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Isabela Dias da Silva

Alanys Kemily da Silva

Colégio Estadual Pedro Macedo

TRABALHO DE BIOLOGIA

Curitiba
2022
SUMÁRIO
1. BIOGRAFIA E ESTUDOS DE GREGORY MENDEL.........................................….pág.3
2. PRIMEIRA E SEGUNDA LEIS DE MENDEL.......................................................…pág 4
2.1 SEGUNDA LEI DE MENDEL............................................................................………..pág 5
3. GAMETOGÊNESE..................................................................................................…pág 6
4. MEIOSE........................................................................................................................pág 8
5. CONCLUSÃO..........................................................................................................…pág 9
Biografia e estudos de Gregory Mendel

Gregor Mendel foi um biólogo, botânico e


monge que desenvolveu as bases da genética
moderna. Os seus estudos o levaram a ser
conhecido como o “pai da genética”.

Gregor Mendel nasceu em 20 de julho de


1822, na região da atual Áustria. Ele morreu
em 6 de janeiro de 1884, por conta de uma
doença renal.

Mendel era filho único de um casal de


camponeses de origem humilde. Devido o
contato com a natureza, ainda criança, sempre
observava e tinha curiosidades sobre as
características das plantas.

Após concluir o ensino básico, com excelente


desempenho, seu professor o incentivou a
seguir os estudos superiores. Como sua
família não tinha recursos financeiros, aos 21
anos, Mendel entrou para o Mosteiro da
Ordem de Santo Agostinho.

Mendel foi registrado com o nome de Johann


Mendel e no mosteiro adotou o nome Gregor.

O interesse pelas plantas estendeu-se à sua nova vida, Mendel era o responsável pelo jardim do
mosteiro. Era uma forma de conciliar a sua vida religiosa com a vocação pela ciência.

Em 1851, seu superior o encaminhou à Universidade de Viena, onde dedicou-se ao estudo de


biologia, matemática e química. Após três anos de estudos, voltou ao mosteiro e passou a ser
professor de ciências naturais e desenvolver os seus experimentos.

Mendel realizava o cruzamento entre diversas plantas e observava o comportamento de


determinadas características.

Os resultados de seus experimentos e observações foram publicados em 1866, com o título


“Experimentos com Plantas Híbridas”. Neste trabalho, Mendel apresenta as bases da transmissão
hereditária e as suas conhecidas leis.

Algumas referências citam que Mendel elaborou e distribuiu quarenta cópias de seu estudo. Uma
das cópias foi encontrada ainda selada no escritório de Charles Darwin.

