso
modo”.
Iniciando seu mandato no Senado em abril de 1947, Vitorino aí participou da Comissão
Especial das Leis Complementares da Constituição, da Comissão de Finanças e da Comissão
Especial de Inquérito para a Indústria Têxtil.
Durante a campanha para as eleições de outubro de 1950, o PSD lançou as candidaturas de
Cristiano Machado à presidência da República e do paulista Altino Arantes à vice-presidência.
Contrário a esta última indicação, Vitorino decidiu, em setembro, apresentar sua própria
candidatura a vice-presidente, mas esbarrou em outro obstáculo: o diretório do PSD maranhense
tinha na liderança seu inimigo político Genésio Rego. Diante disso, Vitorino lançou-se como
candidato avulso pelo PST. No pleito foram eleitos Getúlio Vargas para presidente e Café Filho,
com 2.520.790 votos, para vice-presidente. Vitorino foi o último colocado, obtendo 524.079
votos.22
Em 1953, Vitorino voltou a pertencer ao PSD de cujo diretório nacional mais tarde chegaria
a fazer parte, alijando definitivamente Genésio Rego da liderança do diretório estadual. Nas
eleições de outubro de 1954, reelegeu-se senador na legenda de seu partido, exercendo novo
mandato a partir de 19 de fevereiro de 1955. Ainda em 1954, participou da Conferência da
Organização Internacional do Trabalho, exercendo a mesma missão em 1957. Nesse ano,
participou da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), à qual voltaria a
comparecer em 1960.23
A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, provocou no país uma
crise político-militar em face do veto dos ministros militares à posse de seu substituto legal, o vice-
presidente João Goulart. Auro de Moura Andrade, então presidente do Senado, e outros
senadores, entre os quais Vitorino Freire, condenaram inúmeras vezes a atitude dos ministros
militares. A crise foi contornada com a adoção do parlamentarismo, aprovado pelo Congresso em 2
de setembro do mesmo ano, e a posse de Goulart cinco dias depois.

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Nas eleições de outubro de 1962, Vitorino reelegeu-se senador pelo Maranhão na legenda
do PSD, passando a exercer a liderança desse partido no Senado. Em 1963 e 1964, foi vice-líder da
maioria e em 1965 exerceria de novo a liderança do PSD.
Vitorino Freire apoiou o movimento político-militar que depôs João Goulart em 31 de março
de 1964, estreitando relações com os chefes militares, entre os quais o general Humberto Castelo
Branco e o general Ernesto Geisel. Durante as negociações para a escolha do presidente da
República, Vitorino, com o apoio de uma facção do PSD, indicou o marechal Dutra, o qual foi
preterido pelas demais lideranças civis e militares em favor de Castelo Branco, que assumiu a
presidência em 15 de abril de 1964.24
No Maranhão, além de iniciar a modernização da infraestrutura econômica e social, o
governo militar realizou, em 1965, uma revisão eleitoral, visando extinguir a corrupção nas
eleições e renovar a elite dirigente. Nas eleições para o governo do estado em outubro de 1965,
José Sarney, candidato de oposição ao vitorinismo, indicado e apoiado por Castelo Branco, venceu
por larga margem de votos. Essa eleição registrou a primeira derrota política de Vitorino no
Estado.25
José Sarney, sendo eleito governador do Maranhão, numa campanha conturbada, toma
posse em janeiro de 1966. Durante o Governo Sarney os investimentos foram aumentados em
2.000%. Houve grande aumento da oferta de energia elétrica, estradas foram pavimentadas, as
universidades federal e estadual do Maranhão foram abertas, houve incentivo no crescimento
urbano, etc. Seu mandato durou até o dia 14 de maio de 1970.26
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior
instauração do bipartidarismo, Vitorino filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido
do governo.27
Vitorino Freire exerceu seu mandato de senador até o final da legislatura, em janeiro de
1971. Embora não tenha obtido da Arena uma legenda para disputar no Senado as eleições de
novembro de 1974, conseguiu eleger seu filho Luís Fernando Freire suplente do senador Henrique
de La Roque. Além disso, por sua influência e indicação, no mesmo ano Osvaldo da Costa Nunes
Freire e José Duailibi Murad foram eleitos indiretamente governador e vice-governador do
Maranhão, o que caracterizaria seu retorno à cena política do estado.

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A partir de 1975, Vitorino passou a integrar o diretório nacional da Arena. Em 1980, com a
nomeação de Henrique de La Roque para o Tribunal de Contas da União, Luís Fernando Freire
assumiu sua cadeira no Senado.
Vitorino Freire faleceu no Rio de Janeiro no dia 27 de agosto de 1977. Deixou suas
memórias registradas no livro “A laje da raposa”, de 1978. 28

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9. CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DA REPÚBLICA

Proclamação da República: 1889


Junta Governativa do Maranhão: 18/11/1889 a 17/12/1889
Nomeação de Pedro Augusto Tavares Júnior: 17/12/1889
Revolução de 30: 1930
Guerra Constitucionalista: 1932
Golpe do Estado Novo: 1937 a 1945
Vitorino Freire deputado federal constituinte: 1945 a 1947
Nova Constituição: 1946
Vitorino Freire eleito senador: 1947
Período do vitorianismo no Maranhão: 1947 a 1964
Vitorino Freire candidato a vice-presidente da República: 1950
Morte de Getúlio Vargas: 24/08/1954
Vitorino Freire reeleito senador: 1955
Renúncia do presidente Jânio Quadros: 25/08/1961
Vitorino Freire reeleito senador: 1963
Ditadura Militar: 1964 a 1985
Vitorino Freire apoia o Golpe Militar: 1964
José Sarney eleito governador do Maranhão: 1966
Vitorino Freire falece: 27/08/1977
Redemocratização do Brasil: 1985
Constituição Cidadã: 1988

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10. EXERCÍCIOS

1. (Quadrix - 2017 - SEDF - Professor - História)


O desenvolvimento da historiografia mundial, fenômeno que o século XX consagrou, permite
novos olhares sobre o passado protagonizado pelas sociedades. No Brasil, multiplicam-se
estudos que lançam luz sobre a trajetória do País, da colônia aos dias atuais. Da
independência, em 1822, passando pela implantação da República, em 1889, ao cenário
presente, a história brasileira é marcada por avanços e recuos, enfrentando percalços e se
mostrando ainda inconclusa em relação à construção da cidadania. Relativamente à história
contemporânea, da produção do conhecimento histórico a alguns dos mais marcantes fatos
ocorridos no Brasil e no mundo, julgue o item.
Ainda que tenha sido conduzida por setores da elite colonial, a independência do Brasil
motivou muitos brasileiros a assumirem a causa da emancipação nacional: levantes populares
ocorreram em vários pontos do País, a exemplo do Pará, do Maranhão, do Piauí e da Bahia.
Comentários
A afirmativa desta questão está certa, pois a Independência do Brasil de fato foi marcada por uma
série de eventos ocorridos entre 1822 e 1824, num contexto de conflitos regionalizados. A
influência de Portugal sobre o Brasil era mantida pelas guarnições em portos estratégicos. Parte da
estratégia portuguesa era retomar o controle do Brasil e impedir a independência de sua colônia
mais importante. Na Bahia ocorreram episódios de grande conflito, durando de 19 de fevereiro de
1822 e com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador
de seu povo, terminou pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, durante a
Guerra da Independência do Brasil.
Já na então Província do Piauí, tradicional produtora de gado, a burguesia comercial e mesmo os
proprietários de terras, estavam ligados à Metrópole, inclusive por laços de sangue. A adesão à
Independência do Brasil foi proclamada na vila de Parnaíba, ao passo que no interior e na capital
estava sob o controle das tropas do Exército português. As tropas brasileiras foram inicialmente
derrotadas na batalha do Jenipapo, em 13 de março de 1823. Mas outras localidades, entretanto,
manifestaram a sua adesão à Independência, alcançando a vitória quando tropas se deslocaram
para apoiar a resistência portuguesa na vila de Caxias, no Maranhão. À época, o Maranhão era
uma das mais ricas províncias da América Portuguesa. O intenso tráfego marítimo com a
Metrópole, justificado pela maior proximidade com a Europa, tornava mais fácil o acesso e as
trocas comerciais com Lisboa do que com o restante da colônia. Os filhos dos comerciantes ricos
estudavam em Portugal. A região era conservadora e avessa aos comandos vindos do Rio de
Janeiro. Foi da Junta Governativa da Capital, São Luís, que partiu a iniciativa da repressão ao

