Você está na página 1de 12

Fundação Getúlio Vargas

Escola de Ciências Sociais (CPDOC)


Disciplina: Acervo & Memória
Prof.ª Martina Spohr
Alunos:
Cynthia Dias da Silva
Evanize Sydow
Pedro Nogueira da Gama
Thaís Costa Motta

Atividade Prática

Rio de Janeiro
30/Novembro/2020
1

Postagens no Instagram e Facebook:


2
3
4
5

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo

https://docvirt.com/docreader.net/docmulti.aspx?bib=fgv_gv

https://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=GV_Campanh&pagfis=1
6

https://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=GV_133F&pagfis=15

Ao longo de décadas, o CPDOC se notabilizou por ser um bastião da memória política


nacional ao preservar e organizar seu acervo composto de documentos oriundos de arquivos
pessoais e entrevistas de história oral com personagens da história política brasileira. Esse
acervo já digitalizado se encontra disponível para acesso livre e gratuito pela internet a
qualquer pessoa, seja ao público em geral interessado, seja ao pesquisador profissional.
É possível afirmar que o acervo do CPDOC se constitui em um “lugar de memória”, segundo
o conceito expressão de Pierre Nora?
Para que um acervo se constitua em um “lugar de memória”, os aspectos material, simbólico e
funcional devem ser observados. Primeiramente, a digitalização do acervo não significa a
perda de sua dimensão material. Entrevistas e documentos, ao serem coletados e preservados,
bloqueiam a ação do tempo e do esquecimento e concentram as lembranças, caracterizando
assim sua funcionalidade. Por fim, a força simbólica é inegável em representações registradas
dos personagens e sua construção como mitos políticos.
Em um país como o Brasil, profundamente marcado por períodos autoritários e interregnos
democráticos, por dramáticas rupturas políticas e continuidades das mazelas socioeconômicas,
a necessidade de buscar as origens e recuperar o passado transforma esse enorme esforço em
um “dever de memória”.
Simultaneamente, a obsessão pelo arquivo é uma marca indelével da contemporaneidade. O
sentimento de desaparecimento rápido e definitivo da memória e dos vestígios do passado
acaba por alimentar a necessidade de constituição de estoques materiais do que nos seria
impossível lembrar e do que poderíamos querer lembrar.
7

Nesse sentido, a digitalização das fontes e sua disponibilização através da internet vão ao
encontro desse sentimento de urgência de preservar e arquivar, além de romper com as
barreiras de acesso e permitir maior democratização dos acervos, colaboração e troca de
informações entre pesquisadores a nível global, o que certamente aprofunda e enriquece o
trabalho historiográfico.

Postagens no Twitter:

Tema 1: Linguagens

Acervo 1:
A Biblioteca Digital Luso-Brasileira e seu acervo digital visam agregar as bibliotecas do
Brasil e de Portugal.
O serviço de digitalização: trata-se de uma proposta inovadora, voltada ao interesse pela
manutenção da memória cultural e histórica de línguas comuns.
O processo de digitalização ocorre em fases, que prevêem a participação em parceria com
outras bibliotecas brasileiras.
Acesse: https://bdlb.bn.gov.br/

Acervo 2:
A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, localizada na Cidade Universitária São Paulo
USP integra, em seu acervo digital, uma Revista, a Publicações BBM.
O arquivo da BBM-USP conta com conjuntos documentais de importantes intelectuais
brasileiros do século XX. Este conjunto documental é mantido pelo Serviço de Biblioteca e
Documentação da BBM.
Estudos mais atuais visaram a utilização de metadados a fim de inserir um Vocabulário
Controlado da USP, para a representação temática dos documentos.
Estudos quanto à utilização de metadados remetem a pesquisas teóricas como as dedicadas
pelo Professor Dilton Maynard da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Evidentemente, a mera condição de estocar registros não constitui um arquivo, mas é inegável
o horizonte que tanto suportes físicos quanto virtuais abriram para a conservação de dados das
mais diferentes naturezas, isto é, de uma diversidade antes impensável: áudios, vídeos,
infográficos, imagens digitalizadas.
8

(MAYNARD, Dilton. Passado eletrônico: notas sobre História Digital. Acervo. Rio de
Janeiro, v. 29, n. 2, jul./dez. 2016, p. 103-116).
Ao longo dos meses acometidos pela COVID-19, a Biblioteca promoveu a Jornada BBM
Arquivos.
A proposta da Jornada foi a de convidar especialistas para séries de mesas e debates. Estas
mesas pretenderam discutir o papel dos arquivos em bibliotecas e instituições arquivísticas em
contextos pandêmicos.
Acesse: https://www.bbm.usp.br/pt-br/

