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FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Cultura,
Língua e
comunicação
CLC 6 – Culturas de
Urbanismo e Mobilidade
AÇÃO:
AÇÃO:
FORMADOR:
FORMANDO:
CLC6 – CULTURAS DE URBANISMO E MOBILIDADE
Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP
CULTURAS DE URBANISMO E
MOBILIDADE
1.1. O lar
Todo o ser humano vive num espaço privilegiado que constitui a "sua
casa" e que designamos de maneira geral pelo termo de lar. Esta palavra, que
tem uma forte ressonância emocional e social, evoca para cada um o facto de,
entre todos os espaços, um deles ser mais que todos os outros, o seu lugar de
vida.
FISHER, Gustave-N., Psicologia Social do Ambiente, Lisboa, Instituto Piaget, 1994 (adaptado). 2
A habitação é uma questão que muita preocupa os portugueses, pois ao lado da ambição
profissional e familiar surge quase sempre a de possuir casa própria. Essa casa será tanto mais a
casa sonhada quanto mais tiver prestado atenção ao espaço onde a mesma está integrada, se há ou
não um plano de desenvolvimento sustentável, se há zonas verdes que promovam o recreio, o
convívio, práticas de desporto, enfim, equipamentos que caracterizam aquilo que consideramos
corresponder à qualidade de vida.
CASA E LAR
Casa é uma construção de cimento e tijolos.
Lar é uma construção de valores e princípios.
Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio.
Lar é o abrigo do medo, da dor e da solidão.
Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o quarto de banho, comer.
Onde temos pressa para sair e retardamos a hora de voltar.
O lar é o lugar onde os membros da família anseiam por estar nele,
onde refazem as suas energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do
acolhimento.
É onde temos pressa de chegar e retardamos a hora de sair.
Numa casa criamos e alimentamos problemas.
O lar é o centro de resolução de problemas.
Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.
Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apoiam e nas lutas se
solidarizam.
Casa é local de dissensões, conflitos, discórdia.
No lar as dissensões, os conflitos, existindo, servirão para esclarecer e engrandecer.
Numa casa desdenha-se dos nossos valores.
No lar sonhamos juntos.
Numa casa há azedume e destrato.
Num lar sempre há lugar para a alegria.
Numa casa nascem muitas lágrimas.
Num lar plantam-se sorrisos.
A casa é um nó que oprime, sufoca.
O lar é um ninho que aconchega.
Abigail Guimarães
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Sentido literal - é o sentido próprio, ou seja, o sentido comum que costumamos dar a uma palavra e
normalmente pode ser compreendida sem recorrer ao contexto em que é afirmada.
Sentido figurado – são os diversos sentidos que uma palavra ou expressão podem adquirir,
dependendo do contexto em que são aplicadas.
3
Ex. 1 - "O Sol ilumina e aquece a terra". / " Tu és o Sol da minha vida."
No primeiro caso, a palavra está em sentido próprio porque, neste contexto, significa a
estrela.
No segundo caso, a palavra está em sentido figurado, porque, neste contexto, significa o
mais importante, a razão de ser, o amor.
Ex. 2 - "O livro está em cima da mesa" / "Aquele rapaz é um livro aberto"
Na primeira frase a palavra significa um objecto de papel com letras impressas que se
podem ler, logo está em sentido literal.
Na segunda, a palavra significa que o rapaz é muito bem conhecido ou que fala tudo sobre
si, logo, a palavra é usada em sentido figurado
Atividade 1:
Depois da leitura e análise do texto “Lar e Casa”, responda ao questionário que se segue.
1. Os termos lar e casa são considerados pela autora como sinónimos? Justifique a sua
resposta, esclarecendo o sentido que a mesma atribui a cada termo.
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2. Apresente duas características que a autora associa ao termo lar e duas que associa ao
termo casa.
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3. Identifique, no texto, duas expressões cujas palavras sejam usadas no seu sentido literal.
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4. Identifique, no texto, duas expressões que contenham palavras usadas em sentido figurado
e explique o significado que lhes é atribuído.