Mendel morreu sem o reconhecimento de seus estudos, o que aconteceu somente no início do
século XX. Os seus estudos foram fundamentais para a compreensão dos mecanismos de
hereditariedade.
Primeira e segunda leis de Mendel
Primeira Lei de Mendel
A Primeira Lei de Mendel, também chamada de Lei da Segregação dos Fatores, enuncia que toda
a característica de um indivíduo é formada por dois fatores, sendo um proveniente da mãe, outro
proveniente do pai. Veja a definição dessa lei:
Todas as características de um indivíduo são determinadas por genes que se segregam, separam-
se, durante a formação dos gametas, sendo que, assim, pai e mãe transmitem apenas um gene
para seus descendentes.
Para chegar a tal conclusão, Mendel definiu uma característica para ser observada, no caso a "cor
das sementes", e fez o cruzamento de duas sementes puras. As sementes puras são aqueles que
durante 6 gerações reproduzem apenas sementes da mesma cor.
Assim, o cruzamento foi feito entre uma semente de ervilha verde (vv) e uma semente de ervilha
amarela (VV). Esse cruzamento é chamado geração parental e teve como resultado apenas
sementes amarelas (Vv), que foram denominadas de geração F1.
As sementes da geração F1 foram autofecundadas e como resultado, Mendel obteve três
sementes amarelas e uma semente verde, conforme mostra a
figura ao lado:
Como resultado desse experimento, Mendel concluiu que as
características são formadas por pares de fatores e que
existem fatores dominantes e recessivos. Nesse caso,
amarelo é dominante e verde é recessivo.
Assim, conclui-se a partir desse resultado, que as
características são formadas por um par de fatores, que elas
são hereditárias e transmitidas pelos genes, sendo que um
gene é proveniente da mãe e outro gene é proveniente do
pai.
Segunda Lei de Mendel
A Segunda Lei de Mendel é também chamada de Lei da Segregação independente ou
Diibridismo e diz que uma característica não está relacionada com outra. Veja a conclusão:
Características diferentes são herdadas independentemente das diferenças em outras
características observadas.
Para chegar a essa conclusão, Mendel observou como se daria a transmissão de mais de uma
característica ao mesmo tempo, e para isso cruzou sementes amarelas e lisas, e sementes verdes e
rugosas, ambas de plantas puras. As sementes amarelas e lisas tinham traços dominantes
(VVRR) e as sementes verdes rugosas tinha traços recessivos (vvrr). Como resultado da primeira
fecundação, todas as novas sementes eram amarelas e lisas. Em seguida, com as sementes
híbridas de F1 (VvRr), Mendel realizou a autofecundação e como resultado obteve diferentes
características, ou fenótipos, conforme o quadro apresenta:
Como resultado desse cruzamento, foram obtidas sementes de
fenótipos diferentes, sendo: 9 amarelas e lisas, 3 verdes e lisas, 3
amarelas e rugosas e 1 verde e rugosa.
Após a realização desse experimento, Mendel concluiu que as
características são transmitidas de maneira independente, ou
seja, elas não estão relacionadas. Nesse caso, isso significava
que uma semente amarela não seria necessariamente lisa e uma
semente verde, não seria necessariamente rugosa.
Gametogênese
A gametogênese é o processo de produção dos gametas, que darão origem aos seres vivos. A
formação dos gametas faz parte da reprodução sexuada e após esse processo ocorre a
fecundação, que corresponde à união dos gametas.
A gametogênese envolve dois tipos de divisões celulares: a mitose, que aumenta o número de
células-mãe, e a meiose, que produz células-filhas com metade dos cromossomos das células
originárias. Os órgãos especializados do sistema reprodutor onde ocorre a formação dos gametas
são as glândulas sexuais, chamadas de gônadas: os ovários, que formam os óvulos em seu
interior, e os testículos, que originam os espermatozoides nos túbulos seminíferos. Na Biologia, a
formação dos gametas é estudada na Embriologia. Esse processo é importante, pois faz parte da
capacidade de continuidade da espécie.
Ovogênese gameta gênese feminino
A ovogênese é o processo de desenvolvimento e maturação das células germinativas femininas,
chamadas de óvulos. Diferente da espermatogênese, a ovogênese só é completa se houver a
fecundação. O espermatozoide é o responsável por iniciar o processo de fecundação, finalizando
a meiose e o óvulo é formado.
Fases da ovogênese
• Fase de multiplicação
• Fase de crescimento
• Fase de maturação
Na fase de multiplicação as células germinativas, localizadas nos folículos ovarianos de Graff,
passam por mitoses e se multiplicam, formando as ovogônias que também sofrerão sucessivas
divisões mitóticas.
Na fase de crescimento as ovogônias aumentam de tamanho e passam pelo processo de meiose,
que ocorre até a prófase I, para a formação dos
ovócitos I. A fase de maturação é marcada pelo
término da meiose no ovócito I e dará origem a
duas células: um ovócito II, liberado na
ovulação, e um glóbulo polar.
Com a fecundação o espermatozoide inicia o
processo de meiose II, ao penetrar no ovócito II,
e produz um óvulo, uma célula maior que o
espermatozoide e sem mobilidade. Com a fusão
do material genético do óvulo e do
espermatozoide produz-se o zigoto. O
desenvolvimento do zigoto é marcado por um processo de multiplicação celular e reprodução das
células embrionárias. Portanto, a ovogênese, juntamente com o processo de fecundação, faz com
que de cada ovogônia surja um óvulo e três corpúsculos polares. Vale lembrar que o óvulo é
funcional e em alguns casos os glóbulos polares não se formam ou logo se degeneram.

