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Niquelândia - GO
2016
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Niquelândia – GO
2016
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por mais essa realização. A meus pais pelos anos de
dedicação e confiança. Aos amigos pela paciência e pelos momentos de descontração
que me possibilitaram seguir em frente. Um agradecimento especial aos meus
mentores, Israel Lacerda Araújo pelas informações e correções pertinentes além das
doses de alto-confiança que me proporcionava e Artur Areal Braga, Geólogo na
Empresa Mineração Maracá, que me forneceu grande quantidade de material didático
e explicações sobre o tema tratado. E por fim, e não menos importante, meus sinceros
agradecimentos a meu orientador Paulo André Barbosa Hollanda Cavalcante, que me
instruiu e teve paciência com meus e-mails enviados as três horas da manhã para
correção e minha mania de ser do contra, sei que dei trabalho, mas valeu a pena.
A todos vocês que fizeram parte dessa importante etapa da minha vida, Muito
Obrigada.
5
“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de
fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada. ”
Clarice Lispector
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RESUMO
ABSTRACT
Mining is a sector of great importance for the economic development of the country,
generating jobs and products. Mineral research is one of the primordial and
indispensable phases for the mining processes, being carried out through devices
aimed at proving the viability of a certain area of interest. The survey is a method used
in the research to confirm final viability, aiming to analyze the quality and quantity of
final ore suitable for mining extraction. Because it is an area with great risks related to
viability, other methods of analysis are needed that seek to broaden and improve the
survey process. With this objective, the orientation of drilling holes is being developed
that is being developed through new technologies to be adapting to the market and
optimizing the process more and more. In the following monograph will be
demonstrated two hole orientation methods performed with the objective of maximizing
the probing method, optimizing the procedure and reducing costs. Even though it is
not an indispensable method for the probing technique, guidance is necessary
because it helps to improve the process and avoid unnecessary expenses.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
1.1 Objetivos ..................................................................................................... 11
1.2 Justificativa ................................................................................................ 11
1.3 Estruturação ............................................................................................... 12
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ......................................................................... 13
2.1 Pesquisa e prospecção mineral ................................................................ 13
2.2 Geologia ...................................................................................................... 14
2.3 Sondagem Geológica................................................................................. 15
2.3.1 Sondagem Percussiva ............................................................................ 17
2.3.2 Sondagem Rotativa ................................................................................ 18
2.3.2.1 Sondagem Rotativa Diamantada ........................................................ 18
2.3.3 Procedimentos de Sondagem ................................................................ 21
2.3.3.1 Perfilagem .......................................................................................... 23
2.4 Orientação de Furo de Sondagem ............................................................ 23
2.4.1 Método 1- Orientação a Lança ............................................................... 24
2.4.1.1 Passo a Passo – Método 1................................................................. 25
2.4.1.2 Erros da Orientação – Método 1 ........................................................ 26
2.4.2 Método 2- Orientação por Equipamento Reflex ACT ........................... 27
2.4.2.1 Passo a Passo – Método 2................................................................. 29
2.4.2.2 Erro de orientação - método 2 ............................................................ 31
2.4.3 Erros de Sondagem ................................................................................ 32
2.4.4 Core Map.................................................................................................. 36
2.4.5 Controle de Qualidade ............................................................................ 40
2.4.6 Utilização de Dados ................................................................................ 42
3. METODOLOGIA ................................................................................................. 44
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 45
4.1 Método 1 X Método 2 ................................................................................. 45
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 47
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 49
7. ANEXO ............................................................................................................... 52
10
1. INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
1.2 Justificativa
1.3 Estruturação
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.2 Geologia
1
Barrilete: Peça de metal que compõem a sonda rotativa diamantada, apresentada na fig. 3
16
Fonte: https://www.vwffundacoes.com.br/sondagem-percussao-spt/
17
Fonte: http://www.acaoengenharia.com.br/obras-executadas/
Fonte: http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-15.492-Sondagens-de-
Reconhecimento.pdf
praça antes da abertura e logo após a sondagem. É necessário que a praça tenha
dimensões que possibilitem a boa execução dos serviços com o menor impacto
ambiental e atendendo todas as normas de segurança exigidas.
No ponto locado coloca-se uma estaca de madeira com o número do furo, a
inclinação e o azimute do mesmo. Esta estaca, que define a direção do furo, deverá
ser cravada no solo a uma distância entre 3 e 10 metros do piquete, onde deverá estar
registrada a direção (azimute) e o ângulo de inclinação do furo. Isso é importante
porque quando a equipe de sondagem chegar ao local para posicionar a sonda, esses
dados serviram de base para a maneira como vão montar a sonda e os equipamentos
de sondagem, como poço de fluido, banheiros e local dos barriletes e hastes. O
importante é que as informações estejam corretas, caso contrário isso ir gerar um
retrabalho, além de mais custo para a contratante.