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movimento da Independência no Piauí. Lentamente os brasileiros foram conquistando o apoio de


várias cidades e povoados maranhenses, e aos poucos, os portugueses foram sendo derrotados.
Contudo, a capital, São Luís, permanecia controlada pelos portugueses. Enviada do Rio de Janeiro,
uma frota comandada por Lord Cochrane aproximou-se de São Luís fingindo ser reforços
portugueses. Cochrane conseguiu desembarcar seus homens e aprisionou alguns chefes militares
portugueses. Usando-os como reféns, conseguiu conquistar o controle da cidade. São Luís, a
capital provincial e tradicional reduto português, finalmente bloqueada pelo mar e ameaçada de
bombardeio pela esquadra de Thomas Cochrane, foi obrigada a se render, aderindo à
Independência em 28 de julho de 1823.
No então Estado do Grão-Pará, a burguesia comercial e os grandes proprietários de terras estavam
estritamente ligados à metrópole, de tal modo que foram os últimos a aderirem à Independência.
A adesão do Pará é importante historicamente para o país que finalmente passou a estar livre do
domínio dos portugueses e também para os paraenses que começaram a estabelecer a criação de
uma identidade do povo do estado que sempre esteve muito isolado do restante do Brasil. Quando
resolveu aderir a independência do país, o estado do Pará, passou a ter um sentimento mais forte
de pertencimento a sua terra. Com isso o estado deu o primeiro passo para a formação de uma
identidade mais forte de pátria.
(DONATO, 1987).
Gabarito: Certo

2. (CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 2)


Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como
parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel
do século XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.
A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento
pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da
Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de
independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.
Comentários
A afirmativa está certa, pois de fato a Independência do Brasil foi marcada por diversos episódios
de conflito em diferentes regiões do país. Aquelas regiões que estavam mais ligadas a Portugal,
como Piauí, Maranhão, Pará e Bahia, foram coagidas por tropas lusitanas em resistência à
emancipação da sua principal e mais lucrativa colônia, além da Cisplatina (atual Uruguai).
Aconteceram campanhas militares nessas localidades e os combates contra as forças que não
aderiram à independência estenderam-se até 1824. Esses fatos, por seu lado, contrariam algumas
representações mitológicas acerca da emancipação política “pacifica e harmoniosa”. Quando das
tentativas recolonizadoras das Cortes de Lisboa, iniciadas em 1820 com a Revolução Liberal do
Porto, muitas regiões nordestinas sublevaram-se contra a preponderância de D. Pedro, sendo
focos desta resistência as províncias da Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará, igualmente dizimadas
pela repressão militar do Rio de Janeiro. Neste contexto especifico, outros fatores devem ser
levados em conta, sobretudo a subordinação dos proprietários de terras e escravos regionais aos

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grandes negociantes portugueses que, uma vez expulsos, os privaria de recursos. O caráter
abertamente belicoso da consolidação da independência não deve ser relegado a segundo plano,
mas sim articulado a uma estrutura mais complexa que incluía até mesmo as difíceis condições do
reconhecimento internacional da soberania do Brasil, os conflitos oriundos da hegemonia do
Sudeste e a luta contra a manutenção de certos interesses lusitanos. Dessa perspectiva ressaltaria
a necessidade de imposição da hegemonia do Sudeste sobre as demais regiões, bem como a da
reprodução do funcionamento de um Estado autoritário ou de um projeto autoritário de Império.
(MENDONÇA, 2010).
Gabarito: Certo

3. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - História)


O britânico cuja ousadia nas guerras napoleônicas lhe valeu a alcunha de “lobo do mar” e
que, no Brasil, atuou decisivamente nas guerras pela independência, tendo sido agraciado
com o título de marquês do Maranhão após sua vitória sobre as tropas portuguesas, foi
A) Thomas Cochrane.
B) Robert Southey.
C) Henry Koster.
D) Robert Walsh.
E) John Armitage.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, pois o lord inglês Thomas Cochrane era provavelmente o melhor
guerreiro de mar do Ocidente, sendo contratado para comandar a Armada Imperial brasileira. No
Brasil, oficialmente é um herói nacional, apesar dos contrapostos no Maranhão. Lord Thomas
Cochrane, após fundar a Marinha chilena e garantir a independência do país em uma audaciosa
ação naval na costa do Pacífico, foi convidado por Dom Pedro I, em 1823, a comandar a nova
Marinha brasileira, sob a patente de “primeiro-almirante”, recebendo duas vezes mais do que no
Chile. Com o uso de subterfúgios e enganações, a sua marca registrada, ele proveu inestimável
apoio naval para as vitórias brasileiras na Bahia, em Pernambuco, Pará e Maranhão. Em abril de
1823, o lord Cochrane deixa o porto do Rio de Janeiro no comando de 6 navios, bloqueia o porto
de Salvador e entra na Bahia apenas uma vez, à noite. Com os navios às escuras, se aproxima de
barcos portugueses ancorados no Unhão e começa a abalroar os navios. Surpreendidos e sem ver
de onde vem o ataque, os portugueses tentam fugir. Em 3 meses, a Bahia é integrada ao Império
do Brasil. Com os 4 navios que lhe sobraram, dirige-se ao Maranhão e ao Pará. Cochrane blefa e
manda avisar ao governos locais portugueses que uma poderosa esquadra se aproxima e pede
que se rendam. Os portugueses aceitam para só depois perceberem que não havia esquadra
nenhuma. Tarde demais. A Independência do Brasil já é um fato. Com sua audácia e boas
estratégia, Lord Cochrane desempenhou um papel importante na Independência do Brasil. Mas
não foi pago. Fazendo jus à fama, saqueia o Tesouro de São Luís, leva o dinheiro “para pagar os
marujos”, e bombardeia a cidade. Como seu próprio pagamento não está quitado, ao partir para a

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Inglaterra, leva com ele uma fragata da Armada Imperial. Por isso, a sua fama em São Luís não é
das melhores.
A alternativa B está incorreta, pois Robert Southey foi um historiador, escritor e poeta britânico da
escola do romantismo. A sua relação com o Brasil é que de 1810 a 1819 lançou a História do Brasil,
em Londres, que foi a primeira publicação contendo a sua história geral e que abrange todo o
período colonial até a chegada de D. João VI ao Brasil, em 1808.
A alternativa C também está incorreta, pois Henry Koster, também conhecido como Henrique da
Costa, foi um empresário e pintor português. Filho de pais ingleses, por motivos de saúde veio ao
Brasil em 1809, onde se tornou senhor de engenho. Considerado um dos mais importantes
cronistas sobre o Nordeste brasileiro, Koster viajou para o Brasil em busca de um clima tropical
para curar uma tuberculose. Teve um papel importante na vida social, artística e até política do
Recife na época. Fez muitas amizades, conheceu governadores, senhores-de-engenho,
comerciantes, coronéis.
A alternativa D também está incorreta, pois Robert Walsh foi um médico e capelão inglês, que teve
relações com o Brasil como um funcionário britânico durante o Império Brasileiro. Ora a serviço de
Deus, ora a serviço da Sua Majestade Britânica, viajou do Rio de Janeiro viajou para Minas Gerais,
com destino a São João Del Rey, onde passou a maior parte do tempo, chegou a visitar Vila Rica e
São José (atual Tiradentes). Em sua obra intitulada Notícias do Brasil: 1828-1829, publicada em
1830 e traduzido para o português em 1985, apresenta um breve resumo dos principais fatos que
ocorreram aqui, desde o descobrimento do Brasil até o momento de sua chegada.
A alternativa E também está incorreta, pois John Armitage foi um historiador inglês que escreveu a
História do Brasil em 1836, focalizando a centralidade do comércio como fator de expansão
cultural e refinamento das paixões, dada por meio do contato com as pessoas e coisas. Essa
postura de sua escrita dizia respeito ao projeto de construção do Império Britânico no século XIX.
(SECO, 2006; GASPAR, 2009; VARELLA, 2012; MAXWELL, 2016).
Gabarito: A

4. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - História)


A respeito da Balaiada, uma das revoltas que convulsionou o Brasil durante o período
regencial, entre 1838 e 1840, no Maranhão, assinale a opção correta.
A) Apesar de alguns êxitos no campo de batalha, a Balaiada não conseguiu ocupar qualquer
cidade maranhense.
B) Embora essa revolta tenha apresentado um sentido social, foi irrelevante o número de
escravos fugidos que dela participou.
C) A Balaiada concentrou-se no norte do Maranhão, área dominada por grandes produtores
de algodão.
D) O governo imperial, ocupado em debelar outros movimentos revoltosos, decidiu não
enviar tropas para combater os balaios.

