O documento discute os mandamentos do Decálogo à luz da legislação brasileira, comparando os princípios bíblicos com leis civis e penais do país. Aborda conceitos como liberdade religiosa, direitos de família, homicídio, adultério, furto, falso testemunho e cobiça.
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LIVE_INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO JUDAICO-CRISTÃ NO DIREITO
O documento discute os mandamentos do Decálogo à luz da legislação brasileira, comparando os princípios bíblicos com leis civis e penais do país. Aborda conceitos como liberdade religiosa, direitos de família, homicídio, adultério, furto, falso testemunho e cobiça.
O documento discute os mandamentos do Decálogo à luz da legislação brasileira, comparando os princípios bíblicos com leis civis e penais do país. Aborda conceitos como liberdade religiosa, direitos de família, homicídio, adultério, furto, falso testemunho e cobiça.
O Direito nas Escrituras: o Decálogo visto sob a luz da legislação brasileira Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, dessa casa da escravidão. Não terás outros deuses perante Mim. Não farás de ti nenhuma imagem esculpida, nem figura que existe lá no alto do céu ou cá em baixo, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas nem lhes prestarás culto (Ex 20, 2-5) Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus» (Ex 20, 7). Foi dito aos antigos: "Não faltarás ao que tiveres jurado" [...]. Pois Eu digo-vos que não jureis, em caso algum. Constituição Federal de 1988. Art. 5º, VI: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”
Constituição Federal de 1988. Art. 5º, VIII: “ninguém será
privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”. Lembra-te do dia do sábado para o santificares. Durante seis dias trabalharás e farás todos os teus trabalhos. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nele nenhum trabalho. (Ex 20, 8-10)
“O sábado foi feito para o homem, e não o homem para
o sábado” (Mc 2, 27-28). “a origem do repouso semanal remunerado é encontrada nos costumes religiosos. Os hebreus, por exemplo, descansavam aos sábados, palavra que era proveniente de shabbat , que tem o significado de descanso.”
(MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho, 2006)
a) Biológicos: em razão da fadiga do empregado, que precisa recuperar suas energias de trabalho, depois de prestar serviços por seis dias; b) Social: em razão da necessidade de o trabalhador ter um dia inteiro para ficar com a sua família; c) Econômico: possibilidade de a empresa contratar outro trabalhador se necessitar de serviço durante o descanso de um grupo de empregados. “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos”. «Honra pai e mãe, a fim de prolongares os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te vai dar» (Ex 20, 12). Traços desta regra, de intenso valor moral, podem ser visualizados no atual Código Civil, em seu Livro IV, que trata do Direito de Família, como por exemplo, em seu art. 1.630, ao dizer que “os filhos estão sujeitos ao poder familiar enquanto menores” Os pais são agentes deste poder familiar, a legislação civil atribui deveres para com seus filhos menores, como o tido no art. 1634, inciso VII: “compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.” «Não matarás» (Ex 20, 13).
«Ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não matarás.
Aquele que matar terá de responder em juízo". Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão, será réu perante o tribunal» (Mt 5, 21-22). A lei mosaica concebe a vida como uma dádiva sagrada, já que o homem é própria imagem e semelhante de seu Criador. Para o ordenamento brasileiro, a vida é um bem fundamental e está em primazia sobre os demais direitos conferidos aos homens, pois ela é o próprio nascedouro destes. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...] No sexto mandamento, o homicídio é defeso no Direito Brasileiro, pelo art. 121, do Código Penal199, sendo este o ato de um homem matar outro homem.
Código Penal. Art. 121. “Matar alguém: Pena –
reclusão, de 6 (seis) a 20 anos. «Não cometerás adultério» (Ex 20, l4) (82). «Ouvistes que foi dito: "Não cometerás adultério". Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração» (Mt 5, 27-28). O adultério é forma de se atentar contra a organização social da família, desestruturando toda uma relação baseada na confiança e fidelidade. Significa, etimologicamente, ir para outro leito, consoante a expressão ad alterum thorum ire. Consiste na quebra da fé conjugal por qualquer dos cônjuges. O Brasil, sob influência de preceitos bíblicos que pregavam a castidade, durante muito tempo tipificou criminalmente o delito de adultério, visando à proteção do instituto do casamento. Art. 240, do Código Penal de 1940: “Cometer adultério: Pena – detenção, de quinze dias a seis meses.”
C Revogado pela Lei n. 11.106, de 28-3-2005)
«Não furtarás» (Ex 20, 15) «Não roubarás» (Mt 19, 18). A lei hebraica não distinguia os delitos de furto e roubo. No entanto, o Direito Penal tipificou, separadamente, os ilícitos: o crime de furto está previsto no art. 155 e o roubo encontra-se ditado no art. 157, ambos do Código Penal Brasileiro. Código Penal. Art. 155. “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena reclusão, de quatro a dez anos, e multa. «Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo» (Ex 20, 16). Na lei hebraica, a prova testemunhal era primordial, tendo em vista não existirem outros meios mais eficazes para a produção de provas. Por isto, os hebreus puniam severamente aquele que prestasse falso testemunho (Lv 5,4). Devido a não observância do regulamento dado pelo próprio Deus. Entretanto, para ser considerada uma prova lícita, era necessária a presença de, no mínimo, duas testemunhas. (Dt 19,15). “Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral: Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. O crime de falso testemunho engloba três ações:
A primeira ação prevista no tipo penal em estudo é
‘fazer afirmação falsa’. O agente, no caso, afirma algo que não corresponde à verdade. A segunda é a de ‘negar a verdade’. O agente afirma não saber o que realmente sabe. A terceira é a de ‘calar a verdade’. O agente deixa de dizer o que sabe, silencia. «Não cobiçarás a casa do teu próximo, não desejarás a mulher do próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, ou o seu jumento, nem nada que lhe pertença» (Ex 20, 17). «Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração» (Mt 5, 28) «Não cobiçarás [...] nada que pertença [ao teu próximo]» (Ex 20, 17). «Não cobiçarás a casa [do teu próximo], nem o seu campo, nem o seu servo nem a sua serva, o seu boi, ou o seu jumento, nem nada que lhe pertença» (Dt 5, 21). Por meio da cobiça, o homem sente inveja diante de bens alheios, emitindo o desejo denso de se apoderar e tê-los como seus. Sentimento esse, comum ao ego humano,sendo de difícil percepção externa. A punição se dava somente na consciência do indivíduo, caracterizado como um pecado
A irretroatividade das futuras novas sanções disciplinares do vindouro Código de Ética e Disciplina: da Polícia Militar do Estado de São Paulo em relação às transgressões disciplinares praticadas antes do início da vigência das novas normas repressivas