Espermatogênese: gametogênese masculino


A espermatogênese é o processo de
desenvolvimento e maturação dos espermatozoides.
O início desse processo ocorre na puberdade, entre
10 e 16 anos, e continua ao longo da vida.
Nos homens, o esperma é produzido nos testículos,
especificamente nos tubos seminíferos, com
aproximadamente 200 milhões de espermatozoides
por dia.
Fases da espermatogênese
• Fase de multiplicação
• Fase de crescimento
• Fase de maturação
• Espermiogênese
A espermatogênese inicia com a fase de multiplicação, onde as células germinativas originam as
espermatogônias, células diploides localizadas nos túbulos seminíferos, que se multiplicam
através da mitose. Cada célula diploide (2n) produz duas células com o mesmo número de
cromossomos.
A fase de crescimento é marcada pelo aumento do volume da célula e ocorrência de uma
segunda mitose, produzindo os espermatócitos primários (espermatócitos I), que também são
células diploides (2n). Na fase de maturação ocorre a primeira meiose e os espermatócitos I dão
originam duas células haploides (n), ou seja, com metade do número de cromossomos. A
segunda meiose que ocorre nessa fase produz quatro células haploides (n), chamadas de
espermátides.
A espermiogênese, também chamada de período de diferenciação, é a fase final da
espermatogênese e é onde ocorre a transformação das espermátides em espermatozoides.

Meiose
A meiose é um tipo de divisão celular em que há formação de quatro células-filhas com a metade
do número de cromossomos da célula-mãe. Nesse processo, ocorrem duas divisões celulares
consecutivas as quais são chamadas de meiose I e meiose ll. Na meiose I temos as seguintes
etapas: prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Já na meiose II, temos as etapas: prófase II,
metáfase II, anáfase II e telófase II.
Importância da meiose
A meiose é um processo observado na formação
dos gametas, verificando-se o surgimento de
células com metade do número de cromossomos.
Essa redução no número de cromossomos é
fundamental para a manutenção do número de
cromossomos de uma espécie, pois os gametas,
ao se fundirem na fecundação, unem seu material
genético. Consequentemente, o número de
cromossomos é retomado. Em animais, a meiose
acontece apenas nos ovários e nos testículos.
Fases da meiose
A meiose é um tipo de divisão celular que origina quatro células-filhas com metade do número
de cromossomos. Nesse processo, verificamos duas divisões celulares consecutivas, as quais são
denominadas de meiose I e meiose II. A seguir descreveremos os eventos que ocorrem na meiose
I e na meiose II. Vale salientar que, antes do início da meiose, ocorre a duplicação dos
cromossomos, em uma etapa conhecida como interfase.
Meiose I: A meiose I é a primeira divisão da meiose, sendo essa etapa considerada reducional,
uma vez que, no final, teremos duas células com metade do conjunto cromossômico original.
Vejamos a seguir as etapas da meiose I.
Prófase I: A prófase I é a primeira etapa da divisão I da meiose, fase marcada pela condensação
progressiva dos cromossomos, troca de material genético entre cromátides não irmãs, formação
de fulso (feixe de micro túbulos), quebra do envoltório nuclear e início da migração dos
envoltórios nuclear e início da migração dos cromossomos homólogos em direção a placa
metafísica. Essa fase geralmente é dividida em cinco subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno,
diplóteno e diasinese.
- leptóteno: nessa etapa verificam se cromossomos duplicados, formados por duas cromátides
irmãs (cada uma das copias do cromossomos duplicadas que estão ligadas entre si) conectadas
pelo centrômero, e o início da condensação desses cromossomos.
- zigóteno: os cromossomos pareiam se com seus homólogos de maneira que os genes ficam
alinhados. Como cada cromossomo está duplicado, o par de homólogos possui quatro
cromátides. Forma-se nesse ponto um complexo proteico, denominado de complexo
sinaptonêmico, que lembra um zíper e mantém os cromossomos homólogos unidos. Ficam
alinhados. Como cada cromossomo está duplicado, o par de homólogos possui quatro
cromátides. Forma-se nesse ponto um complexo proteico, denominado de complexo
sinaptonêmico, que lembra um zíper e mantém os cromossomos homólogos unidos.
- paquíteno: quando o complexo está formado, dizemos que os cromossomos homólogos estão
em sinapse e os pares de homólogos associados são chamados de bivalentes. O paquíteno inicia-
se quando os cromossomos estão em sinapse. Durante esse emparelhamento, ocorre a