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As pessoas vivem em aldeias, vilas ou cidades, povoações “urbanas”, cada uma com a sua própria
organização de ruas, avenidas, praças e bairros, onde têm as suas casas e locais de trabalho. Nessa
paisagem, terreno ou território, ao longo de estradas e caminhos de rios ou de mar, as pessoas
construíram ruas e edifícios, grandes e pequenos, em função do estatuto e do que representam na
comunidade. Será que a organização urbana da paisagem e do território influencia a vida das
pessoas ou é determinada por ela?
De que nos serve um jardim sem sol ou uma praça com vento? O “bom urbanismo”deve ser feito a
pensar nas pessoas, no seu conforto, na sua utilização. Muitos constroem urbanizações onde as
pessoas não vivem na rua, não passam tempo na rua, (só em casa) porque não têm espaços
exteriores com condições e conforto para as pessoas usarem.
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Reclamação
Requerimento
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Reclamação
Nas sociedades em que vivemos, os conflitos são inevitáveis. A qualquer momento, todos podemos
ser confrontados com a necessidade de exigir que os nossos direitos sejam respeitados. Para isso, é
importante que estejamos bem informados e saibamos a quem e como devemos reclamar.
Comece por procurar uma forma justa e amistosa de resolver o conflito, falando com a pessoa ou
entidade em causa. Se não for possível chegar a acordo, escreva, expondo a sua posição de forma
clara e precisa. Uma reclamação escrita dificilmente pode ser ignorada. De preferência, escreva-as à
6
máquina ou num computador, sobretudo se a sua letra não for muito legível.
Guarde sempre uma cópia. Também é importante que a carta respeite algumas regras simples,
apesar de não haver um modelo único pois dependerá sempre do tipo de reclamação.
a) Identifique os intervenientes, indicando os nomes (ou denominação social, no caso de uma
empresa), as moradas completas e, eventualmente, o seu número de telefone, para facilitar
o contacto.
b) Situe os factos. Não se esqueça de mencionar o local e a data da comunicação.
c) Descreva o sucedido de forma clara e precisa e conclua com o que pretende da outra parte.
d) Junte eventuais documentos relevantes para a compreensão do assunto ou para comprovar
os seus direitos (apenas cópias, nunca os originais).
e) Assine a comunicação.
à espera.
(Exposição clara do que se pretende – pedido de regularização/proposta de solução da situação –
indicação das medidas a adotar se situação não for regularizada)
Como é evidente, o atraso na resolução do problema tem trazido diversos transtornos à minha
família. Por isso, venho exigir que o sofá me seja entregue, sem falta, dentro dos próximos oito
dias. Caso contrário, tenciono anular a referida encomenda e exigir a devolução do sinal.
(Fecho)
Sem outro assunto de momento,
(Assinatura) 7
António Luís Guimarães
O REQUERIMENTO
ATIVIDADE
1. A partir do modelo de uma carta de reclamação, escreva uma ao empreiteiro que construiu
a sua vivenda, pois este não concluiu os pavimentos exteriores e já verifica infiltrações das
águas da chuva por todo o telhado.
2. Segundo o modelo de requerimento, escreva um à Câmara Municipal, com o objectivo de
ser feita a última vistoria à sua vivenda o mais atempadamente possível, pois precisa que a
licença de habitabilidade seja emitida com a máxima brevidade.
Foi a partir da era industrial, com o êxodo da população rural para a cidade, que surgiu o conceito
de “espaço verde urbano”, como espaço que tinha por objectivo recriar a presença da natureza no
meio urbano.
São exemplos de espaços verdes, os parques, os jardins, as praças
e logradouros ajardinados, as alamedas, certos cemitérios. Os
espaços verdes podem ser públicos ou privados, embora muitos
dos privados possam ser de uso público. Estes espaços são zonas
de recreio e lazer por excelência, favorecendo os encontros entre 9
ATIVIDADE
Opine sobre a importância das zonas verdes no contexto urbano.
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Realização de conferências e afins mas também de eventos culturais ligados à música e outros.