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E) Iniciada a partir de várias disputas entre setores da elite local, a revolta em questão acabou
adquirindo feições de levante popular.
Comentários
A alternativa A está incorreta, de tal modo que as investidas dos revoltosos da Balaiada ocuparam
diversas vilas e fazenda, que chegaram até a ser saqueadas e destruídas. A estratégia dos
revoltosos era de guerrilha rural, atacando pontos fracos da defesa do governo. Mas a ocupação
mais importante da Balaiada foi a cidade de Caxias, que também era uma das mais importantes do
Maranhão, em 1839.
A alternativa B também está incorreta, pois os balaios ainda tiveram o apoio de três mil escravos,
que fugiram das fazendas, se aquilombaram e depois ficaram sob a liderança do negro Cosme
Bento das Chagas.
A alternativa C também está incorreta, pois a Balaiada se estendeu por diversas regiões do
Maranhão e até do Piauí.
A alternativa D também está incorreta, uma vez que em resposta aos levantes, o coronel Luís Alves
de Lima e Silva (o futuro Duque de Caxias) foi nomeado para controlar a tensa situação da
província. Em 1841, com farto armamento e um grupo de 8 mil homens, Luís Alves obteve sucesso
na contenção dos revoltosos e, por isso, recebeu o título de Conde de Caxias. A desarticulação
entre os vários braços revoltosos da Balaiada e a desunião em torno de objetivos comuns, facilitou
bastante a ação repressora estabelecida pelas forças governamentais.
A alternativa E está correta, uma vez que a Balaiada rearticulou os grupos dirigentes que até então
vinham se enfrentando no Maranhão. Naquele momento, a sociedade maranhense estava
dividida, basicamente, entre uma classe baixa, composta por escravos e sertanejos, e uma classe
alta, composta por proprietários rurais e comerciantes. A Balaiada foi uma reação e uma luta dos
maranhenses contra injustiças praticadas por elites políticas e as desigualdades sociais que
assolavam o Maranhão do século XIX. A origem da revolta remete à confrontação entre duas
facções, os Cabanos (de linha conservadora) e os chamados “bem-te-vis” (de linha liberal). Eram
esses dois partidos que representavam os interesses políticos da elite do Maranhão. Até 1837, o
governo foi chefiado pelos liberais, mantendo seu domínio social na região. No entanto, diante da
ascensão de Araújo de Lima ao governo da província e dos conservadores ao governo central, no
Rio de Janeiro, os cabanos do Maranhão afastaram os bem-te-vis e ocuparam o poder. Essa
mudança dá início à revolta em 13 de dezembro de 1838, quando um grupo de vaqueiros liderados
por Raimundo Gomes invade a cadeia local para libertar amigos presos. O sucesso da invasão dá a
chance de ocupar o vilarejo como um todo. Enquanto a rivalidade transcorria e aumentava,
Raimundo Gomes e Manoel Francisco do Anjos Ferreira levam a revolta até o Piauí, no ano de
1839. Este último líder era artesão, e fabricava cestos de palha, chamados de balaios na região, daí
o nome da revolta.
(SILVA, 2008; CANCIAN, 2019; SOUZA, 2019).
Gabarito: E

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5. (MPE-GO - 2018 - MPE-GO - Secretário Auxiliar - Goiás)


O Período Regencial, compreendido entre 1831 a 1840, foi marcado por grande instabilidade,
causada pela disputa entre os grupos políticos para o controle do Império e também por
inúmeras revoltas, que assumiram características bem distintas entre si. Em 1838, eclodiu, no
Maranhão, a Balaiada, somente derrotada três anos depois. Pode-se dizer que esse
movimento:
A) contou com a participação de segmentos sertanejos – vaqueiros, pequenos proprietários e
artesãos – opondo-se aos bem-te-vis, em luta com os negros escravos rebelados, que
buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de liberdade.
B) foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos
(conservadores) a bem-te-vis (liberais), aprofundadas pela luta dos segmentos sertanejos
liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de escravos, sob a liderança do
Negro Cosme, dando características populares ao movimento.
C) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios (sertanejos)
aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes.
D) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e pelo
controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha – então monopólio dos
bem-te-vis, sendo o seu caráter multiclassista a razão fundamental de sua fragilidade.
E) sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu os
diversos segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada pelo governo
imperial, em 1840, aos balaios e aos negros de Cosme, demonstrando a vontade do Império
de reintegrar, na vida da província, todos os que haviam participado do movimento
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois os negros escravos que fugiram das fazendas na ocasião dos
conflitos, se aliaram aos “balaios”, que lutavam contra as injustiças sociais reinantes. Eram pessoas
do povo, homens livres e pobres, como vaqueiros, artesãos, lavradores, negros, mestiços e
escravos que enfrentaram a ordem dominante, representada por setores como o dos grandes
proprietários agrários regionais. A ação que efetivaram foi uma resposta à violência da sociedade
escravagista.
A alternativa B é a resposta correta. No Maranhão, como no Grão-Pará, o processo de
reconhecimento da independência política não acontecera de forma pacífica. Apesar do Sete de
Setembro, a realidade das camadas sociais mais humildes não se modificara. Prosseguiam
excluídas e afastadas do poder político e econômico. Durante o período regencial, a província
maranhense foi marcada por disputas entre duas correntes políticas que, conforme prática
frequente naquela época, se revezavam no poder. Existiam os “bem-te-vis” – liberais que se
opunham aos governistas – e os conservadores – pejorativamente chamados de “cabanos”, termo
que se referia, de acordo com a historiadora Magda Ricci, aos “homens que viviam em casas
simples, cobertas de palha”. As tentativas dos grupos para permanecerem no poder, impondo suas
ideias com intensidade e virulência, levou o Maranhão a se transformar em um palco onde
aconteciam disputas políticas e eleitorais. Os enfrentamentos entre “bem-te-vis” e “cabanos”

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agravaram-se após a votação da chamada Lei dos Prefeitos, que aconteceu durante o governo
regencial do político “regressista” Pedro de Araújo Lima, de 1838 a1840. A lei concedia autonomia
local aos presidentes das províncias, pois ganhavam o privilégio de nomear os prefeitos municipais
com poderes que incluíam o de autoridade policial. Os balaios se movimentavam atacando
fazendas e libertando escravos. Enfrentamentos se espalham alcançando as províncias vizinhas do
Piauí e do Ceará. Batalhas renhidas são travadas, com os rebelados conseguindo algumas vitórias.
Em 1839, tomaram a Vila de Caxias, a segunda cidade do Maranhão em importância, organizando
um Conselho Militar, resultado de uma assembleia entre seus líderes que admitiu elementos
“bem-te-vis” da cidade.
A alternativa C também está incorreta, ao passo que a revolta da Balaiada contou com a
participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos, contra os grandes senhores de terras
e negociantes. As principais causas da Balaiada estão ligadas à pobreza da população da província
maranhense, bem como sua insatisfação diante dos desmandos políticos dos grandes fazendeiros
da região.
A alternativa D também está incorreta, pois não se pode afirmar que a Balaiada pretendia instalar
a República no Maranhão. Além disso, receberam o apoio dos bem-te-vis, que eram os liberais
defensores o fim das práticas abusivas tomadas pelos proprietários de terras e pelos comerciantes
portugueses.
A alternativa E também está incorreta, uma vez que a repressão atuou violentamente contando
com recursos enviados pelo governo imperial. Os redutos foram invadidos e combates
aconteceram corpo a corpo. Os momentos derradeiros da Balaiada foram marcados pelas
rivalidades entre os líderes balaios, por traições, deserções, prisões, torturas e assassinatos
atestados nos registros produzidos pelas forças oficiais. Em 1841, um decreto imperial concedeu
anistia aos revoltosos sobreviventes. Contudo, em 13 de maio de 1841, Caxias diria: "Não existe
hoje um só grupo de rebeldes armados, todos os chefes foram mortos, presos ou enviados para
fora da Província”.
(ABI-RAMIA, 2016).
Gabarito: B

6. (NUCEPE - Prefeitura de Parnarama - MA / 2014)


Apresentam-se nesta questão quatro proposições:
I. A Balaiada foi um movimento de caráter popular. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade
de Caxias, este movimento teve grandes proporções chegando a ter repercussão no Piauí;
II. A formação de parque fabril têxtil foi um ponto importante na economia do Maranhão no
século XIX;
III. O senador Vitorino Freire instalou um governo aberto à mudanças no âmbito político,
conhecidas como vitorinismo;
IV. José Sarney foi o primeiro Governador do Estado do Maranhão durante o período militar
iniciando um período denominado de Maranhão Renovado.

