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EXAME FÍSICO DA URINA


 

» IMPORTÂNCIA

No exame físico são avaliados volume, cor, aspecto e densidade. No LACVet, são utilizadas as
seguintes classificações para as características organolépticas da urina:
 Cor: amarelo, amarelo claro, amarelo escuro, avermelhado, marrom,
esverdeado.
 Aspecto: límpido, discretamente turvo e turvo.
 A densidade urinária é obtida por refratometria.

» TÉCNICA - O EXAME DE SEDIMENTO É DA SEGUINTE FORMA NO LACVET:

 Colocar 5 a 10 mL da amostra de urina em tubo cônico.


 Centrifugar por 5 a 10 min (1000 a 1500 rpm).
 Desprezar o sobrenadante, deixando apenas 0,5 mL a 1 mL no tubo.
 Ressuspender o sedimento.
 Depositar duas gotas do sedimento em uma lâmina (separadamente).
 Colocar, em seguida, uma lamínula sobre a primeira gota para observação do
sedimento a fresco não-corado.
 Depositar uma gota do corante urinário (STERNHEIMER-MALBIN) sobre a outra
gota do sedimento, homogeneizar e cobrir com lamínula para observação do
sedimento urinário corado.
 A observação do sedimento é realizada ao microscópio, com baixa intensidade
de luz, utilizando primeiramente um menor aumento (100x) e depois a um maior
aumento (400x).
 
» COR E ASPECTO
COR POSSÍVEIS CAUSAS

Amarelo-claro a amarelo normal

Incolor Muito diluída

Amarelo escuro Muito concentrada, bilirrubinúria

Vermelha a vermelho-amarronzada Hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria

Marrom-avermelhada a marrom mioglobinúria, hemoglobinúria, meta-hemoglobina

Esverdeada bilirrubinúria
Figura 1. Amostras de urina - diferentes colorações e aspectos.

» DENSIDADE
Existe uma relação entre a densidade específica e concentração de sólidos totais na urina. A
concentração de sólidos totais é uma importante ferramenta para a avaliação clínica da função
renal e é mais acuradamente determinada por osmometria (não freqüentemente utilizada na
rotina).
A densidade específica é determinada pela refratometria, é o procedimento recomendado para
estimar a concentração de sólidos totais nos pacientes clínicos.
Animais que produzem um grande volume de urina, em geral, apresentam baixa densidade
em relação àqueles que produzem pouco volume urinário. Uma importante exceção a esta
regra geral é o animal com insuficiência renal aguda oligúrica.
A densidade urinária, ou osmolalidade, está relacionada com a absorção de sólidos e fluídos,
filtração glomerular, função tubular renal, liberação e ação da vasopressina, e extensão das
perdas extra-renais de fluídos. A fluidoterapia e a administração de diuréticos ou
corticosteróides afetam a densidade, portanto, esta deve ser determinada antes do início do
tratamento.
O efeito da dieta sobre a densidade parece ser mais pronunciado em gatos do que em cães.
Gatos alimentados primariamente com ração seca, em geral, apresentam valores de densidade
maiores que 1,030. Gatos alimentados somente com ração úmida apresentam valores mais
baixos (1,025 ou menores).
 
  DENSIDADE RELAÇÃO COM A OSMOLALIDADE PLASMÁTICA

Hipostenúria 1,001 a 1,007 Abaixo

Isostenúria 1,007 a 1,017 Igual

Hiperestenúria Acima de 1,017 Acima

 
 *Animais desidratados devem produzir urinas muito concentradas se o seu eixo hipotalâmico-
hipofisário-renal
está normal, em geral, valores maiores que 1,040.
 
Valores de referência
ESPÉCIE MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA
BOVINO 1,020 1,050 1,030

CANINO 1,015 1,050 1,035

CAPRINO 1,015 1,070 1,040

EQÜINO 1,015 1,060 1,035

FELINO 1,020 1,040 1,030

OVINO 1,015 1,070 1,040

SUÍNO 1,010 1,040 1,025


 

Figura 2. Modelo de refratômetro utilizado no LACVet.


Figura 3. Escalas do refratômetro para proteínas Figura 4. Calibração do refratômetro
plasmáticas ou séricas (esquerda) e com água destilada (densidade = 1,0).
densidade urinária (direita).

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