permutação (crossing-over),
processo que se caracteriza pela
quebra das cromátides e a ligação
dessas porções ao segmento
correspondente na cromátide não
irmã. A permutação é importante
porque aumenta a variabilidade
genética.
- diplóteno: o complexo
sinaptonêmico desaparece, sendo verificada uma leve separação dos homólogos, mas eles ainda
permanecem unidos como consequência da coesão das cromátides irmãs. Nos pontos em que
ocorreu a permutação, os cromossomos estão unidos em uma configuração em forma de X, que
recebe o nome de quiasmas.
- diacinese: os cromossomos homólogos estão separados, unidos apenas pelos quiasmas.
Observam-se, nessa fase, a quebra do envelope nuclear e o desaparecimento do nucléolo.
Metáfase I: Na metáfase I, verifica-se que os cromossomos homólogos estão dispostos na placa
metafísica. Essa disposição é conseguida graças à ação dos micro túbulos, que se ligam aos
cromossomos de cada bivalente. Na metáfase I, verifica-se um cromossomo em cada par
direcionado para um polo.
Anáfase I: Na anáfase I, os cromossomos homólogos separam-se e são puxados para polos
opostos da célula, sendo guiados pelas fibras do fuso. É importante deixar claro que, na anáfase
I, os centrômeros não se separam e as cromátides irmãs permanecem unidas. A separação é
observada exclusivamente nos homólogos.
Telófase I: Nessa etapa verifica-se que cada polo da célula apresenta um conjunto haploide
completo de cromossomos, os quais
estão duplicados. Os cromossomos
começam a se descondensar e, em
alguns casos, o envelope nuclear volta
a se formar. O nucléolo reaparece. A
divisão do citoplasma (citocinese)
geralmente acontece de maneira
simultânea com a telófase, sendo
responsável por gerar duas células
filhas.
A meiose II é a segunda divisão da meiose, sendo essa etapa considerada equacional. Ela é
chamada de equacional porque ocorre apenas a separação das cromátides. É importante deixar
claro que, entre a meiose I e a meiose II, não há nenhuma duplicação do material genético. A
meiose II é bastante parecida com uma divisão mitótica. Veja a seguir as etapas da meiose II.
- prófase II: Na prófase II, verificam-se a formação das fibras do fuso, a desorganização do
envoltório nuclear, caso ele tenha sido reconstruído, e o desaparecimento do nucléolo. Os
cromossomos, os quais ainda estão formados por duas cromátides irmãs, iniciam sua
movimentação em direção à placa metafasica. Nessa etapa, os cromossomos voltam a se
condensar.
- metáfase II: Na metáfase II, os cromossomos estão alinhados na placa metafasica e os
cinetócoros (complexo formado por proteínas e localizado no centrômero) das cromátides irmãs
estão ligados aos micro túbulos dos polos opostos.
- anáfase II: Na anáfase II, os centrômeros separam-se, e as cromátides, agora separadas,
migram para os polos opostos. As cromátides, a partir desse momento, ficam como cromossomos
individuais.
- telófase II: Na telófase II, última etapa da meiose, há uma reorganização da célula. O
envoltório nuclear e o nucléolo reaparecem, os cromossomos começam a se descondensar e, ao
mesmo tempo em que a telófase ocorre, o citoplasma divide-se (citocinese). Nessa etapa,
formam-se duas células-filhas para cada célula que iniciou a meiose II.

Conclusão
Primeira lei de Mendel: A partir destes experimentos, Mendel chegou à conclusão de que os
filhos herdam características dos seus pais por meio dos genes. Quando da fecundação do óvulo
pelo espermatozoide, há a formação do zigoto que carrega informações genéticas do pai e da
mãe.
Segunda lei de Mendel: Mendel concluiu que a herança da cor era independente da herança de
textura. Como resultado, a 2ª Lei de Mendel pode ser enunciada da seguinte maneira: “Os
fatores para duas ou mais características segregam-se no híbrido, distribuindo-se
independentemente para os gametas, onde se combinam ao acaso”.
Gametogenese: é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas
especializadas, os gametas, que ocorre em organismos dotados de reprodução sexuada. Nos
animais, a gametogênese acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios
sexuais, que determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas. O evento
fundamental da gametogênese é a meiose, que reduz à metade a quantidade de cromossomos.
Meiose: Meiose é o nome do processo onde ocorre a divisão celular. Ou seja, uma célula terá seu
número de cromossomos reduzido pela metade.

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