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Assinale a alternativa CORRETA.


A) todas as proposições são verdadeiras.
B) todas as proposições são falsas.
C) somente a proposição II é verdadeira.
D) as proposições III e IV são falsas e as proposições I e II são verdadeiras.
E) as proposições I e II são falsas e as proposições III e IV são verdadeiras.
Comentários
A alternativa D é a resposta certa, pois de fato as proposições III e IV são falsas e as proposições I e
II são verdadeiras.
A proposição III é falsa, porque o chamado vitorinismo é a denominação para o aspecto político e a
manutenção do poder instrumentalizada por Vitorino Freire, num período entre 1947 e 1964.
Significativamente, todos os governadores eleitos nesse período seriam correligionários de
Vitorino indicados por ele. Foi uma política de características mandonistas.
A proposição IV é falsa, porque a alcunha “Maranhão renovado” não foi uma designação do
governo de José Sarney. Em 1965 José Sarney lançou-se candidato a governador do Maranhão,
sendo eleito numa campanha conturbada e tomando posse em janeiro de 1966. Durante o
Governo Sarney os investimentos foram aumentados em 2.000%. Houve grande aumento da
oferta de energia elétrica, estradas foram pavimentadas, as universidades federal e estadual do
Maranhão foram abertas, houve incentivo no crescimento urbano, etc. Seu mandato durou até o
dia 14 de maio de 1970.
(FGV-CPDOC; PANTOJA, 2009).
Gabarito: D

7. (NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Professor Educação Básica - História)


Aconteceu em março de 1823, no então vilarejo do Campo Maior, no Piauí, e faz parte de
uma série de conflitos que eclodiram após a declaração da Independência em 1822. O
governo português visava à manutenção de seus territórios no norte do país – especialmente
nas áreas que hoje correspondem aos estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Em janeiro de
1823, Manuel de Sousa Martins, o futuro Visconde de Parnaíba, aderiu à independência e
assumiu a presidência da Junta do Governo do Piauí. Isso fez com que o major João José da
Cunha Fidié, que recebera da coroa portuguesa a ordem de preservar os territórios ao norte
do país, deslocasse suas tropas para a região. Em 13 de março, um grupo de
aproximadamente 500 sertanejos mal armados enfrentou as tropas do major Fidié. A batalha
durou cerca de cinco horas. Estima-se que 200 sertanejos morreram no embate; as tropas de
Fidié, embora vitoriosas, saíram do conflito enfraquecidas e foram derrotadas em Caxias, no
Maranhão, em julho do mesmo ano.
Claudete Maria Miranda Dias, Entre Foices e Facões (2011).(Adaptado)

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O texto faz referência à Batalha


A) do Contestado.
B) do Riachuelo.
C) do Jenipapo.
D) da Cisplatina.
E) dos Tamoios.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois a Batalha do Contestado foi um conflito que ocorreu entre 1912 e
1916, em uma área povoada por sertanejos, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina.
A alternativa B também é incorreta, pois a Batalha do Riachuelo foi um dos principais eventos
militares ocorridos durante a Guerra do Paraguai. Aconteceu no dia 11 de junho de 1865, nas
margens do rio Riachuelo, um afluente do rio Paraguai.
A alternativa C é a resposta certa. A Batalha do Jenipapo teve um papel muito importante para
garantir a Independência do Brasil e manter a unidade nacional, uma vez que o governo português
pretendia, após o 7 de setembro, manter, pelo menos, a parte norte do Brasil como colônia. A
Coroa portuguesa fracassara graças à Batalha do Jenipapo, entre tantas outras lutas ocorridas em
províncias do norte e nordeste, estava consolidada a Independência do Brasil.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que a Guerra da Cisplatina, conhecida na
historiografia argentina e uruguaia como guerra do Brasil, foi um conflito ocorrido entre o Império
do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata, no período de 1825 a 1828, pela posse da
Província Cisplatina, a região da atual República Oriental do Uruguai.
A alternativa E também é incorreta, pois a Confederação dos Tamoios é a denominação dada à
revolta liderada pela nação indígena Tupinambá, que ocupava o litoral do Brasil entre Bertioga e
Cabo Frio, envolvendo, também, tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, contra os
colonizadores portugueses, entre 1554 e 1567.
(ORIÁ; LEGISLATIVA, 2019).
Gabarito: C

8. (NUCEPE - 2015 - SEDUC-PI - Professor - História)


“A Balaiada teve suas causas nos desmandos dos prefeitos e nas arbitrariedades dos homens
do governo, que, para satisfazer os caprichos partidários, sacrificavam os interesses do povo.
Ela irrompeu no Maranhão e dentro em pouco se propagou pelo Piauí”.
(NUNES, Odilon. O Piauí na História. Teresina: COMEPI, 1975, p. 71).

Com referência às Revoltas Regenciais e à Balaiada no Piauí, analise as assertivas a seguir:


I – Movimento que eclodiu em sucessivos e ininterruptos motins, provocados por bandos
armados, a Balaiada assemelhou-se a revoltas regenciais tais como a Cabanagem (PA),
Farroupilha (RS), Praieira (PE) e Sabinada (BA).

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II – Investindo contra fazendas e propriedades particulares em geral, o movimento Balaio


também ganhou caráter de vingança contra integrantes das elites locais.
III – Entre as causas que colaboraram para a eclosão e adesão ao movimento figura o
recrutamento militar compulsório, utilizado muitas vezes pelos governos como instrumento
político e mecanismo de perseguição.
IV – No Piauí, o fazendeiro e político campo-maiorense Lívio Lopes Castelo Branco e Silva
aderiu ao movimento com vistas a dar fim ao governo do Barão da Parnaíba, Manoel de
Sousa Martins.

A) Todas as assertivas são corretas.


B) Apenas três assertivas são corretas.
C) Apenas duas assertivas são corretas.
D) Apenas uma assertiva é correta.
E) Todas as assertivas apresentam erro.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, pois de fato todas as proposições estão corretas.
A revolta dos balaios, ocorrida no Maranhão durante o Período Regencial, 1830 a 1841, resultou
em mais uma manifestação do processo de crise por que passava a sociedade brasileira durante o
período. Na época do movimento, a província contava com aproximadamente 200 mil homens,
dos quais 90 mil eram escravos e outra grande parte formada de sertanejos ligados à lavoura ou à
pecuária. Em nível das camadas dominantes, o quadro da região não difere das demais, na época.
A política da Província era regulada pelos Bentevis (liberais) e Cabanos (conservadores), seguindo
os moldes do revezamento de partidos, adotado durante o Período Imperial. Algumas crises,
estabelecidas sobre o quadro de 'rotatividade de elites' no poder, eram seguidas - ou precedidas
conforme o caso, de agitações locais, envolvendo geralmente as camadas populares corno
instrumento de luta. O fato com que se costuma marcar o início da revolta ocorreu quando
Raimundo Gomes, um vaqueiro que administrava a fazenda do Padre Inácio Mendes (bentevi)
passava pela vila do Manga levando uma boiada para ser vendida em outra localidade. O
subprefeito da vila, José Egito, cabano e adversário político de Padre Mendes, baixa uma ordem
para o recrutamento de alguns homens que acompanhavam Gomes e também para a prisão do
irmão do vaqueiro. Reagindo, Raimundo Gomes assalta a cadeia e foge para Chapadinha.
Irrompidas as agitações populares concentradas, num primeiro momento, na coluna de Raimundo
Gomes, o aparecimento de manifestações em outras regiões passa a ser frequente. Delas tentará
se aproveitar o partido bentevi. Entretanto, o movimento, ampliando-se, seja no raio de ação
geográfica, seja no quantitativo dos que a ele vieram trazer a sua participação, não possuía as
características simplistas de mais um pronunciamento de políticos desejosos de poder. Nesse
sentido, vale lembrar a participação de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, construtor e
vendedor de balaios, daí ser chamado 'Balaio', nome que passaria ao movimento, bem como a do
preto Cosme, que se colocou à frente de três mil negros rebolados.

