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Universidade Federal do Pará

Campus Universitário de Ananindeua


Instituto de Ciências Exatas e Naturais
Disciplina: Laboratório de tecnologia Mineral I
Professor: Reginaldo Saboia.

MATRÍCULA DOCENTE NOTA

202063840018 SILVIO CLEYTON R. DA SILVA

RELATÓRIO
PRÁTICA DE PENEIRAMENTO &
PRÁTICA DE QUANTIFICAÇÃO DE PENEIRAS

ANANINDEUA - PA
2022
Universidade Federal do Pará
Campus Universitário de Ananindeua
Instituto de Ciências Exatas e Naturais
Disciplina: Laboratório de tecnologia Mineral I
Professor: Reginaldo Saboia.

SILVIO CLEYTON RODRIGUES DA SILVA

RELATÓRIO
PRÁTICA DE PENEIRAMENTO
PRÁTICA DE QUANTIFICAÇÃO DE PENEIRAS

Trabalho acadêmico da disciplina Laboratório de


Tecnologia Mineral I, apresentado à Faculdade de
Ciência e Tecnologia do Instituto de Ciências
Exatas e Naturais da Universidade Federal do Pará
campus Ananindeua, como requisito básico para a
obtenção das notas avaliativas da disciplina em
questão.

Orientador: Reginaldo Saboia de Paiva.

Data da entrega 08/07/2022

ANANINDEUA - PA
2022
UFPA CAMPOS ANANINDEUA – FACULDADE DE
BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

AGRADECIMENTOS

Agradecemos em primeiro lugar a Deus aquele que permite que todas as coisas
se concretizem. Em segundo lugar agradeço a todas as pessoas que diretamente ou
indiretamente, contribuíram para a construção dos nossos valores os nossos pais e
mestres que ao longo dos tempos transmitiram seus conhecimentos e todos os que
compartilharam um pouco do que sabem conosco e aos meus amigos nesta vida
acadêmica. Não vou deixar de agradecer a compreensão de pessoas especiais,
quando nossa ausência foi preciso e quando minha preocupação e atenção pareciam
se voltar exclusivamente para este trabalho. Ao amigo e orientador Prof. Lucas de
Souza Martins Filho o mais sincero agradecimento.
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BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

RESUMO

Em tratamento de minérios, a separação por tamanho ou o peneiramento foi


concebida pelo homem no seu esforço para extrair da terra os metais de que
precisava. As referências mais antigas sobre peneiramento são encontradas nas
descrições dos métodos de mineração por volta de 150 a.C. Naquela época, os
gregos e romanos reportavam-se à peneira como prancha ou pele perfurada, isto é,
cheia de buracos, ou usavam tecidos de cabelo humano e até de cavalo. No século
XV, os alemães introduziram as primeiras telas de arame, mostrando os sinais do
primeiro avanço tecnológico no peneiramento de minérios e, assim, foram iniciadas
operações mecanizadas com o uso de telas de arame. Isso resultou num acréscimo
significativo na produção das etapas de britagem e peneiramento, com maior
exatidão nas medidas de tamanho dos produtos. Desse modo, iniciava-se o
processo de qualificação dos produtos minerais a serem comercializados.
Ao mesmo tempo, a indústria estabeleceu especificações de tamanho com base
em ensaios de peneiramento, entretanto, não havia nenhuma relação entre as
aberturas das telas das peneiras. Com o avanço no processo de qualidade dos
produtos, surgiu a necessidade de um padrão de referência para o peneiramento de
minérios. Desse modo, apareceram os padrões de comparação, isto é, as chamadas
séries de peneiras, como a Tyler. Isso facilitou não só o controle das operações de
fragmentação como também os produtos finais advindos das mesmas.
Existe uma série de métodos para medir o tamanho de partículas (ou determinar
sua granulometria). A escolha do processo adequado para cada caso específico, se
prende ao tipo de medida desejada e dimensões das partículas, além de outros
fatores de ordem prática, tais como: qualidade de amostra, frequência da análise e
grau de automatização. De todos os métodos de determinação granulométrica, o
peneiramento é o mais amplamente utilizado. Entende-se por classificação
granulométrica (ou peneiramento) o estudo do comportamento de um conjunto de
partículas de diferentes tamanhos tendo como referência uma série de aberturas
padronizadas, nas quais uma determinada classe de tamanho passa ou fica retida.
O processo de peneiramento utiliza-se um valor da ordem independente da
densidade dos sólidos, portanto para potencializar com competência o peneiramento
é comumente a pratica de classificação por tamanho, com isso tem-se eficiência nos
resultados, o peneiramento de minérios finamente moídos é de formidável relevância
para o tratamento de minérios visto que introduz uma das propriedades essenciais
ao produto final e simplifica o processo de separação e/ou concentração, ou seja,
sucede a classificação do minério, corretamente, em hidrociclones para os minérios
finamente moídos.
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BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

