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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO.

 
LETICIA MARIA SICURO CORRÊA.   LET 1831. UNIDADE 3. 
Seminário 2: Construtivismo e Sócio-interacionismo no estudo da aquisição da
linguagem.
Antonia magno, Douglas Santos, Manuella Tebet, Sabrina Medeiros, Thaís Motta e
Yasmin barros.

CAP.4: O INTERACIONISMO: UMA TEORIZAÇÃO SOBRE A


AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

4.2
O interacionismo: um esforço de teorização
Os estudos referentes a conceituação do termo interacionismo perpassam pelos
impasses envolvidos com sua teorização. Propostas socio construtivistas conceituam
interação enquanto uma relação de processos intersubjetivos, sendo estes envolvidos
com a linguagem.

No interacionismo, o termo interação envolveria diretamente diálogo, implicando


mutuamente em processos interpretativos. A interpretação, neste ponto de vista,
estaria envolvida com o reconhecimento quanto a opacidade na construção de
enunciados.

Processos de natureza dialógica serviriam enquanto uma metalinguagem alternativa,


uma possibilidade de descrição do jogo da linguagem a partir do uso da própria
linguagem, quando em pauta descrições categoriais.

Sendo o interacionismo visto como uma proposição problemática, passível de


interpretação, pela opacidade dos enunciados construídos, e consequente, não
coincidência entre aqueles que as produzem, seus falantes, a proposta interacionista
atribuída, nesse capítulo, ao início do Projeto em Aquisição da Linguagem, de Claudia
de Lemos (1982) se distancia da proposta interacionista prevista pelos socio
construtivistas. Isto porque assume um compromisso com a fala da criança, atribuindo
critério de fecundidade ao conjunto de proposições. Torna-se, com isto, fonte de
incessante movimento para o processo de teorização.

Esse critério de fecundidade atribuído a fala das crianças pressupõe, segundo Claudia
Lemos, o reconhecimento sobre “algo” na construção dessas falas que escaparia à
Linguística, elevando a fala da criança a um caráter de indeterminação do ponto de
vista categorial.
Erros comuns a fala da criança revelam que a própria categoria verbo ou substantivo,
por exemplo, seriam interrogadas como expressão de conhecimento linguístico. Deste
modo, ainda que do ponto de vista categorial essas falas sejam indeterminadas, estas
são, ao passo, dialogicamente relevantes para o que virá a ser construído e em que se
constituirá a fala de seu interlocutor.

A Linguística não seria, portanto, capaz de sustentar por completo os estudos de


categoria, no entanto, isto não perpassaria a linguagem, uma vez que haveria relação
significante entre falas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIER-DeVitto, Maria Francisca; CARVALHO, Gloria Maria. Cap. 4. O interaciosnismo:
uma teorização sobre a aquisição da linguagem. In: Teorias de Aquisição da
Linguagem. MULLER, Ronice. FINGER, Ingrid. Julho 2007. Editora da UFSC.

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