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FACULDADE PITÁGORAS SÃO LUÍS

CARLOS FERNANDO DE ARAÚJO PEREIRA


FILIPE COSTA
ISAAC SERRA SOUSA
JACKSON CAMPOS BARBOSA
JOSISLANE LIMA CUTRIM
JÚLIO CÉSAR CONCEIÇÃO
LEANDRO MATOS SÁ E SILVA
LORENA CÂMARA DA SILVA
NEURIVAN JORGE
RUI HUMBERTO DANTAS FERREIRA

TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO


CIVIL: “ÁRVORE DE DECISÃO”

São Luís/MA, 2018


1. HISTÓRICO
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, e em virtude da experiência obtida com
problemas logístico-militares, um grande número de organizações de pesquisa dedicou-se à
análise e à preparação de decisões, usando a então recente Pesquisa Operacional. A partir
disso, surgiu a necessidade imediata de otimizar custos, gastos e lucros. Desenvolveram-se,
assim, diversos métodos estritamente matemáticos, a fim de encontrar a solução eficaz para
um problema. Esses métodos fazem parte da otimização clássica e muitos deles ainda são
utilizados em uma série de aplicações, tais como alocação de cargas, estabelecimento do
caminho mínimo, otimização de inventários, entre outros (GOMES; ARAYA; CARIGNANO,
2004).
Na década de 70 surgiram os primeiros métodos de apoio ao enfrentamento de
situações específicas, nas quais um tomador de decisão, atuando com racionalidade, deveria
resolver um problema em que vários eram os objetivos a serem alcançados de forma
simultânea. Daí surgiu a Árvore de Decisão, um dos mais importantes métodos de análise de
decisão, pautado em conceitos como o de risco e retorno.
Para Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999), deve-se considerar situação de risco toda
situação para a qual uma distribuição de probabilidade, seja qual for sua natureza, possa ser
associada aos resultados, e uma situação de incerteza como aquela para a qual nenhum tipo de
distribuição de probabilidade possa ser associado aos resultados.
O termo risco, na visão de Pindyck e Rubinfeld (1994), deveria ser aplicado a
situações em que todos os possíveis resultados possam ser relacionados e sua possibilidade de
ocorrência seja conhecida. Ao atribuir uma probabilidade de ocorrência a um cenário, um
tomador de decisão está emitindo uma opinião própria, que é subjetiva, sobre uma
determinada situação.
Para Ehrlich (1996), no processo de modelagem da realidade o pesquisador troca a
riqueza e a abrangência da realidade pelo poder de análise e pela capacidade de
experimentação. Nesse caso, os elementos do modelo a ser formulado podem ser vistos como
variáveis de controle ou de decisão, passíveis de manipulação para o alcance dos objetivos.
Quinlan, professor da Universidade de Sidney, é considerado o “pai das árvores de
decisão”. A sua contribuição foi a elaboração de um novo algoritmo chamado ID3,
desenvolvido em 1983. O ID3 e suas evoluções (ID4, ID6, C4.5, See 5) são algoritmos muito
utilizados para gerar árvores de decisão. O atributo mais importante é apresentado na árvore
como o primeiro nó, e os atributos menos importantes, segundo o critério utilizado, são
mostrados nos nós subsequentes. Ao escolherem e apresentarem os atributos em ordem de
importância, as árvores de decisão permitem aos usuários conhecer os fatores que mais
influenciam os seus trabalhos.
O conceito do método da Árvore de Decisão envolve o modelo de árvore binomial,
pois com esta representação pode-se descrever uma multiplicidade de alternativas numa
escolha de opção otimizada. A tarefa deste método é aproximar a situação de tomada de
decisão a uma expressão numérica das opções disponíveis.
A árvore de decisão está diretamente ligada ao que se denomina de flexibilidade
gerencial, pois o método de análise permite rever a estratégia inicia l e alterar planos de
acordo com novas condições econômicas.
As flexibilidades gerenciais possibilitam tanto capitalizar futuras oportunidades
favoráveis ao negócio quanto diminuir perdas, isto é, melhoram o potencial de ganhos e
limitam o potencial de perdas (MINARDI, 2004).
São diversos os métodos de auxílio para organizar e facilitar a gestão de uma empresa
ou negócio. Dentre os existentes, deve-se analisar o que mais se encaixa de acordo com a
necessidade do resultado desejado.
Alguns métodos não se aplicam somente a área de gestão, podendo ser empregados
nos diversos campos do mercado e se ramificando com o aperfeiçoamento das técnicas. A
árvore de decisão é mais um desses métodos que auxiliam na resolução de problemas e na
tomada de decisões. Pode ser empregada em um amplo campo de variações.