O nivelamento da sonda e a inclinação do furo deverão ser conferidos pelo
fiscal da operação de sondagem com clinômetro ou bússola, na própria sonda, antes
do início da perfuração. Após a instalação da sonda na posição correta, deverá ser
colocado o clinômetro ou bússola no mandril hidráulico do equipamento e ajustada a
sonda até o posicionamento na inclinação correta.
A data de início do furo, que corresponde ao início da perfuração deverá ser
registrada no Boletim de sondagem da empresa de sondagem e em caderneta de
campo do fiscal de sondagem. O fiscal da operação de sondagem deverá passar as
informações necessárias para a execução do furo à empresa de sondagem, como
inclinação do furo, diâmetro, necessidade de perfilagem ou de instalação de
piezômetro, etc. Repassar à empresa de sondagem a profundidade prevista. A
profundidade final pode ser maior do que a estimada, caso chegar ao final programado
mais ainda estiver interceptando corpo mineralizado, os geólogos fazem a avaliação
do material e definem quando parar.
Conferência da profundidade de furo consiste em conferir se a profundidade
indicada na caixa de testemunhos e no boletim de sondagem é a mesma medida,
fisicamente, através das hastes de perfuração e do barrilete. Ao término da manobra,
mede-se a sobra de ferramentas, em metros, da cabeça d'água até o mandril da sonda
e faz-se a contagem do número de hastes, verificando o tamanho das hastes e do
barrilete.
Antes de se iniciar o furo, quando vai “dar grau na sonda”, termo utilizado para
referir-se a conferencia da inclinação do barrilete e o azimute da locação da sonda,
23
2.3.3.1 Perfilagem
2 Alfa-beta-gama- São ângulos de medição das lineações presentes nos testemunhos de sondagem
25
Fonte: http://www.sjsresource.com.au/blog-layout/structural-geology-from-oriented-drill-core
A quarta e última fase é a interpretação dos dados obtidos e sua utilização nos
softwares de mineração para definir novos pontos de sondagem, mais precisos e
sucintos. Ferramentas de lança é um dispositivo simples, sem sofisticação que exige
um tempo separado, consumido entre cada execução do procedimento. A precisão da
maioria das ferramentas dessas classes também não é muito boa e por estas razões
que eles são raramente usados hoje em dia.
Algumas empresas optam por sua utilização devido a seu baixo custo e fácil
desenvolvimento do procedimento. A maioria dos problemas encontrados com esse
método, ligado não ao produto, mas sim a técnica e sua utilização, em alguns dos
estágios da orientação.
Fonte: http://www.coretech.com.pe/acttres.html
Fonte: http://reflexnow.com/
sondagem antes da ferramenta ACT toma a sua leitura. Se isso realmente acontecer,
a leitura torna-se imprecisa e seus dados são inutilizáveis.
Um outro problema comum que se tem em relação a orientação está nas
medidas estruturais realizadas. Não é possível validar a orientação de um furo caso
seu número de erros de sondagem seja demasiado grande. Caso a marca seja bem-
feita, as linhas traçadas a partir delas são validas. Quando a orientação é malfeita e
ocorrem erros de angulação entre manobras o comum seria considerar como erro e
sua confiança seria igual a 0. Porem Myers (2016), diz que os descarte desses dados
seria desperdício, podendo reorientar a manobra que apresentou erro de angulação
com base em outras manobras subsequentes ou mesmo anteriores cujo a orientação
foi positiva, cujo a angulação de uma manobra e outra apresentou um erro igual ou
menor do que 10.
Corte Irregular (~): O quarto erro (fig. 12) dificilmente pode ser visto a olho
nu, apenas sentido quando passa a mão na superfície do testemunho. São
elevações irregulares no testemunho, que nada tem a ver com a foliação da
rocha, mas sim com o corte deficiente da coroa.
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Nem todos os erros mencionados são possíveis de serem evitados, mas o que
se pede é que sejam evitados o máximo que puder para que seja plausível utilizar os
dados do furo.
Não existe um quantitativo de aproveitamento de dados de orientação de furos
de sondagem, nem para o caso de orientação a lança e nem pelo método de
orientação pelo equipamento Reflex ACT. Isso se deve a singularidade de cada furo.