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(MENDES JUNIOR; RONCARI; MARANHÃO, 2019).


Gabarito: A

9. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


Em 1820 iniciou-se na cidade do Porto um movimento que, apesar de ostensivamente
liderado por militares, aglutinou as insatisfações de muitos setores sociais de Portugal diante
do reordenamento político do Império. Esse movimento foi refletido em várias províncias do
Brasil.
No Maranhão, os desdobramentos da revolução do Porto podem ser percebido a partir da (o)
A) resistência das autoridades instituídas à formação de Juntas de governo e a renúncia de
Filipe Alberto Patroni Martins Maciel acusado de incitar os escravos à luta contra a nomeação
de um novo governador.
B) resistência de antigas autoridades à adesão incondicional às Cortes e da abdicação do
governador João Carlos de Augusto de Oeyenhausen.
C) descontentamento da maioria da população que não era favorável ao retorno de D. Pedro
bem como a permanência dos cargos burocráticos nas mãos da nobreza.
D) denúncias de conspirações sofridas por Manoel Marques de Sousa, então governador da
província, e a criação de uma Junta governativa sob a presidência do capitão Rego Barreto.
E) organização de uma Junta Constitucional organizada pelo governador Bernardo da Silveira
Pinto da Fonseca e a incitação por parte de alguns jornalistas que prometiam, através dos
pasquins, a liberdade dos escravos.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois Filipe Alberto Patroni Martins Maciel participou de forma ativa do
movimento constitucional no Brasil, sendo a província do Pará a primeira a aderir à Revolução
Constitucionalista do Porto. Foi o primeiro brasileiro a falar nas sessões da Assembleia
Constituinte, em 5 de abril de 1821. Foi delegado da Junta Provisória do Governo do Pará e
deputado provincial pelo Pará na legislatura de 1842 a 1845.
A alternativa B também é incorreta, de modo que João Carlos Augusto de Oyenhausen-
Gravenburg, primeiro e único visconde e marquês de Aracati, foi governador do Pará, tendo
também governado a capitania do Ceará (1803-1807), a de Mato Grosso (1807-1819) e a de São
Paulo (1819-1822). Apesar de ter apoiado o movimento pela Independência do Brasil, fez oposição,
junto com José da Costa Carvalho, ao grupo de José Bonifácio, motivo pelo qual foi demitido do
cargo de governador de São Paulo.
A alternativa C também é incorreta, pois os fatos em questão não dizem respeito à contenda do
retorno de D. Pedro à Portugal.
A alternativa D também é incorreta, pois Manoel Marques de Sousa nunca foi governador da
província do Maranhão.

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A alternativa E é a resposta certa, pois foi graças à Revolução do Porto, de 1820, ao dar posição de
destaque ao parlamento e ao ampliar a esfera de atuação deste, que no Maranhão o ato de
peticionar propiciou aos habitantes da província o direito de reclamar por escrito, em decorrência
disto, observou-se o surgimento de novas demandas políticas, econômicas e sociais nos primeiros
decênios do século XIX. Se num primeiro momento funcionou apenas como um órgão consultivo,
posteriormente sofreu alterações e passou a ser também deliberativo. Ao unir o parlamento ao
monarca, se estabelece em Portugal uma monarquia constitucional. Neste sentido, o órgão de
representatividade da nação funciona como um instrumento de recebimento destas petições
enviadas pelos cidadãos do além-mar, e em particular, dos cidadãos naturais e dos portugueses
radicados no Maranhão.
(SENA, 2013).
Gabarito: E

10. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


" [...] Aê sou quilombola Aê sou quilombar Aê Sou Negro Cosme Sou força viva de um ideal Eu
sou Balaio, sou liberal Que o Bem-te-vi deixou na folha do jornal[...]"
(Zé Pereira Godão/Luís Bulcão)

O samba enredo A Balaiada, de 1989, foi revisitado pela Escola de Samba Turma do Quinto no
ano de 2008. Sobre essa revolta, que aconteceu no Maranhão no período regencial, pode-se
afirmar que
A) foi um movimento elitista, liderado pelos republicanos, no Maranhão representado pelo
partido Bem-te-vi.
B) deve ser considerada como uma continuidade da Revolta de Beckman uma vez que, várias
reivindicações dos manifestantes representavam os mesmos descontentamentos da revolta
anterior.
C) foi uma revolta de caráter popular que, apesar da participação de expoentes de outras
camadas sociais, as camadas menos abastadas representaram a expressão mais significativa
do movimento.
D) foi uma revolta de caráter popular que, após a tomada do poder, tinha como meta a
implantação de uma Monarquia Constitucional liderada pelo negro Cosme.
E) após a tomada do poder, os revoltosos para que aceitassem a deposição das armas
exigiram que o novo governo aceitasse, na sua administração, representantes de todas as
camadas sociais e que, o negro Cosme fosse nomeado para o cargo de vereador da câmara de
Caxias.
Comentários
A alternativa A é falsa, apesar da Balaiada de fato ser chamada de Guerra dos Bem-te-vi, não foi
um movimento elitista, pelo contrário, uma vez que foi a mais longa e numerosa revolta popular
ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841, com início em 13 de dezembro de 1838.

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A alternativa B também é falsa, pois a Balaiada aconteceu entre 1838 e 1841, enquanto a Revolta
dos Beckman ocorreu em 1648.
A alternativa C está correta, pois de fato a Balaiada foi uma revolta de caráter popular que, apesar
da participação de expoentes de outras camadas sociais, as camadas menos abastadas
representaram a expressão mais significativa do movimento. mais um capítulo das convulsões
sociais e políticas que atingiram o Brasil no turbulento momento que vai da independência do
Brasil à proclamação da República. Naquele momento, a sociedade maranhense estava dividida,
basicamente, entre uma classe baixa, composta por escravos e sertanejos, e uma classe alta,
composta por proprietários rurais e comerciantes. A Balaiada foi uma reação e uma luta dos
maranhenses contra injustiças praticadas por elites políticas e as desigualdades sociais que
assolavam o Maranhão do século XIX.
As alternativas D e E também são falsas, uma vez que a participação do negro Cosme na Balaiada
foi à liderança de cerca de três mil escravos, que fugiram das fazendas, se aquilombaram e depois
ficaram sob a sua liderança.
(SILVA, 2008).
Gabarito: C

11. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


A chamada “greve de 1951”, movimento político contra a investidura de Eugênio Barros no
governo, contou com ampla participação popular e ajudou a criar uma nova imagem para a
cidade de São Luís, imagem essa designada pela expressão
A) Jamaica Brasileira
B) Atenas Brasileira
C) Esparta Maranhense
D) Ilha dos Amores
E) Ilha Rebelde
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois a expressão Jamaica brasileira se deu porque houve inicialmente
resistência em associar o reggae a São Luís. O epíteto “Jamaica Brasileira” é adotado até mesmo
pela Secretaria de Turismo de São Luís, que criou um guia turístico do reggae na cidade.
A alternativa B também é incorreta, uma vez que a expressão Atenas brasileira diz respeito à
evocação de um passado glorioso, de grandes nomes da literatura, artes e ciências, encarnado por
jovens filhos de comerciantes e produtores agrícolas, que retornavam de seus estudos na Europa.
A alternativa C é falsa, pois não há registros da expressão ser empregada à São Luís.
A alternativa D também é incorreta, pois a expressão Ilha dos Amores foi empregada com o fim da
Ilha Rebelde, despolitizada pelo regime militar, vislumbrava-se um espaço para São Luís conquistar
outras qualificações, estas, impregnadas de louvação ao amor e à beleza da cidade. Aproveitam-se
dessa lacuna os cantores e compositores maranhenses João Sá ou Claudio Fontana, César

