O documento discute o tratamento cirúrgico da luxação patelar em cães, incluindo osteotomia femoral corretiva associada à prótese troclear e transposição da tuberosidade tibial. A luxação patelar pode ser congênita ou traumática e causa dor e dificuldade de locomoção. O tratamento cirúrgico visa reposicionar a patela no sulco troclear através de técnicas como trocleoplastia, transposição da tuberosidade tibial e substituição da tróclea por prótese, que proporciona
Descrição original:
Título original
relato femoral corrective osteotomy, 2021 Silveira et al
O documento discute o tratamento cirúrgico da luxação patelar em cães, incluindo osteotomia femoral corretiva associada à prótese troclear e transposição da tuberosidade tibial. A luxação patelar pode ser congênita ou traumática e causa dor e dificuldade de locomoção. O tratamento cirúrgico visa reposicionar a patela no sulco troclear através de técnicas como trocleoplastia, transposição da tuberosidade tibial e substituição da tróclea por prótese, que proporciona
O documento discute o tratamento cirúrgico da luxação patelar em cães, incluindo osteotomia femoral corretiva associada à prótese troclear e transposição da tuberosidade tibial. A luxação patelar pode ser congênita ou traumática e causa dor e dificuldade de locomoção. O tratamento cirúrgico visa reposicionar a patela no sulco troclear através de técnicas como trocleoplastia, transposição da tuberosidade tibial e substituição da tróclea por prótese, que proporciona
Femoral corrective osteotomy associated with trochlear prosthetics
and tibial tuberosity transposition with a tool for treatment of
canine patellar dislocation
A luxação de patela é classificada como congênita ou traumática, com direcionamento
medial, lateral ou bidirecional. Estima-se que 75% dos casos relatados de luxação patelar medial são considerados congênitos, o que condiz com o presente caso, e destes, 20 a 25% acomete os dois membros. E mesmo sendo uma doença decorrente, a fisiopatogenia em casos congênitos não é bem conhecida. Entretanto, esta enfermidade pode estar relacionada com outras alterações anatômicas. (Silveira et al., 2021)
Os sinais clínicos da afecção podem variar conforme a classificação do grau de
deslocamento da patela e as outras alterações conjuntas. Os pacientes podem ou não manifestar os sinais, podendo variar de assintomáticos até com a presença de claudicação contínua acompanhada de dor. Alguns animais demonstram resistência ao exercício, evitando a movimentação da articulação. (Silveira et al., 2021)
O tratamento é feito de forma individual conforme a classificação do grau de luxação (1, 2, 3
e 4). Em cães com luxação patelar grau 1 geralmente é iniciado um tratamento conservador onde irá acompanhar o peso do animal para que se mantenha em um ECC adequado, realizar exercícios para reabilitação física e, dependendo do paciente, administrar anti- inflamatórios não esteroidais e analgésicos. Paciente com luxação grau 2, 3 e 4 é indicado tratamento com associação de técnicas cirúrgicas para reconstruir tecidos moles e ósseos com a finalidade de reposicionar corretamente a patela na tróclea e retomar o funcionamento adequado da articulação. (Silveira et al., 2021)
Estudos mais recentes relatam que a luxação patelar é predominantemente mais ocorrente em fêmeas. (Silveira et al., 2021)
No exame ortopédico, é necessária a avaliação da marcha, amplitude de movimento do
membro e inspeção física da articulação femorotibiopatelar, com a finalidade de identificar a presença de luxação patelar, nos dois membros. Importante verificar alterações ósseas, como deformidades e rotações, se há ou não crepitação nas articulações. O diagnóstico para identificar e diferenciar grau de luxação entre 3 e 4, é relatado através de estudos radiográficos, visualizando junto alterações anatômicas. (Silveira et al., 2021) O tratamento deve ser proposto conforme as alterações de cada paciente, com o objetivo de realinhar o músculo quadríceps femoral para que efetue o movimento mecânico corretamente e reposicionar a patela no sulco troclear. Estas correções geralmente necessitam associar técnicas cirúrgicas diferentes. Das técnicas cirúrgicas relatadas pode-se citar a trocleoplastia, transposição da tuberosidade tibial, transposição da tuberosidade tibial com ferramenta, osteotomia corretiva e a substituição troclear total por prótese. (Silveira et al., 2021)
A ausência da pressão da patela, estando constantemente luxada, resultou a formação
incorreta ou inadequada do sulco troclear, o qual necessita durante o crescimento do animal para que atinja a profundidade ideal. (Silveira et al., 2021)
A substituição da tróclea por prótese é associada com rápida recuperação no pós
operatório, diferente do que é relatado na técnica de trocleoplastia, já que com a presença da prótese proporciona uma superficie com menor ocorrência de fricção, permitindo que com a superficie aconteça o deslize suave, com bordas altas e regulares, assim causando menos danos em tecidos moles e inflamação na articulação. É relatado recorrência de luxação patelar em 50% dos casos em que é feita a técnica cirurgica convencional (trocleoplastia e transposição da tuberosidade tibial). (Silveira et al., 2021)
Femoral Corrective Osteotomy Associated With Trochlear Prosthetics and Tibial Tuberosity Transposition With A Tool For Treatment of Canine Patellar Dislocation