SUMÁRIO

1- INTRUDUÇÃO ........................................................................................................ 6
2- OBJETIVOS ............................................................................................................ 8
3- EQUIPAMENTOS.................................................................................................... 9
4- PREPARO DE AMOSTRAS .................................................................................. 10
4.1- PROCEDIMENTOS PRÁTICA DE PENEIRAMENTO ................................... 10

5- RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 12


6- CONCLUSÃO ....................................................................................................... 13
7- REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 14

1. INTRODUÇÃO
O peneiramento é um dos métodos mais antigos na área de processamento mineral
e, até hoje, tem aplicação comprovada em variedades de indústrias e em diferentes
áreas. Na área mineral, o peneiramento pode ser utilizado na separação por tamanho, no
desaguamento, na deslamagem, na concentração e em muitas outras combinações
dessas aplicações.
Em tratamento de minérios, a separação por tamanho ou o peneiramento foi
concebida pelo homem no seu esforço para extrair da terra os metais de que precisava.

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As referências mais antigas sobre peneiramento são encontradas nas descrições dos
métodos de mineração por volta de 150 a.C. Naquela época, os gregos e romanos
reportavam-se à peneira como prancha ou pele perfurada, isto é, cheia de buracos, ou
usavam tecidos de cabelo humano e até de cavalo. No século XV, os alemães
introduziram as primeiras telas de arame, mostrando os sinais do primeiro avanço
tecnológico no peneiramento de minérios e, assim, foram iniciadas operações
mecanizadas com o uso de telas de arame. Isso resultou num acréscimo significativo na
produção das etapas de britagem e peneiramento, com maior exatidão nas medidas de
tamanho dos produtos. Desse modo, iniciava-se o processo de qualificação dos produtos
minerais a serem comercializados.
No peneiramento o ensaio de granumetria é utilizado para determinar a distribuição
granumétrica dos minérios, ou em outras palavras, a percentagem em peso que cada
faixa específica de tamanho de grãos representada na massa seca tal utilizada para
ensaio.
O ensaio de granumetria é dividido em duas partes distintas utilizadas de acordo como
tipo de minério e as finalidades de ensaio para cada caso particular, são elas:
 Análise granulométrica por peneiramento
 Análise granulométrica por sedimentação.
Os minérios grossos (areia e pedregulhos), possuindo pouca ou nenhuma quantidade
de finos, podem ter suas curvas granulométricas inteiramente determinadas utilizando-se
somente o peneiramento. Em solos possuindo quantidades de finos significativas, deve-se
proceder ao ensaio de granulometria conjunta, que engloba as fases de peneiramento e
sedimentação.
Os ensaios a seco são indicados para minérios com granumetria grossa e quantidades
mínimas da fração fina. O método para realização dos ensaios fundamenta-se também na
seleção das peneiras a serem usadas, através dos resultados obtidos desse ensaio é
possível a construção da curva de distribuição granulométrica, que possui fundamental
importância na caracterização do minério.
Na prática de quantificação de peneiras, os dois produtos do peneiramento, retido e
passante são denominados “Oversize e Undersize” respectivamente. No peneiramento
industrial é usada as peneiras vibratórias, devido suas praticidades, no entanto, nas
operações com peneiras vibratórias as partículas finas podem seguir para as frações
grossas devido a aderência do pó nas partículas grandes; aglomerações do finos (coesão
ou outras forças); irregularidades das malhas; mecanismos de operações.
A passagem de grosso para as frações finas pode ocorrer d vido a:
 Irregularidades das malhas → As partículas grossas com dimensões aproximadas
de Dc (Diâmetro de corte);
 A carga e excessiva na peneira, podendo forçar a passagem do grosso pelas
malhas.
Estes comportamentos característicos coletivos e individuais das partículas dificultam
a operação de peneiramento, para medir o desempenho da peneira utilizam-se métodos
de quantificação, em que o peneiramento pode ser quantificado por vários parâmetros,
mas os mais utilizados são:
 Quantificação de imperfeição;
 Quantificação de eficiência.