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Nascimento e Carlinhos Veloz. Essa apologia musical a São Luís nasce e vinga entre os anos 1970 e
1990. Claudio Fontana, que morava em São Paulo, saiu na frente com uma declaração de amor à
terra em que nasceu e se criou. Com letra e música de sua autoria, lança a canção intitulada Ilha do
Amor.
A alternativa E está correta. A Greve de 1951, em São Luís, no Maranhão, tem um papel
importante na formação do caráter político da massa urbana ludovicense, e foi o mais formidável
movimento urbano da história do Maranhão, o dia em que a Ilha fez fama de rebelde. Na ocasião,
como presente pelos seus 349 anos de fundação, a cidade recebeu a denominação de “Ilha
Rebelde”, pela brava resistência oferecida, à época, aos detentores do poder. Essa resistência
ganhou visibilidade na greve política contra a posse do governador Eugênio Barros, que, segundo
os oposicionistas, vencera a eleição de outubro de 1950, realizada sob os auspícios da fraude
eleitoral e com o beneplácito da Justiça. Contra isso se levantou o povo de São Luís através de um
fabuloso movimento popular que durou mais de seis meses e com presença nas ruas, dia e noite.
(MARTINS, 2018).
Gabarito: E

12. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


A política maranhense, no sec. XIX, era inteiramente dominada por pequenos e fracionados
grupos de interesse chamados de
A) plutocracia.
B) oligarquia.
C) teocracia.
D) ditadura.
E) comunismo.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a plutocracia é um sistema político no qual o poder é exercido pelo
grupo mais rico, o que pode se aproximar do período em questão, mas não é a expressão
comumente utilizada.
A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a oligarquia sempre teve papel central em termos
de articulação dos processos políticos, apresentando um caráter tradicional, em função do qual a
estrutura de representação e de intermediação de interesses se fundou nas diversas expressões
históricas do patrimonialismo estatal, sendo o sistema de participação caracterizado, sobretudo,
pelo clientelismo político. Em função desse tipo de dominação, as relações estabelecidas
historicamente no Maranhão entre a sociedade e o Estado sempre conferiram a este um papel
mais ativo do que reativo à primeira, tendo a articulação dos grupos sociais se dado sempre de
forma subordinada à instância estatal.
A alternativa C também é falsa, pois teocracia é o sistema de governo em que as ações políticas,
jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas religiões.

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A alternativa D também é falsa, pois ditadura é um dos regimes não democráticos ou


antidemocráticos, ou seja, governos regidos por uma pessoa ou entidade política onde não há
participação popular, ou em que essa participação ocorre de maneira muito restrita.
A alternativa E também é falsa, uma vez que o comunismo é uma ideologia política e
socioeconômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem
classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum dos meios de produção.
(GUILHON, 2018).
Gabarito: B

13. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


No que se refere a turismo religioso, o Maranhão possui três eventos importantes. Marque a
alternativa VERDADEIRA.
A) Um deles acontece em Julho, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Onofre, Santo André e São Judas Tadeu. Em Alcântara, em maio,
acontece a Festa do Bonfim, o mais badalado evento profanoreligioso do Estado.
B) Um deles acontece em Junho, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Já em Alcântara, no segundo
domingo de agosto, acontece a festa de São Benedito. Também lá, em maio, acontece a Festa
do Divino, o mais badalado evento profano-religioso do Estado.
C) Um deles acontece em maio, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Antonio, São Paulo e São Judas Tadeu.
D) Um deles acontece em Agosto, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Em Alcântara, em maio,
acontece a Festa do Bonfim, o mais badalado evento profanoreligioso do Estado.
E) Um deles acontece em Setembro, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Já em Alcântara, no segundo
domingo de agosto, acontece a festa de São Benedito. Também lá, em maio, acontece a Festa
do Divino, o mais badalado evento profano-religioso do Estado.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois é em junho que são feitas as homenagens a Santo Antônio, São
João, São Pedro e São Marçal. Além disso, em Alcântara acontece a Festa do Divino e não do
Bonfim.
A alternativa B é a resposta certa, pois de fato no Maranhão, no que se refere a turismo religiosos,
o Estado possuiu eventos importantes, tais como as festas de junho na capital maranhense, em
homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Já em Alcântara, no segundo
domingo de agosto, acontece a festa de São Benedito. Também lá, em maio, acontece a Festa do
Divino, o mais badalado evento profano-religioso do Estado.
A alternativa C está incorreta, uma vez que a Festa do Divino em Alcântara é que acontece entre o
final de maio e o início de junho.

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As alternativas D e E estão incorretas, pois as festas em homenagem a Santo Antônio, São João,
São Pedro e São Marçal é que acontecem em junho, enquanto a Festa do Divino acontece em
agosto.
(GUEDES, 2019).
Gabarito: B

14. (MOVENS - Pref. São Luís-MA / 2007)


O domínio português no território do futuro estado do Maranhão só foi consolidado a partir
de 1644, com a expulsão dos últimos invasores estrangeiros. Após a independência do Brasil,
em 1822, ocorreram vários conflitos internos no país durante o período da regência imperial.
O Maranhão, em 1831, foi palco da agitação que exigiu a expulsão dos portugueses e dos
padres franciscanos, que ficou conhecida como
A) balaiada.
B) sabinada.
C) setembrada.
D) cabanagem.
E) revolta praieira.
Comentários
A alternativa A é incorreta, apesar da balaiada ter ocorrido entre 1838 e 1841, durante o Período
Regencial, a revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a
participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos.
A alternativa B também é incorreta, uma vez que a sabinada foi um movimento que ocorreu na
Bahia, que teve início entre as elites militares, médicas e jornalistas baianas, seu principal
idealizador foi Francisco Sabino, médico e jornalista; entretanto, o movimento se destacou por ter
grande participação das camadas populares.
A alternativa C é a resposta certa. A setembrada foi o levante ocorrido, durante o período
regencial, no Maranhão e também em Pernambuco, levando o nome do mês em que ocorreu
(assim como as chamadas Abrilada e Novembrada), no ano de 1831, refletindo o sentimento anti-
lusitano que se seguiu à Abdicação de D. Pedro I e que teve noutras províncias manifestações
similares. O principal objetivo do movimento era a saída definitiva dos portugueses do Brasil.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que a cabanagem foi uma revolta popular e social
ocorrida durante o Império do Brasil, entre 1835 e 1840, no Período Regencial, influenciada pela
revolução Francesa, na antiga Província do Grão-Pará, que abrangia os atuais estados do Pará,
Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia.
A alternativa E também é incorreta, pois a revolta praieira foi um conflito que teve seu centro no
Pernambuco, ocorrido durante o período imperial brasileiro.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: C

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15. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - História)


No que diz respeito aos movimentos sociais e políticos ocorridos no Brasil no Período
Regencial, é correto afirmar que
A) na Cabanagem, ocorrida no Grão-Pará, a miséria e o desejo de um governo provincial
escolhido pela população local motivaram a separação e a luta de resistência até 1840.
B) a Balaiada, ocorrida no Maranhão e partes do Piauí e do Ceará, teve um caráter puramente
elitista, em função do aumento de impostos sobre a venda do charque e do couro.
C) a farroupilha, que se espalhou pelo Rio Grande do Sul e Paraná, foi um movimento de
origem popular, separatista e contrária a uma tendência republicana das regências.
D) a Sabinada foi uma revolta liderada pelo escravo Malê, João Sabino, em Salvador, no ano
de 1835, e que pretendia o fim da escravidão e o retorno à África.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, pois entre 1832 e 1840 a província do Grão-Pará foi cenário de
uma sublevação popular conhecida como Cabanagem, que por um período conseguiu unir amplos
setores sociais: escravos foragidos, camponeses, índios, mestiços, trabalhadores independentes e
até mesmo comerciantes portugueses e ingleses e parcelas da elite local. Mas a maioria dos
insurretos, e os mais dedicados à rebelião, provinha das camadas mais pobres. Eram os cabanos,
assim chamados por morarem em cabanas à beira dos rios. Violentamente explorados pelas
autoridades governamentais, viviam em estado de quase absoluta miséria.
A alternativa B está incorreta, pois a Balaiada não teve um caráter puramente elitista, tampouco
ocorreu por causa do aumento de impostos sobre a venda do charque e do couro. A Balaiada foi
uma luta popular que sucedeu na província do Maranhão durante os anos de 1838 e 1841. A
revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a participação
de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos.
A alternativa C também está incorreta, uma vez que era a Revolução Farroupilha que sustentava
ideais federalistas e republicanos na região Sul do Brasil, e não os governos do Período Regencial.
A alternativa D também está incorreta, ao passo que a Sabinada foi uma revolta autonomista de
caráter separatista transitório, tendo ocorrido de 6 de novembro de 1837 a 16 de março de 1838.
Ocorreu na Província da Bahia à época do Brasil Imperial, seus líderes foram o médico e jornalista
Francisco Sabino e o advogado João Carneiro da Silva.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: A