Acervo 3:
Criada em 2002, a Biblioteca Digital da Unicamp previa à época servir como repositório para
teses e dissertações produzidas na instituição.
Posteriormente, a BD tratou de disponibilizar também conteúdos digitais, como páginas
nacionais e internacionais aos pesquisadores.
A Biblioteca Digital disponibiliza páginas de revistas eletrônicas sobre temas como Estudos
de Gênero, Educação, Estudos da Linguagem, Serviço Social. Na página da BD é possível
também consultar livros digitais referentes aos Institutos de Economia, de Educação, de
Química, entre outros.
Materiais pedagógicos podem ser acessados por pesquisadores.
Também podem ser encontradas bases de dados referentes aos Institutos de Artes, de
Engenharia Civil e de Economia.
A Hemeroteca da BD Unicamp igualmente conta com as mais distintas áreas em sua base de
pesquisa, dentre as quais Economia, História, Literatura, Ciências e Educação.
Acesse: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/.
Estas informações disponibilizadas pela BD remetem igualmente a pesquisas teóricas como
aquelas dedicadas pelo Prof. Dilton Maynard da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
A relação com o público ganha, na preocupação com a interatividade, um destaque
importante. Afinal de contas, ela estabelece diferentes e múltiplas formas de diálogo histórico.
Temos então uma imensa possibilidade de transformação da prática histórica, de ampliar as
formas de levantamento de fontes, de troca de informação, de redução nos custos das
pesquisas e na ampliação no compartilhamento de trabalhos.
(MAYNARD, Dilton. Passado eletrônico: notas sobre História Digital. Acervo. Rio de
Janeiro, v. 29, n. 2, jul./dez. 2016, p. 103-116).
9

Tema 2: Ditaduras

Acervo 1:
O “Brasil Nunca Mais” é considerado o mais amplo levantamento de informações realizado
sobre a tortura política no Brasil. Foi um trabalho de mais de cinco anos, feito de forma
sigilosa, sobre 850 mil páginas de processos do Superior Tribunal Militar.
O imenso acervo, que antes só podia ser acessado em papel e em microfilme, agora está
digitalizado e disponível na página BNM Digit@l, e pode ser utilizado com uso de programa
de busca indexada.
É possível consultar os processos do STM, relatórios e arquivos do Conselho Mundial de
Igrejas, que financiou o projeto em 1979, e da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, ou os
sumários elaborados pelo Ministério Público Federal.
Os sumários compilam e classificam as informações sobre cada um dos 710 processos e
apresenta links para páginas importantes a respeito deles.
Acesse: http://bnmdigital.mpf.mp.br/

Acervo 2:
O Centro de Documentação e Informação da PUC-SP, CEDIC, reúne documentação sobre as
ações de movimentos sociais de defesa de direitos humanos que atuaram no Brasil e na
América Latina.
Estão disponíveis para consulta 20 fundos de arquivo e 75 coleções temáticas de documentos
textuais, iconográficos e sonoros de movimentos sociais ligados à Igreja, educação e questões
sociais, políticas e culturais, e uma hemeroteca com mais de 50 mil periódicos.
O pesquisador tem acesso a mostras virtuais temáticas e também a galerias, como as Coleções
Movimento Punk, Movimentos Estudantis e Movimento de Mulheres.
Acesse: www.pucsp.br/cedic.

Acervo 3:
O “Archivo Nacional de la Memoria” abrange uma série de documentos sobre a ditadura na
Argentina (1976-1983), além de diversos outros períodos da história do país.
Entre os seus serviços, está a consulta a fundos documentais, aos sítios de memória, ao Museu
do Arquivo e ao Arquivo Oral.
Dos fundos documentais, destacam-se o da Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de
Pessoas – Conadep, criada em 1983, e as coleções fotográficas emblemáticas.
10

Acesse: www.argentina.gob.ar.
11

Referências:

LUCCHESI, Anita. Por um debate sobre História e Historiografia Digital. Boletim Historiar.
Aracaju, n. 02, mar./abr. 2014, p. 45-57.

MAYNARD, Dilton. Passado eletrônico: notas sobre História Digital. Acervo. Rio de Janeiro,
v. 29, n. 2, jul./dez. 2016, p. 103-116.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 5, n.


10, 1992, p. 200-212.

______. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 2, n. 3,


1989, p. 3-15.

Você também pode gostar