Ou seja, dependendo da litologia, inclinação do furo, condições do equipamento de
sondagem, equipe de operação, e outros fatores externos, pode haver mais
quantidades de dados confiáveis ou o inverso.
a erros – intencionais ou não. Por se tratar de método que gera custos para a empresa,
a orientação deve ser passível de utilização, e caso essas manobras sejam realizadas
de qualquer maneira, tem geração de material danificado, onde as manobras não se
encaixam, impossibilita a utilização das informações obtidas nesse furo.
O QAQC é a segunda fase da orientação de furo de sondagem e é realizado
no galpão de conferencia, quando o furo ainda está em andamento. Quando o
testemunho chega ao galpão que as informações são conferidas, faz a geração de um
log Strutural – planilha de descrição das informações. Neste log são descritas as
profundidades das manobras, seus respectivos DIP’s, se foram orientadas ou não e
se as manobras estão de acordo entre si.
Na sonda é desenhado um traço no início da manobra, no local onde o
equipamento indica ser o ponto inicial de interceptação do material prospectado. No
galpão de conferencia as manobras são montadas e devem ser encaixadas do início
ao final, caso seja possível, o traço do início da manobra é puxado por toda ela. Isso
deve ser realizado com todas as manobras orientadas.
Para uma manobra ser considerada como “OK”, ela dever ser:
Orientada ou Reorientada a partir de duas manobras de confiança 3;
Totalmente montável;
Possível de encaixe com a manobra subsequente;
O traço entre manobras deve ter de 0° a no máximo 10° de erro.
As manobras que não podem ser totalmente montadas são consideradas como
“NOK” no QAQC, por não fornecerem confiança de qual a posição real das camadas
interceptadas. Existem alguns erros que podem levar a impossibilidade da montagem
completa desses testemunhos, em sua maioria trata-se de erro humano.
Existe outro campo a ser preenchido no QAQC, a confiabilidade da orientação
daquela manobra. Esse nível de confiança é definido por alguns fatores, como:
Montagem parcial ou total da manobra – Caso a manobra seja parcialmente
montada, tendo algum de seus fragmentos que não se encaixam, sua
confiança será igual a um. Caso seja totalmente montado, será averiguado
outros fatores;
Encaixe entre manobras – as vezes ocorre de uma manobra ser totalmente
montada, mas de não encaixar com a manobra subsequente, o que a torna
sem confiança;
42
A utilização dos dados obtidos tanto na orientação por lança quanto por
equipamento de Reflex ACT são utilizados da mesma maneira. São digitalizados e
inseridos em softwares de mineração onde será possível visualizar melhor a direção
das camadas, e a partir de um comparativo com outros furos orientados, traçar malhas
furos de sondagem mais preciso.
O programa mais comum de utilização desses dados é o Arcgis, podendo
utilizar o Vulcan, caso prefira. A seção geológica da figura 15, é um mapa realizado
43
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
DAVIS, Brett K. COWAN, E. Jun. Oriented Core - What the ... ? Structural Geology
and Resources. Australia, 2012, pag. 61;
MARANHÃO, Ricardo Jorge Lobo. Introdução a Pesquisa Mineral. 4°, ed. Imprensa
Universitária. Fortaleza, 1989, p. 524;
MYERS, Russell; BROWN, Chris; et. al. An Inexpensive Way to Maximize and
Preserve the Value of Oriented Core: The Orientation Log. Advancing Science and
Discovery, NEWSLETTER www.segweb.org n. 107. United States of America, 2016
pag. 14;
PENA, Luciano. Pesquisa Mineral. Blog Mineração em Foco, pag. 21. Disponivel em:
< http://mineracaoemfoco.blogspot.com.br/p/pesquisa-mineral.html >, acesso:
13/04/2016;
Quality Assurance (QA) and Quality Control (QC) Guidelines for use by class “A”
licensees in meeting snp requirements and for submission of a qa/qc plan.
Department of Indian and Northern Affairs Canada Water Resources Division and the
Northwest Territories Water Board. Canadá, 1996, pag. 1. Disponivel em: <
https://mvlwb.com/sites/default/files/documents/QAQC%20AANDC.pdf >, acesso em
05/10/2016;
SCOTT, Robert J; SELLEY, David. Measurement of fold axes in drill core. Centre
for Ore Deposit Research, University of Tasmania, Australia, 2003, pag. 637.
(______.) Measurement of fold axes in drill core. Centre for Ore Deposit Research,
University of Tasmania, Australia, 2003, pag. 638;
52
7. ANEXO