Biblioteca - Equipamento cultural dirigido ao público em geral ou a públicos específicos que se
destina ao empréstimo de publicações para leitura/consulta e que pode desenvolver também
outras atividades culturais.
Centro de Ciência Viva - Espaço interactivo de ciência e tecnologia, parte integrante da Rede de
Centros Ciência Viva, cujo principal objectivo é promover a difusão da cultura científica e
tecnológica entre os cidadãos.
Espaço Internet - Espaço de acesso público, iniciativa do Ministério da Ciência e da Tecnologia em 11
parceria com as Câmaras Municipais, que visa a divulgação junto dos cidadãos das tecnologias de
informação e da Internet.
PATRIMÓNIO CULTURAL
Património cultural é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor
próprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da
cultura de um povo.
O património é a nossa herança do passado, com que vivemos hoje, e que passamos às gerações
vindouras.
Do património cultural fazem parte bens imóveis tais como castelos, igrejas, casas, praças,
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conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história, a arqueologia, a
paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por exemplo, pinturas, esculturas e
artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura, a música, o folclore, a linguagem, os
costumes, lendas, tradições festivas e outras tradições.
Portugal é um dos países com maior número de monumentos no mundo classificados como
Património Mundial, o que demonstra a amplitude da sua atuação mundial. Os monumentos
portugueses podem ser encontrados por todo o mundo, o que mostra bem a dimensão e influência
da presença portuguesa a uma escala global. Do Brasil à Tanzânia, do Paraguai ao Sri Lanka, os
portugueses deixaram marcas culturais e de enorme valor, classificadas oficialmente pela UNESCO
em três continentes diferentes.
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Os locais histórico-culturais ou naturais que são património mundial da UNESCO em Portugal são:
Centro Histórico de Angra do Heroísmo (1983) - Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores
Mosteiro dos Jerónimos (1983) - Lisboa
Torre de Belém (1983) - Lisboa
Mosteiro da Batalha (1983) - Batalha
Convento de Cristo (1983) - Tomar
Centro Histórico de Évora (1986) - Évora 13
Mosteiro de Alcobaça (1989) - Alcobaça
Paisagem Cultural de Sintra (1995) - Sintra
Centro Histórico do Porto (1996) - Porto
Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa
(1998) - Distrito da Guarda
Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira
(1999) - Ilha da Madeira, Madeira
Centro Histórico de Guimarães (2001)
- Guimarães
Região Vinhateira do Alto Douro
(2001) - Nordeste de Portugal
Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (2004) - Ilha do Pico, Açores
Cidade Fronteiriça e de Guarnição de Elvas e as suas Fortificações (2012) - Elvas
Universidade de Coimbra, Alta e Sofia (2013) - Coimbra
PROPOSTA DE ATIVIDADE
1.1. Identifique, ilustrando, os equipamentos culturais existentes na sua localidade (ou outra
com a qual tenha algum tipo de ligação). Caracterize-os, indicando, por exemplo, data da sua
construção, localização, objetivos, atividades desenvolvidas, funções, horário, preço, entre
outros aspetos;
1.2. Identifique, ilustrando, património cultural característico da sua localidade. Proceda do
mesmo modo que na questão anterior, caracterizando o património indicado.
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Anoitecer
É a hora do descanso
mas o descanso vem tarde,
o corpo não pede sono,
depois de tanto rodar;
pede paz - morte - mergulho
no poço mais ermo e quedo;
desta hora tenho medo.
Hora de delicadeza,
Gasalho, sombra, silêncio.
Haverá disso no mundo?
É antes a hora dos corvos,
bicando em mim, meu passado,
meu futuro, meu degredo;
desta hora, sim, tenho medo.
