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Mentiras e verdades sobre o cigarro eletrônico

Acha que não faz mal? Entenda o que está por trás da moda que tem ganhado cada vez
mais espaço
17 Janeiro 2020

Disfarçados por uma infinidade de sabores e aromas, os cigarros eletrônicos dão, à


primeira vista, a ideia de serem uma boa alternativa. Principalmente por parecerem, acima
de tudo, inofensivos à saúde. Os vaporizadores, como assim também são chamados,
ganharam um espaço muito rápido principalmente entre os mais jovens, reacendendo o
debate sobre o tabagismo.

Por ser mais prático, ter uma aparência mais tecnológica e atrativa e não causar aquele
incômodo do cigarro tradicional – sobretudo pela diferença de odor -, os eletrônicos
passaram a ser socialmente aceitáveis em diversos ambientes, principalmente em festas e
eventos.  

Tudo isso é motivo de sobra para fazer com que os usuários nem sequer se considerarem
fumantes, intensificando ainda mais o uso. Mas tem um lado dessa história que
provavelmente não te falaram e que está por trás de todo esse vapor com aroma de menta
ou de chiclete. Entenda as mentiras e verdades sobre o cigarro eletrônico.

Reflita: seu vício no cigarro pode estar encobrindo o quê?

 Os cigarros eletrônicos fazem mal à saúde?


VERDADE

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), os


Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) não são seguros e possuem substâncias
tóxicas além da nicotina. Sendo assim, o cigarro eletrônico pode causar doenças
respiratórias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.

Ainda de acordo com o INCA, estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser
tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas
com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos.

 Existe o risco de explosão?


VERDADE
Além da intoxicação, existe ainda o risco de explosão. Segundo o estudo Cigarros
eletrônicos: o que sabemos? Estudo sobre a composição do vapor e danos à saúde, o
papel na redução de danos e no tratamento da dependência de nicotina, elaborado pelo
INCA e Ministério da Saúde, os DEF já foram responsáveis por casos de explosões com
danos físicos e materiais às vítimas. Os relatos descritos no documento relacionavam o
incidente a problemas com a bateria do cigarro.

 Assim como o cigarro eletrônico, o narguilé também caiu no


gosto das pessoas por conta das essências. Mas nesse caso,
ele faz tão mal quanto o cigarro normal?
VERDADE
Diferente do cigarro eletrônico, o narguilé tem como base o tabaco e também vem de uma
fonte de combustão. Isso significa que, além da nicotina, ele tem monóxido de carbono e
alcatrão, assim como o cigarro tradicional.

Dependendo do tempo de sessão, o narguilé pode equivaler a fumar mais de 100 cigarros.
Acontece que existe o fator socialização nessa história, dando destaque para a presença
massiva do aparelho em bares e festas. Desse modo, é difícil imaginar uma sessão que
dure menos que 1 hora. 
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