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1. (Quadrix - 2017 - SEDF - Professor - História)


O desenvolvimento da historiografia mundial, fenômeno que o século XX consagrou, permite
novos olhares sobre o passado protagonizado pelas sociedades. No Brasil, multiplicam-se
estudos que lançam luz sobre a trajetória do País, da colônia aos dias atuais. Da
independência, em 1822, passando pela implantação da República, em 1889, ao cenário
presente, a história brasileira é marcada por avanços e recuos, enfrentando percalços e se
mostrando ainda inconclusa em relação à construção da cidadania. Relativamente à história
contemporânea, da produção do conhecimento histórico a alguns dos mais marcantes fatos
ocorridos no Brasil e no mundo, julgue o item.
Ainda que tenha sido conduzida por setores da elite colonial, a independência do Brasil
motivou muitos brasileiros a assumirem a causa da emancipação nacional: levantes populares
ocorreram em vários pontos do País, a exemplo do Pará, do Maranhão, do Piauí e da Bahia.

2. (CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 2)


Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como
parte das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel
do século XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.
A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento
pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da
Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de
independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.

3. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - História)


O britânico cuja ousadia nas guerras napoleônicas lhe valeu a alcunha de “lobo do mar” e
que, no Brasil, atuou decisivamente nas guerras pela independência, tendo sido agraciado
com o título de marquês do Maranhão após sua vitória sobre as tropas portuguesas, foi
A) Thomas Cochrane.
B) Robert Southey.
C) Henry Koster.
D) Robert Walsh.
E) John Armitage.

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4. (CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - História)


A respeito da Balaiada, uma das revoltas que convulsionou o Brasil durante o período
regencial, entre 1838 e 1840, no Maranhão, assinale a opção correta.
A) Apesar de alguns êxitos no campo de batalha, a Balaiada não conseguiu ocupar qualquer
cidade maranhense.
B) Embora essa revolta tenha apresentado um sentido social, foi irrelevante o número de
escravos fugidos que dela participou.
C) A Balaiada concentrou-se no norte do Maranhão, área dominada por grandes produtores
de algodão.
D) O governo imperial, ocupado em debelar outros movimentos revoltosos, decidiu não
enviar tropas para combater os balaios.
E) Iniciada a partir de várias disputas entre setores da elite local, a revolta em questão acabou
adquirindo feições de levante popular.

5. (MPE-GO - 2018 - MPE-GO - Secretário Auxiliar - Goiás)


O Período Regencial, compreendido entre 1831 a 1840, foi marcado por grande instabilidade,
causada pela disputa entre os grupos políticos para o controle do Império e também por
inúmeras revoltas, que assumiram características bem distintas entre si. Em 1838, eclodiu, no
Maranhão, a Balaiada, somente derrotada três anos depois. Pode-se dizer que esse
movimento:
A) contou com a participação de segmentos sertanejos – vaqueiros, pequenos proprietários e
artesãos – opondo-se aos bem-te-vis, em luta com os negros escravos rebelados, que
buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de liberdade.
B) foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos
(conservadores) a bem-te-vis (liberais), aprofundadas pela luta dos segmentos sertanejos
liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de escravos, sob a liderança do
Negro Cosme, dando características populares ao movimento.
C) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios (sertanejos)
aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes.
D) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e pelo
controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha – então monopólio dos
bem-te-vis, sendo o seu caráter multiclassista a razão fundamental de sua fragilidade.
E) sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu os
diversos segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada pelo governo
imperial, em 1840, aos balaios e aos negros de Cosme, demonstrando a vontade do Império
de reintegrar, na vida da província, todos os que haviam participado do movimento

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6. (NUCEPE - Prefeitura de Parnarama - MA / 2014)


Apresentam-se nesta questão quatro proposições:
I. A Balaiada foi um movimento de caráter popular. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade
de Caxias, este movimento teve grandes proporções chegando a ter repercussão no Piauí;
II. A formação de parque fabril têxtil foi um ponto importante na economia do Maranhão no
século XIX;
III. O senador Vitorino Freire instalou um governo aberto à mudanças no âmbito político,
conhecidas como vitorinismo;
IV. José Sarney foi o primeiro Governador do Estado do Maranhão durante o período militar
iniciando um período denominado de Maranhão Renovado.
Assinale a alternativa CORRETA.
A) todas as proposições são verdadeiras.
B) todas as proposições são falsas.
C) somente a proposição II é verdadeira.
D) as proposições III e IV são falsas e as proposições I e II são verdadeiras.
E) as proposições I e II são falsas e as proposições III e IV são verdadeiras.

7. (NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Professor Educação Básica - História)


Aconteceu em março de 1823, no então vilarejo do Campo Maior, no Piauí, e faz parte de
uma série de conflitos que eclodiram após a declaração da Independência em 1822. O
governo português visava à manutenção de seus territórios no norte do país – especialmente
nas áreas que hoje correspondem aos estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Em janeiro de
1823, Manuel de Sousa Martins, o futuro Visconde de Parnaíba, aderiu à independência e
assumiu a presidência da Junta do Governo do Piauí. Isso fez com que o major João José da
Cunha Fidié, que recebera da coroa portuguesa a ordem de preservar os territórios ao norte
do país, deslocasse suas tropas para a região. Em 13 de março, um grupo de
aproximadamente 500 sertanejos mal armados enfrentou as tropas do major Fidié. A batalha
durou cerca de cinco horas. Estima-se que 200 sertanejos morreram no embate; as tropas de
Fidié, embora vitoriosas, saíram do conflito enfraquecidas e foram derrotadas em Caxias, no
Maranhão, em julho do mesmo ano.
Claudete Maria Miranda Dias, Entre Foices e Facões (2011).(Adaptado)

O texto faz referência à Batalha


A) do Contestado.
B) do Riachuelo.
C) do Jenipapo.

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D) da Cisplatina.
E) dos Tamoios.

8. (NUCEPE - 2015 - SEDUC-PI - Professor - História)


“A Balaiada teve suas causas nos desmandos dos prefeitos e nas arbitrariedades dos homens
do governo, que, para satisfazer os caprichos partidários, sacrificavam os interesses do povo.
Ela irrompeu no Maranhão e dentro em pouco se propagou pelo Piauí”.
(NUNES, Odilon. O Piauí na História. Teresina: COMEPI, 1975, p. 71).

Com referência às Revoltas Regenciais e à Balaiada no Piauí, analise as assertivas a seguir:


I – Movimento que eclodiu em sucessivos e ininterruptos motins, provocados por bandos
armados, a Balaiada assemelhou-se a revoltas regenciais tais como a Cabanagem (PA),
Farroupilha (RS), Praieira (PE) e Sabinada (BA).
II – Investindo contra fazendas e propriedades particulares em geral, o movimento Balaio
também ganhou caráter de vingança contra integrantes das elites locais.
III – Entre as causas que colaboraram para a eclosão e adesão ao movimento figura o
recrutamento militar compulsório, utilizado muitas vezes pelos governos como instrumento
político e mecanismo de perseguição.
IV – No Piauí, o fazendeiro e político campo-maiorense Lívio Lopes Castelo Branco e Silva
aderiu ao movimento com vistas a dar fim ao governo do Barão da Parnaíba, Manoel de
Sousa Martins.

A) Todas as assertivas são corretas.


