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Partindo disso, o autor afirma que o Rational Choice Marxism (que é uma das
formas coloquiais de nomear o movimento), ele se difere da até então ideia de
marxismo que gerava um certo desconforto neste pensadores a respeito das
contradições dialéticas justamente por designar com especificidade um conjunto
de críticas metodológicas baseadas nas estratégias de pesquisa da filosofia
analítica.
No entanto, ele vai também excluir algumas contribuições analíticas que são
metodologicamente holísticas (holística- compreensão integral dos fenômenos)
Mas isso resultaria na rejeição da tese de que o Marxismo como teoria social
implantou uma metodologia que se diferencia da ciência social burguesa.
E partindo desses impasses no decorrer do capítulo a gente vai entender como
estes grandes colaboradores como Gerald Cohen, Jon Elster, Elliot Sober, Erik
Olin, Andrew Levine, Alex Callinicos e outros, auxiliaram nessa vertente do
pensamento marxista.
Da perspectiva deles, as forças produtivas não podem ser definidas fora da sua
aplicação social [...]
E isso torna a ideia do Marxismo questionável, então para que o movimento seja
de fato aceitável ele deve definir as áreas restritas da superestrutura
político-ideológica que são funcionalmente dependentes da economia.
E ele deve fazer isso a partir de uma série de mecanismos estruturais que
conectam a economia à política e a ideologia.
Ou seja, falando de maneira metafórica a base econômica possui alguns pilares
que emergem a partir dela para a construção atual.
Então o Marxismo não deveria tentar alegar que todo edifício da sociedade é
determinado pela sua base material, na verdade ele deveria se restringir à
afirmação de “como e onde este edifício está conectado com a infraestrutura
econômica.”
E em contrapartida a gente vai ter outro pensador, Callinicos, que não vai
aceitar de maneira total as definições de Levine e outros a respeito dessa
separação entre a política radical e a teoria marxista da História. Porque ele
afirma que o marxismo não possui uma explicação satisfatória do “fazer
história”.
Então “O marxismo descreve toda ação duas vezes, uma vez como um conjunto
de desempenhos rotineiros com consequências não intencionais e outra vez
como um conjunto de deliberações estratégicas baseadas em interesses
materiais. “
Então o que Callinicos busca fazer é justamente fechar a lacuna entre estrutura e
ação sem recorrer a explicação funcional, que é uma realidade de Levine. E ele
faz isso a partir da conexão da teoria da ideologia que explica a formação dos
agentes coletivos, “Uma identidade comum se forma em torno de uma
representação de interesses compartilhados, descrevendo assim o coletivismo
metodológico mais como o “materialismo histórico clássico” do que como
marxismo analítico.”