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A eficiência do peneiramento é fundamental ao processo de classificação por tamanho


e, na prática, é análoga à recuperação, enquanto a análise por tamanho de uma
determinada peneira é semelhante ao grau de liberação (Bothwell e Mular, 2002). A
eficiência de peneiramento é expressa como a razão entre a quantidade real de minério
que passa na abertura da tela da peneira e a quantidade na alimentação que deveria
passar ambas obtidas por meio de ensaio em laboratório.

2. OBJETIVOS
No peneiramento o objetivo primordial do ensaio de granumetria é obter a curva
granulométrica característica da amostra do minério. Através da curva granulométrica
pode-se estimar as percentagens (em relação ao peso seco total), correspondente a cada
fração granulométrica.

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Para o objetivo da prática de quantificação de peneira o primordial do ensaio é obter


valores de quantificação de imperfeição e eficiência para um grupo de peneiras, mediante
ao peneiramento de uma amostra de minério.

3. EQUIPAMENTOS
Balança;
Almofariz e mão de grau
Estufa
Jogo de peneiras(50/38/25/19/9,5/4,8/2,38/2/1,2/0,6/0,42/0,29/0,15/0,075mm);

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Agitador de peneiras e dispersor elétrico;


Termômetro;
Cronômetro.

4. PREPARO DE AMOSTRAS
4.1 PROCEDIMENTOS PRÁTICA DE PENEIRAMENTO.
O procedimento para as duas práticas tanto peneiramento, quanto quantificação de
peneiras, são semelhantes e o que vai diferenciar são as tabelas usados em cada
procedimento

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Foi separado amostra e pesado 460g Foto 1, posteriormente a amostra foi levado pra
estufa para secagem foto 2, O material foi colocado em estufa com temperatura de 40-
80°C, as amostras eram retiradas de 5 em 5 minutos, seis vezes, totalizando 30 minutos,
onde se confirmou a secagem do material.

Figura 1 – Material para amostragens – Fonte Silvio Cleyton

Enquanto a amostra estava no processo de secagem, foi feita a separação e encaixe


das peneiras no total de seis peneiras mais a panela de fundo Foto 3.

Figura 2 – Jogo de peneiras e agitador – Fonte Silvio Cleyton


A amostra foi colocada no jogo de peneiras e levado para o agitador, onde se
promoveu a agitação mecânica por um tempo de inicial de 20 minutos onde verificou-se
que foi tempo suficiente para passar a próxima parte do experimento.
Depois dos vinte minutos retiramos as peneiras do agitador e pegamos cada uma
cuidadosamente, retiramos as amostras retidas e com auxilio de um pincel de cerdas
grossas foi removido para um recipiente e pesado.

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Por último foi conferido a massa total retido nas peneiras e na panela de fundo
alimentada pela agitação do sistema.

Figura 3 – Peneiras que acabaram de sair do agitador – Fonte Silvio Cleyton

5. RESULTADOS E DISCUSÕES

Conforme as análise granulométricas, alimentamos a tabela 1 para mostrar os


resultados obtidos e abaixo temos os gráficos relacionados.