ATIVIDADE
2. Esta contraposição é feita entre elementos típicos e simbólicos da realidade rural, como por
exemplo _____________________________________________ e componentes e símbolos
característicos do panorama urbano, como por exemplo
_________________________________________________________________________________.
3. A par da temática do poema já identificada, existe outra bem patente, trata-se
____________________________________.
4. O poema é constituído por ________ versos e _________ estrofes. Cada estrofe é designada por
_________________, uma vez que todas são constituídas por ________ versos. 15
5. Selecione uma estrofe à sua escolha e explique, por palavras suas, o seu significado.
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6. Procure preencher o quadro que se segue, indicando algumas características que possam
distinguir o meio rural do urbano.
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7. Considere uma das citações que se seguem e interprete-a.
As primeiras cidades localizaram-se no Médio Oriente, junto aos principais rios (Tigre,
Eufrates e Nilo) e ainda não
17
contrastavam muito com o
espaço rural envolvente;
destacavam-se apenas pela
concentração populacional e por
serem centros de poder e de
decisão.
No território europeu, a primeira civilização de destaque foi a grega, cujos registos das
cidades-Estado remontam aos séculos VIII a VI a.C.. As cidades gregas eram centros
comerciais, religiosos, políticos e artísticos,
com autonomia organizacional em relação às
demais. As cidades gregas mais conhecidas
foram Atenas e Esparta, que durante séculos
dominaram o comércio no Mar Egeu e em
parte do Mediterrâneo, deixando também
como importante legado aspetos filosóficos,
políticos (democracia), jurídicos, militares e artísticos que até hoje são perceptíveis.
Entretanto, o caso de maior notoriedade de uma
cidade da Antiguidade é Roma. Do mito do
surgimento da cidade, a partir dos irmãos gémeos
alimentados por uma loba, formou-se o maior
império do período, cuja capital era Roma. A partir
da República, os romanos expandiram-se por toda a
Europa e grande parte da Ásia, dominando
económica, militar e culturalmente por séculos essas regiões. A civilização romana foi
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aquela que mais impulsionou o crescimento das cidades através da construção de ruas
pavimentadas, de aquedutos, de balneários, etc. No entanto, apenas no centro das cidades
as marcas urbanas eram mais evidentes, sendo que a presença de elementos rurais no
espaço da cidade era ainda uma realidade.
Curiosamente, é a partir do declínio do
Império Romano que se vê a perda de
importância das cidades no ocidente
europeu. Com as invasões dos povos 18
visível a fronteira entre o espaço urbano e o espaço rural. Surgiram, então, as áreas
suburbanas, as áreas situadas em torno das cidades, mas dependentes destas em vários
aspetos, nomeadamente, o emprego.
ATIVIDADE
1 – Das seguintes afirmações, destaque a correcta, assinalando-a com uma cruz (X).
1.2 – A expansão do fenómeno urbano (em número de habitantes e em área) é uma das principais
características do império:
Muçulmano.
Romano.
Egípcio.
elevado.
moderado.
não se desenvolveu (retrocesso).
1.4 – O acontecimento histórico que esteve na base do grande crescimento populacional das
cidades foi:
a descoberta da roda.
a Revolução industrial.
a explosão demográfica.
1.5 – O desenvolvimento dos transportes permitiu uma maior distância no percurso casa-trabalho-
casa, que grande parte da população urbana realiza diariamente. Este movimento designa-se
por:
êxodo rural.
êxodo urbano.
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migração pendular.
CIDADE - Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila),
geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade
populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria
ou nos serviços
Delimitar uma cidade constitui uma tarefa complexa, pois CONDIÇÕES PARA UMA LOCALIDADE SER
ELEVADA À CATEGORIA DE CIDADE EM
envolve várias componentes e pode assentar em diversos PORTUGAL (LEI N.º 11/82 DE 2 DE JUNHO)
critérios: Uma vila para ser elevada a cidade
necessita de um número superior a 8000
eleitores em aglomerado populacional
contínuo e, pelo menos, metade dos
Demográfico ou de mínimos populacionais, é o
seguintes equipamentos colectivos:
critério mais geral e de mais fácil utilização, pois
- Instalações hospitalares com serviço de
baseia-se no número de habitantes. Considera-se permanência;
- Farmácias;
que uma cidade possui sempre mais habitantes que - Corporação de bombeiros;
- Casa de espectáculos e centro cultural:
uma vila ou uma aldeia. - Museu e biblioteca;
- Instalações de hotelaria;
O administrativo e político (histórico) é o critério Estabelecimento de ensino preparatório e
secundário;
aplicado a certos povoamentos, por terem - Estabelecimento de ensino pré-primário e
infantários;
capacidade de decisão, por serem capital regional - Transportes públicos, urbanos e suburbanos;
- Parques ou jardins públicos.
