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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Centro de Ciências da Saúde


Curso de Medicina
Práticas de Cuidado em Saúde
CCS 577 - Elementos de Propedêutica Geral

Roteiro para a avaliação dos Dados Vitais

Procedimento para aferição da Temperatura Corporal

Recomenda-se que o paciente aguarde, pelo menos, uma hora após a realização de
exercícios intensos, banhos quentes, uso de cigarros, refeições ou ingestões de líquidos
quentes ou frios para a medição da temperatura corporal. Essa pode ser útil para determinar a
presença ou ausência de febre e eficácia de um tratamento, principalmente, em tratamentos de
infecções com uso de antibióticos.

Tipos de Termômetros:

Termômetro de tira plástica: as tiras plásticas contêm um cristal líquido, termo-


sensível, que muda de cor para indicar a temperatura. Assim, coloque-as sobre a testa e
realize a leitura após 1 minuto, com a tira ainda sobre a testa. Esse método não é muito
preciso!

Para o termômetro de vidro a leitura é feita segurando a extremidade oposta ao


reservatório do termômetro, de forma que os valores da temperatura fiquem voltados para a
pessoa que fará a leitura. Deve-se girar o termômetro, entre os dedos, para frente e para trás,
até que um reflexo prata ou vermelho seja observado na coluna.

Para o termômetro de vidro: primeiro, deve-se limpar o termômetro com água fria e
sabão ou friccionar com álcool. Em seguida, segure a extremidade oposta ao reservatório do
termômetro e sacuda-o até que acuse uma temperatura igual ou inferior a 35º C (95º F).

Termômetro eletrônico: esse é utilizado como o de vidro (incluindo a limpeza com


álcool, antes e após o uso), mas a leitura é feita em um visor digital. Pressiona-se o botão para
ligar o aparelho e quando aparecer, no visor, a imagem Lo o mesmo está pronto para uso. O
valor da temperatura será aquele encontrado no momento em que há indicação de término da
aferição por um sinal sonoro.

Sendo possível medir a temperatura em três locais do corpo:

• Oral: coloca-se o termômetro sob a língua e, com os lábios, mantém-se o termômetro


fixo, que deve ser mantido nessa posição durante três minutos.
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• Retal: para esse método, utiliza-se um termômetro retal. Esse é recomendado para
bebês, pois estes não são capazes de segurar o termômetro na boca de forma segura. Entre
os adultos este tipo de termômetro tem pouca aceitação!

Assim:

• Lubrifique o reservatório do termômetro com vaselina.

• Posicione o paciente no leito em decúbito ventral.

• Afaste as nádegas e insira o reservatório do termômetro, cerca de 1 a 2 cm no canal


anal.

• Após três minutos, remova o termômetro e verifique a temperatura.

• Axilar: é o método mais utilizado. Coloque o termômetro sob a axila, com o braço
pressionado contra o corpo, de três a cinco minutos antes da leitura.

Procedimentos recomendados para a medida da pressão arterial

Preparo do paciente:

1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo menos 5 minutos em


ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas
devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.
2. Certificar-se de que o paciente NÃO:
• está com a bexiga cheia
• praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos
• ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos
• fumou nos 30 minutos anteriores.
3. Posicionamento do paciente:
Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso
recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto
médio do esterno ou 4º espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão
voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.

Para a medida propriamente:

1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após a medida selecionar o


manguito de tamanho adequado ao braço.
2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital.
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3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial.
4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu reaparecimento
corresponderá à PA sistólica.
5. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do
estetoscópio sem compressão excessiva.
6. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica,
obtido pela palpação.
7. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo).

8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é em
geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de
deflação.
9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff).
10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa.
11. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero.
12. Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida, embora esse aspecto seja
controverso.
13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente.
14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a pressão arterial foi
medida.

Procedimento recomendado para a verificação do pulso radial

1. Explicar o procedimento ao paciente;


2. Lavar as mãos;
3. O paciente pode ser posicionado deitado, sentado, ou semi-sentado, mantendo o membro
superior a ser examinado em extensão, numa posição confortável.
4. Usar a face volar da extremidade distal dos dedos indicador e médio sobre a artéria radial,
fazendo ligeira pressão contra o rádio.
5. Observar o relógio e contar a frequência do pulso radial durante 01 minuto.
6. Quando o paciente apresenta pulso regular é aceitável verificar o pulso por apenas 30 s e,
então, multiplicar o resultado por dois.

OBS: Podem ser cobrados os pulsos aprendidos na aula prática (carotídeo, braquial, radial,
femoral, poplíteo, tibial posterior, pedioso.
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Procedimento recomendado para a verificação da frequência respiratória

Como a frequência respiratória é o único dado vital sob controle cortical direto, não
explique o procedimento ao paciente!
Utilize-se do subterfúgio de fingir tomar o pulso radial e então proceda com a
verificação da frequência respiratória!
Escolha uma das duas fases da respiração (expiração ou inspiração);
Observe o movimento torácico correspondente e então conte durante 01 minuto;

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