B) Apenas três assertivas são corretas.
C) Apenas duas assertivas são corretas.
D) Apenas uma assertiva é correta.
E) Todas as assertivas apresentam erro.

9. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


Em 1820 iniciou-se na cidade do Porto um movimento que, apesar de ostensivamente
liderado por militares, aglutinou as insatisfações de muitos setores sociais de Portugal diante
do reordenamento político do Império. Esse movimento foi refletido em várias províncias do
Brasil.
No Maranhão, os desdobramentos da revolução do Porto podem ser percebido a partir da (o)

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A) resistência das autoridades instituídas à formação de Juntas de governo e a renúncia de


Filipe Alberto Patroni Martins Maciel acusado de incitar os escravos à luta contra a nomeação
de um novo governador.
B) resistência de antigas autoridades à adesão incondicional às Cortes e da abdicação do
governador João Carlos de Augusto de Oeyenhausen.
C) descontentamento da maioria da população que não era favorável ao retorno de D. Pedro
bem como a permanência dos cargos burocráticos nas mãos da nobreza.
D) denúncias de conspirações sofridas por Manoel Marques de Sousa, então governador da
província, e a criação de uma Junta governativa sob a presidência do capitão Rego Barreto.
E) organização de uma Junta Constitucional organizada pelo governador Bernardo da Silveira
Pinto da Fonseca e a incitação por parte de alguns jornalistas que prometiam, através dos
pasquins, a liberdade dos escravos.

10. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


" [...] Aê sou quilombola Aê sou quilombar Aê Sou Negro Cosme Sou força viva de um ideal Eu
sou Balaio, sou liberal Que o Bem-te-vi deixou na folha do jornal[...]"
(Zé Pereira Godão/Luís Bulcão)

O samba enredo A Balaiada, de 1989, foi revisitado pela Escola de Samba Turma do Quinto no
ano de 2008. Sobre essa revolta, que aconteceu no Maranhão no período regencial, pode-se
afirmar que
A) foi um movimento elitista, liderado pelos republicanos, no Maranhão representado pelo
partido Bem-te-vi.
B) deve ser considerada como uma continuidade da Revolta de Beckman uma vez que, várias
reivindicações dos manifestantes representavam os mesmos descontentamentos da revolta
anterior.
C) foi uma revolta de caráter popular que, apesar da participação de expoentes de outras
camadas sociais, as camadas menos abastadas representaram a expressão mais significativa
do movimento.
D) foi uma revolta de caráter popular que, após a tomada do poder, tinha como meta a
implantação de uma Monarquia Constitucional liderada pelo negro Cosme.
E) após a tomada do poder, os revoltosos para que aceitassem a deposição das armas
exigiram que o novo governo aceitasse, na sua administração, representantes de todas as
camadas sociais e que, o negro Cosme fosse nomeado para o cargo de vereador da câmara de
Caxias.

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11. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


A chamada “greve de 1951”, movimento político contra a investidura de Eugênio Barros no
governo, contou com ampla participação popular e ajudou a criar uma nova imagem para a
cidade de São Luís, imagem essa designada pela expressão
A) Jamaica Brasileira
B) Atenas Brasileira
C) Esparta Maranhense
D) Ilha dos Amores
E) Ilha Rebelde

12. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


A política maranhense, no sec. XIX, era inteiramente dominada por pequenos e fracionados
grupos de interesse chamados de
A) plutocracia.
B) oligarquia.
C) teocracia.
D) ditadura.
E) comunismo.

13. (SEMAD - Pref. São Luís-MA / 2008)


No que se refere a turismo religioso, o Maranhão possui três eventos importantes. Marque a
alternativa VERDADEIRA.
A) Um deles acontece em Julho, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Onofre, Santo André e São Judas Tadeu. Em Alcântara, em maio,
acontece a Festa do Bonfim, o mais badalado evento profanoreligioso do Estado.
B) Um deles acontece em Junho, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Já em Alcântara, no segundo
domingo de agosto, acontece a festa de São Benedito. Também lá, em maio, acontece a Festa
do Divino, o mais badalado evento profano-religioso do Estado.
C) Um deles acontece em maio, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Antonio, São Paulo e São Judas Tadeu.
D) Um deles acontece em Agosto, na capital maranhense, onde são realizadas festas em
homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Em Alcântara, em maio,
acontece a Festa do Bonfim, o mais badalado evento profanoreligioso do Estado.

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E) Um deles acontece em Setembro, na capital maranhense, onde são realizadas festas em


homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Já em Alcântara, no segundo
domingo de agosto, acontece a festa de São Benedito. Também lá, em maio, acontece a Festa
do Divino, o mais badalado evento profano-religioso do Estado.

14. (MOVENS - Pref. São Luís-MA / 2007)


O domínio português no território do futuro estado do Maranhão só foi consolidado a partir
de 1644, com a expulsão dos últimos invasores estrangeiros. Após a independência do Brasil,
em 1822, ocorreram vários conflitos internos no país durante o período da regência imperial.
O Maranhão, em 1831, foi palco da agitação que exigiu a expulsão dos portugueses e dos
padres franciscanos, que ficou conhecida como
A) balaiada.
B) sabinada.
C) setembrada.
D) cabanagem.
E) revolta praieira.

15. (UECE-CEV - 2018 - SEDUC-CE - Professor - História)


No que diz respeito aos movimentos sociais e políticos ocorridos no Brasil no Período
Regencial, é correto afirmar que
A) na Cabanagem, ocorrida no Grão-Pará, a miséria e o desejo de um governo provincial
escolhido pela população local motivaram a separação e a luta de resistência até 1840.
B) a Balaiada, ocorrida no Maranhão e partes do Piauí e do Ceará, teve um caráter puramente
elitista, em função do aumento de impostos sobre a venda do charque e do couro.
C) a farroupilha, que se espalhou pelo Rio Grande do Sul e Paraná, foi um movimento de
origem popular, separatista e contrária a uma tendência republicana das regências.
D) a Sabinada foi uma revolta liderada pelo escravo Malê, João Sabino, em Salvador, no ano
de 1835, e que pretendia o fim da escravidão e o retorno à África.

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1. Alternativa C 6. Alternativa D 11. Alternativa E


2. Alternativa C 7. Alternativa C 12. Alternativa B
3. Alternativa A 8. Alternativa A 13. Alternativa B
4. Alternativa E 9. Alternativa E 14. Alternativa C
5. Alternativa B 10. Alternativa C 15. Alternativa A

10.1. REFERÊNCIAS USADAS NOS COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

ABI-RAMIA, Jeanne. A Balaiada. 2016. Disponível em:


<http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11758-a-balaiada>.
Acesso em: 16 ago. 2019.

CANCIAN, Renato. Balaiada (1838-1841) - Revolta popular no Maranhão. Disponível em:


<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/balaiada-1838-1841-revolta-popular-no-
maranhao.htm>. Acesso em: 15 ago. 2019.

DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo: Editora Ibrasa, 1987.

FGV-CPDOC; PANTOJA, Sílvia. Vitorino Freire. 2009. Disponível em:


<http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/vitorino-de-brito-freire>. Acesso
em: 21 ago. 2019.

GASPAR, Lúcia. Henry Koster. 2009. Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em:
<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=2
91&Itemid=1>. Acesso em: 14 ago. 2019.

GUEDES, Maria Helena. As ilhas dos Lençóis. Disponível em:


<https://books.google.com.br/books?id=zQFyDwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-
BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 22 ago. 2019.

GUILHON, Maria Virginia Moreira. SARNEÍSMO NO MARANHÃO: os primórdios de uma


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<http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/download/10158/5908.>.
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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS.


É isso aí, meu amigo concurseiro. Se você fez tudo até aqui é mesmo um guerreiro dos
estudos, como devemos ser na vida. Parabéns pelo seu esforço, é um comportamento bem difícil
até nos disciplinarmos, mas as conquistas fazem tudo valer a pena. Aristóteles dizia que o
conhecimento tem raízes amargas, mas seus frutos são doces.
Leia e Releia a teoria. Faça e refaça os exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. Vai
valer muito a pena. Nós da equipe Estratégia Concursos, vamos guiá-lo ao caminho da aprovação.

Motivação, Disciplina e Estratégia.


Um grande abraço...
Bons estudos.
Foco no Sucesso!

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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