ou distrital, ou por terem beneficiado desse Importantes razões de natureza
histórica, cultural e arquitectónica poderão
estatuto através de forais ou concessões régias. No justificar uma ponderação diferente dos
requisitos enumerados anteriormente.
nosso país, Miranda do Douro ou Pinhel são
Diário da República, 1." série 2 de Junho de 1982
exemplos de cidades baseadas neste critério. (adaptado)
o funcional, baseia-se no predomínio de
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ATIVIDADE
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1 - Leia com atenção os textos seguintes.
TEXTO 1 TEXTO 2
TEXTO 3 TEXTO 4
Uma localidade, para ascender a cidade, A cidade define-se pelo seu aspecto
em Portugal, precisa de possuir mais de 8000 exterior, por uma paisagem urbana, que não é
eleitores em aglomerado populacional contínuo. uniforme, mas que se define pela oposição ao
campo circundante, aqui pela existência de
Lei 11782 de 2 de Junho monumentos, de edifícios altos, de automóveis
(…).
MAX DERREAU
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2 – Com base na Lei n.º 11/82, explique por que razão V. N. Gaia é considerada cidade.
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Conceito de Turismo
Actualmente, o turismo é uma das actividades em maior
crescimento no mundo. O avanço tecnológico dos meios de
transporte, o aumento do poder de compra, a acessibilidade de
custos para viajar, como também a diminuição do horário de 23
trabalho e o aumento das horas de lazer são apenas alguns dos
factores que explicam o extraordinário crescimento das
actividades turísticas no mundo.
Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, as
Recomendações da Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas, definem o de turismo como:
"as atividades que as pessoas realizam durante as suas viagens e permanência em lugares
distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins
de lazer, negócios e outros.”
Como tal, designa-se por “turista” o visitante que se desloca voluntariamente por período de
tempo igual ou superior a 24 horas para um local diferente da sua residência e do seu trabalho, sem
que tenha por motivação a obtenção de lucro.
O conceito de turismo está cada vez mais vasto, abrangendo novas e diferentes áreas de
atenção e fruição. Entre estas destacam-se:
Turismo urbano
Turismo de rural
Turismo de habitação
Turismo cultural
Turismo de aventura
Turismo Urbano
• O turismo urbano caracteriza-se por corresponder ao
turismo efetuado em espaços urbanos.
• É sempre orientado para o contacto com as vivências
nesses espaços urbanizados e, em particular, para o
seu património histórico, cultural e artístico.
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• Pode ser definido como a aglomeração de diversas atividades que uma cidade tem para
oferecer e que resulta de um afluxo de turistas.
O turista urbano inclui vários tipos de turistas, como participantes em congressos e eventos
profissionais, culturais e desportistas, apreciadores de edifícios históricos, viajantes a negócios,
assim como pessoas que visitam familiares/amigos.
Turismo rural
• É uma modalidade do turismo cujo objetivo é apresentar 24
Turismo de Habitação
• Corresponde a um serviço de alojamento
prestado em casas antigas particulares
que, pelo seu valor arquitectónico,
histórico ou artístico são representativas
de uma determinada época, sendo
exploradas pelos proprietários do imóvel e
nele residentes. O elemento significativo
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deste tipo de turismo é que, muitas vezes, as famílias ainda vivem nas casas, dando ao
turista uma visão mais profunda dos costumes e modos de vida locais.
• Apresenta como conceito geral preservar as casas, a tradição, a cultura, a arquitectura (quer
clássica, quer rústica) e os modos de vida tradicionais.