2. TÉCNICA
A árvore de decisão é uma ferramenta de gestão (diagrama/fluxograma) utilizada para
tomada de decisões, resolução de problemas ou até para solucionar uma dúvida. Pode ser
desenvolvida a mão ou com a ajuda de softwares específicos (Precision Tree - Microsoft
Excel), ou até online (Lucidchart). Podendo ser também simples ou cheia de ramificações e
mais complexa. Além da área de gestão, é bastante utilizada em outras áreas, por exemplo, em
algoritmos informáticos. Assume uma forma muito parecida com a de uma árvore, como seu
nome diz e pode ser representada das seguintes formas:
 Árvore deitada (inicia da esquerda para direita);
 Árvore em pé (inicia de cima para baixo).
Ela pode expor os riscos, custos, vantagens ou até as probabilidades da suposta
decisão que está sendo considerada.
Processos básicos para sua construção e análise:
 Definição do problema;
 Alternativas a serem consideradas;
 Identificação das possíveis causas decorrentes das alternativas expostas;
 Representação em tabela ou gráfico das alternativas e suas ramificações;
 Estimativa das possibilidades de ocorrência para cada evento futuro indicado;
 Determinação das consequências / valores finais de acordo com as alternativas;
 Tomada de decisão / resolução do problema ou dúvida.
A decisão é tomada de acordo com o resultado gerado por cada pergunta na árvore. O
“tema” (nó raiz) da árvore surge e daí as possíveis respostas ou consequências a seguir
definem a melhor alternativa a seguir (nó folha).
Símbolos e seus significados:

Figura 1: Nó de decisão / Nó raiz / Pergunta inicial Figura 2: Nó de probabilidade/

Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor

Figura 3: Ramificações / Alternativas Figura 4: Alternativa rejeitada (caso haja)

Fonte: Próprio autor Fonte: Próprio autor

Figura 5: Nó de desfecho/ Decisão/ Nó Folha


Fonte: Próprio autor

Figura 6: Estrutura básica de uma árvore simples (deitada)

Fonte: Próprio autor

Na sua estrutura deve conter as informações variáveis e pertinentes ao assunto


abordado.
O seu uso é bastante indicado em casos em que a decisão precisa envolver toda a
equipe. Assim todos podem expor os riscos ou consequências das possibilidades de acordo
com as alternativas indicadas.
Na área de planejamento funciona de forma bastante eficaz, visto que a técnica visa e
permite a análise minuciosa levando em consideração os riscos de cada possível decisão.
3. VANTAGENS E DESVANTAGENS

3.1. Vantagens

 É de fácil explicação e interpretação em sua forma mais simples;


 Permite o julgamento de vários cenários;
 É desenvolvida de forma lógica;
 Possui um poder de engajamento de toda a equipe quando a decisão precisa envolver a
todos.

3.2. Desvantagens

 Por ter possibilidade de várias” ramificações”, deve ser analisada de forma minuciosa,
pois por menor que seja a mudança, pode gerar resultados distintos;
 Pode se tornar complexa dependendo da extensão de suas ramificações.
REFERÊNCIA

DUARTE, J. Arvore de decisão na gestão de projetos: Quando, como e porquê utilizar.


São Paulo: GLP4US, 2018. Disponível em: https://www.gp4us.com.br/arvore-de-decisao/.
Acesso em: 18 maio, 2018.

EHRLICH, P. J. Modelos quantitativos de apoio às decisões. Revista de Administração


de Empresas, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 33-41, jan.-fev.-mar. 1996.

GALESNE, A.; FENSTERSEIFER, Jaime E.; LAMB, Roberto. Decisões de


investimentos da Empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GOMES, L.; ARAYA, M.; CARIGNANO, C. Tomada de decisões em cenários


complexos. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004.

LOPES, B. Entenda o que é a árvore de decisão e saiba como aplicar no treinamento


corporativo. Minas Gerais: Meuaio, 2017. Disponível em: <https://meuaio.com/blog/arvore-
de-decisao/>. Acesso em: 17 maio, 2018.

MINARDI, A. M. Teoria de opções aplicada a projetos de Investimentos. São Paulo:


Atlas, 2004.

PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 2. ed. São Paulo: Makron Books


do Brasil Editora Ltda., 1994.

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