#Tyler Massa Finos % Massa Retida (1 - Pass.) Massa Peso


Deck ∆X Acumul. Retida
(Mesh) Retida (g) Retidos Massa Fração Peneiras

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Retida (Pas %) Pass. Acumulada


(%)
(pi)
1 4 (4) 112 6 0,2565 25,65 0,7435 74,35 397
2 6 (6) 114 5 0,2587 25,87 0,4848 48,48 367
3 10 (9) 80 4 0,1826 18,26 0,3022 30,22 429
4 14 (12) 53 3 0,1217 12,17 0,1804 18,04 388
5 20 (20) 29 3 0,0696 6,96 0,1109 11,09 405
6 50 (48) 36 3 0,0848 8,48 0,0261 2,61 366
7 Fundo 12 0,0261 2,61 0,0000 0,00 324
TOTAL 460 24 1,00 100,00
Tabela 1 – Prática peneiramento ´Fonte Silvio Cleyton

Gráficode partículas VS distribuiçãode frequência;

Distribuição Acumulativa
30
25
20
15
Distribuição
10
Acumulativa
5
0

Gráfico diâmetro de partículas VS Distribuição acumulativa

Distribuição Acumulativa
30
25
20
15
10 Distribuição
5 Acumulativa
0

6. CONCLUSÃO

Em termos técnicos, o peneiramento é compreendido como um processo de


classificação de partículas por tamanho. Embora fatores como forma e densidade das
partículas sejam significativos nesse processo, o tamanho da partícula ainda é o fator
predominante na classificação por tamanho. Em geral, o peneiramento, nas operações de

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laboratório, de material fino, compreende a faixa granulométrica desde 37 até 10 µm


(Valire e Wennen, 1980).

O processo de peneiramento fino pode ser usado tanto a seco quanto a úmido,
todavia o peneiramento de material fino, em laboratório, é feito a úmido e a alimentação
do minério é feita, segundo uma polpa, minério e água.

As partículas menores transportadas pelo fluído passam pelas aberturas da tela. No


caso das operações contínuas, tanto piloto como industrial, a separação se completa em
um comprimento, relativamente curto, da tela da peneira. As operações contínuas só são
possíveis com a fração grossa. Quando o líquido não mais existe na tela, esta atua como
um transportador vibratório no percurso, até que nova adição de água seja efetuada para
facilitar a remoção de partículas finas, ainda remanescentes (Carrisso, 2004).

No peneiramento a seco, as partículas rolam sobre a superfície da tela e são


expostas às aberturas das mesmas por várias vezes, numa verdadeira disputa
probabilística na tentativa de encontrar a abertura da tela. Para assegurar a eficiência do
peneiramento, o processo a seco utiliza peneiras, cujas telas são mais longas que
aquelas usadas no processo a úmido.

Por essa e outras razões, as peneiras usadas no peneiramento fino a seco são
dimensionadas com base em unidade de alimentação por área unitária (t/h/m2), enquanto
no processo a úmido considera-se t/h/m. O peneiramento de minérios finamente moídos é
de extraordinária importância para o tratamento de minérios, pois, além de incluir uma das
características essenciais ao produto final, facilita o processo de separação e/ou
concentração. Na prática, ocorre a classificação do minério, usualmente, em hidrociclones
para os minérios finamente moídos.

8. REFERÊNCIAS

DIAZ, P.S. Secagem, Pelotas, Centro de Desenvolvimento Tecnológico da


Universidade Federal de Pelotas – Disciplina de Operações Unitárias, 2009.

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FOUST, A.S., et al. Princípios das Operações Unitárias. 2ª Ed, Rio de Janeiro,
Ed. Guanabara Dois, 1982.

LINDEMANN, C; SCHMIDT, V.W. Relatório de Laboratório de Operações


Unitárias: Secagem em leite de jorro, Rio Grande, Curso de Engenharia Química da
Universidade Federal do Rio Grande, 2010.

MENON, A. S., MUJUMDAR, A. S. Drying of solids: principles, classification, and


selection of dryers: Handbook of Industrial Drying. New York: Marcel DekkerInc., 1987.

PACHECO, C.R.F. Apostila de conceitos básicos de secagem, São Paulo,


Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo, 2010.

PARK, K.J.; ANTONIO, G.C.; OLIVEIRA, R.A.; PARK, K.J.B. Apostila de


conceitos de processo e equipamentos de secagem, Campinas, CT&EA – Centro de
Tecnologia e Engenharia Agroindustrial, 2007.

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