As casas devem integrar-se nos estilos arquitectónicos típicos locais, e os proprietários devem
estar disponíveis para contar a história local, bem como a história da casa; e dar informações
sobre a gastronomia local, festas, artesanato, tradições e locais de interesse próximos.
São características fundamentais para o exercício do turismo de habitação: 25
Turismo Cultural
• Está centrado na apreciação do património histórico-cultural e artístico de uma determinada
região e inclui áreas muito diversas, tais como, arte, arqueologia, etnologia, património
monumental e edificado, gastronomia, festas, usos e costumes, património natural e
agrícola, cultura oral….
• Têm sido desenvolvidas localmente
pelo poder político novas ofertas de
lazer que passam, na sua maioria,
pela criação de pequenos núcleos
museológicos e/ou museus, pela
abertura de galerias de exposições
temporárias e pela valorização do
património arqueológico e etnográfico (com o restauro e de sítios arqueológicos e
etnográficos, tais como, moinhos, lagares, forjas e olarias...)
Na implementação de um turismo cultural as visitas a museus, exposições temporárias, sítios
arqueológicos e unidades etnográficas devem ser um complemento ao contacto direto com o
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meio envolvente e com a população local, que é a principal detentora dos usos, costumes e
tradições.
Turismo de aventura
• A palavra aventura — do latim adventurus ("o que advirá") - remete para algo diferente,
para o desafio, e para um certo risco capaz de proporcionar a sensação de prazer, liberdade
e superação pessoal, que varia de acordo com a expetativa de cada pessoa e com o nível de
dificuldade de cada atividade.
• O Turismo de aventura compreende então o
movimento de turistas para a prática de
actividades de aventura de carácter
recreativo, podendo ocorrer em qualquer
espaço: natural, construído, rural, urbano,
estabelecido como área protegida ou não.
• Algumas actividades relacionadas:
– Rafting, rapel, mountain bike, montanhismo, mergulho autónomo, mergulho de
apneia, moto4, arborismo, exploração de cavernas, entre outras actividades.
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Técnico de turismo: profissional que organiza e promove a venda e a prestação de serviços turísticos.
Guia-intérprete: profissional que acompanha turistas em visitas a locais de interesse turístico (museus,
palácios, monumentos nacionais, etc.), zelando pelo seu bem-estar.
Correio de turismo: profissional que trabalha como representante das organizações que promovem serviços
turísticos. Este tem de assegurar que o programa elaborado pela agência de viagens corre como previsto,
27
atendendo sempre aos clientes.
ATIVIDADE
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4. PREVENÇÃO RODOVIÁRIA
História:
A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) foi fundada em 1965, pelo Lyon Club de Lisboa,
como uma associação portuguesa sem fins lucrativos e com o objectivo de prevenir os
29
acidentes rodoviários e as suas consequências.
Em 1966, é reconhecida pelo Governo como instituição de utilidade pública.
Já nessa altura, a elevada sinistralidade rodoviária preocupava alguns dos sectores da
sociedade e ao Lyon Clube de Lisboa sensibilizou-o, em particular, as crianças vítimas deste
flagelo.
A PRP começa por ser uma pequena associação com apenas seis funcionários que se vai
implementando. Desde o início que uma suas preocupações são as crianças e os jovens.
Assim, nascem as Escolas Móveis de Trânsito que se deslocam às escolas de todo o país dando
formação aos alunos.
Actualmente a PRP é uma associação de referência a nível nacional sem fins lucrativos, com o
objectivo de prevenir os acidentes rodoviários
e as suas consequências, tendo alargado a sua
acção, para além da educação e
sensibilização, à formação nas várias
vertentes quer de professores quer de jovens
quer de técnicos ligados à construção,
sinalização e conservação dos diversos tipos
de vias.
Objetivos:
A Prevenção Rodoviária Portuguesa tem por objectivo a prevenção dos acidentes rodoviários e a
redução das suas consequências.
d) Elaborar estudos específicos, quer por iniciativa própria, quer por solicitação de outrém,
recorrendo a colaboração externa quando tal se torne necessário ou por qualquer motivo se
justifique, sob os diversos aspectos do trânsito rodoviário especialmente aqueles que assumem
maior importância para a segurança
f) Conceber, executar, colaborar na execução e por todas as formas fomentar as acções tendentes a
evitar acidentes rodoviários e a reduzir a gravidade das suas consequências, nomeadamente no
âmbito da formação e informação dos utentes, do ordenamento do trânsito e da promoção da
melhoria das condições da segurança da infra-estrutura, dos equipamentos e dos veículos, tendo
sempre em conta a investigação prévia e a avaliação da eficácia.
ATIVIDADE:
Após a leitura do texto, indique 10 principais causas dos acidentes rodoviários e proponha 10
medidas que para os evitar/prevenir.
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CARTAZES
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PANFLETOS
Um panfleto do ACP, dos anos 50, sobre as regras a serem seguidas por peões.
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ATIVIDADE:
1. As estatísticas mostram que muitos dos acidentes que envolvem crianças ocorrem nos percursos
diários, como o caminho de ida e volta da escola.
Em 2011, de acordo com dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, 2950 crianças
foram vítimas de acidentes rodoviários em Portugal, das quais 60% na condição de passageiras em
veículos ligeiros e 30% na condição de peões.
Para que as crianças tomem consciência dos perigos que enfrentam quando circulam na via pública
e saibam qual o melhor comportamento a adotar, propõe-se a realização de um panfleto de
sensibilização alusivo ao tema:
“A caminho da escola em segurança”
2. Tendo em conta uma das causas dos acidentes rodoviários (excesso de velocidade, falta de
descanso, consumo de álcool, …) elabore um cartaz de sensibilização, de acordo com as regras
estudadas para a elaboração dos mesmos.
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5. FLUXOS MIGRATÓRIOS
5.1 - Causas e consequências económicas, políticas e culturais dos fenómenos de migração, emigração,
imigração e êxodo
O SER HUMANO tem a possibilidade de decidir, de se deslocar, de concretizar os seus projectos. Isto
explica que tenha concebido a ideia de ENCONTAR NOUTRO LOCAL O QUE LHE FALTA”.
Adaptado da revista “Visão” (Maio de 2000)
EMIGRAÇÃO – movimento de saída de um indivíduo do seu país de origem, para se instalar num país 36
estrangeiro.
IMIGRAÇÃO – movimento de entrada de um indivíduo num país estrangeiro.
CAUSAS
DAS
MIGRAÇÕES
NATURAIS: A ocorrência de catástrofes naturais, como, por exemplo, sismos, vulcões, inundações
ou secas prolongadas, podem ser factor de abandono de determinadas áreas, provocando
movimentos migratórios.
São disso exemplo a saída de muitos açorianos para os EUA e Canadá, nos anos posteriores à
erupção dos Capelinhos (1957), ou a deslocação de milhões de africanos e sul-americanos que, para
fugir às secas prolongadas, foram obrigados a procurar novas paragens.
Como exemplo desta situação, foi a deslocação de muitos portugueses para França, Alemanha e
outros países da Europa, após a II Guerra Mundial, ou a entrada de africanos na Europa ou, ainda, a
entrada de indivíduos de Leste no nosso país, à procura de melhores condições económicas.
BÉLICAS: A existência de conflitos armados e guerras civis que provocam a deslocação de pessoas. É
o caso da guerra existente no Sudão há três anos que já provocou dois milhões de deslocados.
ÉTNICAS: As rivalidades étnicas são outra das causas do movimento de populações, sobretudo das
minorias ou das comunidades mais fracas, pois são frequentemente expulsas dos locais onde
habitam. Como exemplo deste tipo de situação temos as perseguições movidas durante o recente
conflito na ex-Jugoslávia.
Consequências:
OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS PROVOCAM, TANTO NAS ÁREAS DE PARTIDA COMO NAS ÁREAS
DE DESTINO, UMA SÉRIE DE ALTERAÇÕES.
CLC6 – CULTURAS DE URBANISMO E MOBILIDADE
Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP
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